domingo, abril 18, 2010

IBSEN, MINSKY, LENINE, COLUMBINA, CARLOS LEÃO, HERBALISMO & EROTISMO!



A PROFESSORA - Imagem: arte do arquiteto, pintor, aquarelista e desenhista Carlos Leão (1906-1983) - Preste atenção! Nunca havia me deliciado de momento tão estonteantemente marcante quanto aquele que, numa certa ocasião, uma mulher escandalosamente sedutora apareceu devastando tudo em mim. Na sala de aula tudo era de um marasmo capaz de entediar o mais aplicado estudante. Era um blábláblá sem graça, entrasse ou saísse um a um dos professores, a mesma chatice de sempre. Mas quando ela aparecia na porta, tudo se assanhava. Era um ouriço só prá checar o olhar, os lábios, a beleza de rosto, os seios, a cinturinha, as coxas roliças, as pernas torneadas, a elegância, a sedução, tudo nela era um espetáculo bom demais de se ver e apreciar. Todo mundo ali ficava enlevado com todos os seus encantos. Não era para menos tanta fartura de boniteza juntas: inteligência e encanto. E isso provocava tanto momento paradisíaco que a gente só dava conta quando terminava a aula e tudo voltava ao pesadelo de sempre. Certa feita estava eu ocupado em dedicar para esta musa uns versos fogosos, quando ela apontou de lá, vindo com a sua manifestação de gata lindíssima a me acertar com vendavais medonhos que insistiam em se avolumar dentro de mim. Eu, evidentemente, acompanhando passo a passo de sua cadência em minha direção. Certo estava que ela passaria direto para algum outro local na sala, mas não, para meu espanto, senti seu perfume de perto, quando constatei debruçada para mim, sussurrando: - Em que você está tão entretido? -, perguntou-me enquanto eu me arrepiava e isso eletrocutava todas as células do meu corpo. Nem respondi. Aliás, nem deu tempo de responder, estava perdido.– Hum -, disse-me -, - é um poema, né? Deixa eu ver? -, pediu-me delicada e deliciosamente coibindo-me qualquer iniciativa a não ser permitir que flagrasse a minha louca tesão, o meu desejo pronunciado, a minha loucura por admirá-la além de tudo. Enquanto ela lia atentamente meus versos tarados, eu fitava a generosa e fantástica panorâmica espetacular projetada do abissal decote com aquelas duas maiores graças do mundo: aquele par de seios mais palpitantes que me fazia encher a boca d´água, lambendo os beiços e deprecando explorá-los com todos os buliçosos contatos de carinho que eu pudesse demonstrar por gratidão. Era sedução demais. Quando ela percebeu a minha agonia, afastou-se flagrando o marujo de primeira viagem que era eu hipnotizado pela beleza de seu corpo. Com um suspiro profundo, ela saiu de mansinho deixando o seu perfume nos meus sentidos, a sua gostosura bulindo por dentro de mim: quanta harmonia, beleza, luxúria e inquietação emanando assim à flor da pele. Não era uma mulher, era uma deusa, um milagre real. Incontrolavelmente tudo dela permaneceu trepidando nas minhas idéias, querências e alucinação. Claro que não consegui terminar o poema porque nunca me dava por satisfeito. O poema era pouco, ela era demais e toda vez que ela passava reboladora impune com a sua candura de putinha malvada a descabelar a minha libido, eu me dizia: - Essa professora é muito gostosa!!! É gostosa demais!!! Sabia que aquilo tudo era inacessível demais. Ela, com certeza, era inatingível para mim, recruta e sem atributo algum que a fizesse ter qualquer afeição. Não deixei de mão, fiquei ali alimentando o meu amor por sonhos e sonhos. Quem sabe? A vida apronta coisas que a gente nem imagina. Pois é. Dias depois quando tive que procurar pela supervisão da escola, nem dei o primeiro passo dentro da sala e meu olhar aguçado logo encontrou aquela que atormentava meus sonhos, desejos e senso. O maior alvoroço deu-se dentro de mim a ponto de não poder controlar minhas reações. Meu pênis endureceu e eu fiquei mais abobalhado que nunca. Inevitavelmente ela deu conta disso e mandou-me chegar mais perto. Fechei a porta num impulso inconsciente e me dirigi até ela completamente tomado por sua candura. Ela abriu um sorriso e levou sua mão até onde meu caralho enrijecido fazia volume na calça. – Hum... -, ronronou – está excitado, hem? -, perguntou-me enquanto eu não sabia nem o que dizer nem fazer, imóvel. Foi aí que ela levantou-se e me empurrou até a parede, aproveitando para travar a porta enquanto desatacava minha calça e arreava o zíper, até ver o meu membro livre e inchado pronto para a sua manipulação exímia. Nossa, eu sentia tudo revolucionando dentro de mim, perdidamente envolvido por aquela maravilha abundante a se acercar de tudo ao meu redor. Primeiro ela lambeu-me os lábios, o batom rubro tatuando minha cobiça, irradiando uma descarga elétrica que me fazia cada vez mais imóvel e pronto para ser servido por suas garras de fera selvagem. Eu sabia que ali, assim, estava sendo o seu repasto, marujo desse mar, aluno obediente, fui deixando que me levasse pelos mistérios da sedução. Não havia outra opção, evidentemente. Tomou-me em seus braços de sereia safada para a dança voluptuosa do sexo em ebulição. Permiti que me levasse sempre grato por aquele momento. A sua língua percorreu minhas faces, meus ouvidos, pescoço, ombros, caixa torácica, umbigo, até alcançar minha pica latejante pronta para esporrar toda minha satisfação. Ela beijou, lambeu, sugou, chupou, friccionou demais, engoliu e se satisfez do meu caralho que não agüentou mais e gozou abundantemente com a felação. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!!! Aquilo era bom demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis. Ao término de explorar todo o meu prazer demoradamente, ela levantou-se, fitou-me e tascou um beijo apaixonante. Que lábios, que gostosura, que tesão! Com isso fiquei varando dias e noites nas nuvens, levitando e sem me dar conta de nada, não vendo ou ouvindo ou sentindo nada, somente a efígie daquela mulher povoando meus sonhos: a professora que era a fêmea tesuda e a puta mais gostosa. Tudo isso era demais para mim. Quando do nada, eis que me deparo novamente com aquela que me faz o sujeito mais afortunado do mundo, como uma nave sedutora me carregando ao orgasmo das acrobacias. Ela sabia que eu já andava com a cabeça no outro mundo: o mundo dela. Foi quando ela me pegou pelo braço, fez-me sentar na carteira, aboletou-se confortavelmente sobre o birô e com a mão sutilmente empurrava um livro que ali se encontrava até cair no chão. Levantei-me para apanhá-lo quando ela descruzou as pernas e pude ver a bocetinha linda embaixo da saia sem calcinha. Que maravilha! Fiquei como sempre fico com a boca cheia d´água e loucamente lambi como sempre fico lambendo os beiços numa circunstância dessa, a língua coçando e louco para chupá-la freneticamente. Ela, propositalmente, mais se arreganhava e eu imantado por sua priquitinha linda, fui me aprontando, desenvolto e insaciável para vê-la revirar os olhos na cunilíngua. Que boceta gostosa demais! Chupei, lambi, revirei seus céus e infernos, matei minha sede na sua fonte maravilhosa. Ela grunhia, gemia, ronronava, se agitava com o meu bulício todo enquanto gozava simultaneamente seus vários orgasmos, até cair desmaiada, de bruços, sobre a mesa. Fanatizado com toda a sua beleza, fiquei beijando suas nádegas, que glúteo! Coisa mais linda de se ver. Ela, então, me pediu: - Bota essa gostosura na minha bundinha, vai! Bota essa gostosura toda na bundinha da sua professora, por favor, vai! Quero ser sua todinha! Enquanto dizia, vasculhou na bolsa e me entregou uma bisnaga de vaselina. Meu pau estava mais duro que antes. Lambuzei todinho com a pasta e fui bem devagar procurando me enfiar no seu ânus róseo. Não havia como ser de outra forma. Aí, limpei a área, apontei a gula e parti pro gol naquele colossal corpo de melhor aventura onde ecoava a vida, gorjeavam todos os pássaros, bramiam todos os mares, balançavam todos os ventos brandos, viravam todas as noites e dias, explodiam todas as erupções vulcânicas, incendiavam todos os sentimentos, eclodiam todos os redemoinhos de paixões agudas, todas as folias de carnaval, todas as querências do fogo, todas as águas movediças, todos os mistérios das florestas, todas as provocações de gozar mais e mais para todo o sempre, amém. Dei partida no motor concentrando-me no foco, no close, no enquadramento daquela bundinha arrebitada a me fazer senhor daquela potranca que me descabelava e me dava a oportunidade de ser feliz. Enquanto isso, ela insistia: - Vai, bota logo, bota todinha que eu quero gozar! Vai, gostoso, come a bundinha da professora, vai! -, com isso eu me enfezava teso, deslizando meu caralho naquele cuzinho lindo e gostoso, ela rebolando, eu enfiando tudo, botando e tirando, ela agitada, eu me lavando em suor de tesão, empurrando tudo, botando quente, fodendo, gozando além da conta e totalmente demais na maior festa de papel picado dentro de mim. Deitei-me sobre seu corpo e fiquei ali bastante tempo só a beijar aquela a quem eu, dono de tudo, me entregava refém de seus caprichos sexuais, guardando todos os prazeres da carne na minha alma até hoje atormentada. ©Luiz Alberto Machado. Direitos reservados do autor. Veja mais aqui e aqui.


Imagem: arte do arquiteto, pintor, aquarelista e desenhista Carlos Leão (1906-1983)


Curtindo o álbum Falange canibal (Sony BMG, 2002), do cantor e compositor Lenine. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

MÚSICA PREDATÓRIA BRASILEIRANós, brasileiros, temos um solo fértil: nestes 500 anos desde o “estupro”, tudo o que importamos – o ocidental, o negro, o árabe, etc. – floresceu aqui com um sabor diferente, um colorido especial, uma sensualidade na ginga, no jogo de cintura, que é ímpar. É o tal do canibal. Comer e assimilar. Essa atitude predatória, talvez a única e preciosa herança indígena de antes do Descobrimento, é nosso bem maior, nosso ás na manga, nossa vantagem estratégica. A combustão espontânea, a magia do improviso, a química da rua, a crônica do bairro, a experimentação, o descomprometimento com quaisquer regras, o virgor e o rigor dos irrequietos, o livre trânsito, a liberdade e a mistura, acho que esses serão sempre os ingredientes da música de qualquer futuro. Texto do cantor e compositor Lenine, Viva o canibalismo! A democratização tecnológica leva ao Pop Planetário (Bravo, outubro, 2001). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.


A SOCIEDADE DA MENTE: “O que nos resta fazer quando as coisas são difíceis para descrever? Começamos por esboçar as formas mais irregulares, a fim de que sirvam de ponto de apoio para o resto; não importa muito se algumas destas formas saiam ligeiramente erradas. Em seguida delinearemos os detalhes para dar a estes esqueletos uma carnadura mais parecida com a vida. Por ultimo, na complementação, abandonamos quaisquer idéias iniciais que já não nos sirvam mais. É isto que fazemos na vida real com os problemas que parecem difíceis demais. Acontece o mesmo com os objetos espatifados, assim como com os dentes da engrenagem das máquinas. Enquanto você não tiver visto um pouco mais, não conseguirá entender parte alguma” Marvin Minsky é um dos fundadores do laboratório de Inteligencia Artificial do Massachussets Institute of Technology – EUA e autor da obra A sociedade da mente. FONTE: MINSKY, Marvin. A sociedade da mente. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. Veja mais aqui.



LENDA DO MEL – No livro Herbalismo: o uso de ervas através dos tempos (Renes, 1982), de Ralph Whiteside Kerr, encontro a lenda do mel: [...] um antigo homem das cavernas, cujo nome era Ooomah, que certo dia voltava, muito tarde, de uma caçada, numa quente tarde de verão. Ele vinha por uma clareira da floresta e o chão à sua volta estava jucado de lindas flores coloridas. Ooomah era muito diferente dos outros habitantes das cavernas, pois começava a perceber as diferenças entre odores perigosos e perfumes agradáveis. Ele parou para descansar por instantes e deliciar-se com o aroma agradável, enquanto observava melhor o tapete formado pela florada. Nesse momento, um inseto lhe picou o braço e ele sentiu forte dor. Então, o inseto voou e uniu-se a outros iguais, que formavam um enxame no tronco de uma árvore próxima. Ooomah ficou curioso e foi investigar. Havia ali uma espécie de ninho, do qual escorria um material pegajoso. Quando levantou a mão para sentir aquela substancia, outra abelha o ferroou. Irritado, levou o dedo à boca, para aliviar a dor, e sua expressão mudou, como se o deus do prazer estivesse sorrindo para ele. Aquele material pegajoso tinha um sabor maravilhoso! Correndo o risco de ser picado novamente, procurou alcançar maior quantidade do material e resolver quebrar o ninho que estava preso à arvore. Aquilo era algo que ele precisava dividir com sua companheira e vizinhos, nas cavernas. Deixando no prado florido o produto de sua caça, a carcaça de um jovem animal, ele correu pela floresta em direção à sua caverna, levando o preciso favo de mel. Cumprimentou a companheira e os filhos com sorrisos e gestos e mostrou a maravilhosa descoberta que havia feito. Os gritos de satisfação e alegria mostravam-lhe que todos lhe tinham aprovado a descoberta, que aquela coisa doce e pegajosa era deliciosa. Os moradores das cavernas vizinhas, atraídos pelos gritos de alegria, afluíram para lá, para saber a causa de tanta excitação. Ooomah explicou com algumas palavras guturais e muitos gestos de mãos. E como tinha sobrado mel, cada um pôde provar um pouco. Seguiu-se um verdadeiro alvoroço. Dirigiram-se todos à floresta, para procurar um pouco daquela deliciosa substancia grudenta. Inaugurava-se uma época feliz na alimentação e nutrição. Desde essa época, na lenda e na história, o mel tem sido com justiça considerado um dos produtos mais benéficos e usados da alquimia da natureza. Veja mais aqui e aqui.

ESSE AMOR – Entre os poemas da poeta Columbina, pseudônimo de Yde Schloenbach Blumenschein (1882-1963), destaco o soneto Esse amor: Há um abismo entre nós. E apesar dessa falta / de ventura e de paz, nosso amor continua... / cada dia é maior, é mais forte, e mais alta / e imperiosa a paixão que em nosso sangue estua. / Longe de ti, meu ser emocionado exalta / em rimas de ouro e sol – cada caria tua! / E em meu verso integral, canta, fulge, ressalta / o infinito amor que o teu nome insinua... / Não me podes amar como eu quisera. É certo. / Mas não existem leis, nem certidões, nem peias / quando os teus olhos beijos e as tuas mãos aperto. / Tardas... mas, quando vens, eu sinto que me queres, / que pela minha voz, pelo meu beijo anseias, / e sou a mais feliz de todas as mulheres! Veja mais aqui e aqui.

NORA & CASA DE BONECAS – A peça teatral Casa de Bonecas (1878), do dramaturgo do Realismo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), conta a história de uma dona de casa que descobre como era frágil sua felicidade, após ser descoberta em uma pequena tramoia, que ciou apenas para proteger seu marido. Ela termina abandonando o lar e o realismo critico da sociedade, em pleno século XIX, antecipa o feminismo e os movimentos sufragistas com a marcante personagem da literatura ocidental, Nora, com uma dimensão dramática bastante grandiosa. Veja mais aqui e aqui.

MORTEL TRANSFER – O filme Mortel Transfert (2001), dirigido por Jean-Jacques Beineix, é uma adaptação do romance homônimo de Jean-Pierre Gattegno, contando a história de um psicanalista que tem o hábito de deixar cair fora para dormir enquanto escuta seus pacientes, eis que no fim de uma sessão, uma paciente não se move, resultando numa trama em que o comissário de polícia investiga a morte dessa paciente. O destaque fica por conta da atuação da atriz romena Valentina Sauca. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
 Todo dia é dia da atriz romena Valentina Sauca.




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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
 Imagem: arte do arquiteto, pintor, aquarelista e desenhista Carlos Leão (1906-1983).
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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