REMOENDO AS CATRACAS: QUANDO O BOCÓ DÁ NUM MATA-BURRO DA VIELA, VIRGE! A COISA TÁ FEIA MESMO PRONTA PRO FIM DO MUNDO! - Gentamiga do meu Brasil de Maria-vai-com-as-outras! Hoje eu trago uma indagação: Se um sujeito inventasse de começar lendo a “História da riqueza do homem”, de Leo Huberman e, numa tabacada só, emendasse com “O fim do mundo”, de Otto Friedrich, ao final da leitura ele teria esperança ainda no ser humano? Enquanto o Leo Huberman faz um levantamento da evolução das instituições políticas, dos sistemas econômicos e modelos sociais europeia, pautada no materialismo dialético, desde a idade média até o nascimento do nazifascismo, trazendo uma ideia inicial de como surgiram as primeiras teorias econômicas, relacionando o surgimento das teorias com a história, o Otto Friedrich traz o mito do apocalipse presente em todas as culturas, transmitido geração após geração pela tradição oral, analisando as catástrofes que se abateram sobre a humanidade, desde os tempos bíblicos ao medo do holocausto nuclear. Vamos aprumar a conversa aqui, aqui e aqui!
Imagem: Bathing women, do
pintor e desenhista Romantismo francês Dominique
Ingres (1780-1867). Veja mais aqui.
Curtindo os álbuns da coleção de oito cds
com a interpretação da pianista e compositora polonesa Felicja
Blumental (1908 - 1991), iniciativa da filha dela Annette Celine e da Brana
Records. Veja mais aqui.
EPÍGRAFE – Se
um homem conquista em batalha mil vezes mil homens, e outro conquista a si
mesmo, este é o maior dos conquistadores, trecho extraído do livro Dhammapada (Caminho do Dharma),
com máximas em versos agrupados em quatrocentos e vinte e três estrofes,
composto por Siddhartha Gautama, o Buda. Veja mais aqui, aqui, aqui e
aqui.
O
FILÓSOFO DESCONHECIDO –
Entre as obras lidas do Filósofo Desconhecido, atribuídas ao filósofo,
advogado, pensador e místico francês Loius
Claude de Saint-Martin (1743-1803), destaco um dos importantes trechos: Não, homem, objeto caro e sagrado do meu
coração, não temerei o ter-te enganado ao te pintar em cores tão consoladoras
as riquezas, os apoios e os testemunhos que se impõem ao teu redor, a fim de
atestarem ao mesmo tempo o teu destino e os meios que te são oferecidos para
cumpri-lo. Veja mais aqui e aqui.
LEITURA
HUMANA - Entre as várias
obras lidas da escritora mística e teosofista britânica Mabel Collins
(1851-1927), destaco os trechos: [...] Estuda
os corações dos homens, de modo que possas saber como é o mundo em que vives e
do qual serás uma parte. Olha a vida constantemente mudando e movendo-se ao teu
redor, pois ela é formada pelos corações dos homens, e, à medida que tu
aprenderes a compreender a natureza e o significado dos corações, serás capaz,
gradualmente, de ler a palavra maior da vida. [...] Quando o discípulo
está preparado para aprender, então é aceite e reconhecido. Assim deve ser,
porque ele acendeu a sua lâmpada, e esta não pode estar oculta. [...] Cada homem é absolutamente para si
mesmo o caminho, a verdade e a vida. [...] Cada homem é seu absoluto legislador,
o dispensador de glória ou escuridão para si mesmo, o decretador de sua vida,
recompensa e punição. [...]. Veja mais aqui.
RUBAIYAT – O livro Rubaiyat, do poeta, matemático e astrônomo persa dos
séculos XI e XII, Omar Khayyãm (1048-1131), construído com poemas cujas
estrofes de duas linhas com dois hemistíquos cada formando um quarteto, canta a existência humana, a brevidade da
vida, o êxtase e o amor. Entre os poemas destaco os trechos: Além da Terra, pelo infinito, / procurei, em
vão, o Céu e o Inferno, / depois uma vez me disse: Céu e Inferno estão em ti.
[...] Silêncio, dor da minha alma, / deixa-me
procurar um remédio. / É preciso viver; os mortos não se lembram / e eu quero
rever a minha amada. / É grande a tua dor? Não lhe dês atenção. / Lembra-te dos
outros que sofrem inutilmente. / Procura uma linda mulher; mas cuidado, evita
amá-la, / e ela, que não te ame. / Rosas, taças, lábios vermelhos: / brinquedos
que o Tempo estraga; / estudo, meditação, renúncia: / cinzas que o Tempo
espalha. Veja mais aqui e aqui.
CAMINHOS
DO FAZ-DE-CONTA - No
livro Jogos teatrais (Perspectiva, 1984), da escritora, tradutora e
professora universitária Ingrid Koudela, encontrei a parte Caminhos do
faz-de-conta, da qual destaco o trecho: Vejo
um caminho. Às vezes tortuoso, apontam curvas e trilhas sinuosas. De repente a
estrada é larga para dar novamente em uma picada onde se torna necessário até
abrir o caminho com a foice. [...] Algumas
ideias-chave são essenciais para o entendimento do processo de Jogos Teatrais.
A condição fundamental é a criação coletiva onde os jogadores fazem parte de um
todo orgânico motivado pela ação lúdica. Aliada a essa condição está eliminação
dos papéis tradicionais aluno/professor, dicotomia superada pelo principio de
parceria a partir do qual é dissolvido o apelo da aprovação/desaprovação. Não
existe certo errado, nem formas certas ou erradas para a cena. Cada cena é uma
cena. O método das ações físicas propõe que o jogador saia de si mesmo e
focalize o campo de jogo (espaço). [...] Veja mais aqui e aqui.
LE
DIVORCE – A comédia
romântica Le divorce (À francesa,
2003), dirigido por James Ivory e baseado no romance de Diane Johnson, conta a
história de uma mulher que viaja dos Estados Unidos para a Europa, com a
intenção de visitar sua irmã que está grávida e foi abandonada pelo seu marido.
Ao chegar ao seu destino, ela acaba por se apaixonar por um diplomata francês
que é igualmente casado. O destaque do filme é para o time de beldades, a
primeira delas a atriz Naomi Watts que ganhou o Prêmio Wella de melhor atriz no
Festival de Veneza, mais Kate Hudson, Glenn Close e Leslie Caron. Veja mais
aqui.
VEJA MAIS:
Por um novo dia, Machado de Assis, Oswald de Andrade, Sônia Goulart, Ruy Guerra, Sarah Bernhardt & Georges Henri Tribout, Victor de Aveyron aqui.
Psicologia & Literatura, Anton Walter Smetak, Costa-Gavras, Olga Benário, Kazimir Malevich, Pegada de Carbono, Irene Pappás & Camila Morgado aqui.
O baquete do Beliato, Erich Fromm, James Joyce, Manoel de
Barros, Jean Genet, Édith Piaf, Peter Greenaway, Suzana Jardim, Nathan Oliveira, Vivian Wu, Literatura &
Ilustrações Eróticas aqui.
Imagem: a arte da
pintora polonesa Ewa Kienko Gawlik.
Veja mais aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
Imagem: Circa (1980), litografia do
artista plástico João Câmara.