quinta-feira, janeiro 17, 2008

LITERATURA DE CORDEL, MULHER ESCANDINAVA, SHAKTISANGAMA, SCOLA, FRANCISCO JULIÃO, SOPHIA LOREN, FETICHISMO & MUITO MAI



ARRANCA-RABO INEIVADO!

Quem se mete p ´r´o meu lado
Pode jurar que se engana...
Me cortem que eu nasço sempre;
Sou que nem soca de cana.
Eu não me embaraço em mofundo,
Quanto mais em gitirana!
No lugar onde eu passar
Não passa nem mucurana!

(A batalha de Inácio da Catingueira com Romano, recolhido de: CASCUDO, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. Belo Horizonte/SP: Itatiaia/USP, 1984). Veja mais aqui.



A MULHER ESCANDINAVA – A ESCANDINÁVIA – é uma região do norte da Europa, abrangendo a Dinamarca, a Suécia e a Noruega, até a Finlandia e a Islândia. A península é o núcleo principal e sua designação compreende o arquipélago danes ou dinamarquês dos dias atuais, inclusive a parte meridional da Suécia e Noruega. Sua ocupação se deu por volta de 3 mil a. C., quando os primeiros cultivadores sedentários se instalaram na Jutlandia. Foi povoada por aqueles que originaram os germanos e os Vikings. OS VIKINGS – Os vikings eram povos guerreiros, exploradores, comerciantes e belicosos da Escandinávia na Antiguidade, que invadiram e colonizaram Europa com seus navios dragão, contribuindo para a tecnologia marítima e construção de cidades. OS GERMANOS – Trata-se do grupo etno-linguítico indo-europeu originário do norte da Europa, há cerca de 1800 a.C., na planícia norte alemã. Expandiram-se pelo sul da Escandinávia, compreendendo hoje os escandinavos, holandeses, alemães, ingleses e outros povos das línguas derivadas dos dialetos ancestrais germânicos. Foi o historiador latino Cornélio Tácito (60 – 116 d.C.) que fez o primeito relato na sua obra Germania, identificando como um povo que possuía a crença na pureza racial, na virtude dos costumes conjugais e no principio fundamental da fidadelidade ao chefe na guerra. A MULHER ESCANDINAVA – A mulher escandinava na antiguidade possuía funções bem definidas na sociedade, cabendo-lhe desde a administração da casa, educação das crianças, do comércio, da fazenda, do plantio ou da colheita, além de funções xamãnicas, guerreiras, cuidados com o lar e até de cura nas longas ausências dos homens em caçadas, explorações ou guerras. Quando a menina escandinava completava 8 anos de idade, já estava pronta para conhecer suas responsabilidades de mulher com a sociedade e deixar sua família para aprender com outras famílias as novas funções como tear, colher, plantar, cozinhar, tecer, entre outras atividades. Aos 12 anos de idade, se preparava para o casamento, não podendo escolher seu marido, cabendo aos pais a decisão do melhor pretendente. Assinala Palma (2005) que as mulheres escandinavas encontravam-se totalmente submetidas à autoridade masculina. Em geral, elas cuidavam muito de perto de todos os afazeres domésticos. Também aprendiam técnicas de combate, desde a proteção da casa até as primeiras aulas de combate dos filhos, pois na falta do marido, poderiam ser ensinados por elas. Segundo Roesdal (2005), cabia a mulher a responsabilidade da casa e da educação das crianças. Na prática, várias mulheres desempenharam um papel importante na sociedade: em razão da ausência de homens durante longos períodos, elas eram freqüentemente responsáveis pela comunidade. Quando as mulheres eram desonradas, elas eram vendidas imediatamente, mas se os homens forem apanhados como culpados por traição ou qualquer outro crime, eles preferiam ser decapitados a serem açoitados. A condição de submissão na qual a mulher, obrigatoriamente, deveria se colocar perante o senhorio do homem, pelo menos na sociedade viking, não era de modo algum absoluta, porque ela poderia requerer o divórcio. Entre os motivos para o divórcio bastava o homem se vestir de forma inadequada ou, como também, a disfunção erétil também era uma das razões que permitia a mulher solicitar a dissolução do matrimônio. Para tanto, bastava apenas ela declarar à porta de sua casa, perante três testemunhas, que se divorciaria desde que fosse especificado o motivo e repetive em casas próximas. Os bens seriam, a partir daí, divididos pelos ex-cônjuges e a mulher poderia dar início a sua nova vida em sociedade livre de interferências ou maiores discriminações. Por outro lado, as mulheres eram impedidas de votar, nem herdar se tivessem irmãos, nem vender ou comprar uma propriedade sem a aprovação de um parente do sexo masculino. AS DEUSAS ESCANDINAVAS – As deusas eram o reflexo da atitude, pensamento e respeito da sociedade. FREYA –Cultuada por sua sexualidade era representada como a mulher livre, aquela que escuta as emoções de seu coração, que não dá satisfação dos seus atos. Também era dado a ela varias atribuições, desde uma Valkiria, uma Disir, uma Volva até o mais importante: uma Mulher Independente. Filha de Skadi e Njord, teve como irmão Frey, Deus ligado ao meio ambiente. Ela era a maior das deusas da fertilidade, do amor e da morte. Também aquela que protegia o lar. Seu nome signfica concubina por isso ser tratada como a deusa do sexo e da sensualidade, da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores. Ainda encontra-se que ela era a deusa da magia e da adivinhação, como sendo a Senhora das Runas Sagradas; deusa da riqueza, porque as suas lágrimas transformavam-se em ouro e ela aparece usando armas de guerra, pois era líder das Valquírias, aquelas condutoras das almas dos mortos em combate. Como Deusa da Batalha, Freya montava um javali chamado de Hildisvín e como Deusa-Javali, ou Deusa-Porca Freya está associada entre os nórdicos como entre os germanos e os celtas, às práticas sexuais proibidas, em particular o incesto entre irmão e irmã, muitas vezes ligadas às celebrações da primavera e da renovação. É que durante essa cerimônia realizava-se o acasalamento ritual de um sacerdote com uma sacerdotisa, considerados como o Senhor Freyr e a Senhora Freya. Esse rito sexual, do qual existia uma equivalência entre os celtas, sobreviveu, principalmente na Inglaterra, na forma, muito atenuada, de coroar um rei e uma rainha de Mai. Há registros do Disirblot que era um festival celebrado anualmente no início de inverno nórdico em honra a Deusa Freya e as Disir. Durante a comemoração era servido cerveja, porco, maçãs e cevada. Todos os festivais nórdicos eram denominados de "blots" e contava com o comparecimento de toda a comunidade. Seu culto tinha caráter erótico e orgiástico, associado sempre com a luxúria, o amor e a beleza. Além disso, ela era uma Vanir, um povo ligado a natureza e foi morar com os Aesir em um acordo de paz. Era também uma Volva e empregava o Seidhr com sua capa de penas e seu colar viajando astralmente como um pássaro pelos nove mundos. Ela estava ligada às Disis que são as valkirias que retornam da morte para proteger seus familiares e foi a primeira a morrer no Ragnarok ao defender Odin de um ataque. A sua beleza exuberante era legendária e seu forte poder de sedução estava em sempre aparecer com os seios desnudos, com um manto de penas de falcão nos ombros e coberta por jóias. Até os gigantes cobiçavam-na. Ela se assemelha a muitos arquétipos de deusas das mais diversas mitologias, como Perséfone dos gregos ou ainda com Afrodite, as deusas Maeve, Morrigan e Mach dos celtas. entre outras tantas de diversas mitologias. Conta-se que ela teve diversos amantes entre deuses, humanos, elfos e mesmo anões, mas o principal deles foi o Deus Od, que representa a luz do Sol. Ela só teve um grande amor, o Deus Od ou Odr ou Odin e com ele teve duas filhas, Hnoss e Gersemi. Ele a trocou por Frigga porque achava que ela gostava mais de enfeites do que dele. Ou seja, Odin por não aceitar a maneira como Freya conquistou o colar de âmbar (Blisingamen) após dormir com quatro anões, manda o Deus do Fogo, Loki, roubá-lo e só o devolve quando ela aceita pôr em guerra duas tribos. Por essa lenda, ela conquistou os quatro elementos (fogo, terra, ar e água) ou dos quatro quadrantes (norte, sul, leste e oeste). DEUSA FRIGGA – Frigg ou Frigga era considerada a Mãe de Todos. Também a deusa da administração e educação dos filhos, do matrimônio e considerada como uma Deusa Analítica, fria em suas escolhas, que não demonstrava emoção em suas decisões e representando tudo da mulher nórdica nas suas responsabilidades. Era a mãe dos principais. Era filha de Joerd, Deusa de Midgard e mãe de Thor, explicando-se como ela conseguiu o juramento de quase todos os elementos para não ferirem Baldur, menos o visgo, que ela não achou perigoso. Logo, Frigga seria uma meia-irmã-madrasta de Thor. Era casada com Odin, Pai de Todos. Seu nome está ligado a palavra frigidez  com o sentido da indiferença ou a falta de emoção e prazer nos atos. Existiam boatos que ela poderia ter se deitado com os irmãos de Odin, Ville e Vê, como também de que ela utilizou as próprias afirmações de Odin para manipulá-lo na Lenda de Sigmund. OSTARA – é uma deusa anglo-saxã teutônica da mitilogia nórdica e germânica, significando Deusa da Aurora. Também é conhecida como Eostre, Ostera ou Easter, significando Páscoa. É a deusa da primavera, da ressurreição e renascimento e tem como símbolo o coelho e também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Ainda é o primeiro dia da primavera, ocorre cerca de 21 de setembro no hemisfério sul e 21 de março no hemisfério norte. Por isso está relacionada com festividades que se celebram durante o equinócio de primavera. A celebração tem forte relação com outras celebrações pagãs. O inicio da primavera marca também a volta do Sol e uma época do ano em que dia e noite tem a mesma duração depois do inverno. Para os wiccans é o despertar da Terra com sentimentos de equilíbrio e renovação. Uma das principais tradições desse festival é a decoração de ovos que representa a fertilidade da Deusa e do Deus. Outra tradição muito antiga é a de esconder os ovos e depois achá-los. Para os wiccanos também é época de começar a plantar, época do amor, de promessas e de decisões, pois a Terra e a natureza despertam para uma nova vida. Lendas encontradas dão conta de que Eostre tinha uma especial afeição por crianças, porque aonde quer que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia. Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar. As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. A lebre assim permaneceu até que então a  primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo. Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós. HELLA –Hell ou Hella é uma das Deusas que, assim como seu pai Loki, foi assimilada pelo Cristianismo. O Reino dos Mortos ou Reino de Hella passou a ser o inferno Cristão, Loki passou a ser uma personificação do mal, um demônio e Baldur, como o sacrificado, o Cristo Católico. Foi profetizado pelas Nornes à Odin, no nascimento de Hella, que ao atingir determinada idade, Hella se tornaria a Senhora do Reino dos Mortos e o reinaria. Hella foi criada junto com os gigantes, por sua mãe Angurboda, a mesma mãe que juntamente com Loki tem mais dois filhos, irmãos de Hella: a Serpente de Midgard e o lobo Fenris. Foi Hella que determinou que Baldur só retornaria à vida se tudo no Universo, ou seja, os nove mundos lamentassem a sua morte. Não havia nada de bom ou mal em Hella, assim como não havia nada de bom ou mau na morte. Hella era a Senhora do Reino da Morte para onde iam todos os que morriam por velhice, por doenças ou de maneira desonrosa. SIGYN – Era uma das esposas de Loki. Quando Loki é castigado e preso numa caverna com o veneno de uma serpente pingando sobre seu rosto, Sigyn permanece com o marido, tentando minimizar o sofrimento dele. Ela, então, representa cuidar do marido ferido ou doente. E mesmo contrariada com a participação do marido na morte de Baldur, se compadece de seu sofrimento e o socorre em seu tormento com o veneno da serpente. Com um prato aplaca o veneno que, por ser muito ácido, machuca o rosto de Loki. Mas toda vez que tem que esvaziar o prato, o veneno volta a cair sobre ele. DEUSA SIF –Era a Deusa da fertilidade das colheitas, aquela que prover os alimentos. Era uma das esposas de Thor e com ele teve dois filhos, Modi e Magni que sobreviveram ao Ragnarok. Ela é considerada uma Aesir. Ela teve seus cabelos negros como a noite, cortados e roubados por Loki, devido a sua vaidade. Thor pediu ajuda aos anões que teceram com os raios do sol uma cabeleira loura que substituiu temporariamente a antiga. BRUNHILDA –Ela era uma das filhas de Odin com uma humana e sua valkiria preferida. Mesmo assim, ela era a melhor representação da relação pai-filha do povo nórdico. Envolvida em uma trama entre Frigga, Odin e Sigmund, Brunhilda perde todos os seus dons divinos por apresentar emoções humanas e, assim como uma filha que perde tudo ligado a sua antiga família, ela torna-se humana e aguarda em sono profundo num circulo de fogo a chegada do guerreiro valoroso para quem vai ser entregue como esposa e mulher, um guerreiro escolhido por Odin, como o pai que decide com quem a filha se casa. O guerreiro é Sigfried, filho de Sigmund e neto de Odin. Ela é a filha que cresce e deixa a família para trás, com todos os seus atributos formando uma nova família e representa amar e se entregar ao homem escolhido por seu pai. NANNA - Nanna era a Deusa da Lua, assim como Baldur, seu marido, era o Deus do Sol. Com ele teve um filho, Forseti, Deus da Justiça e Verdade. Nanna morreu de sofrimento no enterro de Baldur e foram colocados juntos, em um barco para um enterro Viking. Existem lendas em que Nanna retornará juntamente com Baldur após o Ragnarok. IDUNN - Idunn ou Idunna era a Deusa da Juventude e esposa de Bagri, Deus dos Poetas e Bardos. Era a responsável pelas maçãs douradas que concediam a junventude e vitalidade aos deuses nórdicos. Sempre que se sentiam cansados ou com a idade chegando, procuravam-na. Em uma trama dos Gigantes, Idunn foi raptada, mas foi salva por Loki (que também ajudou no rapto dela). HOLDA - Tambem conhecida como Holde, Holle, Hulda, Bertha e Bertcha, era uma deusa germânica identficada como Senhora das Bruxas, da noite, da lua, do inverno, da bruxaria e da feitiçaria. É representada sempre acompanhada de seu séquito de bruxas e pássaros noturnos, como também como a fada rainha que rege os ventos e as tempestades de neve. È considerada padroeira das mulheres que trabalham com a fiação. Entre as tribos germânicas, dizia-se que ela cavalgava com Odin nas caçadas selvagens para recolher as almas errantes e leva-las para recuperação em seus reinos, à espera de uma nova encarnação. O azevilho era sua planta sagrada. É também associada a lagos e regatos, como também é tida como uma deusa maternal, do lar, do tear e principalmente do cultivo de linho. OUTRAS DEUSAS: Na mitologia nórdica encontram-se outras deusas, como Sjofn, a deusa inspiradora das paixões humanas; Joerd, a Deusa de Midgard, a Terra, mãe de Thor e possivelmente de Frigga também. Enlaçou-se com Odin para unir o que havia de melhor dos dois mundos, Asgard e Midgard, e forjar um guerreiro capaz de combater o Ragnarok. Joerd era filha de um gigante com Nott. AS VALQUÍRIAS – são filhas de Odin. São nove as Valquírias: Gerhilde, Helmwige, Ortlinde, Waltraute, Rossweisse, Siegrune, Grimgerde, Schwertleite e Brünnhilde. Brünnhilde é a principal delas e a favorita de Odin. As Valquírias são representadas como guerreiras usando capacetes e portando lanças, que cavalgam pelos céus sobre os campos de batalha recolhendo os guerreiros que morrem heroicamente e levando-os para Valhalla. Lá, eles aguardarão a chegada do Ragnarok, quando combaterão ao lado de Odin. Assim, Odin vai formando um exército composto apenas de heróis destemidos. Em "Die Walküre," a segunda ópera da esplêndida tetralogia de Richard Wagner "Der Ring des Nibelungen", as Valquírias são mostradas e Brünnhilde tem papel preponderante nesta e nas duas óperas seguintes que formam o ciclo. NORNES –As Nornes eram as senhoras do destino. Elas que teciam, mediam e cortavam o fio da linha da vida. Eram filhas do gigante Norvi e viviam sob a árvore Yggdrasil. Seus nomes eram Urd (a mais velha que conhece o passado), Skuld (a com o rosto velado que conhece o futuro) e Verdaniki (a jovem que conhece o presente). Elas mantém guarda junto ao Poço de Urd, na base da primeira raiz de Yggdrasill, a que mergulha em Asgard. Era considerado impossível alterar os destino já traçado no fio e desde o nascimento a morte já estava traçada. Podia-se decidir apenas a forma de morrer: como herói ou covarde. Mas era possível conseguir favores ou cair nas graças dessas mulheres. Outras visões concebem as Nornes como apenas uma e que a visão de três seria muito mais uma influência Greco-Romano e, até Cristã, nas traduções dos textos nórdicos, um sincretismo com as Hécates, Parcas ou uma tentativa de aproximação a Wicca no aspecto tríplice da Deusa (senhora, donzela e mãe), que representam o ciclo da vida, o que nada tem a ver com o Asatrú. As Nornas regam a raiz de Yggdrasill com água da fonte para preservá-la. Tanto os mortais quanto os deuses estão submetidos ao poder das Nornas que são aquelas sábias que confiam nos instintos. A PROFETISA GERMÂNICA VÉLEDA – A profetisa bructera Véleda, Aquela que vê, possuía estatura elevada, túnica negra, curta e sem mangas servia apenas para velar sua nudez. Carregava uma foice de ouro presa num cinto de bronze, e estava coroada com um ramo de carvalho. A brancura dos seus braços e da sua tez, seus olhos azuis, seus lábios rosados, seus cabelos longos louros que esvoaçam soltos caracterizavam uma jovem gaulesa, e a suavidade do conjunto contrastava com seu porte altivo e selvagem. É uma vidente do mais puro sangue germânico. SVAVA – Aquela que se enamorou do jovem herói Helgi, dando-lhe este nome e ensinando-o a falar. Svava porém seria outro nome para Sigrún, que é casada com Helgi, em outras duas baladas da Edda Poética, todas essas baladas seriam então versões diferentes de uma mesma história. PRATICAS FEMININAS DE XAMANISMO - Haviam técnicas femininas de xamanismo. Nas guerras as sacerdotisas chamadas de volvas tinham grande importância, determinando quem iria lutar ou não para se conseguir a vitória. O Sedhr exigia um treinamento forte por parte das Volvas (sacerdotisas) e suas mensagens eram respeitadas por todos. SEIDHR DE FREYA - As mulheres pareciam ser as únicas praticantes do Seidhr de Freya, pois esse era um ritual-erótico reservado as mulheres. Suas praticantes chamadas Volvas ou às vezes Seidkona, eram sacerdotisas de Freya. Enquanto uma volva entrava em transe, outras sacerdotisas entoavam canções especiais, chamadas Galdr. Era o uso do canto conjugado com a repetição de poesias que era criado o estado alterado de consciência. AS VOLVAS - Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais. As volvas podiam inclusive entrar em contato com elfos e duendes. Eram consultadas pelo povo sobre todos os tipos de problemas. As Volvas moviam-se livremente de um clã ao outro. Elas não costumavam se casar, apesar de possuírem muitos amantes. Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais. As Volvas podiam inclusive entrar em contato com elfos e duendes. Eram consultadas pelo povo sobre todos os tipos de problemas. VOLLA - Era a sacerdotisa ou Volva que acatava a invocação rúnica de Odin em sua visita ao Reino dos Mortos e retornava à vida para explicar sobre a futura morte de Baldur. Volla também representava o destino futuro e imutável dos nórdicos, a verdade que estava para chegar. RAGNAROK – é um evento do cânone nórdico, registrado na Edda Poética e na Edda em Prosa, que foram compilados no século XIII, por Sborri Sturluson, como sendo o Crepusculo dos Deuses, signidicado o destino final dos deuses na mitologia nórdica e correspondendo a uma série de eventos futuros, incluindo uma grande batalha com vários desastres que resultaria na morte dos deuses. O AMOR DE BRUNEHILD E GUNTHER – Personagens da saga germânica dos Nibelunger, que deu motivo às famosas óperas de Richard Wagner. Brunehild, rainha da Islândia, além de muito bela, tinha uma força e habilidade esportiva prodigiosa. Quem a quisesse desposar, teria primeiro que provar superioridade, vencendo-a e em três jogos: o lançamento de um dardo, o de uma pedra e um salto a distância. Se o pretendente falhasse em qualquer dessas competições, seria executado. Gunther, o reu germânico de Worms, resolve tentar a prova, contando para isso com a ajuda secreta do invencível príncipe Sigefredo, filho do rei Sigismundo. Graças a um talismã que o tornava invisível, derrota Sigefredo a rainha nas três provas, impulsionando o fraco Gunther e dando-lhe o valor atlético de um verdadeiro gigante. Só a pedra que Brunehild atirava a uma distancia de 12 braças, mal podia ser carregada por 12 homens. Embora furiosa e revoltada, a rainha cumpre o prometido, mas reage na noite de núpcias e humilhe Gunther, amarrando-o de pés e mãos, e predendo-o a um gancho como se fosse um odre. Só na noite seguinte, consegue ele dominar a hercúlia mulher, outra vez com a ajuda de Sigefredo, de novo invisível, e exerce as suas prerrogativas de esposo, obtendo de então por diante a submissão completa de Brunehild. REFERÊNCIAS: BIEDERMANN, Hans. Dicionário ilustrado de símbolos. São Paulo: Melhoramentos, 1994. BIMBENET, Jerôme. Senhores do Mar. História Viva, Ano II, n.16, p.28. BORGES, J.; VASQUEZ, M. Literaturas germânicas medievales. Buenos Aires: Falbo Librero, 1965. BRANSTON, B. Mitologia germânica ilustrada. Barcelona: Vergara, 1960. BRONDSTED, Johannes.  Os Vikings: História de uma Fascinante Civilização. São Paulo: Hemus, 2004. BRUNEL, P. (org.). Dicionário de mitos literários. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997. CALL, Henrietta. Mitos da Mesopotâmia. São Paulo: Moraes, 1994. CAMPBELL, Joseph; EISLER, Riane. Todos os nomes da Deusa. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. CIRLOT, J. E. Dicionário de símbolos. São Paulo: Moraes, 1984. D’HAENENS, Albert. As Invasões Normandas: Uma Catástrofe? São Paulo: Perspectiva, 1997. ELIADE, Mircea. Aspectos do Mito. Lisboa: Edições 70, 1963. ______. História das Crenças e das Ideias Religiosa - Da Idade das Pedras aos Mistérios Elêusis. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. ______. Mito e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 1972. FAUR, Mirella. Mistérios nórdicos. São Paulo: Pensamento, 2006. ______. O Anuário da Grande Mãe. São Paulo: Gaia, 2002 GIBSON, M. Os Vikings. São Paulo: Melhoramentos, 1990. LANGER, J. Cultura e gênero na Escandinávia da era Viking: analise morfológica do mito das valquírias. Boletim do NDPH/UNICS. Palmas: CPEA, 2004. LOUTH, Patrick. A civliação dos germanos e viking. Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1979. LURKER, Manfred. Dicionário dos Deuses e Demônios. São Paulo: Martins Fontes, 1993 MALTAURO, Marlon. A representação da mulher viking na Volsunga Saga. Brathair 5 (1), 2005: 32-44. _____. Os Vikings descobrem o novo mundo. Anais. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras. União da Vitória, vol.1, nº 3, 2004. MARASHINSKY, Amy. O oráculo da deusa. São Paulo: Pensamento, 2010. MATTHEWS, Caitlin. Elementos da Deusa. Rio de Janeiro: Ediouro, 1994 PALMA, R. O direito entre os povos nórdicos na chamada era viking (secs. VIII a XI). História do Direito, 2005. PRIETO, Claudinei. Todas as deusas do mundo. São Paulo: Gaia, 2003. QUINTINO, Claudio Crow. A religião da Grande Deusa. São Paulo: Gaia, 2002. ROESDAHL, Else. O Dia-a-dia dos gigantes do gelo. História Viva, Ano II, n. 16, p. 37. SIMONS. G. Os bárbaros na Europa. São Paulo: José Olympio, 1970. Veja mais aqui, aqui e aqui.


LINGUÍSTICA – A lingüística é a ciência que se propõe estudar as línguas, o fenômeno lingüístico de um determinado povo, significando conhecer a estrutura e funcionamento, o sistema fonológico, a estrutura morfológica e o funcionamento sintático. Sendo a ciência das línguas, faz a descrição completa das mais variadas estruturas, compara os estudos no espaço como lingüística contrastiva e no tempo como lingüística histórica; aplca os resultados teóricos no aperfeiçoamento do ensino da língua e tem sempre uma orientação critica. Veja mais aqui.

ATÉ QUARTA, ISABELA – No livro Até quarta, Isabela (Guararapes, 1979), do advogado, escritor e líder das Ligas Camponesas nos anos de 1950, Francisco Julião (1915-1999), destaco o trecho: Esta é uma carta de amor, somente de amor, que te escrevo do cárcere, na esperança de que um dia, daqui a dez anos, já possas lê-la e entendê-la no seu conjunto e em cada uma de suas partes. É uma carta longa como nenhum pai escreveu jamais a uma filha que te como tu, dois meses de idade. Nela não encontrarás uma só gota de ódio ou de amargura. É uma carta de amor, somente de amor, quero repetir com ênfase, dizer bem alto, desse amor todo feito de oferta e renuncia, de dádiva e humildade. Ao escrevê-la, penso em ti como mais uma fonte que se veio juntar à imensa caudal – a humanidade – mas penso também nela, de que és, agora, parte integrante. Falarei assim, do amor que me une a ti e me une à humanidade. [...].

SHAKTISANGAMA TANTRA - A Mulher cria o universo, ela é o próprio corpo desse universo. A Mulher é o suporte dos três mundos, ela é a essência do nosso corpo. Não há felicidade senão aquela proporcionada pela Mulher. Não há outro caminho senão aquele que a Mulher pode abrir para nós. Nunca houve e nunca haverá, nem ontem, nem agora, nem amanhã, nem outra ventura senão a Mulher; nem reino, nem prece, nem peregrinação, nem yoga, nem fórmula mágica (mantra), nem ascese, nem plenitude além daquela prodigalizada pela Mulher. Shaktisangama-Tantra II.52. Veja mais aqui e aqui.

FETICHISMO – Fetichismo é o desejo, fantasia ou o prazer sexual cuja atração maior reside em objetos ou partes do corpo, independente de tais partes serem sexuais ou não. O fetichista se idealiza a partir de um símbolo sexual qualquer, que lhe incendeia e representa a sua tara ou masturbação, ou diretamente no ato sexual. O importante é que o objeto lhe atraia sexualmente, sendo mais forte que qualquer outra coisa, inclusive o próprio ato sexual, precisando que o símbolo de seu fetiche esteja presente. Alguns dos objetos mais usados são roupas íntimas como calcinhas, sutiãs, sapatos, botas, entre outros, e as partes do corpo mais utilizadas são mãos, pés, cabelos, seios, nádegas, pernas, fotos ou desenhos eróticos. Veja mais aqui e aqui.

ABACAXI – O abacaxi é cientificamente denominado de Bromella ananás e em tupi ibacati, significando fruto que cheira muito. É de sabor agradável, uma fruta grande e escamosa, com sulcos simétricos, cada pé produz um único fruto e dão excelente vinho e refresco. É originário da América tropical. É designativo de qualquer encrenca ou negócio difícil de resolver, devendo-se a dificuldade de descascar bem. Veja mais aqui.

O CÉU É CHEIO DE UIVOS, LATIDOS E FÚRIA DOS CÃES DA PRAÇA ROOSEVELT – Na peça teatral O céu é cheio de uivos, latidos e fúria dos cães da praça Roosevelt, de Jarbas Capusso Filho, montagem com direção de Alberto Guzik e apresentada no Espaço dos Sátyros (São Paulo, 2004), que conta a vida de uma prostituta sozinha na loucura urbana, perseguida por fantasma no seu envelhecimento, indignada e humilhada por um fantasma das 18hs da segunda feira, que faz sexo de forma repetitiva, destaco a atuação da atriz Soraya Aguillera.

UM DIA MUITO ESPECIAL – O filme Um dia muito especial (Uma giornata particolare, 1977), do cineasta italiano Ettore Scola, conta a história de um casal que se encontra num dia de maio de 1938, no qual ocorre a visita de Hitler. Eles são vizinhos de prédios, ela é casada com um fascita e machista e ele homossexual e radialista demitido do emprego, quando se descobrem em uma relação intensa. Destaque para atuação da atriz Sophia Loren.

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Quando o negócio tá num nó-cego da peste, o melhor mesmo é se infincar na rebeldia e partir para a desobediência civil de Henri Thoreau aqui.
Escalavradura, Hermes Trismegistus, Sinclair Lewis, Walter Kerr, Beth Gibbons, Phil Morrison, Amy Adams, Yannick Corboz, Jean-Léon Gérôme & Marly Vasconcelos aqui.
Fecamepa, Harvey Spencer Lewis, Donna Tartt, Casimiro de Abreu, Gil Vicente, Cris Delanno, Maeve Quinlan, Gustave Courbet, George Dawnay & Dimensão ético-afetiva do adoecer da classe trabalhadora aqui.
Buda, Loius Claude de Saint-Martin, Omar Khayyãm, Leo Huberman, Otto Friedrich, Dominique Ingres, Felicja Blumental, Mabel Collins, Ingrid Koudela, James Ivory, Ewa Kienko Gawlik & João Câmara aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora celebrando Todo dia é dia da mulher.
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
 Paz na Terra
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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