A PROFESSORA - Imagem:
arte do arquiteto, pintor, aquarelista e desenhista Carlos Leão (1906-1983) - Preste atenção! Nunca havia me deliciado
de momento tão estonteantemente marcante quanto aquele que, numa certa ocasião,
uma mulher escandalosamente sedutora apareceu devastando tudo em mim. Na sala
de aula tudo era de um marasmo capaz de entediar o mais aplicado estudante. Era
um blábláblá sem graça, entrasse ou saísse um a um dos professores, a mesma
chatice de sempre. Mas quando ela aparecia na porta, tudo se assanhava. Era um
ouriço só prá checar o olhar, os lábios, a beleza de rosto, os seios, a
cinturinha, as coxas roliças, as pernas torneadas, a elegância, a sedução, tudo
nela era um espetáculo bom demais de se ver e apreciar. Todo mundo ali ficava
enlevado com todos os seus encantos. Não era para menos tanta fartura de
boniteza juntas: inteligência e encanto. E isso provocava tanto momento
paradisíaco que a gente só dava conta quando terminava a aula e tudo voltava ao
pesadelo de sempre. Certa feita estava eu ocupado em dedicar para esta musa uns
versos fogosos, quando ela apontou de lá, vindo com a sua manifestação de gata
lindíssima a me acertar com vendavais medonhos que insistiam em se avolumar
dentro de mim. Eu, evidentemente, acompanhando passo a passo de sua cadência em
minha direção. Certo estava que ela passaria direto para algum outro local na
sala, mas não, para meu espanto, senti seu perfume de perto, quando constatei
debruçada para mim, sussurrando: - Em que você está tão entretido? -,
perguntou-me enquanto eu me arrepiava e isso eletrocutava todas as células do
meu corpo. Nem respondi. Aliás, nem deu tempo de responder, estava perdido.–
Hum -, disse-me -, - é um poema, né? Deixa eu ver? -, pediu-me delicada e
deliciosamente coibindo-me qualquer iniciativa a não ser permitir que flagrasse
a minha louca tesão, o meu desejo pronunciado, a minha loucura por admirá-la
além de tudo. Enquanto ela lia atentamente meus versos tarados, eu fitava a
generosa e fantástica panorâmica espetacular projetada do abissal decote com
aquelas duas maiores graças do mundo: aquele par de seios mais palpitantes que
me fazia encher a boca d´água, lambendo os beiços e deprecando explorá-los com
todos os buliçosos contatos de carinho que eu pudesse demonstrar por gratidão.
Era sedução demais. Quando ela percebeu a minha agonia, afastou-se flagrando o
marujo de primeira viagem que era eu hipnotizado pela beleza de seu corpo. Com
um suspiro profundo, ela saiu de mansinho deixando o seu perfume nos meus
sentidos, a sua gostosura bulindo por dentro de mim: quanta harmonia, beleza,
luxúria e inquietação emanando assim à flor da pele. Não era uma mulher, era
uma deusa, um milagre real. Incontrolavelmente tudo dela permaneceu trepidando
nas minhas idéias, querências e alucinação. Claro que não consegui terminar o
poema porque nunca me dava por satisfeito. O poema era pouco, ela era demais e
toda vez que ela passava reboladora impune com a sua candura de putinha malvada
a descabelar a minha libido, eu me dizia: - Essa professora é muito gostosa!!!
É gostosa demais!!! Sabia que aquilo tudo era inacessível demais. Ela, com
certeza, era inatingível para mim, recruta e sem atributo algum que a fizesse
ter qualquer afeição. Não deixei de mão, fiquei ali alimentando o meu amor por
sonhos e sonhos. Quem sabe? A vida apronta coisas que a gente nem imagina. Pois
é. Dias depois quando tive que procurar pela supervisão da escola, nem dei o
primeiro passo dentro da sala e meu olhar aguçado logo encontrou aquela que
atormentava meus sonhos, desejos e senso. O maior alvoroço deu-se dentro de mim
a ponto de não poder controlar minhas reações. Meu pênis endureceu e eu fiquei
mais abobalhado que nunca. Inevitavelmente ela deu conta disso e mandou-me
chegar mais perto. Fechei a porta num impulso inconsciente e me dirigi até ela
completamente tomado por sua candura. Ela abriu um sorriso e levou sua mão até
onde meu caralho enrijecido fazia volume na calça. – Hum... -, ronronou – está
excitado, hem? -, perguntou-me enquanto eu não sabia nem o que dizer nem fazer,
imóvel. Foi aí que ela levantou-se e me empurrou até a parede, aproveitando
para travar a porta enquanto desatacava minha calça e arreava o zíper, até ver
o meu membro livre e inchado pronto para a sua manipulação exímia. Nossa, eu
sentia tudo revolucionando dentro de mim, perdidamente envolvido por aquela
maravilha abundante a se acercar de tudo ao meu redor. Primeiro ela lambeu-me
os lábios, o batom rubro tatuando minha cobiça, irradiando uma descarga
elétrica que me fazia cada vez mais imóvel e pronto para ser servido por suas
garras de fera selvagem. Eu sabia que ali, assim, estava sendo o seu repasto,
marujo desse mar, aluno obediente, fui deixando que me levasse pelos mistérios
da sedução. Não havia outra opção, evidentemente. Tomou-me em seus braços de
sereia safada para a dança voluptuosa do sexo em ebulição. Permiti que me
levasse sempre grato por aquele momento. A sua língua percorreu minhas faces,
meus ouvidos, pescoço, ombros, caixa torácica, umbigo, até alcançar minha pica
latejante pronta para esporrar toda minha satisfação. Ela beijou, lambeu,
sugou, chupou, friccionou demais, engoliu e se satisfez do meu caralho que não
agüentou mais e gozou abundantemente com a felação. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!!!
Aquilo era bom demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis. Ao
término de explorar todo o meu prazer demoradamente, ela levantou-se, fitou-me
e tascou um beijo apaixonante. Que lábios, que gostosura, que tesão! Com isso
fiquei varando dias e noites nas nuvens, levitando e sem me dar conta de nada,
não vendo ou ouvindo ou sentindo nada, somente a efígie daquela mulher povoando
meus sonhos: a professora que era a fêmea tesuda e a puta mais gostosa. Tudo
isso era demais para mim. Quando do nada, eis que me deparo novamente com
aquela que me faz o sujeito mais afortunado do mundo, como uma nave sedutora me
carregando ao orgasmo das acrobacias. Ela sabia que eu já andava com a cabeça
no outro mundo: o mundo dela. Foi quando ela me pegou pelo braço, fez-me sentar
na carteira, aboletou-se confortavelmente sobre o birô e com a mão sutilmente
empurrava um livro que ali se encontrava até cair no chão. Levantei-me para
apanhá-lo quando ela descruzou as pernas e pude ver a bocetinha linda embaixo
da saia sem calcinha. Que maravilha! Fiquei como sempre fico com a boca cheia
d´água e loucamente lambi como sempre fico lambendo os beiços numa
circunstância dessa, a língua coçando e louco para chupá-la freneticamente. Ela,
propositalmente, mais se arreganhava e eu imantado por sua priquitinha linda,
fui me aprontando, desenvolto e insaciável para vê-la revirar os olhos na
cunilíngua. Que boceta gostosa demais! Chupei, lambi, revirei seus céus e
infernos, matei minha sede na sua fonte maravilhosa. Ela grunhia, gemia,
ronronava, se agitava com o meu bulício todo enquanto gozava simultaneamente
seus vários orgasmos, até cair desmaiada, de bruços, sobre a mesa. Fanatizado
com toda a sua beleza, fiquei beijando suas nádegas, que glúteo! Coisa mais
linda de se ver. Ela, então, me pediu: - Bota essa gostosura na minha bundinha,
vai! Bota essa gostosura toda na bundinha da sua professora, por favor, vai!
Quero ser sua todinha! Enquanto dizia, vasculhou na bolsa e me entregou uma
bisnaga de vaselina. Meu pau estava mais duro que antes. Lambuzei todinho com a
pasta e fui bem devagar procurando me enfiar no seu ânus róseo. Não havia como
ser de outra forma. Aí, limpei a área, apontei a gula e parti pro gol naquele
colossal corpo de melhor aventura onde ecoava a vida, gorjeavam todos os
pássaros, bramiam todos os mares, balançavam todos os ventos brandos, viravam
todas as noites e dias, explodiam todas as erupções vulcânicas, incendiavam
todos os sentimentos, eclodiam todos os redemoinhos de paixões agudas, todas as
folias de carnaval, todas as querências do fogo, todas as águas movediças,
todos os mistérios das florestas, todas as provocações de gozar mais e mais
para todo o sempre, amém. Dei partida no motor concentrando-me no foco, no
close, no enquadramento daquela bundinha arrebitada a me fazer senhor daquela
potranca que me descabelava e me dava a oportunidade de ser feliz. Enquanto
isso, ela insistia: - Vai, bota logo, bota todinha que eu quero gozar! Vai,
gostoso, come a bundinha da professora, vai! -, com isso eu me enfezava teso,
deslizando meu caralho naquele cuzinho lindo e gostoso, ela rebolando, eu
enfiando tudo, botando e tirando, ela agitada, eu me lavando em suor de tesão,
empurrando tudo, botando quente, fodendo, gozando além da conta e totalmente
demais na maior festa de papel picado dentro de mim. Deitei-me sobre seu corpo
e fiquei ali bastante tempo só a beijar aquela a quem eu, dono de tudo, me
entregava refém de seus caprichos sexuais, guardando todos os prazeres da carne
na minha alma até hoje atormentada. ©Luiz Alberto Machado. Direitos reservados
do autor. Veja mais aqui e aqui.
Imagem: arte do arquiteto, pintor, aquarelista e desenhista Carlos Leão (1906-1983)
Curtindo o álbum Falange canibal (Sony BMG, 2002), do cantor e compositor Lenine. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
MÚSICA
PREDATÓRIA BRASILEIRA – Nós, brasileiros, temos um solo fértil:
nestes 500 anos desde o “estupro”, tudo o que importamos – o ocidental, o
negro, o árabe, etc. – floresceu aqui com um sabor diferente, um colorido
especial, uma sensualidade na ginga, no jogo de cintura, que é ímpar. É o tal do
canibal. Comer e assimilar. Essa atitude predatória, talvez a única e preciosa
herança indígena de antes do Descobrimento, é nosso bem maior, nosso ás na
manga, nossa vantagem estratégica. A combustão espontânea, a magia do
improviso, a química da rua, a crônica do bairro, a experimentação, o descomprometimento
com quaisquer regras, o virgor e o rigor dos irrequietos, o livre trânsito, a
liberdade e a mistura, acho que esses serão sempre os ingredientes da música de
qualquer futuro. Texto do cantor e compositor Lenine, Viva o canibalismo! A
democratização tecnológica leva ao Pop Planetário (Bravo, outubro, 2001).
Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
A SOCIEDADE DA MENTE: “O que nos resta fazer quando as coisas são difíceis para descrever? Começamos por esboçar as formas mais irregulares, a fim de que sirvam de ponto de apoio para o resto; não importa muito se algumas destas formas saiam ligeiramente erradas. Em seguida delinearemos os detalhes para dar a estes esqueletos uma carnadura mais parecida com a vida. Por ultimo, na complementação, abandonamos quaisquer idéias iniciais que já não nos sirvam mais. É isto que fazemos na vida real com os problemas que parecem difíceis demais. Acontece o mesmo com os objetos espatifados, assim como com os dentes da engrenagem das máquinas. Enquanto você não tiver visto um pouco mais, não conseguirá entender parte alguma” Marvin Minsky é um dos fundadores do laboratório de Inteligencia Artificial do Massachussets Institute of Technology – EUA e autor da obra A sociedade da mente. FONTE: MINSKY, Marvin. A sociedade da mente. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. Veja mais aqui.
LENDA
DO MEL – No livro Herbalismo: o uso de ervas através dos
tempos (Renes, 1982), de Ralph
Whiteside Kerr, encontro a lenda do mel: [...] um antigo homem das cavernas, cujo nome era Ooomah, que certo dia
voltava, muito tarde, de uma caçada, numa quente tarde de verão. Ele vinha por
uma clareira da floresta e o chão à sua volta estava jucado de lindas flores
coloridas. Ooomah era muito diferente dos outros habitantes das cavernas, pois
começava a perceber as diferenças entre odores perigosos e perfumes agradáveis.
Ele parou para descansar por instantes e deliciar-se com o aroma agradável,
enquanto observava melhor o tapete formado pela florada. Nesse momento, um
inseto lhe picou o braço e ele sentiu forte dor. Então, o inseto voou e uniu-se
a outros iguais, que formavam um enxame no tronco de uma árvore próxima. Ooomah
ficou curioso e foi investigar. Havia ali uma espécie de ninho, do qual
escorria um material pegajoso. Quando levantou a mão para sentir aquela
substancia, outra abelha o ferroou. Irritado, levou o dedo à boca, para aliviar
a dor, e sua expressão mudou, como se o deus do prazer estivesse sorrindo para
ele. Aquele material pegajoso tinha um sabor maravilhoso! Correndo o risco de
ser picado novamente, procurou alcançar maior quantidade do material e resolver
quebrar o ninho que estava preso à arvore. Aquilo era algo que ele precisava
dividir com sua companheira e vizinhos, nas cavernas. Deixando no prado florido
o produto de sua caça, a carcaça de um jovem animal, ele correu pela floresta
em direção à sua caverna, levando o preciso favo de mel. Cumprimentou a
companheira e os filhos com sorrisos e gestos e mostrou a maravilhosa
descoberta que havia feito. Os gritos de satisfação e alegria mostravam-lhe que
todos lhe tinham aprovado a descoberta, que aquela coisa doce e pegajosa era
deliciosa. Os moradores das cavernas vizinhas, atraídos pelos gritos de
alegria, afluíram para lá, para saber a causa de tanta excitação. Ooomah explicou
com algumas palavras guturais e muitos gestos de mãos. E como tinha sobrado mel,
cada um pôde provar um pouco. Seguiu-se um verdadeiro alvoroço. Dirigiram-se
todos à floresta, para procurar um pouco daquela deliciosa substancia grudenta.
Inaugurava-se uma época feliz na alimentação e nutrição. Desde essa época, na
lenda e na história, o mel tem sido com justiça considerado um dos produtos
mais benéficos e usados da alquimia da natureza. Veja mais aqui e aqui.
ESSE
AMOR – Entre os poemas
da poeta Columbina, pseudônimo de Yde Schloenbach Blumenschein
(1882-1963), destaco o soneto Esse amor: Há
um abismo entre nós. E apesar dessa falta / de ventura e de paz, nosso amor
continua... / cada dia é maior, é mais forte, e mais alta / e imperiosa a paixão
que em nosso sangue estua. / Longe de ti, meu ser emocionado exalta / em rimas
de ouro e sol – cada caria tua! / E em meu verso integral, canta, fulge,
ressalta / o infinito amor que o teu nome insinua... / Não me podes amar como
eu quisera. É certo. / Mas não existem leis, nem certidões, nem peias / quando
os teus olhos beijos e as tuas mãos aperto. / Tardas... mas, quando vens, eu
sinto que me queres, / que pela minha voz, pelo meu beijo anseias, / e sou a
mais feliz de todas as mulheres! Veja mais aqui e aqui.
NORA
& CASA DE BONECAS –
A peça teatral Casa de Bonecas (1878),
do dramaturgo do Realismo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), conta a
história de uma dona de casa que descobre como era frágil sua felicidade, após
ser descoberta em uma pequena tramoia, que ciou apenas para proteger seu
marido. Ela termina abandonando o lar e o realismo critico da sociedade, em
pleno século XIX, antecipa o feminismo e os movimentos sufragistas com a
marcante personagem da literatura ocidental, Nora, com uma dimensão dramática bastante
grandiosa. Veja mais aqui e aqui.
MORTEL
TRANSFER – O filme Mortel Transfert
(2001), dirigido por Jean-Jacques Beineix, é uma adaptação do romance homônimo de
Jean-Pierre Gattegno, contando a história de um psicanalista que tem o hábito
de deixar cair fora para dormir enquanto escuta seus pacientes, eis que no fim
de uma sessão, uma paciente não se move, resultando numa trama em que o
comissário de polícia investiga a morte dessa paciente. O destaque fica por
conta da atuação da atriz romena Valentina Sauca. Veja mais aqui.
IMAGEM
DO DIA
Todo dia é dia da atriz romena Valentina Sauca.
Veja
mais sobre:
A manhã
de Madalena na Manguaba, Jorge de
Lima, Nando Cordel, Em busca de vida, Psicologia & Contação de histórias aqui.
E mais:
Violência
contra crianças e adolescentes, Ralf Waldo Emerson, Antônio
Carlos Secchin, Rodolfo
Mederos, Izaías Almada, Andrew Niccol, Orlando Teruz, Rita
Levi-Montalcini & Madame Bovary aqui.
ENEM
& Os segundos de sabedoria aqui.
Literatura
de Cordel: A mulher de antigamente e a mulher de hoje em dia, de Manoel Monteiro aqui.
O Direito
como sistema autopoiético aqui.
A Terra, Saint-Martin, Salvador Espriu, Ettore Scola, Lidia
Bazarian, Antonio Bivar,Xue Yanqun, Teles Júnior, Adriana Russo, Direitos
fundamentais & garantias constitucionais aqui.
Big Shit
Bôbras, Indignação, Calígula, Ísis Nefelibata & Tabela de Graduação do
Machochô aqui.
Cooperativismo
e reforma agrária aqui.
Big Shit
Bôbras, Provébio Chinês, Liderança essencial, A qualidade na escola, Johann Nepomuk Geiger & a Oração das mulheres resolvidas aqui.
As musas
Tataritaritatá aqui.
Educação
sexual & Gravidez na adolescência aqui.
Direito
à Saúde aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: arte do arquiteto, pintor, aquarelista e desenhista Carlos Leão (1906-1983).
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá