tag:blogger.com,1999:blog-186374872024-03-19T05:47:07.057-03:00TATARITARITATÁTATARITARITATÁ: VAMOS APRUMAR A CONVERSA - Literatura, Teatro, Música & Pesquisas de Luiz Alberto Machado (LAM). Show, cantarau, recital, palestras, oficinas, dicas & informações. Doações Chave Pix: luizalbertomachado@gmail.comLuiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comBlogger3018125tag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-87338505730800019112024-03-18T14:45:00.004-03:002024-03-18T14:45:39.354-03:00JUDITH BUTLER, EDA AHI, EVA GARCÍA SÁENZ, DAMA DO TEATRO & EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR3RTyB2cKp8NeZJq44EflO_TbGR3Q6tApxlesUY4Dx9n4t47YIgv1H2zP81ixecMrDsh8qF7cv94Mj_86rZ4kIkO1pQu6xaCfzUH2X0MiyXnueprr0ffeZ0SyOkqyYjw4TJGo8TycxDgWGNJwsNKnu7XKr_GBwkQbVR-fsCBhMDqf_wWMg42qGw/s3507/ARTLAM%20SALVE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2485" data-original-width="3507" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR3RTyB2cKp8NeZJq44EflO_TbGR3Q6tApxlesUY4Dx9n4t47YIgv1H2zP81ixecMrDsh8qF7cv94Mj_86rZ4kIkO1pQu6xaCfzUH2X0MiyXnueprr0ffeZ0SyOkqyYjw4TJGo8TycxDgWGNJwsNKnu7XKr_GBwkQbVR-fsCBhMDqf_wWMg42qGw/w400-h284/ARTLAM%20SALVE.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Acervo ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><i><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt;">A música contemporânea possui uma ligação
intrínseca com a música do passado; muitas vezes, um passado muito distante.
Como um processo contínuo que nunca se rompeu completamente... Toquem, gravem e
divulguem obras de compositoras, de compositores, de grupos étnicos não
privilegiados pela mídia</span></i><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt;">... <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt;">Ao som de <span class="yt-core-attributed-string--link-inherit-color"><i>O porto e outros portos</i>
(2020), <i>Pêndulo</i> (2021) e </span><i>Canção de outono</i> (<span class="yt-core-attributed-string--link-inherit-color">USP-Filarmônica, 2023), da
compositora <a name="_Hlk161648422"><b>Silvia Berg</b></a>, que também é
regente, professora e pesquisadora da USP. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a name="_Hlk161648233"><b>SALVE A MÚTUA LOQUACIDADE
DOS ENTROCAMENTOS ESCATOLÓGICOS... </b></a><b>- </b>Um passo, tal uma jogada: não atravessará impune o
tabuleiro, ninguém. Uma tuia de imprevisibilidades no ar e por um triz. Livre-se
ou passe bem. Pode-se, de qualquer forma, a tentativa de burlar pelo ileísmo e
levar como se fosse fulano escapando de <i>gaslighting</i>, síndrome de
juvenoia e outras sindêmicas calamidades dessa doida pós-modernidade. Lá ou cá,
há quem sofra de abstinência financeira e do <span class="hgkelc"><span lang="PT">paradoxo de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/06/as-muitas-e-tantas-do-rei-salomao.html" target="_blank">Salomão</a></b>, quando menos mal: se o terraço caiu, logo logo
não sobrará nada além do quintal devastado. Isso poderia ser o caos, para dizer
o mínimo. O que não é nada para quem nunca teve moderação </span></span>com gastos e cois&tal.
Na vera, melhor seguir <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/aldous-huxley-camille-corot-armando.html" name="_Hlk161648261" target="_blank"><b>Ariana Harwicz</b></a>: <i>Devemos
parecer entusiasmados, devemos mostrar aos outros que aproveitamos a vida</i>...
Mesmo que saiba que ninguém está isento de lapadas tidas por injustificáveis na
vida, dizer asneiras ou blasfêmias será sempre como se aliviando na privada. Ato
falho que seja é sempre ofensa e todo mundo vive de véspera: quando chega o
grande dia já não tem a menor graça. <a name="_Hlk161647901">E se não tiver uma
panelinha agitando todo coreto, o resto é tudo do contra: todos são cúmplices
até que se prove qualquer inocência</a>. Vale o que disse <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/03/olive-schriner-suzana-amaral-ana-maria.html" name="_Hlk161648278" target="_blank"><b>Olive Schriner</b></a>: <i>Sem sonhos e fantasmas o
homem não pode existir</i>... Então, mãos à obra! Faz tempo que a estupidez
chegou aqui pra ficar e isso há uns 500 anos... hoje quem não é estúpido na
entrada, deixa o rastro fedorento na saída. Nem ligue se tudo parecia com as
risadagens aos peidos de festa do <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/01/mozart-klara-wurtz-schelling-jenna.html" target="_blank">Mozart</a></b> - no cânone em si bemol maior, <i><span lang="DE">Leck mich im Arsch</span></i>, para seis vozes em uma rodada de três partes, K231 (K.382c).
Maior alarido. Acha pouco? <a name="_Hlk161647965">Na verdade, a insegurança já
faz parte do pacote! Não esquenta! </a>Se o fim está próximo na ebulição
global, com o negacionismo geral do alpinismo social das cantilenas
daqueloutros tribalistas qua andam feito carros blindados nas nonsenses
pirotécnicas espalhafatosas de sua <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/10/carl-sagan-hanne-darboven-haroldo-de.html" target="_blank">Planolância</a></b>: <i>ars moriend</i>! Já dizia <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/fernando-sabino-oliver-schreiner-carla.html" name="_Hlk161648294" target="_blank"><b>Carla Porta Musa</b></a>: <i>O que conta, digo a mim
mesmo, é o minuto claro... O outro pertence ao passado... </i>Sim, porque <span class="hgkelc">o melhor mesmo seria ficar de </span>bocaberta e papo pro ar diante
duma <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/ariano-armorial-voz-de-suassuna.html" name="_Hlk161648310" target="_blank"><b>Anjana da Cantábria</b></a>, querendo fazer de
mim o seu báculo. Seria uma cosmovisão viandante, maior regalo! <a name="_Hlk161648016">Resta somente começar, recomeçar e de novo tudo outra vez
e novamente. Do zero e, daí, sobreviver: luto e luta. Salvemo-nos,
terrabolistas! </a>Até mais ver. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><strong><span style="font-family: georgia; font-size: large;">DOIS POEMAS <o:p></o:p></span></strong></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><strong></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxfY1Aq2Z9d31ko3t_6_hPEBwlGecUmg4XXCwN1iTP4KAgUTID46shU5_WqApnOKdnYkl6hvwRiK6x13haA3GGhnq7ExPkA-anfsGxsz7fAvwAv8i25SrH1zvkW_vLyVeFREGCxmUQpNwwD5AplJGupO0zTzvQrUfGfN2abKTGqJynZsLOuoO5HQ/s3489/ARTLAM%20SALVE2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2461" data-original-width="3489" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxfY1Aq2Z9d31ko3t_6_hPEBwlGecUmg4XXCwN1iTP4KAgUTID46shU5_WqApnOKdnYkl6hvwRiK6x13haA3GGhnq7ExPkA-anfsGxsz7fAvwAv8i25SrH1zvkW_vLyVeFREGCxmUQpNwwD5AplJGupO0zTzvQrUfGfN2abKTGqJynZsLOuoO5HQ/s320/ARTLAM%20SALVE2.jpg" width="320" /></a></strong></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: <b>Acervo ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong><i>INVERNO NO LESTE - </i></strong><i>o inverno respira pela
janela mais uma vez, \ telhados vazam e seu nariz pinga,\ já vem pontificando:\
e aí, inverno, o fim de todos é igual:\ austero, frio e escuro como neblina.\ algumas
terras não estão cobertas por um manto de neve, \ mas uma mortalha funerária genuína.\
a luz desenha sulcos e a água congela nos canos.\ Fevereiro se estende como um
sorriso amargo.\ mas na adega, como maçãs de inverno\ (nem tão rosado),\ as
pessoas se guardam\ então eles podem durar até a primavera.\ alguém mais os
está preservando?<o:p></o:p></i></span></p>
<p align="center" style="margin: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><em>AULAS DE DANÇA COM GRAVIDADE - </em><i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">eles dançam com você, gravidade, todo mundo. \ mas
só os corajosos sabem os passos que devem tomar. \ você tem aquela
característica cruel, mas equalizadora: \ tanto a pedra quanto a pena são
atraídas por você.\ usando sua coroa que desce em direção ao chão, \ eu caminho
obedientemente para onde você me guia. \ Eu te amo muito, querida gravidade, \ e
não trocaria você, nem por asas</span></i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" style="margin: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Poemas da poeta, diplomata e tradutora estoniana </span><a name="_Hlk161648402"><b>Eda Ahi</b></a>, autora de obras como <i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Maskiball</span></i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> (2012), <i>Sadam</i> (2018) e <i>Sõda ja rahutus</i> (2019).<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" style="margin: 0cm; text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>O SILÊNCIO DA CIDADE BRANCA</b> - [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Às vezes, a memória enfia tachinhas em momentos triviais
do passado e os fixa para sempre, mesmo que “para sempre” pareça muito tempo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>Entendi que a dor também une as pessoas,
talvez mais do que as alegrias, porque, como as pessoas boas e ingratas que
todos somos, logo nos esquecemos delas</i>. [...] <i>Pessoas feridas são
perigosas porque sabem que podem sobreviver</i>. [...] <i>Às vezes o tempo no
calendário não tem nada a ver com o tempo mental ou emocional que cada pessoa
vive dentro de si</i>. [...] <i>Tem gente que sabe receber golpes, aprende a
recebê-los de novo e de novo, essa é a sua força.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Mas
não sabem fugir, a mera ideia de um mundo desconhecido os paralisa</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>Estou cansado de esperar que as circunstâncias
sejam perfeitas, elas nunca são</i>. [...] <i>Ele não precisava de palavras
para estar certo, geralmente estava.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">A razão do sensato</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...]. Trechos extraídos da obra <i>El silencio de la
ciudad blanca: Trilogia de la Ciudad Blanca</i> (</span></span><span class="a-list-item">Planeta,
2016), </span><span class="rynqvb"><span lang="PT">da escritora espanhola <a name="_Hlk161648448"><b>Eva García Sáenz de Urturi</b></a>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/delaroche-wojcieck-kilar-denise.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span class="rynqvb"><span lang="PT"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>A FORÇA DA NÃO-VIOLÊNCIA</b> - [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">O fato de os esforços políticos de dissidência e crítica
serem frequentemente rotulados como “violentos” pelas próprias autoridades
estatais que são ameaçadas por esses esforços não é motivo para desesperar no
uso da linguagem.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Significa apenas que temos de expandir e refinar o
vocabulário político para pensar sobre a violência e a resistência à violência,
tendo em conta como esse vocabulário é distorcido e utilizado para proteger as
autoridades violentas contra a crítica e a oposição.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Quando
as críticas à continuação da violência colonial são consideradas violentas
(Palestina), quando uma petição pela paz é reformulada como um acto de guerra
(Turquia), quando as lutas pela igualdade e pela liberdade são construídas como
ameaças violentas à segurança do Estado (Black Lives Matter), ou quando o
“género” é retratado como um arsenal nuclear dirigido contra a família
(ideologia anti-género), então estamos a operar no meio de formas de
fantasmagoria com consequências políticas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. </span></span>[...]
<i><span lang="PT">Por que uma petição pela paz é
chamada de ato “violento”? Por que uma barricada humana que impede a polícia é
chamada de ato de agressão “violenta”? Em que condições e em que enquadramentos
ocorre a inversão da violência e da não-violência? Não há como praticar a
não-violência sem primeiro interpretar a violência e a não-violência,
especialmente num mundo em que a violência é cada vez mais justificada em nome
da segurança, do nacionalismo e do neofascismo. O Estado monopoliza a violência
ao chamar os seus críticos de “violentos”: sabemos disso através de Max Weber,
Antonio Gramsci e de Benjamin. Portanto, devemos ser cautelosos com aqueles que
afirmam que a violência é necessária para conter ou controlar a violência;
aqueles que elogiam as forças da lei, incluindo a polícia e as prisões, como
árbitros finais. Opor-se à violência é compreender que a violência nem sempre
assume a forma do golpe </span></i>[...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Não
há como nomear algo como violência ou não-violência sem invocar imediatamente o
quadro em que essa designação faz sentido.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Isto pode parecer uma
forma de relativismo – o que vocês chamam de violência, eu não chamo de
violência, e assim por diante – mas é algo bem diferente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Na
opinião de Benjamin, a violência legal renomeia regularmente o seu próprio
carácter violento como coerção justificável ou força legítima, higienizando
assim a violência em jogo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Benjamin documenta o que acontece com termos como
“violência” e “não-violência”, uma vez que compreendemos que os quadros dentro
dos quais estas definições são asseguradas estão oscilando.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Ele
observa que um regime jurídico que procura monopolizar a violência deve chamar
cada ameaça ou desafio a esse regime de “violento”.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Portanto,
pode renomear a sua própria violência como força necessária ou obrigatória, até
mesmo como coerção justificável, e porque funciona através da lei, como a lei,
é legal e, portanto, justificada</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>Embora eu não siga inteiramente Benjamin até à sua conclusão
anarquista, concordo com a sua afirmação de que não podemos simplesmente
assumir uma definição de violência e depois começar os nossos debates morais
sobre a justificação sem primeiro examinar criticamente como a violência foi
circunscrita e qual a versão que se presume. no debate em questão.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Um
procedimento crítico perguntaria também sobre o próprio esquema justificativo
em funcionamento num tal debate, as suas origens históricas, os seus pressupostos
e execuções.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">A razão pela qual não podemos começar por afirmar que
tipo de violência é justificada e o que não o é é que a “violência” é desde o
início definida dentro de certos enquadramentos e chega até nós sempre já
interpretada, “elaborada” pelo seu enquadramento.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Dificilmente
podemos ser a favor ou contra algo cuja própria definição nos escapa, ou que
aparece de formas contraditórias que não temos explicação</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>A tarefa passa, assim, a ser rastrear as
formas padronizadas que a violência procura nomear como violento aquilo que lhe
resiste, e como o carácter violento de um regime jurídico é exposto à medida
que reprime à força a dissidência, pune os trabalhadores que recusam os termos
exploratórios dos contratos, sequestra minorias , aprisiona seus críticos e
expulsa seus potenciais rivais </i>[...] <i>Se a proibição de matar permanecer
na presunção de que todas as vidas são valiosas – que têm valor como vidas, em
seu estatuto como seres vivos – então a universalidade da afirmação só se
mantém na condição de que o valor se estenda igualmente a todos os seres vivos.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Isto
significa que temos que pensar não apenas nas pessoas, mas também nos animais;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">e não
apenas sobre criaturas vivas, mas sobre processos vivos, sistemas e formas de
vida</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] </span></span><i><span lang="PT">A questão seria repensar a relacionalidade da
vida regularmente coberta por tipologias que distinguem formas de vida. Nessa
relacionalidade, eu incluiria conceitos de interdependência, e não apenas
aqueles entre criaturas humanas vivas – pois as criaturas humanas que vivem em
algum lugar, necessitando de solo e água para a continuação da vida, também
vivem num mundo onde as reivindicações das criaturas não-humanas à vida se
sobrepõe claramente à reivindicação humana, e onde os não-humanos e os humanos
são também, por vezes, bastante dependentes uns dos outros para a vida. Essas
zonas de vida (ou vivência) sobrepostas devem ser pensadas como relacionais e
processuais, mas também, cada uma delas, como exigindo condições para a
salvaguarda da vida</span></i><span lang="PT">. </span>[...]. Trechos extraídos
da obra <i>The Force of Nonviolence: An Ethico-Political Bind</i> (Penguin
Random House, 2020), da filósofa pós-estruturalista estadunidense <a name="_Hlk161648470"><b>Judith Butler</b></a><b>. </b>Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/elias-canetti-alfredo-casella-paula.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A DAMA DO TEATRO GENINHA DA ROSA BORGES<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUuA5KLr5aJp2rtZ3ZoioNkuc9qmQSwUUfUZzRvWsZ_eFdRmttoGbq-aHEwVhwUCJMAJPpRu2l8bFW-MtV1e6xwApAVaFMBCjqy5pYTG0md9iGljxNtQYgrLH9KOZnNgvBcECjeB_6Xn8yyZZnaPsQ0cHK95dm_kEmBNcNanlZgHWeeeQCimz2dg/s2472/GENINHA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2472" data-original-width="1501" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUuA5KLr5aJp2rtZ3ZoioNkuc9qmQSwUUfUZzRvWsZ_eFdRmttoGbq-aHEwVhwUCJMAJPpRu2l8bFW-MtV1e6xwApAVaFMBCjqy5pYTG0md9iGljxNtQYgrLH9KOZnNgvBcECjeB_6Xn8yyZZnaPsQ0cHK95dm_kEmBNcNanlZgHWeeeQCimz2dg/s320/GENINHA.jpg" width="194" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>É preciso sonhar, ousar e trabalhar.
Assim os sonhos se realizam</i>. [...]<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>Pra matar fome de vida \ só sendo atriz como sou:
\ já fui pobre, já fui rica \ já fui freire e fui mendiga \ já fui branca e já
fui negra \ casada, solteira, amante \ cadela gritando sexo \ e mão também
extremosa \ mas o que nunca pensei \ nessa carreira enfrentar \ foi viver a
personagem \ Putain de Taperoá</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Pensamento e versos da premiadíssima atriz <a name="_Hlk161648499"><b>Geninha da Rosa Borges</b></a> (1922-2022) – a Grande
Dama do Teatro Pernambucano, num volume organizado por Márcia Botto. Veja mais
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/01/francoise-dolto-geninha-da-rosa-borges.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/02/maria-madalena-moliere-sarah-kane.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA <o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlRcsuIg-fvQGqNe88cIwNdY8sxegPSeQErm1G9aapsT-pf8pnEP3ZTkfOoULGjzZstvqXHlAnycZ51FYbaINfDqEd0Ad2aKoCeAk5zX6ruVLVrSfKMvhzPVHdJ5a4Av6HOLrrMf3vBS9qIv1IST3nNfvqyPFhnIzOPiJuHaVn99UnLvUcFt6tEw/s335/Pimenta-Cultural_Neurociencia-aplicacao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="335" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlRcsuIg-fvQGqNe88cIwNdY8sxegPSeQErm1G9aapsT-pf8pnEP3ZTkfOoULGjzZstvqXHlAnycZ51FYbaINfDqEd0Ad2aKoCeAk5zX6ruVLVrSfKMvhzPVHdJ5a4Av6HOLrrMf3vBS9qIv1IST3nNfvqyPFhnIzOPiJuHaVn99UnLvUcFt6tEw/s320/Pimenta-Cultural_Neurociencia-aplicacao.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>propor a criticidade na educação básica deve vir acompanhada
do ensino da língua pela língua, o que nos levara a trabalhar de novas formas,
com novas propostas, que não as estabelecidas normativamente. Isso pode querer
dizer, por exemplo, fazer uso da língua materna em determinados momentos</i>. [...]<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho do estudo <i>E</i><i>ducação
linguística, pós-memória e mudança: </i><i>repensando
aulas de língua inglesa na escola e na formação docente</i>,
desenvolvido e publicado pelos professores João
Paulo de Souza Araújo e Samara Braga Jorge, extraído da obra <a name="_Hlk161648531"><i>D</i></a><span style="mso-bookmark: _Hlk161648531;"><i>iscussões sobre educação linguística e formação docente do e
com o GEELLE – Grupo de Estudos sobre Educação Linguística em Línguas Estrangeiras</i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk161648531;"> - Serie GEELLE USP, Volume 1 (Pimenta Cultural, 2024),
organizado por Daniel de Mello Ferraz e Luciana Carvalho Fonseca.</span> Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/02/natalie-goldberg-ana-maria-rodas.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/03/ilaria-gaspari-cecile-coulon-carolina.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Y8fIwjahaE0abHLI6ChFpjLM8NsMlX3ObjUfEgks4xvtocjH3erMCv92-BgIt_8qktBE4yDBMTFqcw53XPkmheWUinmtsHviW9T0-98CV4JxGvnUPXwBUeErZ8za0UxPc4dKHbDnDVLvVn_-D3BiaqyWeUInVl283LxEy-lZTtlBiea8jSQBkQ/s1241/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.02.16.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1241" data-original-width="1241" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Y8fIwjahaE0abHLI6ChFpjLM8NsMlX3ObjUfEgks4xvtocjH3erMCv92-BgIt_8qktBE4yDBMTFqcw53XPkmheWUinmtsHviW9T0-98CV4JxGvnUPXwBUeErZ8za0UxPc4dKHbDnDVLvVn_-D3BiaqyWeUInVl283LxEy-lZTtlBiea8jSQBkQ/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.02.16.jpeg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Veja detalhes <b><i><a href="https://blogagenda.blogspot.com/2024/02/santos-melo-licitacoes.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tem mais:<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhyphenhyphenCsqXJu8cW-0Kxgxb291tk0Ww70gbnsmp9Uaaal1zMMS3lUeWqUkh7tUVqQh6gBka24h0ywn7xegn-DA82kUzVMDnFgm_yiwgY3wn2slS5XEIUt0nF_ljGBRIta1jkh0EROjyGZ_pH6L0qHjzhEROK5ES1oc4j0VwZOvCfgmdepdX3rSDDJiVg/s320/NITOLINO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="230" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhyphenhyphenCsqXJu8cW-0Kxgxb291tk0Ww70gbnsmp9Uaaal1zMMS3lUeWqUkh7tUVqQh6gBka24h0ywn7xegn-DA82kUzVMDnFgm_yiwgY3wn2slS5XEIUt0nF_ljGBRIta1jkh0EROjyGZ_pH6L0qHjzhEROK5ES1oc4j0VwZOvCfgmdepdX3rSDDJiVg/s1600/NITOLINO.jpg" width="230" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Livros Infantis Brincarte do Nitolino <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/05/cordel-tataritaritata-livros-infantis.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Curso: Arte supera timidez <b><i><a href="https://ciateatromusica.blogspot.com/2024/01/arte-supera-timidez.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemagens & outras versagens <b><i><a href="https://www.instagram.com/lalbertomachado/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diário TTTTT <b><i><a href="https://www.facebook.com/Tataritaritata/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cantarau Tataritaritatá <b><i><a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL6KM0c1hQxuDWv7VAJyrC8stNySltXo1a" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Teatro Infantil: O lobisomem Zonzo <b><i><a href="http://brincabrincarte.blogspot.com/2015/01/o-lobisomem-zonzo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Faça seu TCC sem traumas – consultas e curso <b><i><a href="http://pesquisacia.blogspot.com/2014/10/consultas-presenciais-e-online.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">VALUNA – Vale do Rio Una <strong><i><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2020/10/valuna-vale-do-rio-una-pernambuco.html" target="_blank">aqui</a></i>.</strong><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">& <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Crônica de amor por ela <b><i><a href="https://novobloguerotico.blogspot.com/2019/01/historia-da-mulher.html" target="_blank">aqui</a></i>.</b></span><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p> </o:p></span></strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrow2b3eAyaTMaZfYuUiAnTYHuIWO0TJ0CGjvP_HvvagP5wB-RPmnhnHCKYew8sXx7XLsQbqgrKK4rII9jA6ZIBHM5e3mH3NNh0WFDobjPQCIG5UXMmDqOhYjso3WCariraVV9Nh0NgLQW_3uGrGCjAF6d0Czefz2N9fVg7m0KdErPGsDiZfkpXA/s2329/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" imageanchor="1" style="font-family: Georgia, serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrow2b3eAyaTMaZfYuUiAnTYHuIWO0TJ0CGjvP_HvvagP5wB-RPmnhnHCKYew8sXx7XLsQbqgrKK4rII9jA6ZIBHM5e3mH3NNh0WFDobjPQCIG5UXMmDqOhYjso3WCariraVV9Nh0NgLQW_3uGrGCjAF6d0Czefz2N9fVg7m0KdErPGsDiZfkpXA/s320/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" width="320" /></a><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p><br /><br /></o:p></span></strong></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-69932853717915351762024-03-12T08:42:00.001-03:002024-03-12T08:42:14.332-03:00ILARIA GASPARI, CÉCILE COULON, CAROLINA DE JESUS, ISABEL NORONHA & TERRA DE CARUARU<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1aVQ76K0qhJ7CsGwlADco72DxZ5Tj9_ou2yBhCsQMrivTpwfQHwLx2xZM9E27h6tDbhWE_9-5GGh-kd0TiS6QD1yRo7h-vAmweN32V7tRPlLot1k8Syyz7wkiAm-OYvdkHJlzBPLKwDerODkQYri6Yg1Xoa70WXeI7goLoAB0ArGJmv3pXXpPNg/s3507/ARTLAM%20ROTAS%20EM%20RUINAS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2492" data-original-width="3507" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1aVQ76K0qhJ7CsGwlADco72DxZ5Tj9_ou2yBhCsQMrivTpwfQHwLx2xZM9E27h6tDbhWE_9-5GGh-kd0TiS6QD1yRo7h-vAmweN32V7tRPlLot1k8Syyz7wkiAm-OYvdkHJlzBPLKwDerODkQYri6Yg1Xoa70WXeI7goLoAB0ArGJmv3pXXpPNg/w400-h284/ARTLAM%20ROTAS%20EM%20RUINAS.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt;">Ao som do álbum <i>Abstracta - para cuarteto de
cuerdas</i> (2015), da compositora, saxofonista, professora, pesquisadora e
performer argentina, <b>Eva García Fernandez</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>TRAVESSIA DAS ROTAS ARRUINADAS, <i>MAKE IT NEW</i>..</b>. – <a name="_Hlk161036407">A
vida não tem pé nem cabeça: a gente nasce, entra na roda, as coisas acontecem</a>,
morre-se e, depois, não se sabe nada – tal como antes de abrir a porteira do
mundo e tudo suceder à revelia – ou de propósito, sei lá! Sim, tudo se prolonga
e a gente come vento, poeira, distâncias, toma gosto na peleja, sobe-desce no
meio da trepidação, frio na barriga, se rela todo, sal na moleira, sol nos
costados, goela seca, beiço rachado – é a vida ou o que a gente faz dela. E
quando dá fé: o que parecia anteontem foi já não sei quantas décadas atrás. E
foi? Como passa ligeiro... Pois é. Ainda ontem a surpresa assaltava... E teve gente
- como ainda tem - que fez da vida via pública depois da descarga na privada.
Entre um ponto e outro foi como pegar bigú na parada do bonde, sem saber nada
onde ia dar – e um dia o fim da linha. É como diz <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/yevtushenko-rigaud-leilah-assumpcao.html" target="_blank">Arina Tanemura</a></b>:<span class="rynqvb"><span lang="PT"> É <i>preciso viver cada dia para que não haja
arrependimentos</i>... E lá ia </span></span>eu com todas as raízes arrancadas, despregado do
mundo e das coisas, pelo mesmo chão da infância que nunca foi meu. Minhas mãos cheias
do ambulante amor ousavam por todas as armadilhas do catamênio cerebrino alheio,
e todas as trajetórias turvas que nasceram mudas e tortas. O meu nome à dor de
nenhum dia e a noite desabada desse noutra, o estranho ardendo uma canção sequer
ensaiada. Vasto escuro, débil aspecto e o caminho mais que dividido. Foi <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/santana-petrarca-mogoly-nagy-karlfeldt.html" target="_blank">Mandy Hale</a></b> que disse<span class="rynqvb"><span lang="PT">: <i>Duas coisas que
você nunca terá que perseguir: amigos verdadeiros e amor verdadeiro</i>... E o</span></span> que fazer de traições, pactos
desfeitos, tormentos de triunfo cruel: não há preço justo. Pelo jeito, nunca
haverá. No fim das contas a impressão de culpado por inventar o oitavo e mais
outros tantos pecados capitais. A sanção? Refém do custo de vida: quanto você
vale? E com um céu acusador de vertiginosos escombros pelo tempespaço. Sabia: a
fé jamais bastou para quem singra e sangra o que mal se respira e a se precipitar
pelo açoite asfixiante de todas as rotas arruinadas. Precisava entender <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/philippe-aries-isaac-stern-orlik-ruy.html" target="_blank">Selena Kitt</a></b>: <i>Seja você mesmo não há ninguém melhor</i>... E ainda tinha que
passar nos testes, mesmo sem saber quais eram nem porquê. Sabia que nunca seria
de <a name="_Hlk160960070">bom alvitre fazer dos outros emissários submarinos,
nem deixar a onça com fome, muito menos o cabrito morrer à míngua. </a><a name="_Hlk160960181">Nada foi lá tão diferente de chupar o dedo e mijar na
cana, a coisa vai além do longe demais. E a ameaça mordedora no calcanhar pelas
ilhas que nunca foram minhas e um outro maio expandido quase inverno por um mar
tempestuoso e sem fundo. Aí aprendia: se você sorrir, todos gargalharão; se
ficar sério, será sempre um chato de galocha com um monstro na cabeça. E mais:
deve-se ser sempre simpático com os outros na subida; pois, com certeza,
cruzará com todos nas inevitáveis e abissais catábases - aí você verá o que são
elas e quantos outros muitos quinhentos! Seria muito bom se a gente pudesse
juntar toda besteirada cometida e pudesse abater integralmente no Imposto de
Renda ou contar no mesmo tanto pro tempo de aposentadoria. Mas não é, né? Que eu
morra em paz com o meu tempo e a minha terra, contando com meu epitáfio
derretido em cinzas. Assim estarei mais que redimido e pronto pra outra – se é
que haverá essa chance! Até mais ver. <o:p></o:p></a></span></p>
<span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk160960181;"></span>
</span><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">EU GOSTARIA DE PAGAR
POR SUAS FICHAS...</span></b></span><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b></b></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb2ywmRrkOaUbubgT1ysHACJlxOGXjUcBqw0PvUX77y8P_AuTBd216T7DLiAZ0tsjt_Du_WJ6XFJr1-Ym1qXEgEEjfnKOXC6kl7xjIpj1Dmd3Kh-F1E6qPJv62nhauSAaRRgZ0k4lromp16bw94xjT2ix1xz3PX4xRM2SaihThFBgX2lvA3mhd7g/s3491/ARTLAM%20ROTAS%20EM%20RUINAS2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2471" data-original-width="3491" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb2ywmRrkOaUbubgT1ysHACJlxOGXjUcBqw0PvUX77y8P_AuTBd216T7DLiAZ0tsjt_Du_WJ6XFJr1-Ym1qXEgEEjfnKOXC6kl7xjIpj1Dmd3Kh-F1E6qPJv62nhauSAaRRgZ0k4lromp16bw94xjT2ix1xz3PX4xRM2SaihThFBgX2lvA3mhd7g/s320/ARTLAM%20ROTAS%20EM%20RUINAS2.jpg" width="320" /></a></b></span></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem:
Acervo <b>ArtLAM</b>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>Tudo
começou naquela hora tão particular da noite \ em que o fim de um dia esbarra
no início de outro; \ Saí na chuva, estava com fome. \ A tempestade soltava o
seu granizo quente nas venezianas que batiam, \ ninguém mais andava pelas ruas \
escorregadias que desciam até a praça do fundo \ onde transbordava a fonte. \ Normalmente
cães ossudos tomavam banho lá \ mas agora não há latidos nem assobios. \ A
noite, a chuva, o calor. \ Atravessei a estrada. Um cara acenou do outro lado: \
dois dedos e a boca entreaberta para perguntar \ se eu tinha algo para fumar,
levantei a mão aberta \ batendo, como as venezianas, para mostrar a ele que
não, \ e continuei, com o rosto enterrado no meu moletom com capuz grande
demais, \ cabelo cheio do cheiro de um dia \ que ainda não havia terminado. \ Junto
à placa, uma jovem de saia rosa e um rapaz \ com um corte de cabelo que lembrava
os melhores momentos \ de Agnés Varda, aguardavam a sua vez de pedir um kebab \
com queijo extra. \ A garota olhou para a tela plana montada \ na parede
mostrando clipes de pop americano, \ o cara jogou e pegou uma garrafa de
plástico atrás dele \ virando-a habilmente. \ Depois de pagarem, o dono disse \
“Desculpe pela espera”. \ Eu tinha acabado de chegar, então isso me fez sorrir;
\ “Uma caixa de batatas fritas, com ketchup, \ tudo bem \ você pode esperar \ lá
dentro.” \ Então esperei, de pé, encostado na geladeira \ em frente às bandejas
de salada vazias. \ Foi então que entrou um homem encharcado até os ossos. \ Afastei-me
para deixá-lo passar: \ suas roupas exalavam cheiro de cimento \ e álcool
barato, seu cabelo curto, grisalho, \ retinha água \ como a superfície de um
campo às quatro da manhã. \ Ele pediu. \ No momento em que fui pagar minhas
fichas, ele fixou os olhos, \ olhos mais redondos que o bico de uma rosa
flamenga, \ a boca fraca daqueles homens cansados que bebem \ um pouco demais e
com aceitação – \ ele me olhou por um momento, \ e gaguejou: \ “Não sei o que
dizer para você”. \ No começo pensei que ele estava me enganando, mas mesmo
assim,\ seus olhos, seus olhos! \ “Como é isso?” \ Ele respirou fundo, como se
cada palavra \ lhe arrancasse meio pulmão: \ “Não sei o que dizer para você,
senhorita”. \ O cara atrás do balcão escutava com um ouvido \ enchendo as
bandejas de salgadinhos industriais. \ “Você não precisa me dizer nada”, \ respondi,
sacudindo meu suéter. \ “Não sei o que dizer a você porque sei quem você é.” \ A
chuva deixou sulcos levemente brilhantes, caindo \ do crânio até a parte
inferior do nariz. \ Eu também não sabia o que dizer: \ meia-noite não estava
longe, eu viria até de manhã para saber o que esperar, \ e esse cara,
perfeitamente bêbado e são, parecia \ prestes a desabar. \ “Eu sei quem você é,
você escreve livros. \ Como você faz isso?" \ "Bem, como eu
puder." \ Deu-se um tapinha nos joelhos e, \ de uma só vez, \ lágrimas,
suor \ da chuva que vem de dentro, \ algo úmido e sincero tomou conta de seu
olhar, \ já afogado na solidão e na noite bizarra. \ Ele se virou para o cara \
que dobrava \ as bandejas laranja \ com a precisão de um cirurgião-dentista. \ “Posso
te dizer que não fiquei encharcado esta noite por nada, de jeito nenhum!” \ Nas
minhas costas, a geladeira zumbia. \ Um leve sorriso se instalou naturalmente \
entre minhas covinhas. \ No balcão, minhas fichas estavam prontas, bem
embaladas. \ Tirei minha moeda \ de dois euros e o afogado me disse: \ “Gostaria
de pagar suas fichas, se não se importa”. \ Suspirei e deixei minha moeda entre
ele e eu, então estendi minha mão. \ Ele apertou. \ “Obrigado, senhor” \ e saí
com meu pacote de batatas fritas no pulso. \ Na volta, o cheiro característico
de gordura de salgadinho \ invadiu minhas narinas, meus cabelos, minhas roupas.
\ Provavelmente nunca mais verei aquele homem, ou pelo menos não assim. \ Desde
ontem tenho vontade de escrever sobre ele, porque me pergunto \ qual de nós
daqui a alguns meses, daqui a alguns anos, seremos traídos \ pela imagem que
construíram \ do mundo exterior? \ Será para outros apertarem as mãos\ àquela
hora da noite \ por uma caixa de batatas fritas mornas e um refrigerante sem
gelo? \ Gostaria que a poesia fosse tão natural para quem \ me rodeia quanto a
emoção \ que brotou naquela noite, antes daquela quadratura \ com a improvável
facilidade de momentos que poderiam não ter acontecido, \ mas que aconteceram
mesmo assim, mal pensados e \ transbordando de graça e palavras impossíveis</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poema
da premiada escritora francesa <b>Cécile Coulon</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b>DIÁRIO DE BITITA</b> – [...] </span><i>Quando havia um
conflito, quem ia preso era o negro. E muitas vezes o negro estava apenas
olhando. Os soldados não podiam prender os brancos, então prendiam os pretos.
Ter uma pele branca era um escudo, um salvo-conduto</i>. [...] <i>Compreendo
que o sonho de pobre é sonhar, apenas sonhar</i>. [...] <i>Será que o Brasil
vai ser sempre bom como dizem eles? Por que será que o estrangeiro chega pobre
aqui e fica rico? E nós, os naturais, aqui nascemos, aqui nós vivemos e
morremos pobres? </i>[...] <i>O homem só dá valor ao homem depois que morre. Se
os homens governam o mundo, ele nunca está bom para o povo viver, por que não
deixar as mulheres governarem? As mulheres não fariam guerras, porque elas são
as mães dos homens. Mas os homens são os pais dos homens, fazem guerras, e
matam-se</i>. [...]. Trechos extraídos da obra <span class="rynqvb"><i>Diário de
Bitita</i> (</span><span class="a-list-item">SESI-SP, 2014), </span><span class="rynqvb">da escritora brasileira <b>Carolina Maria de Jesus</b> (1914-1977),
autora da frase: <i>A vida para uns são cheias de curvas que dá impressão que
êles seguem para o calvário conduzindo uma cruz que se chama "Custo de
Vida”</i>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/12/feliz-ano-novo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/10/precisamos-discutir-sobre-os-proximos.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/02/ibsen-carolina-de-jesus-eugene-atget.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/09/maryanne-wolf-carolina-de-jesus-yoani.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span class="rynqvb"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b>DITOS & DESDITOS</b> - </span><i>Os movimentos nunca são
homogêneos... Fomos formados na ideia de que não existimos como indivíduo,
temos que ser úteis ao país</i>... Pensamento da cineasta moçambicana <b>Isabel
Noronha.</b> Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/09/chaui-mose-ivan-illich-viviana-durante.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2009/06/arte-mocambicana.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b>LIÇÕES DE FELICIDADE - </b>[...] </span><i>Caminhar, quando se
está triste, até que os sapatos incomodem, é uma daquelas iniciativas que a
levam à força para fora de você, no mundo; que freiam a espiral dos pensamentos
e fazem você se sentir antes de tudo livre, depois exausta. Dois antídotos para
tristeza, não infalíveis, mas úteis, são o sentimento da liberdade e o da
exaustão; a tristeza, para se sustentar e durar, requer espaços fechados,
sufocantes, e energia. Como os vampiros, ela também teme a luz do sol</i>. [...]
<i>Concentro-me em uma pergunta: como criar uma disciplina, um ambiente, em que
se trabalha para obter um resultado previsível e concreto, sem o perigo de se
aventurar guiado apenas por esperanças vagas e irrealistas? Percebo que essa
poderia ser uma pergunta válida, em certa medida, para todas as artes humanas,
da yoga à música: mas no que se refere aos resultados, no âmbito da inspiração
e da criatividade, a gama dos resultados possíveis e imprevistos é vasta demais
para não tornar aposta exageradamente ampla</i>. [...] <i>Certamente não tenho
uma multidão de amigos, mas tenho tantas casas, tantas vidas atrás de mim –
tantas quantas minhas mudanças, os trabalhos que fiz, os erros que cometi e as
enrascadas em que entrei, as ruminações e as inquietações, as hesitações e os
perdões que não soube conceder e deixei cair no esquecimento</i>. [...] <i>Tenho
medo dos desejos, mas é claro que não os respeito, mesmo que eu saiba o quanto
podem ser fortes: em vez de dobrá-los, de domá-los com essa firmeza não
natural, por que não parei para ouvi-los? Eu deveria ter percebido que essa
febre de ascetismo, não muito diferente da impetuosidade a que se opõe, se
voltaria contra mim. Não é fácil aprender a moderação: creio ser mesmo
impossível, pelo menos enquanto eu olhar para ela com esta camada a mais de moralismo,
esta mania de conferir um sentido aos mínimos gestos. Quis me impor uma postura
austera, mas toda alheia, falsa. Não é verdade que me entusiasma fazer uma
sopa, não é verdade que me basta uma maçã. Eu só queria me deixar absorver
pelas pequenas coisas: mas o problema é outro. Em pé na frente de um armário
semivazio, que se assemelha apenas ao meu lado mais severo – bani as cores,
pois não me pareciam necessárias –, percebo estar diante de um bom problema: ao
me concentrar em mim mesma, obcecada em aproveitar todo o meu arrebatamento,
esqueci a amizade. Não posso pensar só no prazer: nem para tentar torná-lo
demasiado sofisticado e essencial (com resultados que depois, como aconteceu
comigo, desaparecem), nem para usá-lo como refúgio. Por nos enrodilharmos no
interior de nossa vida secreta, a fim de nos consolar e nos proteger do mundo,
acabamos nos transformando em pequenos caracóis confinados em suas conchas.
Acendemos velas e luzinhas, buscamos serenidade ou minimalismos, abrimos a boca
para palavras nórdicas intraduzíveis como hygge, concentramo-nos na
simplicidade de pequenos prazeres idiossincráticos e indescritíveis – o
primeiro gole de cerveja gelada. Mas, por favor, só o primeiro – porque, no fim
das contas, duvidamos do prazer. Mas é tão chato, depois de um tempo, viver
enfurnado nos próprios sentimentos! </i>[...]. Trechos extraídos da obra <span class="rynqvb"><i>Lezioni di felicità: Esercizi filosofici per il buon uso della
vita</i> (</span><span class="a-list-item">Einaudi, 2019), da filósofa e
escritora italiana </span><span class="rynqvb"><b>Ilaria Gaspari</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">DOSE DUPLA DE JOSÉ CONDÉ<o:p></o:p></span></b></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKFsp2NHzjtEdOMfl9LahyphenhyphenM7t3_INDYUiYrrjXOAmqiOuC1Cj7-fHIhBxNklX_BXLUFKFWfEbTeLG_p7Zpe-J-uBR2OAA-wYa9HEJY6__m_diPY31CPXdwFe-N2iVWL9Nv0bZXSbDi8hA689pnJdYFluWzBmcKGeQlAY_16t8SU_o6LX-u-xOESQ/s3253/Z%C3%89%20COND%C3%89.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2460" data-original-width="3253" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKFsp2NHzjtEdOMfl9LahyphenhyphenM7t3_INDYUiYrrjXOAmqiOuC1Cj7-fHIhBxNklX_BXLUFKFWfEbTeLG_p7Zpe-J-uBR2OAA-wYa9HEJY6__m_diPY31CPXdwFe-N2iVWL9Nv0bZXSbDi8hA689pnJdYFluWzBmcKGeQlAY_16t8SU_o6LX-u-xOESQ/s320/Z%C3%89%20COND%C3%89.jpg" width="320" /></a></b></div><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">[...] </span><i style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Seguiram-se dias de chuva, prenunciando bom inverno. Mas,
passados os aguaceiros, limpavam-se as tardes novamente, com o céu de um azul
lavado e translúcido, tanajuras voando, cheiro de mato soprado pelo vento</i><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">
[...].</span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb">Trecho extraído da obra <i>Terra de Caruaru</i> (Civilização
Brasileira, 1977), </span><span style="mso-bidi-font-family: MinionPro-Disp; mso-fareast-font-family: MinionPro-Disp;">do escritor e jornalista <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">José Condé</b> (1917-1971), também autor do
volume <i>Obras Escolhidas V: Vento do amanhecer em Macambira \ Tempo, vida,
solidão \ As chuvas</i> (Civilização Brasileira, 1978). </span><span class="rynqvb">Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/06/viva-sao-joao-ascenso-conde-azevedo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/06/quadrilha-das-paixoes-mais-intensas.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/03/cronica-de-amor-para-ela.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/03/birgitta-jonsdottir-terry-eagleton.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE" style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMtiZUKOPUMJauLZDD2Os-ox-Z9oofhqtrl64R3RBFspxsVTPLILAlionLt4ywgJjdAzUkls8zXDYyLp-c0p3GQUcl68hjbtoZk_q2KPp-kAJY62CjE9i-lAhbSf-WHqZoxfwO-nER3AysTV1npSXzy72JbBjIc0xrOzOWpF4fv11in3a9U6PrpQ/s750/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.01.23.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="743" data-original-width="750" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMtiZUKOPUMJauLZDD2Os-ox-Z9oofhqtrl64R3RBFspxsVTPLILAlionLt4ywgJjdAzUkls8zXDYyLp-c0p3GQUcl68hjbtoZk_q2KPp-kAJY62CjE9i-lAhbSf-WHqZoxfwO-nER3AysTV1npSXzy72JbBjIc0xrOzOWpF4fv11in3a9U6PrpQ/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.01.23.jpeg" width="320" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Veja detalhes <b><i><a href="https://blogagenda.blogspot.com/2024/02/santos-melo-licitacoes.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tem mais:<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrrGEutPegirNCGKZy91I68jwmTqURerzPmdRPLQuRZtVDrmPavbbkaOIuSIVgIy477HICUimcilVxDBhhJrkxAoDbrPXg8h7185lMEbd6I4wkz-LusJWIvolfCSZhoONHbHSV8PdtxWkn3nEjmOCC7XXxLI1nvRRb-zRAnCx1ea04droTG_KOWw/s1280/NITOLINO%20LOBISOMEM%20BANNER.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrrGEutPegirNCGKZy91I68jwmTqURerzPmdRPLQuRZtVDrmPavbbkaOIuSIVgIy477HICUimcilVxDBhhJrkxAoDbrPXg8h7185lMEbd6I4wkz-LusJWIvolfCSZhoONHbHSV8PdtxWkn3nEjmOCC7XXxLI1nvRRb-zRAnCx1ea04droTG_KOWw/s320/NITOLINO%20LOBISOMEM%20BANNER.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Livros Infantis Brincarte do Nitolino <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/05/cordel-tataritaritata-livros-infantis.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Curso: Arte supera timidez <b><i><a href="https://ciateatromusica.blogspot.com/2024/01/arte-supera-timidez.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemagens & outras versagens <b><i><a href="https://www.instagram.com/lalbertomachado/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diário TTTTT <b><i><a href="https://www.facebook.com/Tataritaritata/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cantarau Tataritaritatá <b><i><a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL6KM0c1hQxuDWv7VAJyrC8stNySltXo1a" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Teatro Infantil: O lobisomem Zonzo <b><i><a href="http://brincabrincarte.blogspot.com/2015/01/o-lobisomem-zonzo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Faça seu TCC sem traumas – consultas e curso <b><i><a href="http://pesquisacia.blogspot.com/2014/10/consultas-presenciais-e-online.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">VALUNA – Vale do Rio Una <b><i><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2020/10/valuna-vale-do-rio-una-pernambuco.html" target="_blank">aqui</a></i>.</b><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">& <strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Crônica de amor por ela<b> <i><a href="https://novobloguerotico.blogspot.com/2019/01/historia-da-mulher.html" target="_blank">aqui</a></i>.</b></span><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p> </o:p></span></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3KlFX3PzLtZBY3HA4WUYB2AMsN9XrA2s_0D5NNiQLV1woS_u59tYKsg3eXs3cmkmHDRU15njWG7oKa56xxwRpSl0y42NIzYAfd6ELaI6nz-OEf4tGcqjZKxlw_6RJBqAAERACK2pXsa0tuJrb7Cae3fdlfVud7FLknuAVO-5YQqZSnVOTpFebUw/s2329/COLAM%20TTTTT3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3KlFX3PzLtZBY3HA4WUYB2AMsN9XrA2s_0D5NNiQLV1woS_u59tYKsg3eXs3cmkmHDRU15njWG7oKa56xxwRpSl0y42NIzYAfd6ELaI6nz-OEf4tGcqjZKxlw_6RJBqAAERACK2pXsa0tuJrb7Cae3fdlfVud7FLknuAVO-5YQqZSnVOTpFebUw/s320/COLAM%20TTTTT3.jpg" width="320" /></a></strong></div><strong><br /></strong><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-87420173108300416712024-03-05T08:47:00.004-03:002024-03-05T08:55:32.783-03:00BIRGITTA JÓNSDÓTTIR, TERRY EAGLETON, JASON STANLEY & O CORONEL DE MACAMBIRA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJhBftIMlpPjWVH0T2Ug-SmYPGKwU_dRW_lUgO3xwV58t6H78u5WA23WlKzju9SiN-k-N56BTaAkVnhgG85bEEhCYsHycL2vWFJ45XADsRCZCSAvmz11-SLLEsqSIVi2dSZEg83xi3y-1brG5OOXXIs83AGL0meZlYZB0SugOynWGc3TmKnolCzA/s3516/ARTLAM%20HOJE%20DE%20TANTOS%20ONTENS%20E%20QUASE%20NENHUM%20AGORAMANH%C3%83.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2502" data-original-width="3516" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJhBftIMlpPjWVH0T2Ug-SmYPGKwU_dRW_lUgO3xwV58t6H78u5WA23WlKzju9SiN-k-N56BTaAkVnhgG85bEEhCYsHycL2vWFJ45XADsRCZCSAvmz11-SLLEsqSIVi2dSZEg83xi3y-1brG5OOXXIs83AGL0meZlYZB0SugOynWGc3TmKnolCzA/w400-h285/ARTLAM%20HOJE%20DE%20TANTOS%20ONTENS%20E%20QUASE%20NENHUM%20AGORAMANH%C3%83.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Imagem: Acervo<b> ArtLAM.</b></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Ao som do show <i>Brasilidades</i>,
do grupo <strong>Octeto Feminino do Brasil</strong>,
c<strong>riado em </strong>2020, por iniciativa
da trompista Paula Graziele Guimarães, e formado por trompistas de quatro
estados brasileiros: Paula de
Campos, Tayanne
Sepulveda, Amanda
Vieira, Tamires
Kamisaka e Jessica
Alves (SP), Isabelle
Menegasse (RJ), Paula
Guimarães (BA) e Jaqueline
Louzada (PA).</span><o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>HOJE DE TANTOS ONTENS & QUASE NENHUM AGORAMANHÃ...
-</b> Era terça-feira e Jajá saíra para
trabalhar. No trajeto, ao cruzar com a algazarra da criançada escolar,
lembrou-se dos tempos das travessuras infantis pelo<b> <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/a-uiara-do-jaragua.html" target="_blank">Jaraguá</a>, </b>das timbungadas
nas ondas da<b> <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/03/lipovetsky-eco-zizek-moema-armorial.html" target="_blank">Jatiúca</a>, </b>das traquinagens juvenis na<b> <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/08/maceio-dias-gomes-confucio-proust-nervo.html" target="_blank">Ponta Verde</a>, </b>das bebericagens
na <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/04/doro-na-caixa-do-fecamepa-primeiro.html" target="_blank">Pajuçara</a>, </b>ah, ali era o paraíso, o melhor lugar do mundo. Madurava encantado
até o dia em que já taludo, quase homem feito, leu <span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/luria-elizeth-cardoso-anibal-braganca-e.html" target="_blank">Dora Marsden</a></span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">: <i>A vida é festa e
conflito: esse é o seu entusiasmo</i>... Firmou seu jeito e não endureceu o
coração diante das coisas desagradáveis que testemunhou. Tomou partido pelo que
achava certo e, de certa forma, reiterava </span></span><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/11/dostoievski-miriam-makeba-janin-nuz.html" target="_blank">Miriam Makeba</a>:</b> <i>Eu apenas digo ao mundo a
verdade. E se a minha verdade então se torna política, não posso fazer nada
sobre isso</i>... Ah, santa Mama África! Assim o fez e era assim mesmo que
militava no expediente d’A Voz do Povo, enfrentando oligarquias e prisões,
atentados, retaliações e humilhações. Segurou firme e não se dobrou. Destemido,
cassado, peregrinou na clandestinidade. E virou coisa que muita gente esqueceu
ou prefere não lembrar, se escondendo atrás do medo e emulando chacotas,
quando, na verdade é o que é de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2011/03/nitolino-no-teatro-linda-mascarenhas.html" target="_blank">memória para uso diário</a></b>. Na vera, ele teve a coragem
da vida para viver, como se repetisse <span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/a-violencia-do-mundo.html" target="_blank">Nelly Arcan</a></span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">: <i>Eu nunca consenti
com este corpo que fui acusado de arrastar até minha morte</i>... Não fosse
isso, sim, Jajá teria reaparecido. Sim, porque era </span></span>mesmo terça-feira, saiu do Catumbi e nunca
chegou ao trabalho, nem jamais foi visto. Ouviu-se que ele foi capturado por
estranhos e lançado ao mar a 200 milhas da costa. Como assim? Outros corrigiam que
ele fora incinerado numa caldeira duma usina de cana-de-açúcar. Não pode! Engrossando
a confusão teve quem asseverasse mesmo que foi morto, esquartejado e jogado num
rio de Avaré. Que confusão! Ninguém sabia, qualquer um estava sujeito às emboscadas,
chacinas, restos nas valas de Perus para familiares contarem os mortos, como
ainda hoje. O fato é que ele saiu de casa para trabalhar e desapareceu –
documentos queimados para quem foi destruído e sabia lá mais quem era, já havia
perdido tudo de si e sem ninguém. Ao ouvir a conversa, uma jovem curiosa:
Afinal, quem é Jajá? Jayme Amorim Miranda (1926-1975). Ah, pensei que fosse
algum conhecido! E saiu com o desdém de quem teimava olvidar das <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/11/a-republica-no-reino-do-fecamepa-licoes.html" target="_blank">lições deontem e de hoje</a>. <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/10/democrito-de-abdera-dorothea-tanning.html" target="_blank">Tortura nunca mais!</a> </b>Até mais ver. <strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><tt><b><span style="font-family: georgia;">DOIS POEMAS </span></b></tt><span style="mso-bidi-font-family: "Courier New";"><o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><tt><b></b></tt></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><tt><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVkczwOFs6dtMdyc_l5JTPp3LjhyphenhyphenF7K5mgzMilyrQ8IygMKHEV5tuKYF_4D2X-bya9NLLXoLHF9nYZ_BzKj-jUA9zzDnDDGHH0B7romPrVcfBwpIw5P8ABjC6irJpKMg2c78MGO5Lm7g1F6PhfgJYT6IRKiDIVd6mNNi3MZWwl7U7PyhBQPU7klg/s3470/COLAM%20NAS%20ASAS%20DA%20VIDA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2468" data-original-width="3470" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVkczwOFs6dtMdyc_l5JTPp3LjhyphenhyphenF7K5mgzMilyrQ8IygMKHEV5tuKYF_4D2X-bya9NLLXoLHF9nYZ_BzKj-jUA9zzDnDDGHH0B7romPrVcfBwpIw5P8ABjC6irJpKMg2c78MGO5Lm7g1F6PhfgJYT6IRKiDIVd6mNNi3MZWwl7U7PyhBQPU7klg/s320/COLAM%20NAS%20ASAS%20DA%20VIDA.jpg" width="320" /></a></b></tt></span></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <strong>ArtLAM. </strong><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><tt><i><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O CAMALEÃO - Sou uma bruxa do destino \ sem roca. \ Sou um soldado
com um coração mole. \ Sou uma senhora vagabunda\ com uma casa de caracol nas
costas. \ Sou um piloto sem asas. \ Eu sou um elfo espacial no planeta Terra. \
Eu sou a prostituta dos seus pensamentos. \ Eu sou a deusa que surge do oceano
espumante\ na concha dos seus sonhos. \ Eu sou o camaleão,\ derreto-me na
imagem\ com a mesma facilidade com que uma gota de água doce\ se mistura com
água salgada.\ <o:p></o:p></span></i></tt></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><tt><i><span style="font-family: georgia;">O POEMA DA AVENTURA - Nas profundezas da montanha \ as aventuras
se escondem. \ Eles são de todas as formas e feitios. \ Todos têm um final
excelente,\ pois quem vive a vida em aventura\ vê o mundo de uma forma
extraordinariamente especial. \ Para atrair as aventuras para os padrões do
hábito\ basta fechar os olhos\ e pedir que te abracem. \ Você também pode
imaginar que é transparente\ e sente o vento fluindo através de você\ em vez de
ir contra você. \ Ou imagine que há pequenas asas nas suas costas\ e cada vez
que você dá um novo passo você salta um pouco. \ Talvez a própria vida seja uma
grande aventura\ se você usar os óculos de sol corretos</span></i></tt><tt><span style="font-family: georgia;">.</span></tt></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><tt><span style="font-family: georgia;">Poemas da escritora, artista, editora e ativista islandesa</span> </tt><b>Birgitta
Jónsdóttir.</b></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>COMO LER LITERATURA -</b> [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Vivemos em um mundo
em que não há nada que não possa ser narrado, mas também nada que precise ser
narrado</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span>[...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Gostamos de pensar
nos indivíduos como únicos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">No entanto, se isto for verdade para
todos, então todos partilhamos a mesma qualidade, nomeadamente a nossa
singularidade.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">O que temos em comum é o fato de sermos
todos incomuns.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Todo mundo é especial, o que significa que
ninguém é.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">A verdade, porém, é que os seres humanos
são incomuns apenas até certo ponto.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Não existem qualidades que sejam
peculiares a uma pessoa sozinha.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Lamentavelmente, não poderia haver um
mundo em que apenas um indivíduo fosse irascível, vingativo ou letalmente
agressivo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Isto ocorre porque os seres humanos não
são fundamentalmente tão diferentes uns dos outros, uma verdade que os
pós-modernistas relutam em admitir.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Temos muitas coisas em comum simplesmente
pelo fato de sermos humanos, e isso é revelado pelos vocabulários que temos
para discutir o caráter humano.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Compartilhamos até mesmo os processos
sociais pelos quais nos individualizamos</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>O prazer é mais subjetivo do
que a avaliação.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Se você prefere pêssegos a peras é uma
questão de gosto, o que não é verdade se você considera Dostoiévski um
romancista mais talentoso do que John Grisham.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Dostoiévski é melhor
que Grisham no sentido de que Tiger Woods é um jogador de golfe melhor que Lady
Gaga</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>O teatro pode nos ensinar alguma verdade, mas é a verdade da
natureza ilusória da nossa existência.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Pode alertar-nos para a qualidade onírica
das nossas vidas, a sua brevidade, mutabilidade e falta de bases sólidas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Como tal, ao
lembrar-nos da nossa mortalidade, pode fomentar em nós a virtude da humildade</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>O artístico
está, portanto, muito próximo do ético.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Se ao menos pudéssemos compreender o mundo
do ponto de vista de outra pessoa, teríamos uma noção mais completa de como e
por que ela age daquela maneira.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Estaríamos, portanto, menos inclinados a
censurá-los de algum ponto de vista externo altivo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Compreender é
perdoar</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>As obras literárias são peças de retórica e também de
relatórios.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eles exigem um tipo de leitura
peculiarmente vigilante, que esteja alerta ao tom, ao humor, ao ritmo, ao
gênero, à sintaxe, à gramática, à textura, ao ritmo, à estrutura narrativa, à
pontuação, à ambiguidade – na verdade, a tudo o que está sob o título de “forma”</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span>[...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">O erro mais comum que os estudantes de
literatura cometem é ir direto ao que diz o poema ou romance, deixando de lado
a forma como o diz.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Ler assim é deixar de lado a
“literariedade” da obra – o fato de ser um poema, uma peça ou um romance, em
vez de um relato da incidência da erosão do solo em Nebraska </span></i></span>[...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Se nos inspirarmos apenas na literatura
que reflete os nossos próprios interesses, toda leitura se torna uma forma de
narcisismo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>Arranhe um estudante e você encontrará um selvagem</i>. </span>[...].
Trechos extraídos da obra<b> </b></span><i>How to
Read Literature</i> (<span class="a-list-item">Yale University Press, 2014), </span>do filósofo e crítico
literário britânico <a name="_Hlk160440524"><b>Terry Eagleton</b></a><b>. </b>Veja mais<b> <i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/04/fecamepa.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/05/as-trelas-do-doro_20.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2009/09/doro-presidente.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/09/programa-domingo-romantico_9.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/06/eagleton-dazai-hermilo-offenbach-adjani.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/01/eagleton-isabella-gardner-gianni.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/02/louise-bogan-eagleton-jostein-gaarder.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/08/le-clezio-maria-callas-eagleton.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong>COMO FUNCIONA O FASCISMO – [...] </strong><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">A política fascista
invoca um passado mítico puro, tragicamente destruído.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Dependendo de como a
nação é definida, o passado mítico pode ser religiosamente puro, racialmente
puro, culturalmente puro ou todas as opções acima</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>A política
fascista pode desumanizar grupos minoritários mesmo quando não surge um estado
explicitamente fascista</i>. [...] <i>Na política fascista, as mulheres que não
se enquadram nos papéis tradicionais de gênero, os não-brancos, os
homossexuais, os imigrantes, os “cosmopolitas decadentes”, aqueles que não têm
a religião dominante, são, na sua própria existência, violações da lei e da
ordem.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Ao descrever os negros americanos como uma ameaça à lei e à ordem, os
demagogos nos Estados Unidos conseguiram criar um forte sentido de identidade
nacional branca que requer protecção contra a “ameaça” dos não-brancos</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>Os perigos
da política fascista advêm da forma particular como desumaniza segmentos da
população.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Ao excluir estes grupos, limita a
capacidade de empatia entre outros cidadãos, levando à justificação de
tratamentos desumanos, desde a repressão da liberdade, prisão em massa e
expulsão até, em casos extremos, o extermínio em massa</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>Os nazistas
acreditavam que o movimento das mulheres fazia parte de uma conspiração judaica
internacional para subverter a família alemã e, assim, destruir a raça alemã.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">O movimento,
afirmava, estava a encorajar as mulheres a afirmar a sua independência
económica e a negligenciar a sua tarefa adequada de produzir filhos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Estava espalhando as
doutrinas femininas do pacifismo, da democracia e do “materialismo”.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Ao encorajar a
contracepção e o aborto e, assim, reduzir a taxa de natalidade, estava a atacar
a própria existência do povo alemão</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>A política fascista não conduz
necessariamente a um Estado explicitamente fascista, mas mesmo assim é
perigosa.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">A política fascista inclui muitas estratégias distintas: o passado mítico,
a propaganda, o anti-intelectualismo, a irrealidade, a hierarquia, a
vitimização, a lei e a ordem, a ansiedade sexual, os apelos ao coração e o
desmantelamento do bem-estar público e da unidade</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>Para o
fascista, as escolas e universidades existem para doutrinar o orgulho nacional
ou racial, transmitindo, por exemplo (onde o nacionalismo é racializado) as
conquistas gloriosas da raça dominante</i>. </span></span>[...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">a política fascista cria um estado de
irrealidade, em que teorias da conspiração e notícias falsas substituem o
debate fundamentado</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">[...]. Trechos extraídos da obra<b> </b></span></span><i><span lang="EN-US">How Fascism Works: The
Politics of Us and Them</span></i><span lang="EN-US"> (</span><span class="a-list-item"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Random
House, 2018), do filósofo </span></span><a name="_Hlk160440728"><span class="rynqvb"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Jason Stanley</span></b></span></a><span style="mso-bookmark: _Hlk160440728;"></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/07/anne-marie-de-backer-eugenio-montejo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE" style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O CORONEL DE MACAMBIRA <o:p></o:p></span></span></strong></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE"></span></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIk2Kn1a19TRNFfMHNdse9XU5_HAa_rkeeC9R5NCGoKpzMKGU6kE42gjEbKTr30QVrtJt4vt_Lf2MGCPI0ra3z56YgR-AxR1Ir44dD3Bwtjd5iATXJnv9JRwOZcSU-TwLzvlmMIUQCcwK2B8W6EV0i4pbo1gJNYJHncxdwXDGXgR5u7Rjl_ivfhw/s2349/CORONEL%20DE%20MACAMBIRA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2349" data-original-width="1530" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIk2Kn1a19TRNFfMHNdse9XU5_HAa_rkeeC9R5NCGoKpzMKGU6kE42gjEbKTr30QVrtJt4vt_Lf2MGCPI0ra3z56YgR-AxR1Ir44dD3Bwtjd5iATXJnv9JRwOZcSU-TwLzvlmMIUQCcwK2B8W6EV0i4pbo1gJNYJHncxdwXDGXgR5u7Rjl_ivfhw/s320/CORONEL%20DE%20MACAMBIRA.jpg" width="208" /></a></strong></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span lang="DE">[...] <i>Viva! \ Ora viva!
\ A aeromoça do céu! \ A aeromoça do céu \ tem as asas da esperança \ de um
futuro que há de vir! \ Viva!</i> [...].</span><strong><span lang="DE" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span lang="DE">Trecho extraído da peça
teatral <i>O coronel de Macambira – poesias com palavras incompletas</i> (FCCR,
2005), </span>do poeta, dramaturgo, engenheiro civil, desenhista,
professor e editor <b>Joaquim Cardozo</b> (1897-1978). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/10/arthur-clarke-jodi-picoult-steven.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/02/olga-ravn-marianne-van-hirtum-james.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<strong><span lang="DE" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE" style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNW1feqn96ujpxHHCnCcn-OAwmSrUR4Ay1Enm40UURMsudFpcn5RyfuVRnungkW1E5930W1xWVUK84omUa2rLH-nYoVWgB58eH9E9rrUu2zgDm1ggqRTra1qNp815b8OVv2KfZBAQ_O-U6ITlXOYYc1NxBHb1T0NUXlEj63yT-nBxh_CTddQrTvQ/s1800/412275874_889399322499148_5988032295633970541_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1800" data-original-width="1440" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNW1feqn96ujpxHHCnCcn-OAwmSrUR4Ay1Enm40UURMsudFpcn5RyfuVRnungkW1E5930W1xWVUK84omUa2rLH-nYoVWgB58eH9E9rrUu2zgDm1ggqRTra1qNp815b8OVv2KfZBAQ_O-U6ITlXOYYc1NxBHb1T0NUXlEj63yT-nBxh_CTddQrTvQ/s320/412275874_889399322499148_5988032295633970541_n.jpg" width="256" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Veja detalhes <b><i><a href="https://blogagenda.blogspot.com/2024/02/santos-melo-licitacoes.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tem mais:<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF9KS9FFGnsDMqjQS4zQ7fkLVT8pNtqgonvbCsrlgfEjOWDpsRLuSA8JDmtAfJiS46pvTOyTWZT-P9BbEa-fPgh21D_8pbDJKvokcjdyzWg7KhOVBwXg5HXNjqBjFN_ORkWz2AKyF8S-BkO1n6VGnAHwZpq_qYGgqFLEqAzQYTaxlMbkZzeKkarg/s1080/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2012.57.59.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF9KS9FFGnsDMqjQS4zQ7fkLVT8pNtqgonvbCsrlgfEjOWDpsRLuSA8JDmtAfJiS46pvTOyTWZT-P9BbEa-fPgh21D_8pbDJKvokcjdyzWg7KhOVBwXg5HXNjqBjFN_ORkWz2AKyF8S-BkO1n6VGnAHwZpq_qYGgqFLEqAzQYTaxlMbkZzeKkarg/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2012.57.59.jpeg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Curso: Arte supera timidez <b><i><a href="https://ciateatromusica.blogspot.com/2024/01/arte-supera-timidez.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemagens & outras versagens <b><i><a href="https://www.instagram.com/lalbertomachado/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diário TTTTT <b><i><a href="https://www.facebook.com/Tataritaritata/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cantarau Tataritaritatá <b><i><a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL6KM0c1hQxuDWv7VAJyrC8stNySltXo1a" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Teatro Infantil: O lobisomem Zonzo <b><i><a href="http://brincabrincarte.blogspot.com/2015/01/o-lobisomem-zonzo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Faça seu TCC sem traumas – consultas e curso <b><i><a href="http://pesquisacia.blogspot.com/2014/10/consultas-presenciais-e-online.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">VALUNA – Vale do Rio Una<b> <i><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2020/10/valuna-vale-do-rio-una-pernambuco.html" target="_blank">aqui</a></i>.</b><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong>& </strong><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Crônica de amor por ela<b> <i><a href="https://novobloguerotico.blogspot.com/2019/01/historia-da-mulher.html" target="_blank">aqui</a></i>.</b></span><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p></o:p></span></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieO-4Ypar03WoOd8A0huCR3W83z1w8y-sQPidrRYNbEWYa4o_9wmAOhA7mRk5wh4gzjFtx7w4JhY0cuD5aS3sJphtCbR6Kv3jrf8cpb2yaYwkzGGbM0_CTlDQad5V31OQryDUyo04md8f0PnjsD3gkYAp5jiqvw9J3b6ZYsjfMAG_3gdnB_DsRrw/s2329/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieO-4Ypar03WoOd8A0huCR3W83z1w8y-sQPidrRYNbEWYa4o_9wmAOhA7mRk5wh4gzjFtx7w4JhY0cuD5aS3sJphtCbR6Kv3jrf8cpb2yaYwkzGGbM0_CTlDQad5V31OQryDUyo04md8f0PnjsD3gkYAp5jiqvw9J3b6ZYsjfMAG_3gdnB_DsRrw/s320/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" width="320" /></a></strong></div><strong><br /> </strong><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-13931914871680182462024-02-27T09:29:00.004-03:002024-02-27T09:37:36.691-03:00OLGA RAVN, MARIANNE VAN HIRTUM, JAMES CLEAR & BABAU DA MÃO MOLENGA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibcMR5CbHtivB_9Wc7e83Bj8LqMnGXBs2MRKSDpsrkdpqjfg5_hZODgsd-knctSQ9xxkzp3utuwbDlKmQrocqHZueVPPckPmjctXB2LFmNFTHrW_giaPXwKp6owLtnKrH3Aka56fhaAR5_0vYEEnn_9jZy8rPMbN0OZcfGlYLQ3JkiFcJERynldw/s3491/ARTLAM%20BLOG.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2536" data-original-width="3491" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibcMR5CbHtivB_9Wc7e83Bj8LqMnGXBs2MRKSDpsrkdpqjfg5_hZODgsd-knctSQ9xxkzp3utuwbDlKmQrocqHZueVPPckPmjctXB2LFmNFTHrW_giaPXwKp6owLtnKrH3Aka56fhaAR5_0vYEEnn_9jZy8rPMbN0OZcfGlYLQ3JkiFcJERynldw/w400-h290/ARTLAM%20BLOG.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia;"><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p> </o:p></span></strong>Imagem: Acervo <b>ArtLAM.</b></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia;">Ao som de <i>Der Freischu</i><i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">̈</span>tz J277: Overture</i> (1997),
da maestrina e compositora australiana <b>Simone Young</b>, regendo a NHK
Symphony Orchestra.</span><o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong>SE DEU NÓ CEGO, VAMBORA DESATAR!...</strong><strong><span style="font-weight: normal;"> - Raiou o dia e quem saiu
de casa guardou a direção do aceno. Outras são as instâncias do coração se não
souber aonde vai dar o trajeto, qual lonjura de cafundó ou rincão. De uma hora
pra outra perder-se é quase possível, nunca se sabe, nem sei quando, plagas
outras à escolha. E a opção, mesmo muita, só uma. Voltar, refazer, outras
alternativas pro tino. O que poderia ser não fazia a menor ideia: a vida nem
sempre corre conforme pensa, às vezes passa sem noção. E o encontro, mais imprevisível.
Assim a bela </span></strong><strong><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/02/tagore-louise-bourgeois-michelangelo.html" target="_blank">Senhora de Catuama</a></strong><strong><span style="font-weight: normal;">, do alto de sua majestosa incandescência: O que é pragora
não foi ontem nem amanhã, hoje se faz. A sede é grande e só resta o pó. Nó cego
se desata. Trupé que seja, </span></strong>corre-se sempre o risco <strong><span style="font-weight: normal;">de cair na real, mesmo esvaindo-se
entre golpes no perímetro da maldição ou bem-aventurança. Ainda ela </span></strong><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/felipe-cerquize-elizabeth-lee-miller.html" target="_blank">Ann Leckie</a></b>: <i>A unidade implica a possibilidade de desunião. Começos implicam
e exigem finais... Que cada ato seja justo, adequado e benéfico</i>... <strong><span style="font-weight: normal;">Houvesse outro caminho, por
certo, teria ido. Mas uma conversinha de pé-de-serra, clareando as ideias, não
se abre facilmente a mão. Aí ela veio de<a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/merce-rodoreda-harold-pinter-irving.html" target="_blank"> </a></span></strong><b><span style="mso-bidi-font-family: PalatinoLinotype-Roman;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/merce-rodoreda-harold-pinter-irving.html" target="_blank">Harold Pinter</a></span></b><span style="mso-bidi-font-family: PalatinoLinotype-Roman;">: <i>Só se tem uma
obrigação</i>. </span><i><span style="mso-bidi-font-family: PalatinoLinotype-Italic;">Ser
honesto. </span></i><i><span style="mso-bidi-font-family: PalatinoLinotype-Roman;">Não
há mais nenhuma... </span>Não existem distinções rígidas entre o que é real e o
que não é, nem entre o que é verdade e o que é falso. Uma coisa não é
necessariamente verdadeira ou falsa; pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo</i>...
<strong><span style="font-weight: normal;">Nunca entendi muito essas
coisas, muitas vozes no pandemônio do percurso interminável, por enquanto. Sei de
muita gente que peleja sem um terém sequer, com a teima de salvar o canavial
que não mais prospera há tempo, como coisas que custam enterrar e soçobram à
beira da cova. Muitos recorrem à possibilidade de ter um sobrenome por
ostentar, malfadada toada de uma prosa de não sei quantos pungentes versos. As dissensões
trôpegas levaram às piores caretas, até quem sumítico das meias palavras desse
a cara à tabica da </span></strong>finitude<b>.
</b><strong><span style="font-weight: normal;">Os antes
gestos medidos sacudiram todos, arregaçaram as mangas e o despudor na ponta da
língua cuspiu o diabo no meio das deshoras e cada um segurou como podia as
pisadas nos calos, a repugnância e o delírio - valiam-se do que sequer possuíam.
Nada a fazer, porventura fosse apenas estado de ânimo. Ela assistia a tudo e de
soslaio: Bem-aventurados os que guardam mapas na planta dos pés e a minúcia na
raiz do sangue. Com um meio sorriso ela era </span></strong><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/mahler-artur-azevedo-bee-scott-marc.html" target="_blank">Amber Dawn</a></b>:<span class="rynqvb"><span style="mso-ansi-language: PT;"> <i><span lang="PT">Quando este
parágrafo terminar, esta história será toda sua</span></i><span lang="PT">... Deu
uma gargalhada e desenvultou. Antes uma fumaça de adeus, pelo menos, mas não: </span></span></span><strong><span style="font-weight: normal;">sumiu que nem o cheiro
ficou. Ficou a pinoia. Mantive a rota e a sina: descer </span></strong><b><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2020/10/valuna-vale-do-rio-una-pernambuco.html" target="_blank">Valuna</a> </b>e todo lugar por aqui <strong><span style="font-weight: normal;">se parece </span></strong><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/mahler-artur-azevedo-bee-scott-marc.html" target="_blank">Dogville</a>, </b>avalie!<strong><span style="font-weight: normal;"> Até mais ver.<o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: georgia; font-size: large;">NOITE MATEMÁTICA<o:p></o:p></span></strong></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB0mA5XJPRhAoH9JUKLwV94TrKBiGcl9-cGoRaq5a-t6RXgff-Xp6uuE-5XEOuVzST6Kbj9-UGX0Z7YZI3g8BBsggCjYz6usLATRKqRAaJCvBxnq0txBvkGDlyZyBUfVtiaJbSROWS5SmlxIhJwXfaX1wLxE4gKGoJUPlhH17ARUp0f0nxcpKRug/s3472/COLAM%20BLOG.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2470" data-original-width="3472" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB0mA5XJPRhAoH9JUKLwV94TrKBiGcl9-cGoRaq5a-t6RXgff-Xp6uuE-5XEOuVzST6Kbj9-UGX0Z7YZI3g8BBsggCjYz6usLATRKqRAaJCvBxnq0txBvkGDlyZyBUfVtiaJbSROWS5SmlxIhJwXfaX1wLxE4gKGoJUPlhH17ARUp0f0nxcpKRug/s320/COLAM%20BLOG.jpg" width="320" /></a></strong></div><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Imagem: Acervo </span><strong style="font-size: x-large;">ArtLAM.</strong></div></span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>I</i> <b>- </b><i>Enquanto meu fogo ferve,
enquanto a lua beija minha porta, \ o dia rasteja, não mais circunscrito \ pelo
rastro fumegante das estrelas. \ Ali! — A caixa verde na clareira dos mundos. \
Seu rosto falava sem parar, em saltos de doçura desconhecida. \ “Chegou a
hora”, diz ela, “seu vestido agora está pronto”. \ Ela aponta uma grande ponte
de balança: aquela mesma \ onde as cegonhas passeavam de muletas. \ Pergunto a
ela se há mais temporadas. \ “Não”, ela diz, “já que você está nu na vida dos
homens”. \ Mas esses soldadinhos risonhos não me importam. \ A única coisa que
conta é este corpo, cujo sangue derramei \ para descobrir um ninho de abelhas
vermelhas, \ todas ocupadas bebendo no rio das mulheres bêbadas. \ Aqueles que
tanto amamos! \ Aqueles que são as nacelas do ar, \ semelhantes às corujas
decapitadas \ cujas cabeças giram. \ Esses são chamados de anjos \ porque são
tão instruídos quanto os demônios. \ O coração deles é uma flor silvestre \ com
mais pétalas do que lágrimas. \ Em lágrimas – às vezes – \ ela passeia, como
num barco louro. \ Sua comida é feita de moscas mortas \ que negligenciamos,
esquecidos como estamos \ do importante papel da Geometria Rainha. \ Esta flor
é a palavra que minha boca está prestes a dizer. \ Ou então cale-se: \ pois a
fechadura da minha boca não tem chave. \ Esta chave não tem sexo, meu coração
bate \ ao vê-la chegando, \ tão azul, na grande noite colorida. <o:p></o:p></i></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: georgia; font-size: large;">II
- Os grandes animais saíram pelas portas das sombras. \ Um pouco mais tarde,
eles retornaram pelo portal \ de lesa-majestade. \ Um grande leão, afogado,
flutuava na água açucarada. \Que silêncio sombrio nos palácios de neve! \ Do
céu caía um calor negro, \ enquanto as moscas longas e pálidas nos acompanhavam
\ até a noite, às vezes pegando nossas mãos. \ A almofada azul estava perdendo
sangue, \ que escorria em jatos rápidos, \ a margarida lunar casando-se com uma
camada de gelo. \ Cidade atravessada por inúmeros castiçais. \ Na margem do
preto-violeta, \ o querido Dinossauro se espreguiça, \ puxando o lençol até a
boca. <o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: georgia; font-size: large;">III
- Achando-os muito secos, \ levamos em macas, \ em paletes, em carrinhos de
mão. \ Em tudo que achamos mais suspeito \ de matéria queimada. \
Dispersámo-nos nos dois sentidos, \ mas sem esquecer a rosa do deserto: \ ela
ainda está viva nos cais das algas moribundas \ onde estremece uma última
papoula, \ sendo apenas o armistício de si mesma. \ Dark era o filho-chacal das
florestas, \ sentado em seus quadrados de vento e grama. \ E sombrios os
macacos, sentados em melancolia: \ mostraram-nos apenas as suas luvas cinzentas
infalíveis. <o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>IV
- O pelo de sementes prateadas não estrela \com misturas arriscadas as cavernas
\ onde o Ser de touca de dormir \ abre sua porta de troncos negros soprada pelo
vento. \ Uma risada demente, um fogo azul circundado de raios de vespas \ seria
o seu olho ali, oh reciprocidade que sempre te suspende \ no limiar das
cavernas rejeitadas? \ De dia, o grande Lustucru, ciclâmen de gelo, carrega
seus passos \ nas costas, o hospital mascarado para a festa. \ Se em sua testa
você desenvolver \ uma inteligência lúcida de perdiz, \ ainda assim seus olhos
ocultos perderão os pelos de amianto. \ Uma fonte mais cega que um surdo feito
de resina. \ Persiga esses trens de miséria \ nos trilhos flamejantes de um
beijo. \ A caverna é feita de tecido iridescente \ para quem não consegue
pegá-la com os dedos do Padre Egito. \ Um fardo de feno ridículo surge \ onde
nossos leões jovens não dormem. \ Aqui ninguém está com a cabeça virada para
trás. \ O relógio anda muito devagar. \ Vamos morrer cada vez mais! \ Já sinto
seu sabor maravilhoso \ em meus dentes distantes</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemas
da escritora & artista surrealista belga <b>Marianne Van Hirtum</b>
(1935-1988).<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong>QUE TRABALHO É ESSE... – </strong>[...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Você provavelmente
diria que é um mundo pequeno, mas não se precisar limpá-lo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>Eu pareço um
humano e me sinto como os humanos.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu consisto nas mesmas partes.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Talvez tudo o que
seja necessário seja que você altere meu status em seus documentos?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">É uma questão de
nome?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu poderia ser humano se você me chamasse assim? </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">[...] <i>Por que tenho
todos esses pensamentos se o trabalho que faço é principalmente técnico?</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Por que tenho esses
pensamentos se estou aqui principalmente para aumentar a produção?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">De que perspectiva
esses pensamentos são produtivos?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Houve um erro na atualização?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Se houvesse,
gostaria de ser reiniciado</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>Aqui não voamos sob o céu, mas através
de um infinito adormecido</i>. [...] <i>Você pode dizer o que quiser, mas eu
sei que você não quer que nos tornemos também, bem, o quê?</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Muito humano?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Muito vivo?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Mas gosto de estar
vivo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu olho para as profundezas infinitas do lado de fora das janelas
panorâmicas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu vejo um sol.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu queimo como o sol
queima.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu sei, sem dúvida, que sou real.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Posso ter sido feito, mas agora estou me
fazendo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span>[...]<strong> </strong><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Sou humano ou humanóide?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu fui sonhado em
existir? </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">[...] <i>Você acha que alguém vai se lembrar de nós?</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Quem se lembra
daqueles que nunca nasceram, mas ainda assim vivem? </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">[...] <i>Todos os dias,
minhas mãos anseiam por cavar fundo no solo para que eu possa mergulhar em sua certeza,
e a terra receba minha morte e me torne sua</i>. [...] <i>Eu sei, sem dúvida,
que sou real.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Posso ter sido feito, mas agora estou me
fazendo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>É por isso que vim vê-lo hoje, na esperança de que possa haver
alguma outra função na qual eu teria menos responsabilidade, sem ter que me
relacionar com o fluxo de trabalho geral na mesma medida.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu gostaria de ser
designado para esse tipo de posição.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Sei que as habilidades que me foram
atribuídas não serão totalmente exploradas nesse caso, mas a dor que sinto não
significa nada?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Atrevo-me a sugerir que tal dor impacta a
qualidade do meu trabalho e, além disso, pode influenciar negativamente o
trabalho dos meus colegas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">OK.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu vejo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Então eu não teria o
poder da fala?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Não, eu entendo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Eu, por meio deste,
consinto.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Quando </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">[...] </span></span><i>Eu também tenho em mim palavras apagadas que deveria
ter dito e já não sei mais o que significam</i>. [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Sou uma romã madura com sementes úmidas,
cada semente é uma matança que irei realizar em algum momento futuro.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Quando não tiver mais
sementes dentro de mim, quando não houver mais nada além de carne, quero
conhecer o homem que me criou</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. [...] <i>Sou como uma planta onde tudo
murchou, exceto um único broto verde que ainda está vivo, e esse broto é meu
corpo e minha mente, e minha mente é como uma mão, ela toca em vez de pensar</i>.
[...] </span></span><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É fácil conversar com você. Parece que tudo o que eu digo está certo. Eu
falo e você escreve o que eu digo</span></i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">. </span>[...]. Trechos
extraídos da obra<b> </b><i>The Employees: A Workplace Novel of the 22nd Centur</i><b>y (</b><span class="a-text-bold"></span><span class="a-list-item">Lolli, 2020)</span><b>, </b>da
premiada escritora dinamarquesa <b>Olga Ravn.</b> Veja mais
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2009/05/o-trabalho-de-8-80.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/05/o-trabalho.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/o-trabalho.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/o-trabalho-da-mulher.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/05/primeiro-de-maio.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong>POR QUE FATOS NÃO MUDAM NOSSA OPINIÃO – </strong>[...] <i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os humanos precisam de uma visão razoavelmente
precisa do mundo para sobreviver. Se o seu modelo de realidade é totalmente
diferente do mundo real, então você luta para tomar medidas eficazes todos os
dias.<a name="note-1-23317"></a> No entanto, a verdade e a precisão não são as
únicas coisas que importam para a mente humana. Os humanos também parecem ter
um profundo desejo de pertencer</span></i>. [...] <i>Uma
vez formadas as impressões são notavelmente perseverantes</i>. [...] <i>Apesar
de suas crenças terem sido totalmente refutadas, as pessoas não conseguem fazer
as revisões apropriadas nessas crenças </i>[...] <i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Compreender a verdade de uma situação é importante, mas permanecer parte
de uma tribo também o é. Embora esses dois desejos muitas vezes funcionem bem
juntos, ocasionalmente entram em conflito</span></i>.<b> </b>[...] <i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Convencer alguém a mudar de ideia é, na verdade, o
processo de convencê-lo a mudar de tribo. Se abandonarem as suas crenças,
correm o risco de perder os laços sociais. Você não pode esperar que alguém
mude de ideia se você também tirar a comunidade dele. Você tem que dar a eles
um lugar para ir. Ninguém quer que sua visão de mundo seja destruída se o
resultado for a solidão. A maneira de mudar a opinião das pessoas é tornar-se
amigo delas, integrá-las à sua tribo, trazê-las para o seu círculo. Agora, eles
podem mudar suas crenças sem correr o risco de serem abandonados socialmente</span></i>. [...] <i>Talvez não seja <em>a diferença</em>, mas <em>a distância</em> que gera o tribalismo e
a hostilidade. À medida que a proximidade aumenta, também aumenta a compreensão</i>.
[...] <i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há outra razão pela qual as más ideias continuam a
existir: as pessoas continuam a falar sobre elas. O silêncio é a morte para
qualquer ideia. Uma ideia que nunca é falada ou escrita morre com quem a
concebeu. As ideias só podem ser lembradas quando são repetidas. Eles só podem
ser acreditados quando são repetidos. Já mencionei que as pessoas repetem
ideias para sinalizar que fazem parte do mesmo grupo social. Mas aqui está um
ponto crucial que a maioria das pessoas não percebe: As pessoas também repetem
ideias ruins quando reclamam delas. Antes de poder criticar uma ideia, você
precisa fazer referência a essa ideia. Você acaba repetindo as ideias que
espera que as pessoas esqueçam – mas, é claro, as pessoas não podem esquecê-las
porque você continua falando sobre elas. Quanto mais você repete uma má ideia,
maior é a probabilidade de as pessoas acreditarem nela</span></i>. <i>Vamos chamar esse fenômeno </i>de Lei da Recorrência de Clear:<b><i>
</i></b><i>o número de pessoas que acreditam em uma ideia é diretamente
proporcional ao número de vezes que ela foi repetida durante o último ano –
mesmo que a ideia seja falsa. Cada vez que você ataca uma má ideia, você está
alimentando o mesmo monstro que está tentando destruir</i>. [...] <i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A maioria das pessoas argumenta para vencer, não
para aprender. Como diz Julia Galef com tanta propriedade: as pessoas muitas
vezes agem como soldados e não como batedores. Os soldados estão no ataque
intelectual, procurando derrotar as pessoas que diferem deles. A vitória é a
emoção operativa. Os escoteiros, por sua vez, são como exploradores
intelectuais, tentando lentamente mapear o terreno com outros. A curiosidade é
a força motriz.<a name="note-9-23317"></a> Se quiser que as pessoas adotem suas
crenças, você precisa agir mais como um batedor e menos como um soldado. No
centro desta abordagem está uma questão que Tiago Forte coloca lindamente:
“Você está disposto a não vencer para manter a conversa?” </span></i>[...] <i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quando você é gentil com alguém, significa que você
o está tratando como uma família. Acredito que esse seja um bom método para
realmente mudar a opinião de alguém. Desenvolva uma amizade. Compartilhe uma
refeição. Presenteie um livro. Seja gentil primeiro, tenha razão depois</span></i>... [...].<b>
</b>Trechos extraídos do estudo <em>Why
Facts Don’t Change Our Minds</em>), do escritor estadunidense <b>James
Clear</b>, autor da obra <i>Atomic Habits: An Easy & Proven Way to Build
Good Habits & Break Bad Ones</i> (<span class="a-text-bold"></span><span class="a-text-bold"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">A</span></span><span class="a-list-item">very, 2018), na qual ele expressa que: [...] </span><i>Os
humanos são animais de rebanho. Queremos nos ajustar, nos relacionar com outras
pessoas e ganhar o respeito e a aprovação de nossos colegas. Essas inclinações
são essenciais para nossa sobrevivência. Durante a maior parte de nossa
história evolutiva, nossos ancestrais viveram em tribos. Ficar separado da
tribo - ou pior, ser expulso - era uma sentença de morte</i>. [...]. O autor
neste sentido toca em aspectos importantes que refletem sobre o fato de o
porquê as pessoas não mudarem de opinião, mesmo que suas crenças contrariem os
fatos, a lógica e a sensatez quando elas estão convencidas que estão certas.
Explica, portanto, como dialogar com pessoas irredutíveis, especialmente que
não querem ouvir, com suas crenças e certezas inabaláveis, a outra face da
realidade. Ele advoga a Lei da Recorrência de Clear que significa o efeito de
mera exposição, ao abordar um tema que atravessa estudos da Agnotologia e da
Etupidologia. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/perls-procopio-ferreira-moraes-moreira.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/11/einstein-e-estupidologia-de-max-neef.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/11/o-apocalipse-da-atualidade-carl-rogers.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/04/liudmila-ulitskaia-joni-mitchell-r.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/04/amanda-palmer-djanira-rosa-lobato-ma.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/02/natalie-goldberg-ana-maria-rodas.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: georgia; font-size: large;">BABAU, DE CARLA DENISE<o:p></o:p></span></strong></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdxeQxKvRXKzQKYvLIMS1CM5qxdyCRhRBpmE_KfFMoeH_PGcUWQYiKT0ZFWcIt8fMXP9_LOwsoMcQV1ezZpwLAtY3AwbcdOAleSGJpwY2w4kPqaSYf5aHl7eoQVXzf6ZYBSvINvzwMgbQhYhyphenhyphenv9_lf34vadcjgCXuhx8NKYKJSRgzq_ip8V-UqCg/s500/Babau.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="496" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdxeQxKvRXKzQKYvLIMS1CM5qxdyCRhRBpmE_KfFMoeH_PGcUWQYiKT0ZFWcIt8fMXP9_LOwsoMcQV1ezZpwLAtY3AwbcdOAleSGJpwY2w4kPqaSYf5aHl7eoQVXzf6ZYBSvINvzwMgbQhYhyphenhyphenv9_lf34vadcjgCXuhx8NKYKJSRgzq_ip8V-UqCg/s320/Babau.jpg" width="317" /></a></strong></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Eu estou em todo lugar... E lugar de
mamulengo é aqui na terra mesmo, pra fazer a alegria do povo</i> [...].<strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído da obra <i>Babau ou a história da
vida desembestada do homem que tentou engabelar a morte </i>(Cubzac, 2012), da
premiada jornalista, dramaturga, escritora, atriz e produtora cultural, <b>Carla
Denise, </b>integrante do coletivo <b><a href="http://maomolenga.blogspot.com/" target="_blank">Mão Molenga Teatro de Bonecos</a>. </b>Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2011/07/folia-caete-eu-faco-acontecer.html" target="_blank">aqui</a></i>,
<i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/08/marina-colasanti-ilibagiza-rose-muraro.html" target="_blank">aqui</a></i>, </b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/elfriede-jelinek-alexandra-david-neel.html" target="_blank"><b>aqui</b></a></i><b>, <i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/02/dannunzio-vivan-sundaram-castelnuovo.html" target="_blank">aqui</a></i> & <i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/02/natalie-goldberg-ana-maria-rodas.html" target="_blank">aqui</a></i>.</b><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE" style="font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHoOwHb9NMVw284URCHGMtnVk_ePcXJm1UwWGUixjhAarPwPl2Q7eHy7QID0bvI9ec5N_6C2Q8ubTaUeF-IcpsGZhZJX2YdWIZT9KL6dMGxxl9BKIeqjQgXeaXUfbLgRXDRKv8Ox4ZtxrMrfb9sdNn8KduwXzNn_hNBvWcsXuxQBfG8s7sCXa8qw/s1280/SANTOS%20MELO%20LICITA%C3%87%C3%95ES.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHoOwHb9NMVw284URCHGMtnVk_ePcXJm1UwWGUixjhAarPwPl2Q7eHy7QID0bvI9ec5N_6C2Q8ubTaUeF-IcpsGZhZJX2YdWIZT9KL6dMGxxl9BKIeqjQgXeaXUfbLgRXDRKv8Ox4ZtxrMrfb9sdNn8KduwXzNn_hNBvWcsXuxQBfG8s7sCXa8qw/s320/SANTOS%20MELO%20LICITA%C3%87%C3%95ES.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;"><div style="text-align: center;">Veja detalhes <b><i><a href="https://blogagenda.blogspot.com/2024/02/santos-melo-licitacoes.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</div></span><p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tem mais:<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAHreC0BBTnRggViTzElNuOE3a4XnE_EJX4x611nww3d-EPGMByw0GuU04hNL6n9KZmIV3QIoE5wF62UU85udj0QLEPoqUdfCa1AKxtOdiqqLsoaNW3TAfSGMH9Fxv3adMWzqaaKGd0i-1tCYaOdzCytRvDtUchKe2OWbzxTWnm494ZwCOzr-tHA/s1350/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2013.19.44.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="1050" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAHreC0BBTnRggViTzElNuOE3a4XnE_EJX4x611nww3d-EPGMByw0GuU04hNL6n9KZmIV3QIoE5wF62UU85udj0QLEPoqUdfCa1AKxtOdiqqLsoaNW3TAfSGMH9Fxv3adMWzqaaKGd0i-1tCYaOdzCytRvDtUchKe2OWbzxTWnm494ZwCOzr-tHA/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2013.19.44.jpeg" width="249" /></a></div><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Curso: Arte supera timidez </span><b style="font-size: x-large;"><i><a href="https://ciateatromusica.blogspot.com/2024/01/arte-supera-timidez.html" target="_blank">aqui</a></i></b><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">.</span></div></span><p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemagens & outras versagens <b><i><a href="https://www.instagram.com/lalbertomachado/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diário TTTTT <b><i><a href="https://www.facebook.com/Tataritaritata/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cantarau Tataritaritatá <b><i><a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL6KM0c1hQxuDWv7VAJyrC8stNySltXo1a" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Teatro Infantil: O lobisomem Zonzo <b><i><a href="http://brincabrincarte.blogspot.com/2015/01/o-lobisomem-zonzo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Faça seu TCC sem traumas – consultas e curso <b><i><a href="http://pesquisacia.blogspot.com/2014/10/consultas-presenciais-e-online.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">VALUNA – Vale do Rio Una<b> <i><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2020/10/valuna-vale-do-rio-una-pernambuco.html" target="_blank">aqui</a></i>.</b><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong>& </strong><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Crônica de amor por ela<b><i><a href="https://novobloguerotico.blogspot.com/2019/01/historia-da-mulher.html" target="_blank"> aqui</a></i>.</b></span><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p> </o:p></span></strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8DWqzRdvazPealsUsjlX5E9ye9rw4be91ugjIauS1hXRNetgBd-tTNwQPmQzkbmhyphenhyphenet_W7ThvEJh77cV7g9mWTB22HngBQ7gfV5KXrGVVey232M6197Aeoxj32GR5r8yymnwB1YyKTvvbdHTeKUE06cfWlkW7CTHQNzdmrWbvQ64PXugG2u1Quw/s2329/COLAM%20TTTTT3.jpg" style="font-family: Georgia, serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8DWqzRdvazPealsUsjlX5E9ye9rw4be91ugjIauS1hXRNetgBd-tTNwQPmQzkbmhyphenhyphenet_W7ThvEJh77cV7g9mWTB22HngBQ7gfV5KXrGVVey232M6197Aeoxj32GR5r8yymnwB1YyKTvvbdHTeKUE06cfWlkW7CTHQNzdmrWbvQ64PXugG2u1Quw/s320/COLAM%20TTTTT3.jpg" width="320" /></a><strong><span style="font-family: "Georgia",serif; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p><br /><br /></o:p></span></strong></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-8536014262811659482024-02-20T10:03:00.001-03:002024-03-12T06:08:15.113-03:00NATALIE GOLDBERG, ANA MARÍA RODAS, HELEIETH SAFFIOTI, HOMENS & CARANGUEJOS<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjQ9un_NVfBBbdgQxeFGcFgxDbHau6l_RNg39502naLAzusM4qlthmb2kMiegRahCiSeeMMuSHQ0zb35Y3dxS6y6qsqDwQ-ckRBqs8Twd3WJWjq49JqRbaLqdHOrQ1kouDpDXpZzbKl_5TGwt0dLOeJmrhdRr73XeED8ORXcAFmXt0XWd_eZ8O8A/s3476/ARTLAM%20BANQUETE%20&%20PRECIP%C3%8DCIO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2484" data-original-width="3476" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjQ9un_NVfBBbdgQxeFGcFgxDbHau6l_RNg39502naLAzusM4qlthmb2kMiegRahCiSeeMMuSHQ0zb35Y3dxS6y6qsqDwQ-ckRBqs8Twd3WJWjq49JqRbaLqdHOrQ1kouDpDXpZzbKl_5TGwt0dLOeJmrhdRr73XeED8ORXcAFmXt0XWd_eZ8O8A/w400-h286/ARTLAM%20BANQUETE%20&%20PRECIP%C3%8DCIO.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p> </o:p></span></strong><strong><span style="font-family: georgia;">Imagem: Acervo ArtLAM.</span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia;">Ao som da <i>Fantasia Sul América
para violino solo</i> (2022), do compositor Cláudio Santoro; do <i>Canto dos
Aroe</i> (2021), do compositor Roberto Victorio; e <i>Gestures – for solo
violin</i> (2022), de Arthur Kampela, todos na interpretação da premiada violinista
e professora <b>Mariana Isdebski Salles</b>, autora dos livros <i>Ciência na
Arte - Arte na Ciência </i>(Paka-Tatu, 2021) e <em>Arcadas e golpes de arco (Thesaurus, 1998). E</em>m parceria
com a pianista Laís de Souza Brasil, lançou o cd <i>Sonatas</i> (ABM Digistal),
do compositor Claudio Santoro; e, em parceria com o violoncelista Marcelo
Salles, lançou o cd <i>Mosaico</i> (2005) e <i>Mosaico II</i> (2008), com peças
para duo de violino e violoncelo de compositores brasileiros; e com o Deuxiéme
Trio de Villa-Lobos, gravou o cd <i>Fantasia para violino, violoncelo e piano</i>
de Franck Bridge e Trio de Michael Colina (2008). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/11/mulher-da-sombrinha-celan-alamoa.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/12/aprumando-conversa-com-presentes-pras.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. </span><o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>O BANQUETE & O PRECIPÍCIO (PISCAR DE OLHOS,
A HESITAÇÃO E O ABISSAL)... -</b> Quem não náufrago sobrevivente na roda-viva: apatetados
metazoários, ruminantes do intelecto solitário, os<b> <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/11/os-homens-ocos-de-t-s-eliot.html" target="_blank">Ocos de Eliot</a>... </b>Dá-se volta por cima até baixar a poeira porque nada se resolveu ou, se resolvido, nada deu fé. Só sortudo fora dessa! Pros do
lado de cá a indagação
de<b> <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/adolfo-casais-monteiro-burle-marx.html" target="_blank">Lukáscs</a> </b>no pé do ouvido:<b> </b><i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Um estado de ânimo de permanente desespero com a situação
mundial... quem nos salva da civilização ocidental?</span></i><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">... Isso para quem nunca arregou
</span><span class="a-list-item">da parada - mesmo que escorregasse pelo corredor
público e desse num túnel sem saída como buraco sem fundo: tudo ruindo e o
vexame diante do covil com toda contrafação no pé da venta – tem-se a impressão
de que não passa de um impostor no buruçú do caos espaçado, valendo-se das
sobras feito rufião aos gemidos na quase beatitude. É mesmo? Quem o faminto glutão
engolindo tudo? Ah! É só deslembrar da morte esticando seus braços elásticos com
as lâminas afiadas do tempo. É mesmo? Coisa besta, sai na urina. Ah, não, como
escapar aos seus golpes letais, sem poder fazer nada, um gesto insólito, como dar
de ombros, nada a ver, e tudo apodrecendo na chuvada d</span>a Ilha das <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/adolfo-casais-monteiro-burle-marx.html" target="_blank">Moscas de Golding</a>.</b> Sim, com Pampineia, Griselda de Vivaldi, Galeotto, meio mundo
de gente, a discutir o que sobrou da Justiça, da Esperança, da Razão, levando
lero da parábola dos anéis, os dedos que se foram, a ameaça da peste, da fome, dos
monstros invisíveis e não sei lá o que mais, escorregando pelas dez jornadas de
<b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/adolfo-casais-monteiro-burle-marx.html" target="_blank">Boccaccio</a></b> nas cenas de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/06/lyotard-ariano-decameron-ivan-lins.html" target="_blank">Pasolini</a></b>. Danou-se! Leseira, sai nas
coxas. Ah, tá! E do nada surgisse <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/03/a-balsa-da-medusa.html" target="_blank">Anne Lamott</a></b>: <i>A esperança começa na
escuridão, a teimosa esperança de que, se você simplesmente se levantar e
tentar fazer a coisa certa, a manhã chegará. Você espera, observa e trabalha:
você não desiste</i>... <span class="a-list-item">E mais o patético escabroso das
estranhas pelo intolerável soando nos tímpanos de forma ensurdecedora,
inoculando o cinismo quase pueril. Como seria a morte? Ixe! Fogo pelando, água
da muita, veneno cruel no que é fato e o que é valor, assim por diante - o
desejável é seguir a lógica do xadrez dando conta do revogável. Vixe! Tem também
o refutável e tudo o que foi violado, afora o protocolar considerado no acordo
tácito, na ausência de domínio, tudo por conta de uma suposta isonomia. E é? Ousa-se,
ataca-se até que um seja devidamente anulado com a última pá de cal. Aí, tá
certo! E sacar </span><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/alceu-valenca-leibniz-manoel-bentevi.html" target="_blank">Agneta Pleijel</a></b>:<span class="rynqvb"><span style="mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"> </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Na batalha entre você e o mundo, fique do lado do
mundo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">... Sacou? </span></span><span class="a-list-item">Dizem que o homem simples
morreu na resiliência, chega dava gosto vê-lo romper a redoma e dormir com um
olho só, avalie. Foi esfolado todo, quanta mofa. A desforra ficou nos galhos
retorcidos da indiferença, intrusos fizeram a festa, quão leigos no ludíbrio
das palavras e intenções, armadilhas sentimentais – será que vai nascer outro? A
missão logo à tona, qual? Ah, o que mentem palavras, gestos e intenções, só equívocos.
Nada, já dizia </span><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/07/alceu-valenca-leibniz-manoel-bentevi.html" target="_blank">Péter Szondi</a>:</b><span style="mso-bidi-font-family: Fd307910-Identity-H;"> <i>No seu lugar, uma época para a qual a originalidade é
tudo reconhecer somente a cópia</i>... </span><span class="a-list-item">Por pior
que seja a</span> súbita captura da esfinge há sempre a habituada potência da resposta estremecida,
enganchada, exprimindo a miséria e a perigosa verdade para se salvar da tolice
e ter o que bem possa merecer. É só uma primeira tábua em que possa se agarrar do insondável. Contudo, há de levar em
consideração as armas em
mãos inescrupulosas, a fome devorando, o monstro metendo medo, a desgraça irremediável, a sinceridade e a
mentira alheia, quão falso e
demasiado: o mundo saiu dos trilhos faz tempo. Mãos não se tocam, lábios não se
beijam, braços não abraçam, pernas não se enroscam, pés não caminham, olhares não
se veem, dengos não se procuram nem se satisfazem, corações não amam. Que raça é esta, hem? Nem sempre a união faz a força, às vezes rompe, opõe e dá num escambau cabeludo. Sobra o cuspe na cara: s<span class="a-list-item">omos nossos próprios inimigos, uns aos outros, todos. Onde a
o</span>brigação de viver, a comida,
a direção, só ódio e morte. Agora só na outra, meu. Viva! A vida é arte: vamos
vidartear! Até mais
ver.<strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">TRÊS POEMAS<o:p></o:p></span></b></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPjsflplUKQ8zri1ivfXNLGwJA_x92AuB8xILFG3Lc212LcSES3DRucaWLdqCBoyOCj2lTVGAch1sUO7mWE1PHMwbhh4DIcA0pYEHNJycGyhtKKDfh6s-XiDFDuef27t1-nlcmDGT7qPeIZiHZsv1a8wjvDS2JUIQMii3thD_AaZVicZRb3N1e1Q/s3480/COLAM%20BANQUETE%20&%20PRECIP%C3%8DCIO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2466" data-original-width="3480" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPjsflplUKQ8zri1ivfXNLGwJA_x92AuB8xILFG3Lc212LcSES3DRucaWLdqCBoyOCj2lTVGAch1sUO7mWE1PHMwbhh4DIcA0pYEHNJycGyhtKKDfh6s-XiDFDuef27t1-nlcmDGT7qPeIZiHZsv1a8wjvDS2JUIQMii3thD_AaZVicZRb3N1e1Q/s320/COLAM%20BANQUETE%20&%20PRECIP%C3%8DCIO.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo<strong> ArtLAM. </strong><strong><span style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: georgia; font-size: large;">POETA
- O antigo rito me possui \ Várias noites sem dormir \ depois que o rio de
sangue cai \ Eu me afogo nele e renasço \ novo como uma moeda redonda \ como um
sonho \ perfeito em minha dor \ lembrando apenas o suficiente do passado \ para
construir a \ teia de aranha \ com a qual cubro minha cama de solteira.<o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>EI
- Novo amante: \ Quero te explicar bem que entre os seus olhos \ e os meus
olhos \ só existe desejo. \Que sua pele branca às vezes escurece \ porque quem
me marcou ainda está aqui. \ Gostaria de dizer seu nome e não posso \ porque
quando abro a boca lembro de \ uma cama diferente, \ outros lábios bebendo meus
seios. \ E quando eu choro \ e te agarro com tanta força \ eu não fico feliz,
amor. \ É uma chama. II - Ok, \ estou preso, ciumento, inconstante \ e cheio de
tesão \ O que você esperava? \ Que ele tinha olhos, \ glândulas, \ cérebro,
trinta e três anos \ e agia \ como um cipreste no cemitério? III - Disseram que
um poema \ deveria ser menos pessoal; \ Que falar de você ou de mim \ é coisa
de mulher. \ O que não é sério. \ Felizmente ou infelizmente \ ainda faço o que
quero. \ Talvez um dia eu use outros métodos \ e fale de forma abstrata. \ Agora
só sei que se algo for dito \ deve ser sobre um assunto conhecido. \ Só sou
honesto - e isso basta - \ quando falo das minhas próprias misérias e alegrias \
posso dizer que gosto de morangos, \ por exemplo, \ e que \ não gosto de
algumas pessoas porque são hipócritas, cruéis \ ou simplesmente porque são
estúpidas. \ Que não pedi para viver \ e que morrer não é algo que me atrai \ exceto
quando estou deprimido. \ Que sou feito \ acima de tudo \ de palavras. \ Que
para me expressar \ uso tinta e papel à minha maneira. \ Eu não posso evitar. \
Não importa o quanto eu tente, \ não escreverei um ensaio \ sobre a teoria dos
conjuntos. \ Talvez mais tarde \ eu encontre outras formas de me expressar. \ Mas
isso não importa para mim agora; \ Hoje vivo aqui e neste momento \ e sou eu \ e
atuo como tal. \ De resto, lamento não ter agradado a todos. \ Acho que basta
olhar para mim \ e tentar me aceitar \ com ossos, músculos, \ desejos e
tristezas. \ E olhar pela porta e ver o mundo passar \ e dizer bom dia. Aqui
estou eu. \ Mesmo que eles não gostem. \ Ver</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>VAMOS
VIVER VALÉRIA - Esqueçamos as coisas que dizem \ até aqueles que chegaram de
barco \ do Adriático \ das Cíclades \ de Rodes. \Suas línguas viperinas \ , que
poderiam muito bem ser melhor utilizadas em casos amorosos, \sibilaram o mal do
cume do Citoro. \ Não, eles não ousam dizer seu nome, \ apenas sussurraram o
meu \Sentem medo, \ são hipócritas, \ mentem com putinhas magrinhas, \ vão
embora sem pagar o que é justo, que não é muito. \ Vamos viver Valéria, \ depois
de milhares de anos \ haverá um poeta diferente \ que nos ensinará o nosso amor
\ e criará outra Carmem \ que sonhará cheia de paixão \ Iremos longe \ Valéria \
nossa cama \ serão as estrelas</i>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemas da premiada escritora e jornalista guatemalteca <b>Ana
María Rodas</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/07/programa-domingo-romantico-de-07-de.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Gotham-Book;">ESCREVER
COM A ALMA</span></b> – [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Escreva o que te
perturba, o que você teme, o que você não tem vontade de falar.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Esteja disposto a
ser dividido</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Somos importantes e nossas vidas são importantes,
magníficas mesmo, e seus detalhes merecem ser registrados.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">É assim que os
escritores devem pensar, é assim que devemos sentar-nos com a caneta na mão.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Nós estávamos aqui;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">somos seres humanos;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">é assim que
vivíamos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Que fique claro, a terra passou diante de nós.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Nossos detalhes são
importantes.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Caso contrário, se não estiverem, podemos
lançar uma bomba e isso não importa...</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Registrar os detalhes de nossas vidas é
uma postura contra as bombas com sua capacidade de matar em massa, contra o
excesso de velocidade e eficiência.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Um escritor deve dizer sim à vida, a tudo
na vida: aos copos de água, ao Kemp's meio a meio, ao ketchup no balcão.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Não é tarefa do
escritor dizer: “É estúpido viver numa cidade pequena ou comer num café quando
se pode comer macrobióticos em casa”.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">A nossa tarefa é dizer um santo sim às
coisas reais da nossa vida tal como elas existem – a verdade real de quem
somos: vários quilos acima do peso, a rua cinzenta e fria lá fora, o enfeite de
Natal na vitrine, o escritor judeu no</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">cabine laranja em frente à amiga loira que
tem filhos negros.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Devemos nos tornar escritores que aceitam
as coisas como elas são, passam a amar os detalhes e avançam com um sim nos
lábios para que não haja mais nãos no mundo, nãos que invalidem a vida e
impeçam que esses detalhes continuem</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Se você não tem medo das vozes dentro de
você, não terá medo das críticas externas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Escrevo porque estou sozinho e ando
sozinho pelo mundo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Ninguém vai saber o que passou por mim...
Escrevo porque há histórias que as pessoas esqueceram de contar, porque sou uma
mulher tentando se destacar na minha vida... Escrevo por mágoa e como fazer
magoar</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">OK;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">como me fortalecer e voltar para casa, e esse pode ser o único lar
verdadeiro que terei</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Brinque.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Mergulhe no absurdo e escreva.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Arrisque-se.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Você terá sucesso se
não tiver medo do fracasso</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;">[...]. Trechos da obra </span></span><i><span style="mso-bidi-font-family: Gotham-Book;">Writing Down the Bones: Freeing the
Writer Within</span></i> (<span class="a-text-bold"></span><span class="a-list-item">Shambhala, 2005), </span>da escritora e pintora estadunidense <b>Natalie Goldberg</b>. Veja
mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/03/a-balsa-da-medusa.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="mso-bidi-font-family: Gotham-Book;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="a-list-item"><b>A MULHER, ENFRENTANDO A VIOLÊNCIA</b> - [...] </span><i><span style="mso-bidi-font-family: Arial;">Como isolar o conceito de gênero? Não se
deve isolá-lo de seu contexto econômico, social e político. Aliás, eu utilizo
cada vez menos esse conceito, porque gênero é um conceito a-político,
a-histórico e bastante palatável. Tão palatável, que o Banco Mundial só
financia projetos com recorte de gênero. Se fizermos referência à “ordem
patriarcal de gênero”, os projetos, certamente, não serão contemplados com as
verbas solicitadas. Mas o patriarcado está aí, presente em todas as relações
humanas. Chegamos ao paradoxo de os homens sustentarem a existência do
patriarcado e a maioria das feministas mulheres a negarem</span></i>. [...] <i>É óbvio que não existe ninguém
que consiga ficar neutro diante de uma contenda. Tenho minha posição, pública e
notória, mas não tenho filiação, porque não quero perder minha liberdade de
pensamento</i>. [...] <i>Estamos entupidos de cristianismo e isso representa
uma face do fundamentalismo. Odeio fundamentalismos</i>. [...] <i>Não há sequer
uma totalidade social; mas tão somente caos. Não gosto do pensamento
pós-moderno, porque é fragmentário e projeta essa fragmentação na realidade,
quando, para mim, a sociedade é uma totalidade, e a crença nisso me fez
progredir teoricamente. No Brasil, sou considerada a teórica feminista, o que
não significa que não sei pensar em políticas públicas, nem tampouco que não
existam outras estudiosas do tema, criando teorias. Estudo o tema violência com
a finalidade de lançar políticas públicas para as mulheres, oferecendo-as aos
governantes, cujos meios para sua implementação estão ao seu alcance</i>. [...]
<i>Logo, não sou apenas teórica, gosto também de pensar nas práticas, embora
não me vincule a nenhum movimento, mantendo muito boas relações com todos eles.
Não me agrada nada, nada, esta divisão: feminismo acadêmico versus feminismo
militante. No Brasil, a academia abriu, sem resistência digna de nota, suas
portas à temática de gênero e, ademais, há um trânsito fácil entre acadêmicas e
militantes, sem contar o fato de que muitas militantes são também acadêmicas
ou, pelo menos, leem e discutem suas leituras, não sendo, por conseguinte,
apenas militantes</i>. [...] <i>É claro que o espaço doméstico é eminentemente
feminino, mas não é o espaço da privacidade. É o espaço do trabalho não
reconhecido, do trabalho não pago, do trabalho doméstico. E por que razão não é
o espaço da privacidade? Porque vige um regime social, político e econômico
androcêntrico ou patriarcal ou viriarcal. Em outros termos, vivemos sob o
patriarcado</i>. <span class="a-list-item">[...] </span><i><span style="mso-bidi-font-family: Arial;">O homem cuidava da chácara, era caseiro, e a
mulher era empregada doméstica. Quando ela se referia a relações sexuais com
seu marido, sua linguagem relativa a seu marido era a seguinte: “quando ele
quer me usar...”. Era essa a linguagem utilizada, nunca me esqueci; e já ouvi
essa expressão sendo utilizada por muitas mulheres do Nordeste, que moram aqui,
em São Paulo, de paulistas e de mulheres de outros recantos do país. Ou seja,
elas se consideram objetos para o uso e o abuso do seu amo e senhor</span></i>. <span class="a-list-item">[...] </span><i><span style="mso-bidi-font-family: Arial;">Hoje, já existe uma jurisprudência de cerca
de mil e quinhentos casos. É, sem dúvida, importantíssima esta terceira
permissiva penal para o aborto. Há muitas pessoas lutando para a aprovação da
súmula vinculante, não apenas para poupar trabalho. O juiz de primeira
instância é aquele que vai para o interior e não vê mais nada, não tem
universidade na cidade onde atua, ele não dá aula, não estuda. Se há um
conflito entre um artigo de qualquer código comercial, tributário, penal,
civil, ou qualquer outra lei isolada, de uma parte, e, de outra parte, a
Constituição, é obvio que prevalece a Constituição, pois é a Lei Magna do país.
Mas os juízes não estudam mais, então não percebem que estamos em outro mundo,
que a Constituição acabou por derrubar vários artigos do Código Civil e eles
não podem atuar segundo aqueles artigos</span></i>. [...] <i>Nós não temos como estar apenas fora do gênero, nem nós
mulheres, nem os homens. Como ficar fora do gênero? Isso é impossível. O que
nós podemos é lidar com todas as matrizes que nós conhecemos, simultaneamente.
Então, a minha maneira de criar, porque eu não sou nenhum gênio, é: eu leio um
livro, absorvo aquilo que me parece interessante, e tento avançar. Tento
avançar um pouco – a ciência avança milimetricamente. Uma grande descoberta é
fruto do acaso, porque ninguém é tão inteligente para ter uma ideia brilhante
por semana. Então, vou fazendo o que eu posso, que é caminhar assim na criação,
milimetricamente</i>. [...]. <span class="a-list-item">Trechos da
entrevista concedida pela socióloga </span><b>Heleieth Saffioti</b> (1934-2010),
extraída da publicação <i><span style="mso-bidi-font-family: Arial;">Heleieth
Saffioti, uma pioneira dos estudos feministas no Brasil</span></i> (Estudos Feministas - UFSC, 2011) de
Luzinete Simões Minella. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/heleieth-saffioti.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/08/pernambuco-de-lito.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/03/historia-da-mulher-o-amor-no-salto-das.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>HOMENS & CARANGUEJOS</b>, <b>DE JOSUÉ DE CASTRO</b><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCqq6CeeqR4E7rezNmchjIFK6mNTo1CAFW8f-pHtAsmX-8o40zZTp_PfsO2KgPcsHti7d49QeD7i76TJgTrwLzepHYdhCu_cS-O2ZqoabcnvdhHuqjpLn4qbL-_ond_IYLPtpl-rXL2YK3I3sYbuKc75tizlQ2LgeL8AaEcAjxyirSbiDTwGF4Mg/s500/HOMENS%20&%20CARANGUEJOS.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="330" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCqq6CeeqR4E7rezNmchjIFK6mNTo1CAFW8f-pHtAsmX-8o40zZTp_PfsO2KgPcsHti7d49QeD7i76TJgTrwLzepHYdhCu_cS-O2ZqoabcnvdhHuqjpLn4qbL-_ond_IYLPtpl-rXL2YK3I3sYbuKc75tizlQ2LgeL8AaEcAjxyirSbiDTwGF4Mg/s320/HOMENS%20&%20CARANGUEJOS.webp" width="211" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="a-list-item"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Da evasão daquela paisagem humana parada e monótona.
Desejo imperioso de sair de tudo. De sair de dentro de si mesmo. De sair do
círculo fechado da família. Do ciclo do caranguejo. Da cidade do Recife. Um
desejo desesperado de arrebentar com todas as amarras que o ligam à lama pegajosa
do vale do Capibaribe e às folhas viscosas do mangue. Sair vagando pelo mundo
afora com os navios que passam ao largo da costa, soltando com indiferença um
arrogante penacho de fumo por suas longas e grossas chaminés</i> [...].<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="a-list-item">Trecho extraído da obra Homens e caranguejos (Bertrand
Brasil, 2003), </span>do médico, professor catedrático, pensador, ativista
político e embaixador do Brasil na ONU, <b>Josué de Castro</b> (1908-1973).
Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2007/08/fraudes-maracutaias.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2007/10/proesas-do-biritoaldo_16.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/07/josue-de-castro-homero-ana-botafogo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/09/amazonia-cage-josue-de-castro-ugarte.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/05/forte-e-sadio-que-nem-o-povo-do-tempo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/08/josue-de-castro-lou-salome-muniz-sodre.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/09/sloterdijk-josue-de-castro-cascudo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/12/thomas-mann-josue-de-castro-autran.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/04/emerson-josue-de-castro-paulo-mendes.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/09/nicanor-parra-josue-de-castro-oscar.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/01/pierre-weil-josue-de-castro-sidney.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/09/josue-de-castro-john-cage-radhakrishnan.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <span class="a-list-item"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;"> PS: Esta postagem é em homenagem a dois Joões coincidentemente de Araújo: o primeiro é professor e ESO em Língua Inglesa UFRPE, </span>João Paulo Araújo<span style="font-weight: normal;"> e, o segundo, bibliotecário e parceiramigo da Biblioteca Fenelon Barreto, também, </span>João Paulo Araújo<span style="font-weight: normal;">. Procês, zis abrações.</span></span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWTY-TzumNf0GcRiatQptGGhVe79dZ7JlC_7k4HW9AE-9o8RkU_rjfu1h30McQO8S5whthqb__Qf8VKiYyWbXufelBsy8PWXV9E1FYY-kD2UsbekmMDnb6njOFtCmJIUed9VkXbG4-kDlFbPUieDDQx1pWG84ps7vM43HHcZUjg4snPaeXbaUA3Q/s1280/SANTOS%20MELO%20LICITA%C3%87%C3%95ES2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWTY-TzumNf0GcRiatQptGGhVe79dZ7JlC_7k4HW9AE-9o8RkU_rjfu1h30McQO8S5whthqb__Qf8VKiYyWbXufelBsy8PWXV9E1FYY-kD2UsbekmMDnb6njOFtCmJIUed9VkXbG4-kDlFbPUieDDQx1pWG84ps7vM43HHcZUjg4snPaeXbaUA3Q/w400-h225/SANTOS%20MELO%20LICITA%C3%87%C3%95ES2.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Veja detalhes <b><i><a href="https://blogagenda.blogspot.com/2024/02/santos-melo-licitacoes.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&</span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tem mais:<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkjPXdl13JA9gAjX0z8TlUzY6MJ4EuSof2EiZYhurj0O7n6YeyOYAzhv2NaCr74YkukQRibn_u3ATaWQotl4EXoNhKEskS9GvO70SjNZ0LUytmEaUDWzA42QdVmF5gOjQz_5hZX3LRzImxazE1-qPohl5QAoFnVj2V8pUO3wgP6hnucbOGmBM35Q/s1080/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2012.57.59.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkjPXdl13JA9gAjX0z8TlUzY6MJ4EuSof2EiZYhurj0O7n6YeyOYAzhv2NaCr74YkukQRibn_u3ATaWQotl4EXoNhKEskS9GvO70SjNZ0LUytmEaUDWzA42QdVmF5gOjQz_5hZX3LRzImxazE1-qPohl5QAoFnVj2V8pUO3wgP6hnucbOGmBM35Q/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2012.57.59.jpeg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Curso: Arte supera timidez <b><i><a href="https://ciateatromusica.blogspot.com/2024/01/arte-supera-timidez.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemagens & outras versagens <b><i><a href="https://www.instagram.com/lalbertomachado/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diário TTTTT <b><i><a href="https://www.facebook.com/Tataritaritata/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cantarau Tataritaritatá <b><i><a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL6KM0c1hQxuDWv7VAJyrC8stNySltXo1a" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Teatro Infantil: O lobisomem Zonzo <b><i><a href="http://brincabrincarte.blogspot.com/2015/01/o-lobisomem-zonzo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Faça seu TCC sem traumas – consultas e curso <b><i><a href="http://pesquisacia.blogspot.com/2014/10/consultas-presenciais-e-online.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlf78CDYwFx1eGzk0W5ut9-oGjhgDjm3_caKF67iT1FHwE5uf1szhR9TsjbQd2LuZ1_o98xPwVFalbVpEAeA04G-UNycQEbgEO9hphlVMDX5rUNUp0ydruSLxuG0TZ2Taiz4xhrfIJOPg_M-Ty4TlDEerFXXFCLKUrMW8goJdcvbEaAHwU4QQb5A/s2329/COLAM%20TTTTT2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlf78CDYwFx1eGzk0W5ut9-oGjhgDjm3_caKF67iT1FHwE5uf1szhR9TsjbQd2LuZ1_o98xPwVFalbVpEAeA04G-UNycQEbgEO9hphlVMDX5rUNUp0ydruSLxuG0TZ2Taiz4xhrfIJOPg_M-Ty4TlDEerFXXFCLKUrMW8goJdcvbEaAHwU4QQb5A/s320/COLAM%20TTTTT2.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-39048989432415940992024-02-06T14:28:00.001-03:002024-02-06T14:28:10.537-03:00ISABELLE STENGERS, IDEA VILARIÑO, TERESA CÁRDENAS & FREVO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr-mVSeXqawxQuIZa9tUvxMLht1waNlj5G3zOcfZykmtncuCjhNr2ZiGs9bQbB6Inp2-ilkHS_6NhcwK0tXqgj5sNi1-udrqmHoKmCPbQbY_Nly1qy996nVNm4YoAw8-c69xm20ocX7mo2MMxT-3Js5sfMUXcsfcP9i0kGKFUX7hpf_Q7vLox69A/s3442/ARTLAM%20IN%20MEDIA%20RES1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2484" data-original-width="3442" height="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr-mVSeXqawxQuIZa9tUvxMLht1waNlj5G3zOcfZykmtncuCjhNr2ZiGs9bQbB6Inp2-ilkHS_6NhcwK0tXqgj5sNi1-udrqmHoKmCPbQbY_Nly1qy996nVNm4YoAw8-c69xm20ocX7mo2MMxT-3Js5sfMUXcsfcP9i0kGKFUX7hpf_Q7vLox69A/w400-h289/ARTLAM%20IN%20MEDIA%20RES1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som dos frevos
da <b>Orquestra 100% Mulher</b>, com a maestrina <b>Carmen Pontes</b>, e da <b>Orquestra
Só Mulheres</b>, com a maestrina <b>Lourdinha Nóbrega</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/folia-tataritaritata.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/folia-caete-ascenso-baco-chiquinha.html" target="_blank">aqui</a></i></b>
e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/01/susan-greenfield-gertrude-stein-meg.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">IN MEDIA RES, ET
CÉTERA</span></b><span style="color: black;">... - Pronde fui, meio caminho andado e o
centro losangular. O trâmite restringe-se a despovoado períneo: entre
precipícios e intransponíveis colinas. Farta predaria pela íngreme odisseia
solitária e aquela sensação de que não é bem assim que se faz, quantas
coincidências – o corpo todo dói com alarme de imprevisível temporal. O que fiz
até agora não rendeu nem durou, quem adivinharia. Foi tanto que em quinze dias
perdi duas semanas: por trás de toda cortesia há sempre tantos presságios. Uma voz
de mulher ecoa ao meu ouvido esquerdo dilatado. Na verdade, uma dupla voz que sussurra
</span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2011/01/zine-tataritaritata.html" target="_blank">Elizabeth Bishop</a></span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">: <i>Durante toda a minha vida vivi e me comportei como um maçarico
correndo pelas bordas de diferentes países e continentes em busca de algo.</i></span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">.. </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Os carros blindados dos
sonhos foram planejados para nos permitir fazer tantas coisas perigosas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">...Ademais, ando
bastante envaidecido </span></span><span style="color: black;">com o que dizem de mim os que
me querem ver pelas costas. Similitudes de quem nunca foi convidado nem teve um
lugar à mesa, qualquer canto aboletado depois de muito escorregar por cascas de
banana atiradas propositalmente no trajeto. Uma coisa posso dizer: sou daqueles
em que a queda sobe à cabeça, um expert – há anos fracasso da noite pro dia!
Muito tenho resistido até o dia em que deixe de bancar o idiota! Ouço </span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/06/rio-20-crenca-pelo-direito-de-viver-e.html" target="_blank">Laura Ingalls Wilder</a></span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">: <i>Não há grande perda
sem algum pequeno ganho.</i></span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">.. </span></i></span><i><span style="color: black;">As
verdadeiras coisas não mudaram. O melhor ainda é ser honesto e verdadeiro;
aproveitar o máximo do que temos; ser feliz com os prazeres mais simples; e ter
coragem quando as coisas derem errado</span></i><span style="color: black;">... Cá comigo
penso: quem se responsabilizaria pelas desgraças do passado se o futuro
pertence a Deus, ora! O desastre sempre é precedido pela impressão de que tudo
vai muito bem, tudo certo. Sei que qualquer um pode passar pro outro lado
quando quiser, não me dou ao luxo. </span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/vardhamana.html" target="_blank">Amy Lowell</a> </span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">que o diga: <i>A vida é um riacho </i></span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">n</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">o qual espalhamos,
pétala por pétala, a flor do nosso coração</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... E a sua simpatia afagou meu
coração. Era como se me premiasse com ilécebra inelutável – o seu afetuoso
olhar, sua fragrante presença, suas mãos dispostas carinhosamente sobre meu
ombro envolvido por seu eflúvio ventral. Eu me sentia jogado, como se
precisasse recolher minhas anotações espalhadas pelo chão: </span></span><span style="color: black;">experiência de gostos que se perderam, coisas de antes e após, lacunas
irreparáveis, o troco caído do bolso, guardanapo esquecido a levitar pelo vento
que vinha do mictório, uma casca de romã e abotoaduras sobre o sentimento das
gravatas que nunca usei, panapanás afugentando sonhos, um epitáfio qualquer e a
necessidade de passar a limpo todo rascunho impreciso pelas <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/11/guimaraes-rosa-magda-szabo-imre-madach.html" target="_blank">luzes da cidade</a>.</b>
Era como indagação pelo que fiz para ser recompensado: “<i>Amanhã os pássaros
cantarão</i>”... O que fiz por merecer já não faz o menor sentido. Para cada
acontecimento há infinitas versões. E a verdade quase não resiste à mínima
insinuação, todos preferem o boato. Todo mundo quer o que não é da conta deles.
Então, um fato é certo: os do contra sempre ganham. E é por isso que alguém só
sobrevive por causa da completa ineficiência do outro. Do contrário já
estaríamos todos liquidados. E o último a sair que pense com as pernas. Voo na
noite alta. Até mais ver.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">DOIS
POEMAS<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8gUsq1hrG-9tip-rPApmJPbz1w_LyArdvFXpKUyuJF206eqp7_QNoPYbOuj97MrNmxJB2EkAzLfVnBNVz4eq-r0ANpBCgkgNrCZCXXhjG1PmW2Pqd_P-WOvZDsiewSCYy4zH0CZdajYt_v7tdoErRinACYvjuIwDucivUPZxb3C85f_werCAjTA/s3480/ARTLAN%20IN%20MEDIA%20RES2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2476" data-original-width="3480" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8gUsq1hrG-9tip-rPApmJPbz1w_LyArdvFXpKUyuJF206eqp7_QNoPYbOuj97MrNmxJB2EkAzLfVnBNVz4eq-r0ANpBCgkgNrCZCXXhjG1PmW2Pqd_P-WOvZDsiewSCYy4zH0CZdajYt_v7tdoErRinACYvjuIwDucivUPZxb3C85f_werCAjTA/s320/ARTLAN%20IN%20MEDIA%20RES2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span lang="DE" style="color: black;">O AMOR - </span><span style="color: black;">Um pássaro me canta\ e eu lhe canto\ me
gorjeia ao ouvido\ e lhe gorjeio\ me fere e eu o sangro\ me destroça\ o quebro\
me desfaz\ o rompo\ me ajuda o\ levanto\ pleno todo de paz\ todo de guerra\
todo de ódio de amor\ e solto\ geme sua voz e gemo\ ri e rio\ e me olha e o
olho\ me diz e eu lhe digo\ e me ama e o amo\ – não se trata de amor\ damos a
vida-\ e me pede e lhe peço\ e me vence e o venço\ e me acaba e o acabo.<o:p></o:p></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>DIGO QUE NÃO
MORREU - Digo que não morreu\ eu não o creio\ – não o deixaram ser visto pelo
irmão\ e tantas outras coisas –\ e além disso\ como ia morrer o Che\ quando
restava\ tanta tarefa por fazer\ quando tinha \ que percorrer a América Latina\
formoso como um raio\ incendiando-a\ como um raio de amor\ destruindo e
criando\ destruindo e criando, como em Cuba. Como ia\ morrer, o Che? \ Como ia
morrer? Mas essa foto atroz\ aquela bota\ como partia a alma aquela bota\ a
suja e norte-americana bota\ mostrando a ferida com desprezo. Não tenho que
acreditar.\ Houve\ tantas contradições\ – não o deixaram ser visto pelo irmão
–\ e o deram por morto tantas vezes.\ -Como ia morrer, o Che.\ Ele muito menos\
se ia deixar cercar nesse vale\ ia sair em um descampado\ ia se deixar\ estar
ali\ a deixar\ que lhe estraçalhe as pernas a metralhadora. Eu não vou\
acreditar\ ainda que chore Cuba\ ainda que haja luto\ em toda a América Latina.
Não tenho que acreditar. Um dia\ um belo dia se dirá… está no Brasil\ ou se levantará
na Colômbia ou Venezuela\ a ajudar \ a ajudar-nos\ e nesse dia\ uma onda de
amor americano\ moverá o continente\ levantará o Che da América. Não creio que
morreu\ não posso crê-lo\ e não vou crê-lo\ ainda que o afirme o próprio Fidel
Castro. Mas amigos\ irmãos\ não esquecer\ não esquecer nunca o rosto
desprezado\ o coração mais sujo que essa bota\ nem a mão vendida\ lembrar-se do
rosto e da mão\ lembrar-se do nome\ até que chegue o dia\ e quando chegue\
quando soe a hora\ lembrar-se do nome e do rosto\ desse tenente Prado</i>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemas escritora
e crítica literária uruguaia <b>Idea Vilariño</b> (1920-2009). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/02/vlady-kociancich-joanna-baillie.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">MEMÓRIA,
IDENTIDADE, RESISTÊNCIA... – </span></b><i><span style="color: black;">Vivia em um internato esportivo de que não
gostava, e só no fim de semana voltava para casa com minha mãe. Eu precisava de
um mundo para me refugiar, e os livros para adolescentes não tinham nada a ver
comigo. Eu não estava neles. Os personagens que me contavam suas histórias
tinham olhos azuis, cabelos loiros que flutuavam ao vento, choravam e
desmaiavam, coravam. Lembro-me de que não entendia o que significava corar. Foi
difícil me identificar com esses livros. Eles limitavam minha imaginação, então
fugi para outros livros. Nenhum guia ou recomendações. Eu lia qualquer exemplar
que caísse em minhas mãos. Minha mãe me comprava muitos magazines de humor e
revistas. Também gostava muito de poesias e livros intensos, com imagens
grandiosas e longos diálogos. No entanto, um dia percebi que nem nos livros
para jovens leitores nem nos para adultos havia alguém como eu. Procurei e
procurei e não encontrei, então senti que algo não estava certo. Muitos anos
depois, quando comecei a escrever, esse era meu objetivo, meu desafio: escrever
sobre aqueles que não aparecem em livros infantis e juvenis, os personagens
negros. E junto com eles, abordar questões que também não foram abordadas, como
o racismo, a violência contra a mulher, o abandono de idosos, a reivindicação
de figuras históricas africanas, a emigração, o abuso sexual de meninas, a
menstruação, a religião afro-cubana, o tráfico de escravos… São questões que
sempre me preocuparam, algumas delas eu vivi na infância. E eu tive que
aprender a lidar com tudo sozinha. Escrevo, entre muitas coisas, para ajudar,
para acompanhar as negras de hoje. Para que muitos se sintam representados e
acompanhados</span></i><span style="color: black;">... Trechos extraídos da entrevista <i>Memória,
identidade e resistência na literatura latino-americana</i> (Mafuá, n. 38,
2022), concedida pela escritora cubana <b>Teresa Cárdenas</b> para a jornalista
Rayanne Soares da Paz, que no texto </span><i><span style="color: black;">Afrocubana: identidade e
memória através da escrita</span></i><span style="color: black;"> (Tag, 2021), expressa que: [...]
<i>A boa literatura sempre transforma mentes, espírito, a maneira de ver a vida.
Um bom livro pode ensinar, orientar, moldar leitores. Todos nós podemos ser educados,
instruídos pelos livros. E minha literatura tem essa missão. Embora eu escreva
para todas as pessoas, em primeiro lugar quero que as crianças e a juventude
negra se sintam representadas por meio de minhas histórias</i>. [...]. Já na
sua obra <i>Cartas para a Minha Mãe</i> (Pallas, 2010), ela expressa que: [...]
<i>diz que é bom apurar a raça. Que o melhor que pode acontecer com a gente é
casar com um branco. Ela quer trabalhar como empregada na casa de uma família
branca. E embora titia proteste, dizendo que isso é coisa do passado, ela
insiste que não sabe fazer outra coisa</i>. [...] <i>todos me chamam de beiçuda
nessa casa onde eu não queria morar</i>. [...] <i>Ela trabalha para a família
branca de que falei. Cozinha, lava, passa e tudo mais que aparece para fazer na
casa deles. Se mata de tanto trabalhar, mas não reclama. Pelo contrário, fala
maravilhas deles, embora lhe paguem um tiquinho de nada</i>. [...] <i>É uma
forma de ganhar a comida que elas me dão. É o que titia diz. Mas acho que é a
mesma coisa que se trabalhasse para ‘os senhores’</i>. [...] <i>o Deus dos
negros se chamava Olofi, mas é o mesmo Deus dos brancos, só que cada um coloca
nele a cor e o nome que tiver vontade. E disse que Deus fez os homens de todas
as cores porque ele é como as crianças, que não gostam de coisas iguais, que as
deixam entediadas</i>. [...] <i>um céu em que as avós sejam boas e distribuam
doces entre seus netos. Onde ninguém maltrate as crianças, nem as obrigue a
fazer coisas que não gostam. Um céu onde ninguém me chame de beiçuda nem de
feia e onde eu não me sinta sozinha</i>. [...] <i>a coluna me dói toda. Vovó me
espancou como se fazia com os escravos</i>. [...] <i>Eu acho que um escritor
pode escrever sobre qualquer assunto para crianças e jovens, se ele os trata de
jeito certo. É necessário abordar diferentes temas, também os espinhosos, na
literatura escrita para essas idades. Não parece um pouco hipócrita que se
espantem quando aparecem situações difíceis em um livro, enquanto na vida real as
crianças experimentam atrocidades diariamente, diante dos olhos do mundo e
ninguém se escandaliza, e o que é pior, não fazem nada?</i> [...].</span><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">OUTRA
CIÊNCIA É POSSÍVEL</span></b><span style="color: black;"> - [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Os cidadãos esperam da ciência soluções para todos os
tipos de problemas sociais: desemprego, reservas de petróleo esgotadas,
poluição, cancro… o caminho que leva às respostas a estas questões não é tão
direto como uma visão programática da investigação nos faria acreditar </span></i></span><span style="color: black;">[…] Trecho
extraído do <i>Another Science is Possible: A Manifesto for Slow Science</i> (<span class="a-list-item">Polity, 2018), da filósofa e historiadora belga </span><b>Isabelle
Stengers</b>, que na obra <span class="a-size-extra-large"><i>Order Out of Chaos:
Man's New Dialogue with Nature</i> (</span><span class="a-list-item">Verso, 2018),
assinala que: [...] </span><i>A ciência faz parte da luta darwiniana pela vida.
Isso nos ajuda a organizar nossa experiência. Isso nos leva à economia de
pensamento. As leis matemáticas nada mais são do que convenções úteis para
resumir os resultados de possíveis experimentos</i>. </span><span lang="EN-US" style="color: black;">[...]. Já no artigo <i>Experimenting with refrains: subjectivity and the
challenge of esc aping modern dualism</i> (Palgrave, 2008) ela expressa que:
[…] </span><i><span style="color: black;">Recuperar é uma aventura, tanto empírica como pragmática, porque não
significa principalmente recuperar o que foi confiscado, mas sim aprender o que
é preciso para habitar novamente o que foi devastado</span></i><span style="color: black;">. [...] <i>Não
podemos pensar sem abstrações: elas nos fazem pensar, atraem nossos sentimentos
e afetos. Mas o nosso dever é cuidar das nossas abstrações, nunca nos curvarmos
diante do que nos fazem – especialmente quando exigem que aceitemos
heroicamente os sacrifícios que implicam, os dilemas e contradições
insuperáveis em que nos prendem</i>. [...] Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/06/gilberto-gil-autran-dourado-luiza-possi.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">FREVO: A CHOREOLOGICAL PERFORMANCE<o:p></o:p></span></span></strong></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE" style="color: black;"></span></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAhMPVGQYmu47ZYTMyMGWpqOOg0NBexINfLByO6TqN-sercAdcO9z_dUD8uBXyKZ_zYsn97MPVOvOWhhZT2LCazUkgyIXfZBK-2HWt-lV2X0aEVI_ok-GZoV8voWQv-AkanjE2p8J9MnqF0omRPRwV0raDXC4jRmhEmXAk4oT73-fn4PnQwBJHtA/s2736/FREVO%20LIVRO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2736" data-original-width="1944" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAhMPVGQYmu47ZYTMyMGWpqOOg0NBexINfLByO6TqN-sercAdcO9z_dUD8uBXyKZ_zYsn97MPVOvOWhhZT2LCazUkgyIXfZBK-2HWt-lV2X0aEVI_ok-GZoV8voWQv-AkanjE2p8J9MnqF0omRPRwV0raDXC4jRmhEmXAk4oT73-fn4PnQwBJHtA/s320/FREVO%20LIVRO.jpg" width="227" /></a></strong></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>acredito que, no contexto
da improvisação da dança frevo, as práticas criativas operam quase
exclusivamente no nível das estratégias e não envolvem mudanças nas regras da
dança. A distinção entre regras e estratégias também é útil para esclarecer que
a discussão sobre a improvisação da dança frevo, aqui apresentada, tem se
concentrado exclusivamente na identificação das regras gerais da dança</i>.
[...].<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído da obra Frevo: a
choreological performance (Richard Veiga, 2017), da jornalista, historiadora, pesquisadora
e professora <b>Maria Goretti Rocha de Oliveira</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/02/rudolf-steiner-albert-eckhout-frevo.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/01/susan-greenfield-gertrude-stein-meg.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span lang="DE" style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS
MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhseH4bop3VB-QcunFHsDsUywd7vtRxwY2kRf6bosDr1boExwOM0EznqpPQT9XRZ7MJpHIUEoui_0JOW_0CjWBnqrv6miazIjk7k8IDwNOB6Chc_ZqANztFg0sH6gx9VIi4Y50ux4K7cTrLt59E3aQDBHQEKzn5wbVDFYdsk9cEN4Kto5fIYO-NjA/s750/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.01.23.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="743" data-original-width="750" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhseH4bop3VB-QcunFHsDsUywd7vtRxwY2kRf6bosDr1boExwOM0EznqpPQT9XRZ7MJpHIUEoui_0JOW_0CjWBnqrv6miazIjk7k8IDwNOB6Chc_ZqANztFg0sH6gx9VIi4Y50ux4K7cTrLt59E3aQDBHQEKzn5wbVDFYdsk9cEN4Kto5fIYO-NjA/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.01.23.jpeg" width="320" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Fone/Zap: +55
(81)98023263. Veja mais <b><i><a href="https://www.instagram.com/smlicitacoes/" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100088170548241" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&</span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tem mais:<o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkKweEjJ7RzRfo1KcQw9OXG8o5ubLuOA-oega1NSHgeO8VGsEPYBAsa-UB6lERYwxCfU49AcB8nPwHCfr9vpdOQwgF22VUnYuTtQK5ZUJYmsN344thdve1Ygn5ERoqy_SN6tkcJV74k7ueCYgkO3wLO7WeKimAzQefeXM6yKxxzWL5rynrYSPNKA/s1350/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2013.19.44.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="1050" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkKweEjJ7RzRfo1KcQw9OXG8o5ubLuOA-oega1NSHgeO8VGsEPYBAsa-UB6lERYwxCfU49AcB8nPwHCfr9vpdOQwgF22VUnYuTtQK5ZUJYmsN344thdve1Ygn5ERoqy_SN6tkcJV74k7ueCYgkO3wLO7WeKimAzQefeXM6yKxxzWL5rynrYSPNKA/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2013.19.44.jpeg" width="249" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Curso: Arte
supera timidez <b><i><a href="https://ciateatromusica.blogspot.com/2024/01/arte-supera-timidez.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemagens &
outras versagens <b><i><a href="https://www.instagram.com/lalbertomachado/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diário TTTTT <b><i><a href="https://www.facebook.com/Tataritaritata/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cantarau
Tataritaritatá <b><i><a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL6KM0c1hQxuDWv7VAJyrC8stNySltXo1a" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Teatro Infantil:
O lobisomem Zonzo <b><i><a href="http://brincabrincarte.blogspot.com/2015/01/o-lobisomem-zonzo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Faça seu TCC sem
traumas – consultas e curso <b><i><a href="http://pesquisacia.blogspot.com/2014/10/consultas-presenciais-e-online.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUQ3evLUFqupcLn2pImjOUW3BRrHhoUYtHlH_JJpVd0bcQIpz_3CJl5yf1IOEWnAChnMbosI-Ne_kwgOtgO4ciHDl4Wu92csZLxm2h_mSfPfOg2ysoR9pwXJV99vexWSe01i3ZPdeWtyvpEdr3MX2HJx18LTGeKpUL8-Kd-wu7Mw63a4sBzwWsQQ/s2329/COLAM%20TTTTT.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUQ3evLUFqupcLn2pImjOUW3BRrHhoUYtHlH_JJpVd0bcQIpz_3CJl5yf1IOEWnAChnMbosI-Ne_kwgOtgO4ciHDl4Wu92csZLxm2h_mSfPfOg2ysoR9pwXJV99vexWSe01i3ZPdeWtyvpEdr3MX2HJx18LTGeKpUL8-Kd-wu7Mw63a4sBzwWsQQ/s320/COLAM%20TTTTT.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-56702281467167126622024-01-30T17:36:00.005-03:002024-01-30T17:36:49.373-03:00SUSAN GREENFIELD, GERTRUDE STEIN, MEG CABOT & MANUEL BANDEIRA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga5iOUVzUI1Aw7p8mnSAqISltKoqYZkEclsnvriYK3bpV13e5AFt9KyHa9fdhq6niyGqXFjQIGd0OcROT893oHfP3Oxdztf4ugcWGgqNFtIall1jKfjW2IJ66JjT2teHg0dVm5gOucYVrCGQ1b9sENDWli4GDZeK3jsXtXa_8LY-qV509M_2FV9w/s3485/COLAM%20ARTLAM1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2475" data-original-width="3485" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga5iOUVzUI1Aw7p8mnSAqISltKoqYZkEclsnvriYK3bpV13e5AFt9KyHa9fdhq6niyGqXFjQIGd0OcROT893oHfP3Oxdztf4ugcWGgqNFtIall1jKfjW2IJ66JjT2teHg0dVm5gOucYVrCGQ1b9sENDWli4GDZeK3jsXtXa_8LY-qV509M_2FV9w/w400-h284/COLAM%20ARTLAM1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som do álbum <em><span style="font-family: "Georgia",serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">É frevo, meu bem! (Aple Music, 2011)</span></em>,
<i>Esse é o meu carnaval</i> (Tratore, 2007) e o DVD <i>Pernambuco para o Mundo</i>
(Tratore, 2014), da cantora <b>Nena Queiroga</b>, considerada a Rainha do
Carnaval pernambucano. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/12/feliz-ano-novo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">RUBRICA DE
CRONÓTOPO</span></b><span style="color: black;">... – Se não tivesse o coração amando, eu não
seria nada. Se não soubesse o dia o que seria a noite, não valeria a vida.
Pensando bem, ainda há pouco era um menino da beira do rio e, já mal dobrara algumas
poucas esquinas, nem via direito o tanto que passou. Era como se já fosse março
e perdesse quantos dias e meses, se tudo o mais esqueci nas últimas três ou
quatro décadas, quantos motivos teria senão a pilhéria pronta. Ontem mesmo
pelas três da tarde ou sei lá se tanto, tivera um susto ao esbarrar com a </span><span class="ircsu"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/08/direitos-de-toda-mulher.html" target="_blank">Simone Weil</a>: </span></b></span><i><span style="color: black;">As soluções não são fáceis de conceber...
Todos os pecados são tentativas de preencher vazios</span></i><span style="color: black;">... Nem dois segundos sequer bastaram, quandei fé já passava das nove da
noite e o cochilo. Foi então que pude ver os urubus como verdadeiros túmulos
povoando o dia no meu momento crepuscular. Do outro lado, nada mais que esfaimados
e furibundos na festa da minha febre noturna e quem morreu de espanto ninguém
acreditava. É tão Brasil quanto imoral, que importa. Dizia-me <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/pensamento-grego-parmenides.html" target="_blank">Sarah Kane</a>: </b><i>Depois de ter percebido que
a vida é muito cruel, a única resposta é viver com tanta humanidade, humor e
liberdade que puder... Eles vão me amar por aquilo que me destrói</i>... Não
sei quantos milênios atravessei, se quadras percorri de A a Z e lá estava eu
tão longe quanto o país das trinta e seis mil vontades, no cercado mágico de
Maurois. Como quem não conseguia decorar <i>O corvo e a raposa</i> de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/07/la-fontaine-kathe-kollwitz-monica.html" target="_blank">La Fontaine</a></b>, sabia lá se sonhos ou loucura, andava dez vezes mais. E parecia
nem ter saído do lugar, como se arrastasse pelas areias que davam pro mar do
Tempo Perdido, uma sujeira espessa com perfume de rosas. E, apesar disso, ali
ainda não era março, mas foi onde apenas uma mulher não tinha nem nunca teve
problema algum. Fui ver de perto e era a belíssima moira Aisa: Ô cabra andejo,
para quieto! Ela, pra quem não sabe Átropos, inamovível, inflexiva, dizia ser
uma das sobreviventes daquele voo 370 desaparecido da Malasya Air Line. Como
podia? Nem atinava nada direito, azucrinava muito o cricrilar persistente de
grilos machos, coisa mais chata! Então, virou-se pra mim informando ser ali o <i>País
do Presente</i> de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/10/leyla-perrone-moises-abdulrazak-gurnah.html" target="_blank">Poe</a></b> – de Pym of Nantucket, na verdade - e esqueci
quem era e o que fazer. Cá com meus botões: se não era o Triângulo das Bermudas,
estava no meio do maior quebra-cabeça. Então me sussurrou <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/ eixa -dalmacchio.html?m=0 " target="_blank">Ada Negri</a>: </b><i>Não
há momento que não pese sobre nós o poder de todos os tempos</i>... Aí celebrei:
abençoada seja pelos cotovelos no tumulto dos dias, terra de água acima, fogo
de vento abaixo. Cada um a sua vida. </span><span style="color: black;">Se sabia onde pisava, não poderia jamais esquecer das esquinas e pedras
falsas. Tudo poderia acontecer. Então pisei devagar, os mortos agradeceram...’</span><span style="color: black;">Ainda não era e deslembrei, assim mesmo, perdendo a raiz. Não precisava
mais de ontem nem amanhã, vivia agora. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm;"><a name="_Hlk156914808"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></a></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">QUATRO POEMAS<o:p></o:p></span></span></strong></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black;"></span></strong></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaa0w40m4wU63R5jz4xw53aC1FSuCojKgNkyt0kET0lELYmiqtlMVllWSdlv1eFXP1-1UuLRK2SwsPhDAGdSxCgxayzW649L2BAwDByp92Nw51LnljlPW0Yztu7qrAyy09PNnxNY9rGoeHPGQivbgObPJST9Cq__Z0WhlL1kr-07Oia8KB7Q5E3w/s3485/COLAM%20ARTLAM2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2480" data-original-width="3485" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaa0w40m4wU63R5jz4xw53aC1FSuCojKgNkyt0kET0lELYmiqtlMVllWSdlv1eFXP1-1UuLRK2SwsPhDAGdSxCgxayzW649L2BAwDByp92Nw51LnljlPW0Yztu7qrAyy09PNnxNY9rGoeHPGQivbgObPJST9Cq__Z0WhlL1kr-07Oia8KB7Q5E3w/s320/COLAM%20ARTLAM2.jpg" width="320" /></a></strong></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><i><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UMA ROSA É UMA ROSA É UMA ROSA É UMA ROSA - Uma
rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa \ Encanto extremo. \ Botina extra. \ Encanto
extremo. \ O mais doce sorvete. \ Páginas épocas página épocas página épocas.<o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><i><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">ÍNFIMA VELHA ESTRELA - Ínfima velha estrela. \
Fluída sempre. \ Foste um triste percentual. \ Faz um dia de sol. \ Vigia ou
água. \ Tão logo a lua ou um pesado velho assédio. <o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><i><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">ENTRE - Entre um lugar e um uma bala de
açúcar existe uma estreita trilha a pé que mostra mais subida que qualquer
coisa, tão mais real que o significado de um chamado um travesseiro uma coisa
completa como aquilo. Uma virgem uma completa virgem é julgada feita e assim
entre curvas e esboços e estações reais e mais dos óculos e um perfeito arranjo
sem precedente entre duas senhoras e leves resfriados não há bosque de cetim
brilhando. <o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><i><span style="color: black;">UMA SOMBRINHA DESFECHADA<b> - </b>Qual era a
utilidade de não deixá-la lá onde ela ficaria pendurada qual era a utilidade se
não havia chance de nunca tê-la visto aqui e mostrar que ela era bonita e certa
a forma de mostra-la. A lição é ensinar que ela se mostra assim, que ela se
mostra assim e que nada mais, que não há nada a mais, que não há mais que se
fazer com ela e assim tanto quanto existe lá bastante motivo para se fazer uma troca</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemas da escritora e feminista estadunidense
<b>Gertrude Stein</b> (1874-1946). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/09/literatura-de-cordel.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/02/trakl-elvgren-mendelssohn-auster.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/02/rachel-de-queiroz-gertrude-stein.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/06/primo-levi-gertrude-stein-ricardo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="color: black;"><b>ABANDONO - </b>[…] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Na verdade, o termo “perdoar e esquecer” não faz sentido para mim.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Perdoar nos permite parar de pensar
em um problema, o que nem sempre é saudável.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mas se esquecermos, não aprendemos
com nossos erros.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E isso pode ser mortal</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> [...]. Trecho da obra </span></span><span style="color: black;"><i>Abandon</i> (</span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Point, 2011),
da escritora e roteirista estadunidense <b>Meg Cabot</b>, que na obra </span></span><span style="color: black;"><i>Ninth Key </i><b>(</b></span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Turtleback,
2004) expressa: […] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Posso estar morto há cento e
cinquenta anos, Susannah,... mas isso não significa que não sei como as pessoas
dizem boa noite.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E geralmente, quando as pessoas dizem boa noite, elas guardam a língua para
si mesmas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...]. E na obra <i>Twilight</i> (</span></span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Avon, 2005)
evidencia que: [...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O que é um mediador, você pergunta?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ah, uma pessoa que atua como elo de
ligação entre os vivos e os mortos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ei, espere um minuto... o que você
está fazendo com essa camisa de força?</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> [...], afora nos contemplar com frases lapidares: <i>Escreva o tipo de
história que você gostaria de ler.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">As pessoas lhe darão todo tipo de
conselho sobre como escrever, mas se você não estiver escrevendo algo que
goste, ninguém mais vai gostar. Você não é uma nota de cem dólares, nem todo
mundo vai gostar de você. Se você ama alguma coisa, liberte-a.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Se fosse para ser, ele voltará para
você</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/fecamepa.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/02/james-joyce-moira-shearer-tavener-meg.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black;">A TECNOLOGIA É NOSSA ESCRAVA, NÃO NOSSA
MESTRA - </span></strong></span><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><i><span style="color: black;">O ambiente
digital está alterando nosso cérebro de forma inédita. O primeiro é o impacto
das redes sociais na identidade e nos relacionamentos. O segundo é o impacto
dos videogames na atenção, agressividade e dependência. E o terceiro é sobre o
impacto dos programas de busca no modo como diferenciamos informação de
conhecimento, como aprendemos de verdade. É claro que há muitos estudos que
ainda precisam ser feitos, mas certamente há cada vez mais evidências sobre
aspectos positivos e negativos. Agora, só porque vemos um aumento de QI em quem
joga videogames não quer dizer que haja um aumento de criatividade ou
capacidade de escrita. Também se sabe, por alguns estudos, e por exames de
imagem, que os videogames aumentam áreas do cérebro que liberam dopamina.
Também sabemos que, em casos extremos, nos quais as pessoas gastam até 10 horas
por dia na frente da tela, existe uma forte correlação com anormalidades em
exames cerebrais. Como costumamos dizer, uma andorinha só não faz verão. Então
é importante fazer mais estudos. Isto não é definitivo, em se tratando de
ciência nada é definitivo, por isso é importante começar a fazer pesquisa
básica porque, até agora, está claro que coisas boas e coisas ruins estão
acontecendo de um modo que não haviam acontecido em gerações passadas. É um
desafio, mas o que temos que fazer é tentar pensar em maneiras, não tentar
negar a tecnologia. Nós podemos, na nossa sociedade maravilhosa, com toda essa
tecnologia, com todas as oportunidades que temos, dar aos nossos filhos um
mundo tridimensional interessante para viver. A partir disso eu infiro que as
pessoas estão construindo uma identidade no ciberespaço que em boa parte é
formada pela visão das outras pessoas. Eu acho interessante essa tendência de
que mesmo que você sinta-se muito importante, muito conectada, você se sente
insegura, tenha baixa autoestima, sinta-se constantemente inadequada. Eu acho
que precisamos olhar para as estatísticas em vez de apenas levar em conta as
impressões pessoais ou os meios de comunicação. De acordo com as estatísticas,
os chamados nativos digitais, gente que nasceu após 1990, apresentam níveis de
uso alarmantes</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;">. Trechos
extraídos da entrevista da revista Fronteiras (2018) concedida pela
neurocientista britânica <b>Susan Greenfield. </b></span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;">Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/09/rebeca-bolanos-nicola-griffith-susan.html " target="_blank">aqui</a></i></b>.</span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">LIBERTINAGEM & ESTRELA DA MANHÃ, DE
MANUEL BANDEIRA<o:p></o:p></span></span></strong></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black;"></span></strong></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikTsTWZs99xyu5Yt3Eh1a64b9bRS3qoCnIekPmhU3ms3o5SIj7g1QzEdDvDowkpAnWucpu4-E6NpNFegUqtSIzTnwGWIrtoM_Jt9B32xweN2xujTe_s92c_4SIPsOhUPnyQ1Pc4xepZNt_cplf61pi44cKgOIQN-8LwfAFqlYfGHvT3ZiJGwmB9Q/s2472/LIVRO%20BANDEIRA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2472" data-original-width="1614" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikTsTWZs99xyu5Yt3Eh1a64b9bRS3qoCnIekPmhU3ms3o5SIj7g1QzEdDvDowkpAnWucpu4-E6NpNFegUqtSIzTnwGWIrtoM_Jt9B32xweN2xujTe_s92c_4SIPsOhUPnyQ1Pc4xepZNt_cplf61pi44cKgOIQN-8LwfAFqlYfGHvT3ZiJGwmB9Q/s320/LIVRO%20BANDEIRA.jpg" width="209" /></a></strong></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;"><i>A sereia sibila e o ganzá do jazz-band
batuca. \ Eu tomo alegria!</i></span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><span style="color: black;">Trecho do poema <i>Não sei dançar</i>, extraído da
obra <i>Libertinagem & Estrela da Manhã</i> (Nova Fronteira, 2000), do poeta,
tradutor, crítico literário e de arte<b>, Manuel Bandeira </b>(1886-1968). Veja mais
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/05/manuel-bandeira-harold-morowitz-pierre.html" target="_blank">aqu</a></i></b>i, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/05/liliane-giraudon-lydia-cabrera-toshie.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/06/assia-djebar-duhamel-aime-cesaire.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/09/cordel-repenteando-lua-ungaretti.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/09/martin-amis-phyllis-whitney-rosana.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/12/mansfield-chinua-achebe-victoria-camps.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/03/maria-ressa-macleish-filipa-melo.html" target="_blank">aqui</a></i></b> & <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/01/ana-rossetti-cida-bento-lynn-painter.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></span></p>
<span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk156914808;"></span>
</span><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS
MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmc8m6Wvq8qJCABmaq9BqLhtndftIy_87FA03E-aub7ZOwoxDnmNgp3cC4wpFpgQno3150G6d-VhnLzilQTWUII1gAivnVUMeS9sbPtBoEmpY3iWGuVliwPiUT0PoBF5tWd7CZq5lDyt7A0vPA8rUcqvGFkCdQokboIDIsi8sw2XahItKbW64jdQ/s1241/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.02.16.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1241" data-original-width="1241" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmc8m6Wvq8qJCABmaq9BqLhtndftIy_87FA03E-aub7ZOwoxDnmNgp3cC4wpFpgQno3150G6d-VhnLzilQTWUII1gAivnVUMeS9sbPtBoEmpY3iWGuVliwPiUT0PoBF5tWd7CZq5lDyt7A0vPA8rUcqvGFkCdQokboIDIsi8sw2XahItKbW64jdQ/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-22%20at%2010.02.16.jpeg" width="320" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Fone/Zap: +55
(81)98023263. Veja mais <b><i><a href="https://www.instagram.com/smlicitacoes/" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100088170548241" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">E tem mais:<o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjiVDsyvmaMv5hPDpgoV6Kahettw2bswip2LmC-gyu6vSxXi-xYnxbXYIRyyJvKb9GxbFJ6ZK5OrbSdPHgcvdmdfvNiLmrTNY4KIX8pXuaf8jFNE_BDZpyjqjWXOCuiH-M-qbgm9SDsSzsPOkjG8Dj5xwjt5Kmqt4D4dH8X99Wze_d_hsVKBPuyw/s1080/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2012.57.59.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjiVDsyvmaMv5hPDpgoV6Kahettw2bswip2LmC-gyu6vSxXi-xYnxbXYIRyyJvKb9GxbFJ6ZK5OrbSdPHgcvdmdfvNiLmrTNY4KIX8pXuaf8jFNE_BDZpyjqjWXOCuiH-M-qbgm9SDsSzsPOkjG8Dj5xwjt5Kmqt4D4dH8X99Wze_d_hsVKBPuyw/s320/WhatsApp%20Image%202024-01-25%20at%2012.57.59.jpeg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Curso: Arte
supera timidez <b><i><a href="https://ciateatromusica.blogspot.com/2024/01/arte-supera-timidez.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemagens &
outras versagens <b><i><a href="https://www.instagram.com/lalbertomachado/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diário TTTTT <b><i><a href="https://www.facebook.com/Tataritaritata/" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Cantarau
Tataritaritatá <b><i><a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL6KM0c1hQxuDWv7VAJyrC8stNySltXo1a" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Teatro Infantil:
O lobisomem Zonzo <b><i><a href="http://brincabrincarte.blogspot.com/2015/01/o-lobisomem-zonzo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Faça seu TCC sem
traumas – consultas e curso <b><i><a href="http://pesquisacia.blogspot.com/2014/10/consultas-presenciais-e-online.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQRvrRWeslre3ig3LkaDckDRI7eyFy6U28JD34QO_S7xr-YrfGSNXj07xGkUqDwOTNW61P5tJQzcPjvsM7WII4bxWWGn4Hz5Xi0jQVVrqnxE5KpeXIFfcrXI0uxn0vum8rnYXQ6hrfLVU-y2dWnG2f76sIeqEhFIButbtzA1rCiAAvI46RFV2lRg/s2329/COLAM%20TTTTT%20VAMOS%20APRUMAR%20A%20CONVERSA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQRvrRWeslre3ig3LkaDckDRI7eyFy6U28JD34QO_S7xr-YrfGSNXj07xGkUqDwOTNW61P5tJQzcPjvsM7WII4bxWWGn4Hz5Xi0jQVVrqnxE5KpeXIFfcrXI0uxn0vum8rnYXQ6hrfLVU-y2dWnG2f76sIeqEhFIButbtzA1rCiAAvI46RFV2lRg/s320/COLAM%20TTTTT%20VAMOS%20APRUMAR%20A%20CONVERSA.jpg" width="320" /></a></div><br /> <p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-35640611098695010162024-01-23T15:10:00.003-03:002024-01-23T15:14:25.884-03:00ANA ROSSETTI, CIDA BENTO, LYNN PAINTER & HERMILO BORBA FILHO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4AFcelXDZMUw8qxP3WoIJCtcqVFOpeME5Y3PI_3aTAcmn8L3r8_MJ9bUK59HrGqbfKNKVrA24UkZ8jewnEpe3-uqObG65bHHmDwjdILhipH7wIumWZSJD9q1Dr1kooKlIDUyxmaaCjvSjAyYehbz3BG1vuv3oBATGY51LKbd-bB_MQryHT2ysig/s3507/ARTLAM1%20O%20QUE%20TENHO%20PRA%20FAZER%20AQUI.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2523" data-original-width="3507" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4AFcelXDZMUw8qxP3WoIJCtcqVFOpeME5Y3PI_3aTAcmn8L3r8_MJ9bUK59HrGqbfKNKVrA24UkZ8jewnEpe3-uqObG65bHHmDwjdILhipH7wIumWZSJD9q1Dr1kooKlIDUyxmaaCjvSjAyYehbz3BG1vuv3oBATGY51LKbd-bB_MQryHT2ysig/w400-h288/ARTLAM1%20O%20QUE%20TENHO%20PRA%20FAZER%20AQUI.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">Ao som dos álbuns
<i>The Complete Recordings</i> (EMI, 2007 - 17 discos) & <i>Various
co-performers The Early Recordings</i> (BBC, 2022), da violoncelista britânica <b>Jacqueline
du Pré</b> (1845-1987). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/01/a-mulher-na-roma-antiga-faulkner-short.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/06/pagu-patrick-modiano-jacqueline-du-pre.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/01/pushkin-ariadna-gil-damaso-alonso.html" target="_blank"> aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">O QUE MAIS TERIA POR
FAZER AQUI</span></b><span style="color: black;">... – Quanto mais eu teria a fazer pela vida
se um revólver decidia as questões, a usura falava mais alto, e gente de mesmo
quase ou nada valia, bastando um peteleco ou traque qualquer e nenhum pé de
gente pra remédio. Assim eu me via agarrando a névoa num tabuleiro circular sem
fim e lá pras tantas um aviso implacável: cada um por si e dane-se quem mais
houver! Quem me escutaria agora se me restava apenas alguns versos do <i>Poema
à duração</i> de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/06/programa-tataritaritata.html" target="_blank">Peter Handke</a></b>: ... <i>a mísera sensação do regresso ao
país natal \ após as viagens à descoberta do mundo, \ aquelas miríades de
mortes antecipadas \ de noite, antes do primeiro pipilar dos pássaros</i>...
Nada mais e me valia de <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/07/maiakovski-marcuse-grotowski-loach.html" target="_blank">Apenas um beijo</a></i></b>, ou <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/07/hermeto-sanguineti-jocy-oliveira-ken.html" target="_blank"><b><i>Pão & Rosas</i></b>,</a>
só que ainda podia aprender de <i>Kess</i> que eu nada mais seria além de <i>Daniel
Blake</i>, só porque <i>Você não estava aqui</i>, individualmente embrutecida
pelos quaraquacás das suas gargalhadas mais ufanas e bufadas de saltar de lado
e nada mais dissesse do muito que nunca foi dito. Lembrou-me agora <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/06/programa-tataritaritata_16.html" target="_blank">Elvira Lindo</a></b>: <i>O que não é dito dói mais do que o que é dito</i>... Apenas
chiados estranhos, barulho de motores, aves em fuga, nonsense ao meu redor. Os passos
e um pé atrás: o que esperar do amanhã se sou assaltado pelas indagações de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/06/programa-tataritaritata.html" target="_blank">David Baddiel</a></b>: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Essa é a questão do seu destino: como você vai saber quando ele chegar?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como você deve
reconhecê-lo na vida aleatória?</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Mar </span></span><span style="color: black;">áspero na alta ideia de que não passarão, mesmo que queiram nos arrastar
só para repetidamente demonstrar que não haverá futuro e quais guerras teríamos
de vencer se estávamos todos perdidos, quando aliados tornados inimigos pela
causa dos que não se veem como dos nossos, inimigos de nós mesmos e a baixa inevitável
e devastadora pela escolha do alheio, quantos não ficaram pelo caminho. Porque
a guerra não é senão a barbárie dos interesses e o meu povo alheio ao que se
passava no mundo me dava a severa constatação: somos dizimados aos poucos e
sempre. </span><span style="color: black;">Até onde a
memória alcança, como se tudo parecesse mesmo uma escatologia das brabas e a
vida não valesse mesmo mais nada e nem tivesse antes acontecido nadica de coisa,
um líquido e certo desvelo: perdemos a humanidade faz tempo!!! Quero apenas morrer
em pé, jamais de joelhos! Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">TRIUNFO DE
ARTEMIS SOBRE VOLUPTA<o:p></o:p></span></span></strong></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: black;"></span></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx_U2x_e9_iKBEq7TOjn2aL7RGQXEHPXYdUXxMUTTwFg50GPsb1S4UKKPFHUtH4M1RJ6bYOZMwp5NS0WUN8LkK0JzeO3bUFrgO-1Mf7nh5K37R4oF9f7olXHtl8yPqeMhZmci3kwUZt7W0VGHO-hFHJ_OEOvwpnadTziu2uB9IHOpmO6h8yqZi-Q/s3456/ARTLAM2%20O%20QUE%20TENHO%20POR%20FAZER%20AQUI.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2511" data-original-width="3456" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx_U2x_e9_iKBEq7TOjn2aL7RGQXEHPXYdUXxMUTTwFg50GPsb1S4UKKPFHUtH4M1RJ6bYOZMwp5NS0WUN8LkK0JzeO3bUFrgO-1Mf7nh5K37R4oF9f7olXHtl8yPqeMhZmci3kwUZt7W0VGHO-hFHJ_OEOvwpnadTziu2uB9IHOpmO6h8yqZi-Q/s320/ARTLAM2%20O%20QUE%20TENHO%20POR%20FAZER%20AQUI.jpg" width="320" /></a></strong></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem:
Acervo <b>ArtLAM</b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Idade
inimitável, pergunto ao teu espelho </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">em qual dos meus inúmeros </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">armários está a máscara da deusa </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">que cobria de trevas as bolinhas de gude. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Seu fervor, tal êxtase obsessivo,</span></i><i><span style="color: black;"> \ </span></i><i><span style="color: black;">Ele a tornou bela e distante e a proclamou
única. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Porém, ele
te maltratou tantas vezes! </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Sua língua era tão cruel quanto um chicote. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Por trás das varandas ele olhou ansioso </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">e nos olhos suplicantes negou </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">se tinha certeza de seus desejos. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Ele não lhe permitiu um único fio de sua
túnica, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">nem mesmo
que você vasculhasse seus colares.</span></i><i><span style="color: black;"> \</span></i><i><span style="color: black;"> Não se podia, pelo buraco da fechadura, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">observar como ela se despia lentamente, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">fazendo crescer o corpo nu da banheira. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Névoa cinzenta da videira. A mão recorrendo </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">à esponja. E a espuma perfumada, rastejando </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">por seu corpo, entra nele, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">instalando seu domínio invisível. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Também não bebeste das fontes saborosas </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">que inundavam os labirintos tenebrosos </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">que uma virgindade maligna fechava. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Nem as axilas sombrias, nem a concha frondosa
</span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">da pélvis,
nem os cabelos entrelaçados </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">conheceram o toque gentil daqueles dedos </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">que conheço tão bem. Mas o quanto você a ama!
</span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Você não a
ouviu gritar quando o rugido </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">de prazer tomou conta de você e </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">transbordou tumultuosamente pela cúpula
dividida. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Mas a
lembrança dela, precipitada, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">te assalta e você a procura em mim. Que </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">idade terrível e inimitável. Sempre
questionando seu espelho. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Tento renascer, a antiga identidade </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">que te fascinou, aquele corpo tão
desconhecido, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">se tal metamorfose
for possível. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Você já
sabe em que </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">lugares
precisos da minha pele o Eros se instala; </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">os segredos, derramados pela colcha, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">pelas tuas bocas surpresas e habilidosas. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Rendida, minhas pernas amarrarão firmemente
suas pernas </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">para que o
ataque total </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">à minha
barriga penetre e queime nela. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Agora sou costume, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">invadi a pátria das delícias rotineiras. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Ao me possuir você perdeu minha beleza
interior </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">e seus
desejos desapareceram. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Mas se
você me ajudar a procurar </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">as túnicas esquecidas nos armários </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">e resgatar a máscara auspiciosa,</span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Se eu me tornar arrogante, poderei
convencê-lo? </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">A
experiência é tão sagaz </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">e seu
mandato tão indestrutível </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">que superei você em muito. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Isso até destruiria você. E você me censura
por isso. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Idade
inimitável, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">onde
moravam os deuses e </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">a
admiração foi a única homenagem </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">que espalhaste aos meus pés. </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">Não me peça para voltar, </span></i><i><span style="color: black;">\ </span></i><i><span style="color: black;">porque a inocência é irrecuperável</span></i><span style="color: black;">.</span><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;">Poema da escritora espanhola </span></strong><strong><span style="color: black;">Ana
Rossetti</span></strong><strong><span style="color: black; font-weight: normal;">. <o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">MELHOR QUE OS
FILMES - </span></b><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu me apaixonei por provocar você na
segunda série, quando descobri que poderia deixar suas bochechas rosadas com
apenas uma palavra.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Então eu me apaixonei por você </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Você fica
melhor quando você é você</i>. [...] <i>Às vezes ficamos tão presos à nossa
ideia do que pensamos que queremos que perdemos a maravilha do que realmente
poderíamos ter</i>. [...] <i>Ela é bonita, mas seu rosto não se transforma em
luz do sol quando ela fala sobre música.”</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ele apertou a mandíbula
e disse: “Ela é engraçada, mas não é engraçada do tipo cuspir sua bebida de
espanto”.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Parecia que meu coração ia explodir quando seus olhos desceram para meus
lábios sob o brilho da luz da rua.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ele aproximou seu rosto
um pouco mais do meu, olhou nos meus olhos e murmurou: — E quando a vejo, não
sinto que preciso falar com ela, bagunçar seu cabelo ou fazer alguma coisa,
qualquer coisa, para conseguir.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">ela para lançar aquele
olhar sobre mim </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Eu fiz o que tinha que fazer.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Tudo é justo no amor e
no estacionamento</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Quando estou perto de você, sinto como
se estivesse drogado.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não que eu use drogas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A menos que você use
drogas, nesse caso, eu uso o tempo todo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Todos eles</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>O amor é
paciente, o amor é gentil, o amor significa perder lentamente a cabeça</i>. [...]
<i>A música tornou tudo melhor</i>. [...] <i>Minha herança foi saber que o amor
está sempre no ar, é sempre uma possibilidade e sempre vale a pena</i>. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="color: black;">[...]. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Better than the Movies</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Simon & Schuster, </span>2021), da escritora
estadunidense <b>Lynn Painter</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PACTO DA
BRANQUITUDE</span></b><span style="color: black;"> – [...] <i>Esse pacto da branquitude possui um
componente narcísico, de autopreservação, como se o “diferente” ameaçasse o
“normal”, o “universal”. Esse sentimento de ameaça e medo está na essência do preconceito,
da representação que é feita do outro e da forma como reagimos a ele</i> [...] <i>É
ao longo da história que se forja o “sistema meritocrático” em que um segmento
branco da população vai acumulando mais recursos econômicos, políticos,
sociais, de poder que vai colocar seus herdeiros em lugar de privilégio</i>. [...]
<i>com frequência políticos e empresários não são punidos, embora existam
legislação e ferramentas para puni-los, e os estudiosos destacam que uma das
dificuldades está em enxergar esse perfil de pessoa como o de um criminoso</i>.
[...] <i>A “vitimização” da branquitude e as diferentes manifestações dos
grupos brancos que se sentem ameaçados e perdendo o que entendem ser “seus
direitos” se revela nesse período</i> [...]. Trechos extraídos da obra <i>O
pacto da branquitude</i> (Companhia das Letras, 2022), da psicóloga e ativista <b>Cida
Bento</b>, que no estudo <i>Branqueamento e branquitude no Brasil</i> - Psicologia
social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil (Vozes,
2002), ela expressa que: [...] <i>Diferentes estudiosos têm se preocupado com a
maneira como os negros foram e vêm sendo atingidos pela ideologia do
branqueamento no Brasil. A militância negra tem destacado persistentemente as
dificuldades de identificação racial como um elemento que denuncia uma baixa
autoestima e dificulta a organização negra contra a discriminação racial. Assim,
compreender o branqueamento versus perda de identidade é fundamental para o
avanço na luta por uma sociedade mais igualitária. Porém, esse estudo tem mais
possibilidades de ser bem sucedido se abarcar a relação negro e branco,
herdeiros beneficiários ou herdeiros expropriados de um mesmo processo histórico,
participes de um mesmo cotidiano onde os direitos de uns são violados permanentemente
pelo outro. A insustentabilidade ética e moral dessa realidade cresce
incessantemente, em particular nos últimos 20 anos, tempo em que o Movimento
Negro tem colocado sob fogo cruzado a violação de direitos do povo negro e tem
explicitado a verdadeira cara desse país. Esse movimento gera condições não só
para a recriação das identidades e, consequentemente, o deslocamento das
fronteiras, mas possibilita um encontro do país consigo próprio, com sua
história, com seu povo, com sua identidade</i>. [...]. Na sua atuação ela ainda
expressa que: <em>Fala-se muito na
herança da escravidão e nos seus impactos negativos para as populações negras,
mas quase nunca se fala na herança escravocrata e nos seus impactos positivos
para as pessoas brancas. Os negros são vistos como invasores do que os brancos
consideram seu espaço privativo, seu território. Os negros estão fora de lugar
quando ocupam espaços considerados de prestígio, poder e mando. Quando se
colocam em posição de igualdade, são percebidos como concorrentes. </em><i>Privilégio
branco é entendido como um estado passivo, uma estrutura de facilidades que os
brancos têm, queiram eles ou não. Ou seja, a herança está presente na vida de
todos os brancos, sejam eles pobres ou antirracistas. Há um lugar simbólico e
concreto de privilégio construído socialmente para o grupo branco</i>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">MARGEM DAS
LEMBRANÇAS DE HERMILO<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh66KirdakDKYqn7y7g4icLVGx18UEnF2NRe9q12Wc_Gn1QGmVXgz4K2LFHMkhKMPGa-Ui-rfFTm3EXnOjXe1T7SO6tD67ron2SpawGTLH0uCBewBBhV8VF_8ii3W5FRvpZQeXjLDCZDkW62quzjf3UMKBLzTH-ffdF786p9qI3AvQQed3FgzZdmg/s2480/livro%20hermilo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2480" data-original-width="1641" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh66KirdakDKYqn7y7g4icLVGx18UEnF2NRe9q12Wc_Gn1QGmVXgz4K2LFHMkhKMPGa-Ui-rfFTm3EXnOjXe1T7SO6tD67ron2SpawGTLH0uCBewBBhV8VF_8ii3W5FRvpZQeXjLDCZDkW62quzjf3UMKBLzTH-ffdF786p9qI3AvQQed3FgzZdmg/s320/livro%20hermilo.jpg" width="212" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Eu dera
uma volta pelos caminhos do mundo e voltava ao mesmo lugar, limitado ao mesmo
horizonte, dentro da mesma rotina, era como se nada houvesse acontecido, não se
pode reconstituir a dor</i> [...]<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído
da obra <i>Margem das lembranças</i> (Mercado Aberto, 1993), <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">do advogado,
escritor, crítico literário, jornalista, dramaturgo, diretor, teatrólogo e
tradutor <b>Hermilo Borba Filho</b> (1917-2017). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/02/centenario-de-hermilo-borba-filho-1917.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/06/yves-bonnefoy-zelda-mishkovsky-kafu.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/02/maylis-besserie-maria-martins-safatle.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/06/mia-couto-elizabeth-gilbert-markus.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/akiko-yosano-kostas-axelos-molly.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM OFERECIMENTO: <b>SANTOS
MELO LICITAÇÕES</b><o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj0SoE01AnQjDd7i65cVDmbk7QxNWSMQ8zRSpukUToc3xvtjiNzGG3pFIzasyPtUCM48MmUpXo0XI4p2Z9-yaC6DEhvo4FUVuuC59P7o5Y3f7b2Nqn2TcvlsEQrOHMdwjecMZdw4qbVwzOqsq8XICl2D4S48Q2EOu87McubQzg_tQjUv0HJywnWA/s1241/SANTOS%20MELO%20LICITA%C3%87%C3%95ES.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1241" data-original-width="1241" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj0SoE01AnQjDd7i65cVDmbk7QxNWSMQ8zRSpukUToc3xvtjiNzGG3pFIzasyPtUCM48MmUpXo0XI4p2Z9-yaC6DEhvo4FUVuuC59P7o5Y3f7b2Nqn2TcvlsEQrOHMdwjecMZdw4qbVwzOqsq8XICl2D4S48Q2EOu87McubQzg_tQjUv0HJywnWA/w400-h400/SANTOS%20MELO%20LICITA%C3%87%C3%95ES.jpeg" width="400" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Fone/Zap: +55 (81)98023263</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkGDTHcx6k_WuoWpJ3_ibWkWXhtGmYQqTfueDzbdS-q5bvgl3oWh1Z9PanyxW30QW-kz-b9rDz43muY_gMMDNiCHfEBhsnXDbhEGp8dt2l7EkpgX_-IUKcPhS9pd1dcNUvVuPhmkmYc3GmGhWN6-B79Mt74cuJXw8C4hBgA10qPamFYwkEOXK1yw/s2329/COLAM%20TTTTT%20PROG%20TATARITARITAT%C3%81.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkGDTHcx6k_WuoWpJ3_ibWkWXhtGmYQqTfueDzbdS-q5bvgl3oWh1Z9PanyxW30QW-kz-b9rDz43muY_gMMDNiCHfEBhsnXDbhEGp8dt2l7EkpgX_-IUKcPhS9pd1dcNUvVuPhmkmYc3GmGhWN6-B79Mt74cuJXw8C4hBgA10qPamFYwkEOXK1yw/s320/COLAM%20TTTTT%20PROG%20TATARITARITAT%C3%81.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span><p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-66584032952462192092024-01-16T17:10:00.005-03:002024-01-16T17:10:44.136-03:00VALÉRIA CAMPOS, KATJA PETROWSKAJA, KARINA VERGARA & AVALOVARA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ8AnjQTRaUjN70_q7f7CBu8iIT5lMLYSUNgTmHgoEi4OWkOpfua85ECOJ0w-Asx_v7sUU8ZiFLFWy7gF9fb-HHCNJNrewUQr0rOKU2wSx2OUWwzZIw8DtjHNtdrDTjFXHRFvSQ7yiIysJApwhNMs8VmmjFlEylGu8iUUqi8k9_ChO0gV0Oc1GQQ/s3493/ARTLAM1%20PORSA&VERSOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2523" data-original-width="3493" height="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ8AnjQTRaUjN70_q7f7CBu8iIT5lMLYSUNgTmHgoEi4OWkOpfua85ECOJ0w-Asx_v7sUU8ZiFLFWy7gF9fb-HHCNJNrewUQr0rOKU2wSx2OUWwzZIw8DtjHNtdrDTjFXHRFvSQ7yiIysJApwhNMs8VmmjFlEylGu8iUUqi8k9_ChO0gV0Oc1GQQ/w400-h289/ARTLAM1%20PORSA&VERSOS.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som da <i>Mélopées
africaines</i>, para Ondes Martenot, piano e flauta (1945), <i>Grains de cendre</i>,
para soprano e orquestra de câmara (1946) e <i>Traité de rythme, de couleur, et
d’ornithologie</i> (1949), da pianista e compositora francesa <b>Yvonne Loriod</b>
(1924-2010). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/01/ernesto-cardenal-qurratulain-hyder.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PROSA DE NÃO SEI
QUANTOS VERSOS</span></b><span style="color: black;"> - O que mais esperar além de nada noves fora
ermo: contemplar a demolição da vida sob nuvens prematuras nas trevas de
janeiro e coração suspenso, olhar remoto nas pálpebras aflitivas, ecoantrovões,
noitoutra. O meu corpo escuta o peso de duplipensares no <i>mise-en-scène</i>,
canto de sereias. Escapei por pouco, quem será o próximo. <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/06/as-muitas-e-tantas-do-rei-salomao.html" target="_blank">Claudia Noguera Penso</a></b> dá o tom: <em>Sinto, como Ícaro, a
inutilidade das minhas asas, quando elas se abrem e te encontro confortável
queimando nelas... </em>Era eu quase presencial na tragédia de <span class="mw-page-title-main"><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/05/baudelaire-kierkegaard-gianni-vattimo.html" target="_blank">Ingeborg Bachmann</a></b>, a saudade na militância da
radiodifusão e tragadas de cigarros. Dera de acontecer o não previsto, como se
eu tivesse que vazar os olhos para suportar as cenas dolorosas: se fui longe
demais nada fizera. Pela milésima vez estremecido gesto trançado no peito com o
que me dissera </span></span><b><span lang="DE" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/06/programa-tataritaritata-vamos-aprumar.html" target="_blank">Nancy Kress</a></span></b><span lang="DE" style="color: black;">: <i>Você
deve aprender a ser três pessoas ao mesmo tempo: escritor, personagem e leitor</i>...
Trindade minha engasgada </span><span style="color: black;">por sonhos atravessados de assoladoras
imagens irreconhecíveis, pesadelos acelerados e recorrentes, só pra saber desregulando
o que sou no meio do cáustico banimento e vagos passos no lodo escorregadio e a
se prolongar por luzes apagadas. Adejo e não ouço, meu corpo todo asa a se
dilacerar saltando o dia como eterno rasgo. Tão perto estava <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/das-quedas-perdas-danos.html" target="_blank">Edwidge Danticat</a></b>: <i>Crie perigosamente, para pessoas que leem perigosamente….
Escrever, sabendo em parte que, por mais triviais que suas palavras possam
parecer, algum dia, em algum lugar, alguém poderá arriscar a vida para lê-las</i>...
Como se quase o poeta matou a poesia diante da tragicomédia fora do padrão.
Tudo de novo, outra vez. E isso não tem a menor graça! A coisa vai só pra quem
tem boca na botija, quem sabe leva na maciota e <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/breve-historia-do-feminismo-no-brasil.html" target="_blank">Ellen Wood</a></b> foi além do
esperado: <i>Seus próprios sentimentos excitados o ampliaram em comprimento,
largura e altura - transformaram um pequeno morro em uma montanha</i>... Seguir
mesmo que tudo só vá pra trás. Não adianta se acovardar diante da lógica da
violência. De tempos em sempre, a vida dá o créu! Vou por mim: ser humano
abissal. D</span><span lang="DE" style="color: black;">esfaço a jornada do herói
e descontruo o conto de fadas. </span><span style="color: black;">Quase ainda anteontem tudo
era tome tento e pegue o beco, pingo nos iis e dou fé. Hoje não mais: cada um
por si e quem quiser que mande outra. Se Deus fez, a gente desacerta. Tenho
dito! </span><span lang="DE" style="color: black;">Até mais ver.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="DE" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">MULHER IMENSA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMP4gtH6xugZP6pfE-nSnpaqWMat37WNhd4D7OPDeCXVm7E2cMVlN-p-S9RuPlNf2dOl_aMunqlIfv1KkBRGlRfifcpnUWvtdJSh2C35C0Yc4tCESYGVnGrUzj0YwdPfyU5VV2K0kOd2ZYEzXiCqsNXf3_INvLBAMRz32xEDc78boTTuQCEH2J9A/s3493/ARTLAM2%20PROS&VERSO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2499" data-original-width="3493" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMP4gtH6xugZP6pfE-nSnpaqWMat37WNhd4D7OPDeCXVm7E2cMVlN-p-S9RuPlNf2dOl_aMunqlIfv1KkBRGlRfifcpnUWvtdJSh2C35C0Yc4tCESYGVnGrUzj0YwdPfyU5VV2K0kOd2ZYEzXiCqsNXf3_INvLBAMRz32xEDc78boTTuQCEH2J9A/s320/ARTLAM2%20PROS&VERSO.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span lang="PT" style="color: black;">Num lugar na periferia da cidade, \ uma mulher chora. \ Um homem a
abandonou \ quando ela acabara de dar à luz. \ Ela tem mais dois pequeninos
para alimentar. \ Você tem que pagar o aluguel. \ Os valentões no trabalho
afiam suas presas. \ O garotão arranhou o joelho. \ A casa não tem banheiro. \
Eu a ouço e declaro o mal do mundo. \ Ela me contradiz e me dá um meio sorriso.
\ Eu olho para ela com espanto, \ Que segredo permite manter a esperança? \ Ela
responde, desgrenhado, maquiagem borrada, rosto cansado … \ enxuga as lágrimas
com as costas da mão \ e convoca, em voz alta, \ quatro versos da letra de
Pizarnik. \ É assim que uma mulher ensina uma lição de vida. \ Ele abraça versos
generosos e renasce, tremendo e poderoso</span></i><span lang="PT" style="color: black;">. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span lang="PT" style="color: black;">Poema da indígena poeta mexicana </span><b><span style="color: black;">Patricia Karina
Vergara Sánchez</span></b><span style="color: black;">, autora de obras como <i>Indómita Versa</i> (Ginecosofia
, 2021) e <i>Sem heterossexualidade obrigatória não há capitalismo</i> (Riseup,
2018), no qual expressa: [...] <i>Enquanto se continue concebendo que lavar a
louça ou a vida erótico-afetiva sejam assuntos que correspondem a uma pessoa, a
um casal ou à intimidade do que ocorre dentro de uma casa e se continue
invisibilizando sua dimensão política e suas implicações estruturais, será
difícil desmontar a reprodução capitalista. Uma atitude revolucionária, então,
é desheterossexualizar nossas concepções de realidade e de sentido da vida</i>
[...]. Ela também edita o blog: <b><i><a href="http://estabocanecia.blogspot.com/" target="_blank">Esta boca mía - Advertencia: poesía lesbofeminista</a></i></b>.
<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">UMA HISTÓRIA DE
FAMÍLIA - </span></b><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Todos nós fazemos parte de um grande
épico, apenas um pequeno segmento dele, inadvertidamente destacado</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Heróis
soviéticos musculosos - um marinheiro, um guerrilheiro e uma mulher ucraniana -
triunfaram sobre as trevas do passado.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">As palavras “heroísmo”,
“coragem”, “pátria”, “coragem” ricochetearam em mim como bolas de pingue-pongue
</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Então houve uma ficus - ou não é uma ficus, mas uma ficção, uma
ficção, uma ficção?</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Minha ficção é gerada por ficus - ou
vice-versa?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E se eu nunca souber se a figueira
que salvou a vida do meu pai realmente existiu? Ligo para meu pai e ele me
consola. “Mesmo que ele não existisse, esses truques de memória às vezes nos
dizem mais do que os registros de inventário mais detalhados.”</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Às vezes é apenas um
grão de ficção poética que torna uma memória verdadeiramente autêntica</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Como um deus
onisciente, observo essa cena da janela da casa em frente.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Provavelmente é assim
que os romances são escritos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ou contos de fadas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Sento-me alto e olho
para longe.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Às vezes, reunindo coragem, chego
mais perto e fico atrás do policial, escutando a conversa.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mas por que você está de
costas para mim?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não importa o quanto eu ande ao seu
redor, só vejo suas costas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Por mais que eu tente
distinguir seus rostos, o rosto da minha avó e daquele oficial, por mais que eu
me estique, por mais que eu force todos os músculos da minha memória, da minha
imaginação, da minha intuição, nada funciona.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não vejo seus rostos,
não entendo, e os livros de história silenciam</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Meus pais
falavam sobre o que a história oficial silenciava, falavam constantemente sobre
seus pontos dolorosos, como se estivessem mentindo - para eles era uma questão
de honra, decência ou talvez até um código para encontrar “os seus”, seus
próprios espécie .</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Às vezes parecia-me que com estas
histórias (e conversas intermináveis sobre literatura) estavam a conquistar o
espa</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">ç</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">o da sua independ</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">ê</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">ncia, a Primavera de Praga, a Hungria de 1956, as repress</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">õ</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">es, o Solidariedade, o Afeganist</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">ã</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">o e, claro, este buraco
negro de Kiev, Babi Yar , eram seus “conjuntos de cromossomos”.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eles consideravam esse
conhecimento - essa atitude diante da dor do outro - um fiador da consciência e
até da liberdade pessoal.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mas o problema de qualquer história
sobre tais acontecimentos é como preservar a memória histórica, como falar
sobre a violência contra as pessoas sem multiplicar esta violência, sem repetir
- como no caso de Babi Yar - não apenas aquela morte, mas também a desonra daquela
morte em sua história.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como falar sobre violência sem usar
violência contra os outros</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Meu livro surgiu da interseção entre
impotência e raiva.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E a questão não está no patriotismo,
mas na memória de um lugar, na necessidade interna de descrever em que espaço
crescemos ou nos encontramos, ainda que no gênero de caminhada</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">.</span></span><span class="hwtze"><span lang="PT" style="color: black;"> </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>É impossível
contar completamente sobre desastres em que morrem milhões de pessoas inocentes</i>.
</span></span><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Quando uma cadeia de acidentes forma
um texto, ela se torna destino</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Maybe Esther: A Family Story</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Harper, 2018), da escritora e jornalista ucraniana </span><b>Katja
Petrowskaja.</b> <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">ARQUI-VIOLÊNCIA</span></b><span style="color: black;"> – [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">As abundantes meditações sobre a violência na filosofia ocidental,
incluindo a filosofia contemporânea aqui, mostraram uma tendência a
concentrar-se principalmente na esfera política em sua totalidade.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Sem tentar uma análise
histórica do fenômeno da violência, é interessante enfatizar o campo de estudo
que tradicionalmente tem sido incluído como um tópico: política, direito e
ética.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Filosofia prática, em suma</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Ele está localizado no
contexto da ampla relação que a violência tem com a linguagem e o discurso em
todo o filosofia ocidental</i>. [...] <i>A linguagem sempre fez com que o sonho
da presença se perdesse. do outro, uma presença incapaz de aparecer de outra
forma que não seja a sua própria desaparecimento.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nesse sentido, não só a
metafísica – ou a ontologia – é violenta. Todo o resto aparecendo diante de
mim, mesmo que seja na forma de uma presença epifânica ou escatológica</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...]. Trechos
extraídos do estudo <i>Arqui-violência: gênese da violência de gênese na
filosofia de Derrida</i> </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">(Trans/Form/Ação, Out./Dez., 2019), da filósofa </span></span><span style="color: black;">chilena <b>Valéria Campos Salvaterra</b>, que se apresenta como: <i>Sou
humana como você. Ao longo da vida tive erros e acertos, fracassos e vitórias.
Portadora de depressão grave, há dois anos fiz uma escolha: viver, amar e
perdoar. Hoje sou grata por tudo que passei, compreendi os verdadeiros valores.
Tenho amor a Deus, a mim e ao meu semelhante</i>... Ela é autora de obras como:
<em>Violência e fenomenologia. Derrida, entre
Husserl e Lévinas </em>(Metais pesados, 2017), <em>Transações perigosas. Economias da violência em
Jacques Derrida </em>(Pólvora, 2018) e <em>Comece com terror. Ensaios sobre filosofia e violência </em>(Prometeu,
2020).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">AVALOVARA<o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmWfMQu1c3OdYnLiNtKUPAZVDXE2ezJz9Q6Jz4lYoaZULvZ1MBSuA8aHpkljH6EWzrdcZtMqdVu9OhUHZRfCDWp7mvWUQvjFdQLGONccODRLEWLVGeO8k09hB1HfyW3DPE1t-eJCu6gqM8RjV-4qytnPELPlliH0SgeoKEL6F_6ePMTSwYwpGs-w/s2444/avalovara.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2444" data-original-width="1620" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmWfMQu1c3OdYnLiNtKUPAZVDXE2ezJz9Q6Jz4lYoaZULvZ1MBSuA8aHpkljH6EWzrdcZtMqdVu9OhUHZRfCDWp7mvWUQvjFdQLGONccODRLEWLVGeO8k09hB1HfyW3DPE1t-eJCu6gqM8RjV-4qytnPELPlliH0SgeoKEL6F_6ePMTSwYwpGs-w/s320/avalovara.jpg" width="212" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Estou no quanto do meu pai, quando o leque se abre dentro de
mim. Não se abre aos poucos, com a lentidão do mundo vegetal. Abre-se de um
golpe, são asas, os braços da criatura-em-mim abertos continuam, as mãos quase
tocando meu ombros, mas agora a revestem duas asas, estas asas revestem-na,
cobrem a sua nudez, uma espécie de manto, umerais, tectrizes e álulas são de um
roxo-brilhante, as rêmiges douradas, principalmente nas extremidades, enquanto
as penas entre as zonas dourada e roxa se alternam, umas cor de sangue, outras
azuis</i> [...].<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;">Trecho extraído da obra <i>Avalovara</i> (Companhia das Letras, 1995), </span></span><span style="background: white; color: black;">do escritor e dramaturgo <b>Osman Lins<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"> </span></b>(1924-1978).</span> Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/07/osman-lins-levertov-jurandir-freire.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/02/a-vida-que-sou-na-alma-do-recife.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/09/osman-lins-holderlin-edward-said.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/11/shakespeare-osman-lins-leibniz-joao.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/01/osman-lins-deleuze-wacquant-elinor.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/05/osman-lins-leminski-luc-ferry-lafargue.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/10/osman-lins-jeudy-rafael-alberti-unamuno.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/11/osman-lins-mary-jane-lamond-nick-alm.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/01/osman-lins-vauluizo-bezerra-fulo.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2024/01/florencia-abadi-doris-dorrie-isabel.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. </span><o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXpgaUZsvEnINAlXltzLbRIhx6Qpd-iFg8RsR5buBLXkaX-wcBw1jz4G7z6Trut_W7BZ-0rvflFrpoo1OCewkVkQfbmBi09m08H5hgEnhrccCABUwbUaoQ1AiG56TvHmjWRyz9GlfPG50-n2pbFSV3h6AD43TDILlYE8gt4NILcI2F6R53vqFJXw/s2329/COLAM%20TTTTT%20PGM4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXpgaUZsvEnINAlXltzLbRIhx6Qpd-iFg8RsR5buBLXkaX-wcBw1jz4G7z6Trut_W7BZ-0rvflFrpoo1OCewkVkQfbmBi09m08H5hgEnhrccCABUwbUaoQ1AiG56TvHmjWRyz9GlfPG50-n2pbFSV3h6AD43TDILlYE8gt4NILcI2F6R53vqFJXw/s320/COLAM%20TTTTT%20PGM4.jpg" width="320" /></a></div><br /> <p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-89980585562121404852024-01-09T17:31:00.006-03:002024-01-09T17:32:58.736-03:00FLORENCIA ABADI, DORIS DÖRRIE, ISABEL SALAS DOMÍNGUEZ & A TRILOGIA DE VILMAR<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ_kH1PCFU7lvkgt5M_sRNbEMctcT3eTeYXOpIJkCCdYHnQBbdoRRddF_Vs-SFBccqiHwaRhwjaCDTh7iCDJfgynKMePAAKyzvXzxXcj1Ki02USj-SdvW6_EaJ-DhOFbTaB1R0vqq5CzKf4YMg0eZhy5AYPO_uHV2ji_Bz9Tc0KP3MWXGY2PaRSw/s3051/ARTLAM1%20AN%C3%94NIMO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2366" data-original-width="3051" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ_kH1PCFU7lvkgt5M_sRNbEMctcT3eTeYXOpIJkCCdYHnQBbdoRRddF_Vs-SFBccqiHwaRhwjaCDTh7iCDJfgynKMePAAKyzvXzxXcj1Ki02USj-SdvW6_EaJ-DhOFbTaB1R0vqq5CzKf4YMg0eZhy5AYPO_uHV2ji_Bz9Tc0KP3MWXGY2PaRSw/w400-h310/ARTLAM1%20AN%C3%94NIMO.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo</span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">
ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">Ao som da ópera <i>Af</i></span><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">t, </span></i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">Poema de Z. Ziyadoglu: hino "Petroleiros" para solista e
orquestra, Canções e romances para poemas e <i>Gec</i></span><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">l</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">r bulaq başi</span></i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"> , além dos filmes <i>N</i></span><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ğm</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">kar torpaq</span></i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"> (1981), <i>Bağişla</i> (1983), <i>Qayıdış</i> (1992), <i>Yalçın</i>
(2004) e <i>S</i></span><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">n yadima düş</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">nd</span></i><i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">ə</span></i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"> (2013), da compositora
azerbaijana <b>Elza Ibrahimova.</b> Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/05/adrienne-rich-lockhart-mackinnon-olga.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">ANÔNIMO, VIDA
TORTA & MALOGRO</span></b><span style="color: black;">... – Manhã olhabro, agoronde gritalmas
quandoutros às disjunções, natureza pujante, desgraça iminente. É duro ter de
encarar este mundo. Dobrar a primeira esquina é o que resta; intrépido quase,
irrequieto talvez, esquecer certas coisas não é fácil, tem de ser. Mesmo na radiância
dos ideais com a impetuosidade do Etna, entre o esquecimento e a morte: verdadeiro
sangue vivo entre o fugaz e o permanente. Qual nada. O que sobra, noves fora
deu zero. Não fosse <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/as-miserias-do-processo-penal.html" target="_blank">Elena Ferrante</a></b>: <i>Toda relação intensa entre seres
humanos é cheia de armadilhas e, caso se queira que dure, é preciso aprender a
desviar-se delas</i>... O que seria de mim, nem me vitimizo, cara e coração:
sou lá de me arrear pelos cantos. Outragora, pertali apareceram dançantes caruás
de Conceição das Crioulas às hipálages, ataraxias e atavios, de quase me levar
à polução apodítica porque a dor do amor apertava-me o coração - como se eu
fosse Caliban em busca de um par de seios robustos ao abrigo, porque jaziam
longe os sonhos mais excitados. A gente sabe: o que é bom dura nadinha, não adianta
pernadas a três por tanto. Ainda bem <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/04/reflexoes-de-metido-em-camisa-de-onze.html" target="_blank">Abbas Kiorastami</a></b>: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu me sinto como uma
árvore.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Uma árvore não se sente obrigada a começar a fazer algo pela terra de onde
ela vem.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Uma árvore só precisa dar frutos, folhas e flores.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não parece grata à terra</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Assim sou Anteu do
meu chão. </span></span><span style="color: black;">Quão miserável quandoutros amargamores na
salescura. Ainda há gente, muita gente, que não resiste à oferta de um molho de
cédulas, afã patrimonial, suntuosidade. E estes ocupam cargos lá pras alturas nas
três esferas do poder e ademais até quem nem sabe. Fiz minha opção <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/04/reflexoes-de-metido-em-camisa-de-onze.html" target="_blank">Bukowski</a></b>:
<i>Descubra o que ama e deixe-se matar por isso. Você tem de morrer algumas
vezes antes que você possa realmente viver</i>... Assim vai o sonho, foi-se o
dia, a mão ao peito, a boca íntima, amareluz, pálidolhar. Longe versamanhã,
olhos de velacesa na escuridão. Um só instante para o insulto e a repulsa.
Breve grito para mudez das grandes palavras. Pela portaberta eis quem chega, a
brisa na franja a roubar-lhe pestanas dos fogolhos, lábios reluzentes, enquanto
dócil portescancarada afagando meu prepúcio vigoroso a porfiar blandícias
errabundas, à espera da ejeção da massa coronal. Aí sou o Sol. Ela pagava o
preço e não me devia nada. Venhaqui! Exprobrou porque queria saldar pecados
como quem fareja focinho escondido a remoer moinhos às cuspidas saltitantes e a
cambalear derruída. Nem saí de perto, acho que enlouqueceu. Deixei que fizesse,
tirei partido por mim nessa hora. Ela e os regalos, nada melhor. Manuscravia-me
nela em choque pela noite pecaminosa e eu em xeque, ela retardatária a revolver
minhas entranhas com seus ombros caídos a semear ademanes por seus grãos no
inframundo sem fim. Também sou vivo e merecemos. O que da vida torta, só anônimo
& malogro. Agora não, tiramos proveito de tudo que der. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM POEMA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhczAr8O7-Avlu_CsiO_xeQW7P09FQTmlcZeiq8KAraBEOH3myoKx1bhFBkanU2ATE9vuEVq37yfK93RYKJMPJ34lp54sTACFueggKCm6GI9hkdL1mutYe-qVWfim99DLXMp29HNMpENLn7CNldo3qEoPidMhDVA4N2YIi5d5tHabbhP3lAQ0qI6A/s3354/ARTLAM2%20AN%C3%95NUMO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2427" data-original-width="3354" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhczAr8O7-Avlu_CsiO_xeQW7P09FQTmlcZeiq8KAraBEOH3myoKx1bhFBkanU2ATE9vuEVq37yfK93RYKJMPJ34lp54sTACFueggKCm6GI9hkdL1mutYe-qVWfim99DLXMp29HNMpENLn7CNldo3qEoPidMhDVA4N2YIi5d5tHabbhP3lAQ0qI6A/s320/ARTLAM2%20AN%C3%95NUMO.jpg" width="320" /></a></b></div><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Imagem: Acervo</span><b style="font-size: x-large;">
ArtLAM</b><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">.</span></div></span><p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Eu abro minha
boca em glória abençoada para você \ Abra a boca acumulada \ nu o verso sábio \
verso inchado que preenche meu verbo de saída \ lambido verbo que molha a sua
garganta \ fruta melodiosa \ Queridos minhos que sobem a boca pelos dedos \ Quando
você os caminha através da flor quente \ banhando-os em brethbine \ Dedos
entregues entre as dobras \ Mel sustentado nas pontas \ Os meis que abrem a
boca \ bocas saciadas com mel \ Eu abro minha boca com alegria encantada com
você \ Estou procurando a mordida forte \ Eu abro o sexo em sua boca \ Acomodar
o verbo servido \ Eu posso em sua boca minha mordida incitada</span></i><span style="color: black;">. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="color: black;">Poema da
psicóloga e poeta venezuelana </span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">Isabel Salas Domínguez</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PARA ONDE VAMOS A
PARTIR DAQUI</span></b><span style="color: black;"> – [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ah, diz ela gravemente, quando uma
campainha toca ou um telefone toca, simplesmente aproveitamos a oportunidade
para desligar e abandonar todos os nossos planos e emoções - todos os nossos
pensamentos sobre outras pessoas e sobre nós mesmos. Abandonar todas as nossas
percepções humanas?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu pergunto indignado.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nesse caso, o que resta
para nós? Não, diz ela balançando a cabeça, refiro-me apenas à nossa concepção
do mundo. Gosto da maneira como ela pronuncia a palavra “concepção” com seu
sotaque holandês, como se estivesse quente e ela pudesse queimar os lábios. Eu
gostaria de poder falar uma língua estrangeira tão fluentemente quanto você,
digo a ela.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Por favor, diga ‘concepção’
novamente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Explique-me isso.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Qual é a diferença entre
minhas percepções e minhas concepções? Resolutamente, ela vai até um café sob
alguns plátanos cujas folhas lançam sombras decorativas nas toalhas brancas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ela se senta e me olha
com ceticismo, como se avaliasse se sou inteligente o suficiente para merecer
uma resposta.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Na maioria das vezes, diz ela,
formamos uma opinião sobre as coisas sem realmente percebê-las. Ela aponta para
uma senhora idosa andando pela praça carregada de sacos plásticos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Por exemplo, ela
continua, eu olho para aquela mulher e penso: Como ela tem as pernas arqueadas
e aquela saia!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Uma cor medonha e curta demais para
ela.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ninguém deveria usar saias curtas nessa idade.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Minhas pernas ainda são
boas o suficiente para saias curtas?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu costumava ter uma
saia azul.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Onde está, eu me pergunto?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu gostaria de estar
usando aquela saia azul.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Onde está, eu me pergunto?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu gostaria de estar
usando aquela saia azul agora.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mas se eu fosse como
aquela mulher ali... Ela apoia a cabeça nas mãos e me olha com brilho nos
olhos. Eu ri. Na verdade, não “percebi” a mulher, diz ela, apenas pensei nas
saias, nas pernas e no processo de envelhecimento.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Sou prisioneiro das
minhas próprias ideias – em outras palavras, das minhas concepções.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Veja o que quero dizer?
Eu digo que sim, mas diria sim para uma série de coisas quando ela me olha
desse jeito.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Uma garçonete da idade de Franka
anota nosso pedido.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ela está usando um suéter branco de
crochê sobre os seios enormes e um avental branco bem amarrado em volta da
barriguinha proeminente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Suas sandálias com sola plataforma,
que lembram cascos, dão-lhe uma aparência desajeitada de potro. Agora é a sua
vez, diz Antje. Adolescente francês, eu digo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Provavelmente foi
intimidada para deixar de fazer um aprendizado e trabalhar no café dos pais.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Sonha em ser
esteticista. Não, protesta Antje, isso não serve.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você tem que dizer o que
realmente está passando pela sua cabeça. Eu hesito. Vamos, quinta-feira. Eu
suspiro. Por favor, ela diz. OK, mas não assumo nenhuma responsabilidade pelos
meus pensamentos. Negócio! Mamãezinha sexy, eu digo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Peitos lindos, provavelmente
fáceis de transar, não recusariam alguns francos por um suéter novo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ela certamente se
sentiria bem e gritaria Maintenant, viens!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Aquela música da Jane
Birkin, não ouço há anos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu me pergunto o que Jane Birkin
está fazendo atualmente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ela costumava ser a mulher dos meus
sonhos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mesmo assim, tenho certeza de que aquela garota não gosta de homens alemães
e, além disso, eu poderia facilmente ser o pai dela, tenho uma filha da idade
dela.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu me pergunto o que minha filha está fazendo neste momento... Eu seco.
Ufa, eu digo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Desculpe, essa era minha cabeça, não
eu. Antje acena com a cabeça satisfeita.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ela se inclina para trás
e suas tranças ficam penduradas nas costas da cadeira.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nada nos atormenta mais
do que a cabeça, diz ela, fechando os olhos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você tem que reconhecer
que os budistas têm o dom de se desligar. É simplesmente maravilhoso</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span style="color: black;">[...]. Trecho extraído da obra <i>Where Do We Go From Here?</i> (<span class="a-list-item">Bloomsbury, 2002), da </span></span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">escritora
e cineasta alemã </span></span><b><span style="color: black;">Doris Dörrie. </span></b><span style="color: black;">Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/03/antigona-de-sofocles.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">O SACRIFICIO DE
NARCISO</span></b><span style="color: black;"> – [...] <i>Longe do amor próprio Narciso
continua o destino do amante Aminias</i> [...] <i>Embora dói admitir, o desejo
e o amor dependem não apenas de mecanismos diferentes, mas opostos</i> [...] <i>A
crueldade, embora seja perturbadora admiti-la, </i><em><span style="font-style: normal;">está</span></em><i> intrinsecamente ligada à vida</i>
[...] <i>Quando termina a guerra do desejo começa a paz do amor</i> [...] <i>a
confiança amorosa interrompe o impulso curioso e possessivo do desejo e deixa a
alteridade ser</i> […] <i>o desejo e o amor trabalham com lógicas opostas</i>
[...]. Trechos extraídos da obra <span class="a-size-extra-large"><i>El
sacrificio de Narciso</i> (</span><span class="a-list-item">Punto de Vista, 2020),
da filósofa e escritora argentina </span></span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">Florencia Abadi</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">, que noutra obra, </span></span><i><span style="color: black;">O Nascimento do Desejo</span></i><span style="color: black;"> (Pólvora, 2023),
expressa: [...] <i>Não desejamos o que queremos, o que nos é conveniente, ou o
que nos dá bem-estar ou felicidade. O desejo se impõe fora da vontade e nos
deixa na dolorosa situação de nos defendermos dele inutilmente</i> [...]. Dela
a frase: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O narcisista acredita que não atingir o ideal é uma humilhação</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">.</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">TRILOGIA PALMARES
DE VILMAR<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHsRQtJkFc7SGdy20-ONq6SHfAm5PGqlr3ovkxO06NK8NITmhp7dndRwyfzs0VM4ZgVf0WUVjhknUkRE3BQPnaKAw1My0BzXXtNRWoocpUKjG0aw0Aa3Xfo8XpCNKmyhFmA0BD_cw6T_IldtX3Z4F9Bz21fvivKV3gycu_ui2PXCbtCcC1XJacIQ/s533/X1%20VILMAR%20LIVROS.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="533" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHsRQtJkFc7SGdy20-ONq6SHfAm5PGqlr3ovkxO06NK8NITmhp7dndRwyfzs0VM4ZgVf0WUVjhknUkRE3BQPnaKAw1My0BzXXtNRWoocpUKjG0aw0Aa3Xfo8XpCNKmyhFmA0BD_cw6T_IldtX3Z4F9Bz21fvivKV3gycu_ui2PXCbtCcC1XJacIQ/s320/X1%20VILMAR%20LIVROS.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">A viagem do afeto
de partir e voltar é a linguagem rememora</span></i><span style="color: black;">...<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho do poema <i>Bagagens</i>,
extraído da obra <i>Ruína e alfabeto: poemas acima da decadência</i> (CriaArte,
2023), do poeta e professor <b>Vilmar Carvalho</b>, autor das obras <i>Tirinetes
e Espelhos: poemas da cidade pequena</i> e <i>Casa Imemorial: poemas da casa
imemorial</i>, todos recém lançados. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/08/ines-bogea-joao-do-rio-biblioteca.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/11/ezra-pound-luchino-visconti-elizabeth.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/12/mayim-bialik-lydda-franco-farias-martha.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq1iVbniRt8Z8tru1ZypUtE8pNtdiIl43xNLiesDvgv3d8TeuiiCGez7T46aYIfQZWosIBB_IYZScBIOplmUd4cuFW6Ri2Ji7UjgU9ByWCngxuTshweVU7KGTAaPkqX1e-XRIZyhXJ8q9lkOWTqrA56I-v4z_hTYdNCb3YBSy4DsJ3wSmw_dRe6Q/s2329/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq1iVbniRt8Z8tru1ZypUtE8pNtdiIl43xNLiesDvgv3d8TeuiiCGez7T46aYIfQZWosIBB_IYZScBIOplmUd4cuFW6Ri2Ji7UjgU9ByWCngxuTshweVU7KGTAaPkqX1e-XRIZyhXJ8q9lkOWTqrA56I-v4z_hTYdNCb3YBSy4DsJ3wSmw_dRe6Q/s320/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-1545843827063746862023-12-27T18:27:00.005-03:002023-12-27T18:27:39.808-03:00MAYIM BIALIK, LYDDA FRANCO FARÍAS, MARTHA BATALHA, MUSGOS & LADAINHAS<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOg3tz6o1q9UcG1L4m1L8vrm6qaNerJZ6M34L_Px83EDiz0RMmoLjOFePr6FkhkK8hf_wPDCKadwLul-0hx546_EUjlKXqZ9RjRTj30RqebYJtOQpaEKjfnrDSVHjETxWh5KVNb8uhZQ_-IILvq-RSm-NerG3DVa_qCwvdyH4mIb2CKtKqFbm8LA/s3480/ARTLAM%20BRASINDAFRO1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2499" data-original-width="3480" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOg3tz6o1q9UcG1L4m1L8vrm6qaNerJZ6M34L_Px83EDiz0RMmoLjOFePr6FkhkK8hf_wPDCKadwLul-0hx546_EUjlKXqZ9RjRTj30RqebYJtOQpaEKjfnrDSVHjETxWh5KVNb8uhZQ_-IILvq-RSm-NerG3DVa_qCwvdyH4mIb2CKtKqFbm8LA/w400-h288/ARTLAM%20BRASINDAFRO1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;">Ao som dos álbuns Home Grown (Minor Music, 1985), Open on All Sides in
the Middle (Minor Music, 1986), Twylight (Minor Music, 1989), Timeless
Portraits and Dreams (Telarc, 2006), Flying Toward the Sound (Motéma, 2010) e A
Child Is Born (Motéma, 2011), da pianista, compositora e educadora de jazz
estadunidense, <b>Geri Allen</b> (1957-2017).<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PELE BRASINDAFRO...
- </span></b><span style="color: black;">A cada dia vivo como quem caiu do céu nos
cafundós de não sei quantos rincões. A pisada à paisana pelo piso falso me dá a
sensação de quem foge pra longe sob o zunzunzum de gemínidas na cacunda franzina
e aguentando Sol e lapadas da vida, quando o meu desejo era só voltar pra casa.
Quem passa, quando não me enxerga, se faz de escárnio e sequer me reconhece. E
se lhe peço informação: não sei, pergunte por aí. Vejo quem vem, mesmo quem não
me queira ver a face. E também pergunto: Não sei, deve ser por aí. Valho-me,
vez em quando, do socorro apressado de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/no-na-garganta-jan-claudio-eduardo.html" target="_blank">Ouida</a>: </b></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Conheço mil bandidos;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">mas nunca conheci alguém
que se considerasse assim.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O autoconhecimento não é tão
comum... Tire a esperança do coração do homem e você fará dele um animal predador</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Sei disso porque não
é à toa que há nas cercanias um exército </span></span><span style="color: black;">de forças espaventosas
que se faz inimigo de seu próprio lugar e gente. É fácil distingui-lo, servem aos
mesmos que dão e tornam a tomar como se tivessem quepes prepotentes, com todos
os cadeados de mando e morte. Não é fácil e retomo a caminhada porque <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/patricklouth-poesia-veio-dos-deuses-eis.html" target="_blank">Emily Carr</a></b> arrepia meu íntimo: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A arte sendo muito maior do que nós mesmos, não vai
desistir uma vez que tomou conta</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Não mudou de assunto, percebia,
então ao ouvir alguém falar de </span></span><span style="color: black;">Monã ao criar todas
as coisas e o que estava no coco de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/08/tagore-lezama-shostakovich-malebranche.html" target="_blank">tucumã</a></b> da Cobra Grande, mostrava, ao
mesmo tempo, o voo do <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/02/sou-da-terra-alma-caete.html" target="_blank">cajubi</a> </b>com os raios e trovões de Tupã. Era Ano
Novo. E se tudo que ouvi era um aviso, com certeza, esquecido estava porque nunca
foi para assustar a nossa santa ingenuidade. Importava a festa para uma história
que seria contada pras farras de celebração hedonista, nada mais. Menos pra mim
porque <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/no-na-garganta-jan-claudio-eduardo.html" target="_blank">Patti Smith</a></b> jamais deixaria<b>: </b></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu amei livros durante toda a minha
vida.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não há nada mais bonito em nosso mundo material do que o livro</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... E mais ficava cônscio
pela dor do saber – ah, como dói! Uma coisa disso ficou por certo: ninguém ficaria
impune! Amanhã chegou logo e já se fez presente, ninguém percebia e sei disso
porque sou <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/troco-bulindo-nas-catracas-do-quengo.html" target="_blank">brasindafro</a></b>. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM POEMA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ6F2Jpc2JFBd1xXxi6RBAzhWTD5Ho4B1uiiNQCDS4pu32g4SqnmFWnlu0BXfXp-Qj13e7FEtdCSQPPI5Fn4-fJae7X64GryiZVociL5NBt2IZABI0stfd_JG-Q_TyTaWXy_4Y7toIoNM2PulAKC-yljo60j8ByyHywC5Dqcj0cfdwSXPM9LizXg/s3480/ARTLAM%20BRASINDAFRO2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2511" data-original-width="3480" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ6F2Jpc2JFBd1xXxi6RBAzhWTD5Ho4B1uiiNQCDS4pu32g4SqnmFWnlu0BXfXp-Qj13e7FEtdCSQPPI5Fn4-fJae7X64GryiZVociL5NBt2IZABI0stfd_JG-Q_TyTaWXy_4Y7toIoNM2PulAKC-yljo60j8ByyHywC5Dqcj0cfdwSXPM9LizXg/s320/ARTLAM%20BRASINDAFRO2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Não nasci
para ocupar um espaço e nada mais. \ Não sei qual será a minha participação. \ Tive
que ser mulher e não me queixo, \ tive que cair na humidade do tempo, \ na
secura inóspita das estradas \ mas aqui estou \ entre escombros e desperdícios.
\ Destrua minha epiderme ressentida, \ destrua meus sonhos, minha alegria, \ me
aniquile \ mas não tente me punir \ porque um dia eu apareci na terra \ e tinha
voz e gritei \ e tinha fronteiras e não queria acordar sem eles \ e eu tínhamos
armas e ali estão \ delineados, imóveis, ranzinzas</span></i><span style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poema da
poeta venezuelana <b>Lydda Franco Farías</b> (1943-2004). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/03/conversa-de-pe-do-ouvido.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">A VIDA
INVISÍVEL DE EURÍDICE GUSMÃO</span></b><span style="color: black;"> – [...] <i>Afundava a cara nos livros e se
perdia em histórias. Quando levantava a cabeça achava tudo muito horrível, e
sumia de novo, dentro de um livro qualquer</i>. [...] <i>Tudo errado, ele
pensava, e quanto mais sabia sobre o mundo mais raiva ele sentia. Preconceito,
pobreza, a falta de um pai, a vida dura das mães, todas essas coisas formavam
as duas pontas de um mesmo barbante, que na época ele só sabia que estavam
ligadas por intuição</i>. [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eurídice estava desrespeitando um dos princípios básicos do Estatuto do
Vizinho, que afirmava que a felicidade de um grupo só é possível quando todos
desse grupo são iguais, desde o tamanho da conta bancária até as aspirações</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>A</i></span></span><i><span style="color: black;">lguns livros foram
acrescentados por Antenor, que comprava livros como quem compra lanternas: é
bom ter em casa os maiores pensadores do mundo, para se um dia precisarmos
deles</span></i><span style="color: black;">. [...] <i>Nessas horas perdidas ela podia sentir a
solidão se transformar em angústia, a angústia se transformar em loucura e a
loucura sussurrar-lhe calma e firme: Um dia eu te pego, um dia eu te pego, um
dia eu te pego</i>. [...] <i>Depois que o português renegou a filha
arrependeu-se profundamente, desse jeito português de se arrepender, que implica
não deixar ninguém nunca descobrir sobre o arrependimento</i>. [...] <i>Quando
tocava podia acertar todas as notas, podia fazer a melodia perfeita. E por que
a vida não podia ser também assim? Por que não podia fazer o que queria, por
que não podia dizer tudo o que pensava, por que não podia tocar até exaurir
seus dedos e cansar seus lábios, até não ter que pensar em nada? Quando tocava
existiam apenas ela e a flauta, e aquele era um mundo perfeito, por ser um
mundo pequeno </i>[...] <i>Se Eurídice queria casar? Talvez. Para ela o
casamento era algo endêmico, algo que acometia homens e mulheres entre dezoito
e vinte e cinco anos. Tipo surto de gripe, só que um pouquinho melhor</i>. [...]
<i>Naquele momento Eurídice aprendeu que alguns olhares são diferentes de
outros, e que existem olhares capazes de modificar a gente não só por dentro
como também por fora, porque agora não havia meios de ela encontrar uma posição
confortável na cadeira</i>. [...] <i>Esta é a história de Eurídice Gusmão, a
mulher que poderia ter sido</i>. [...]. </span></span><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Trechos
extraídos da obra </span><i style="font-family: georgia; font-size: x-large;">A Vida Invisível de Eurídice Gusmão </i><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">(Companhia das Letras,
2016), da escritora e jornalista </span><b style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Martha Batalha</b><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">ALÉM DO
SLING</span></b><span style="color: black;"> – [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">as mulheres ajudaram as mulheres a dar à luz, e há um apoio que um
treinador de trabalho de parto treinado pode fornecer que muitos parceiros
podem – e devem – não.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O
trabalho de parto pode prosseguir mais lentamente quando sua adrenalina está
mais alta do que deveria, e um parceiro pairando sobre você pode fazer sua
adrenalina disparar.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Isto não
se deve apenas ao fator de observação, mas também às complexas relações
emocionais e psicológicas que estabelecemos com os nossos parceiros;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">expectativas, percepções
preconcebidas sobre comportamento e apoio, e até mesmo conflitos não resolvidos
podem inconscientemente chegar ao seu cérebro durante o trabalho de parto, e às
vezes podem ser transferidos diretamente para o colo do útero, fazendo com que
ele feche quando você deseja que abra! </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="color: black;">[...]. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">Trecho
extraído da obra </span></span><i><span style="color: black;">Beyond the Sling: A Real-Life Guide to
Raising Confident, Loving Children the Attachment Parenting Way</span></i><span style="color: black;"> (</span><span class="a-text-bold"><span style="color: black; mso-themecolor: text1;"></span></span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Gallery Books, 2012), da atriz, escritora e
neurocientista estadunidense </span></span><b><span style="color: black;">Mayim Bialik,</span></b><span style="color: black;"> que também
se expressa: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como a
maioria das mulheres reais, eu não era uma coisa;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu era muitas coisas diferentes...</span></i></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">ENEÁGONOS DE MUSGOS
& LADAÍNHAS AZUIS<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjydkAzz3VYIXQnPmfdEFSApK5xBC4aDsdnH3SMJPYSSFBeSJ15ujtnnHrbvvMLB0v4oSwnL8XxiExvkDHHjW8cAuUO2LFlzsqhgM-EDLIDy6AFElbd98A2TA6WdkevpXCxo2xllyL6LcGs01MO36w4OB_9ShZpRm0JAkpG85mQHU7svA823QrSyg/s2412/VCA%20ENEAGONOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2412" data-original-width="1704" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjydkAzz3VYIXQnPmfdEFSApK5xBC4aDsdnH3SMJPYSSFBeSJ15ujtnnHrbvvMLB0v4oSwnL8XxiExvkDHHjW8cAuUO2LFlzsqhgM-EDLIDy6AFElbd98A2TA6WdkevpXCxo2xllyL6LcGs01MO36w4OB_9ShZpRm0JAkpG85mQHU7svA823QrSyg/s320/VCA%20ENEAGONOS.jpg" width="226" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Toda alma é
noturna \ em especial a do poeta</span></i><span style="color: black;">...<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho do poema <i>Contrário</i>,
extraído da obra <i>Eneágonos de musgos & ladainhas azuis</i> (CriaArte,
2023), do poeta <b>Vital Corrêa de Araújo</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/birute-mar-kristin-hannah-narges.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/11/paula-einoder-aime-cesaire-sarah.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/12/sinead-gleeson-lewis-gordon-vanessa.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfBI0h8bt3mr5gFpccffsPU2GqQ2I-tdmKAKXzE6e_Lk6kDhWLXhkUMOFF-vnGyjHj84Wui3OtNidbaLg9aUBPktQsvxrmCcbhaMVm2vRJ76fWY-SArDMfqywGd6HTJtkBosH59KBgR9xz8w_igHUdQJzLuxx_obXJ7bWy5KA0lJmk2xV4S8Bl8Q/s2329/COLAM%20TTTTT3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfBI0h8bt3mr5gFpccffsPU2GqQ2I-tdmKAKXzE6e_Lk6kDhWLXhkUMOFF-vnGyjHj84Wui3OtNidbaLg9aUBPktQsvxrmCcbhaMVm2vRJ76fWY-SArDMfqywGd6HTJtkBosH59KBgR9xz8w_igHUdQJzLuxx_obXJ7bWy5KA0lJmk2xV4S8Bl8Q/s320/COLAM%20TTTTT3.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-49979215728977878922023-12-19T17:56:00.002-03:002023-12-19T17:56:20.737-03:00SINÉAD GLEESON, LEWIS GORDON, VANESSA MARTÍNEZ RIVERO & PERNAMBUCO<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOUcYIm2zAcQHD_1PVXPxDwuGU7a-mXW3KOlbAKlcJK9Kvwb9OrQCyFXE6m0u7t4O_qjMf3Jw72Wgx3M7dju39XNo22-hj4A0HaYPBkXcraZYQ_GmnMWVpxg5V4AdYyz52HhVQnDZFjhCpzEbtTsodtB80jdc0XBtNAf2_VClfD_6cPg5fZsgBcg/s3048/xARTLAM%20CADERNO%20DE%20TRAVESSIA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2362" data-original-width="3048" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOUcYIm2zAcQHD_1PVXPxDwuGU7a-mXW3KOlbAKlcJK9Kvwb9OrQCyFXE6m0u7t4O_qjMf3Jw72Wgx3M7dju39XNo22-hj4A0HaYPBkXcraZYQ_GmnMWVpxg5V4AdYyz52HhVQnDZFjhCpzEbtTsodtB80jdc0XBtNAf2_VClfD_6cPg5fZsgBcg/w400-h310/xARTLAM%20CADERNO%20DE%20TRAVESSIA.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som dos álbuns
<i>Villa-Lobos</i> (1998), <i>Aurora Luminosa</i> (2005), <i>Alma Brasileira</i>
(2006), <i>Musica Viva</i> (2007), <i>Música Nova</i> (2007) e <i>Família Real</i>
(2007), todos da Orquestra Sinfônica Nacional – UFF, sob a regência da
maestrina <b>Ligia Amadio</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">CADERNO DA
TRAVESSIA</span></b><span style="color: black;">: PRIMEIRO ATO – Escrevo pras minhas
pouquíssimas, duas ou três leitoras, precipitando-me pela primeira ponte, na
qual tirei a catinga do mijo. Durou quatro anos: a descoberta até uma estaca
enfiada dilacerando o coração juvenil combalido. Quantas luas se passaram e eu
rebarbativo ouvindo <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/de-bbb-e-outras-tacadas-no-toitico-do.html" target="_blank">Stephenie Meyer</a></b>: <i>Ninguém te contou ainda? A vida
não é justa</i>... Disso já sabia: a fealdade denunciou minha punição, nunca
reabilitado, subjugado pelo célebre silêncio - e ausência - alheias, desde
menino. Dos perspicazes uma terrível constatação: todos estão tão negativos
que, até quando concordam, falam por litotes. É que a obsessão se tornou a
praga do desejo e este do querer. Ninguém se imagina aos olhos da posteridade...
SEGUNDO ATO – A segunda travessia, eita! Essa durou quase cinquentanos: longeva
nau, nem <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/03/rdio-tataritaritat.html" target="_blank">Odisseu</a></b> foi tão avassaladoramente castigado - do Recife à
Maceió sete mares se confundiam em polvorosa, horizonte de nenhum porto seguro.
Era uma gangorra e eu mais que bumerangue, uma montanha russa pior que os catabís
numa roleta pela Cordilheira dos Andes e nem saia do lugar, boiando, parecia. Consumiu
a adolescência, o tino quase adulto e, avalie, com <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/de-bbb-e-outras-tacadas-no-toitico-do.html" target="_blank">Ray Bradbury</a> </b>ao pé do
ouvido: <i>Temos tudo de que precisamos para sermos felizes, mas não somos
felizes. Alguma coisa está faltando</i>... Tantas, talvez muitas... TERCEIRO
ATO, EX NIHILO – A terceira travessia e nutria zis esperanças. Psiu! Era <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/03/fecamepa_12.html" target="_blank">Berkeley</a></b>:
Seja percebido. E mais me escondia, como se dois passos a mais e a lua saltasse
aos meus olhos amedrontados pelas iterações. Nada benefectivo, seja lá o que
for: o sangue fervia na veia. Estou sempre pulando no escuro de olhos abertos.
Qual a graça disso? O lixo é meu tesouro, a fonte da libertação. Faço da vida a
minha invenção e quando não serve mais reinvento e revivo. E vou tocar fogo no
mundo e em tudo que aparecer pela frente. Surpresa maior foi o que disse <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/a-poesia-de-chico-buarque.html" target="_blank">Linda Woolverton</a></b>: <i>Eu posso deixar minha imaginação ficar louca. Eu apenas
enlouqueço. Então, ao longo dos anos - leva anos para escrever essas coisas,
fazer essas coisas acontecerem - há muitos, muitos, muitos rascunhos</i>... E
nada deu certo: desemboquei na velhice solitária, volição deprimente: era eu o
Velho de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/07/maiakovski-ida-presti-hemingway-felicja.html" target="_blank">Hemingway</a></b>. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">DOIS POEMAS<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAeBkgJHn3wEWKtW87is_jvr1VCOwk-F7aXIlePUAogo01xqsffGG6JB9ugkWRBX8lh-vt5W30u-x-tXB1cjitog5C1KhAhL7tv1REEQhgDkvo_saCDiBbzsbkwrQg2fjiHNe7PpXrLwFx6mVVMZ3GN8ny6kcx5Mb-bfzL505u7NnVPvvFziP4Lg/s3316/xARTLAM%20CADERNO%20DE%20TRAVESSIA2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3316" data-original-width="2170" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAeBkgJHn3wEWKtW87is_jvr1VCOwk-F7aXIlePUAogo01xqsffGG6JB9ugkWRBX8lh-vt5W30u-x-tXB1cjitog5C1KhAhL7tv1REEQhgDkvo_saCDiBbzsbkwrQg2fjiHNe7PpXrLwFx6mVVMZ3GN8ny6kcx5Mb-bfzL505u7NnVPvvFziP4Lg/w261-h400/xARTLAM%20CADERNO%20DE%20TRAVESSIA2.jpg" width="261" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.
<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">RASTEJAR - Eu
gostaria de ir com os fantasmas sobre os quais a nação caiu sobre eles, \ mas
eu me cerquei de fogo \ eu não posso \ simplesmente \ ser mais que um
lança-chamas. \ Minha longa cauda tem que abrir \ apenas um caminho para a
fronteira, \ para esta rota criminosa onde \ meu fluxo do Pacífico. \ Não
confio na extensão de arenques fantasmagóricos que engoli, \ Eles estão
doentes, com frio, \ preenchido com o sangue de cereja que meus mortos comeram.
\ Não confio, \ É por isso que tenho que seguir o alcatrão no Vulcano \ perto
do sol do porto. \ Vou mudar de pele e beber do mar. \ Vou esticar meu lombo. \
Vou brincar com os barquinhos e colocar fogo em suas velas. \ Então seus
excitados liliputianos narcotizarão minha alma. \ Eu serei o show da semana, </span></i><span style="color: black;">\ a <i>batida de circo</i> <i>do seu céu vai me esgotar \ e eu fugirei \
imitando minha casa em extinção, \ onde escondi meus meteoritos inebriantes. \
Aqui estou eu, o último da minha maldita casta, \ aquele que prevê suas perdas,
\ que prevê \ deles \ perdas \ branco</i>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">UMA MORTE - Uma
morte \ ele é um homem morto, \ muitas coisas são. \ Muitas coisas ainda devo.
\ Contemple sua geada desaparecendo em corpos felizes. \ Ele se desfigura na
memória daqueles que ama, \ Perde a palavra inútil quando é habitada. \ Passarinho
no bico, \ perna de chifre \ banhado em óleo, \ mar de aniquilação, \ de
automóveis rudimentares \ e coração ortopédico. \ Ele manca pensando na
vertigem, tantas vezes amada. \ Os mortos são reinventados \ em cada palavra
negada. \ Eles reciclam uma asa como um braço, \ para sacudir sua geada
ilusória. \ Eles cantam a temporada para nós \ do nosso próprio abraço</span></i><span style="color: black;">. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemas da
escritora, atriz e artista multidisciplinar peruana <b>Vanessa Martínez Rivero</b>,
autora dos livros <em>A filha do açougueiro</em>
(2007), <em>Couraça</em> (2009), <em>Carne</em> (2012), <em>Cartografias da carne</em> (2012), <em>Redondo</em> (2015) e <em>Um terceiro olho para o tempo da tristeza</em>
(2018). <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">CONSTELAÇÕES</span></b><span style="color: black;"> - [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O derramamento de sangue tem sido historicamente visto como um ato de
heroísmo masculino: desde brigas pelo direito de passagem até esportes de
contato e combate.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eventos infrequentes e aleatórios
vistos como marcos independentes;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">histórias para contar
depois que a dor - e o tempo suficiente - passar.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O sangramento feminino é
mais mundano, mais frequente, mais complicado, apesar de sua existência ser a
razão pela qual toda vida começa </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Todo mundo está atordoado.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Gritando
silenciosamente, fazendo infinitas xícaras de chá.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O luto é perplexidade.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O luto está circulando
pelas salas e conversando com parentes não identificados.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O luto é uma dor de
cabeça permanente e um nó no estômago.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O luto é um momento de
lentidão, de olhar para estranhos na rua e pensar 'como você pode agir como se
nada tivesse acontecido?'.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A tristeza é ficar com raiva porque
o sol ainda está brilhando, sorrindo no céu</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>O cabelo tem
sido usado para definir as mulheres racialmente, sexualmente e religiosamente.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Isso as transforma em
tentadoras: representa uma troika de feminilidade, fertilidade, fodabilidade </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Os livros que lemos
pela primeira vez são aqueles que nos afetam indelevelmente.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Os personagens se sentem
mais próximos de pessoas reais, que simplesmente vivem em outro tempo e lugar</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>A doação de
sangue é aquela ocorrência rara e descomplicada de uma boa ação altruísta</i>.
[...] <i>O corpo físico – a coleção visível de ossos e pele que apresentamos ao
mundo – não pertence totalmente ao seu dono se o útero dentro dele contiver uma
gravidez não planejada ou indesejada.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Existem todos os tipos
de pessoas prontas para fazer fila e lembrar isso a uma mulher</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Comprometer-se
com a escrita, ou com a arte, é comprometer-se com a vida.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Um prazo auto-imposto
como meio de existência continuada.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Levei muito tempo para
escrever esse livro e aqui estou, muito longe daquela noite horrível </span></i></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Constellations: Reflections From Life</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Ecco, 2020), da escritora irlandesa </span><b>Sinéad Gleeson</b>.
<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PENSAMENTO</span></b><span style="color: black;"> - <i>Se
passarmos um ambiente insustentável para nossos filhos, falhamos com eles. </i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O direito de ter o nosso ambiente
protegido para o benefício das gerações presentes e futuras é o nosso direito
humano mais importante... </span></i></span><i><span style="color: black;">Não há nada mais poderoso do que a mente
inventa. </span></i><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Agora, o
que estamos explorando são todos os limites do esforço humano.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não é físico – está tudo na
cabeça... Ir contra a maré nunca foi difícil para mim.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não foi nem uma decisão consciente,
mas a consequência natural de seguir meu próprio instinto... As alterações
climáticas são o Everest de todos os problemas, o desafio mais espinhoso que a
humanidade enfrenta... Aprendi duas lições básicas no Everest.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Primeiro, só porque algo funcionou
no passado não significa que funcionará hoje.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Em segundo lugar, desafios
diferentes exigem mentalidades diferentes</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Pensamento do filósofo jamaicano </span></span><b><span style="color: black;">Lewis R</span></b><b><span style="color: black;">. Gordon</span></b><em><span style="color: black;">, que atua
como chefe do Departamento de Filosofia da Universidade de Connecticut atuando
como uma </span></em><span style="color: black;">das grandes autoridades atuais nos temas relacionados ao
racismo. </span><span lang="EN-US" style="color: black;">É autor de obras como <i>Bad
Faith and Anti-black Racism</i> (Atlantic Highlands, 1995) e <i>Fanon and the
Crisis of European Man</i> (Routledge, 1995), além dos estudos <i>Through the
Zone of Nonbeing: A Reading of Black Skin, White Masks</i> (2005) e <i>What
Fanon Said: A Philosophical Introduction to His Life and Thought</i> (2015).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">PERNAMBUCO<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgerTSuPpmtjWm8Juu2QuLg5qbYhkJ8_WOSfs9IMfZAt8op7c_RVGnWf8v5W0tUzck-CHotOmn_wkuOs5wnVuwqCR4p_uqTIbDhEdvm945qibGwUMsQt5fm9KJPeWmgyhSe7fTvEvamD9Ei7jzxDJzFTp8ZfAJ9l6dLl2W30VtMnfEowFsuNJuD1A/s2721/PERNAMBUCO%20livro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2721" data-original-width="1897" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgerTSuPpmtjWm8Juu2QuLg5qbYhkJ8_WOSfs9IMfZAt8op7c_RVGnWf8v5W0tUzck-CHotOmn_wkuOs5wnVuwqCR4p_uqTIbDhEdvm945qibGwUMsQt5fm9KJPeWmgyhSe7fTvEvamD9Ei7jzxDJzFTp8ZfAJ9l6dLl2W30VtMnfEowFsuNJuD1A/s320/PERNAMBUCO%20livro.jpg" width="223" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>como
ocorre com as imagens nos retratos, à margem do que somos e viremos a ser, os
indivíduos sobrevivem. Nesse sentido, capturados pelo olho da câmera, os contadores
de história passaram a habitar a dimensão de um tempo que não morre.
Eternizaram-se</i> [...].<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho do
prefácio <i>Pernambuco, memória do povo</i>, escrito por Fernando de Mello
Freyre, extraído do volume <i>Pernambuco – Contos Populares Brasileiros</i>
(Fundaj/Massangana, 1994), organizado por <b>Roberto Benjamin</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/04/cora-coralina-milorad-pavitch-cassi.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/06/machetes-do-dia-outras-sacadas.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/12/espinosa-luiz-gonzaga-chaui-adelia.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/12/sophie-kinsella-lucia-saornil-anne.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfdVPqDCxYPbN9M3D7rV5qR5xisy2RGVA4VY8rHNV_PCvihMds6WjTqN_B2CP1PpmypeWEb6k7_6H8n5-hAOgie4cF_9nmYatiW9jBB23r5h4Txhzb4Xo6VObaKUSoMVyy_WaQMYTM4tkDbb2cmQyOXhyphenhyphen7-13BJQFpyhx6P6EPXG78B7-VHbOCVQ/s2329/COLAM%20TTTTT2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfdVPqDCxYPbN9M3D7rV5qR5xisy2RGVA4VY8rHNV_PCvihMds6WjTqN_B2CP1PpmypeWEb6k7_6H8n5-hAOgie4cF_9nmYatiW9jBB23r5h4Txhzb4Xo6VObaKUSoMVyy_WaQMYTM4tkDbb2cmQyOXhyphenhyphen7-13BJQFpyhx6P6EPXG78B7-VHbOCVQ/s320/COLAM%20TTTTT2.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-28941942229564605382023-12-12T17:54:00.001-03:002023-12-12T17:54:10.315-03:00SOPHIE KINSELLA, LUCÍA SAORNIL, ANNE CONWAY & BESTA FUBANA <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Y80Sp7A-hXeH7rFZO06Tu6YjJcgKCZfMhAny89wMy4a3nqUAIbaGuUN7BjCxqKfNQMkqgLO7VpjySkIVQFvm5DIvNyLIrEep-yQOQnAFX-t-j6jwECBSYw_ETS4X8sQJYc3To5E3v6CBkEmsyYJ1F5g8ikdulBvysQudCyOu7C6CZtDqB4TGVQ/s3493/ARLAM%20ENTRE%20OBSESS%C3%95ES1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2485" data-original-width="3493" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Y80Sp7A-hXeH7rFZO06Tu6YjJcgKCZfMhAny89wMy4a3nqUAIbaGuUN7BjCxqKfNQMkqgLO7VpjySkIVQFvm5DIvNyLIrEep-yQOQnAFX-t-j6jwECBSYw_ETS4X8sQJYc3To5E3v6CBkEmsyYJ1F5g8ikdulBvysQudCyOu7C6CZtDqB4TGVQ/w400-h285/ARLAM%20ENTRE%20OBSESS%C3%95ES1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som do premiado
álbum <i>Erosão</i> (Risco\Fun In The Church, 2021), da baterista, cantora e
compositora <b>Mariá Portugal</b>, uma expoente da musica experimental e fundadora
do Quartabê – grupo formado por Maria Beraldo, Joana Queiroz e Chicão
Montorfano<b>.</b> <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">ENTRE OBSESSÕES,
IMPOSTURAS & COMPULSÕES</span></b><span style="color: black;">... - Era a cidade feita de
palavras ubíquas às diegeses insones. O que mais de assombroso quando se parecia
um dia azul, outro nem tanto e a estupefação de nunca se saber como começou. Havia
quem decodificasse algaravias ocultas, diziam das conversas de defuntos. O pior
era um quase terror: as pessoas perderam a amabilidade e se empurravam umas às
outras, e era para me escantear enrolado na trama da <i>Trilogia da Estrada</i>
de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/vote-indagorinha-coisas-de-antonte-e.html" target="_blank">Wim Wenders</a></b>. O que de mim quase nada mais restou, apenas fruir dela Marion
como se fosse radiante <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/10/lou-salome-cummings-khaterine-mansfield.html" target="_blank">Lou Salomé</a></b>, uma trapezista nas <i>Asas do Desejo</i>
e um verso de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/12/rilke-christa-wolf-martha-lorber.html" target="_blank">Rilke</a></b>: <i>Uma única coisa é necessária: a solidão... O
amor consiste nisso: dois solitários que se encontram, protegem e se
cumprimentam</i>... Graças a não sei quem havia a remissão à beira do rio: um
elogio à imanência, entre o desvelar dos simulacros e a penitência. E a vida uma
girândola com todos os fogos de artifícios atordoantes, para saber de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/02/goldoni-sophie-scholl-rabinovitch.html" target="_blank">Adélia Prado</a></b>: <i>Dor não tem nada a ver com amargura. Acho que tudo que acontece é
feito pra gente aprender cada vez mais, é pra ensinar a gente a viver.
Desdobrável. Cada dia mais rica de humanidade</i>... Tudo então nos dividia e a
divisão nos complementava – o contrário nos completava. A vida realizou a morte
e quase nem se soube quandera manhã ou tarde, tanto faz, até a mesmice surpreendia,
porque a sorte era só um aceno; a existência, uma lembrança. Então ali a praça fundiu
casulos e conchas praquela rua que vai nem sei pra onde, porque nunca mais
circos, só um monte púlpitos itinerantes, tudo muito chato, idolatria e o quão
tedioso. Impotente, não havia dinheiro algum, não tinha nada, a doença do vazio
– onde o tempo, qual espaço –, palimpsestos dos escarnecidos pecados
incontáveis. Foi preciso </span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/saude-da-mulher.html" target="_blank">Ella Baker</a></span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">: <i>Uma das coisas que temos que
enfrentar é o processo de espera para mudar o sistema, o quanto temos que fazer
para descobrir quem somos, de onde viemos e para onde vamos... Dê luz e as
pessoas encontrarão o caminho</i>... </span></span><span style="color: black;">Experimentei e tive
consciência de matar a fome, mentir, maldizer, descalçar-me e desmascarar-me o
quanto podia, sorria e chorava, nada mais. No decurso de um tempo qualquer que
nem percebia, aparecia <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/02/glauber-rocha-mary-leakey-geraldo.html" target="_blank">Rodin</a></b>: Olhe pro jardim... E era <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/antonio-gramsci.html" target="_blank">Agnieszka Holland</a></b>: <i>Se você olhar com atenção, o
mundo todo é um jardim.</i><strong><i><span style="font-weight: normal;">...</span></i></strong><strong><span style="font-weight: normal;"> Havia perdido o olhar e o </span></strong>duplo,
nem de mim ali só, nenhuma aura fugitiva por interstícios das rachaduras do impermeável:
o sonho era um filme e a vida, rendi-me ao afeto, afinal sou e sei como existíamos.
Até mais ver.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">HINO DAS MULHERES LIVRES<o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_A9xbt7USLUdpFmBZgUgeVrPOZKSiYWh29yPmuDf3qQMf1kPWt7ewQl2zqdiztpjCoMSXx34t8drj_4P6LvFGVWPZNsr1OZivWUElXuqftebn8f4NTVZJcgVdFE4HT3dwwjb7a_vE8Y9ji7qYxpi98JulO7IISwaCQwkb06OQ4SLuXR1BkPcqZA/s3500/ARTLAM%20ENTRE%20ONSESS%C3%95ES2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2492" data-original-width="3500" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_A9xbt7USLUdpFmBZgUgeVrPOZKSiYWh29yPmuDf3qQMf1kPWt7ewQl2zqdiztpjCoMSXx34t8drj_4P6LvFGVWPZNsr1OZivWUElXuqftebn8f4NTVZJcgVdFE4HT3dwwjb7a_vE8Y9ji7qYxpi98JulO7IISwaCQwkb06OQ4SLuXR1BkPcqZA/s320/ARTLAM%20ENTRE%20ONSESS%C3%95ES2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="color: black;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.</span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Aponte para mulheres em todo o mundo \ para os
horizontes gravídicos de luz \ devido a aceiros, o pé no chão a cabeça não é
azul. \ Afirmar essas promessas dá vida \ Tradição do desafio \ Nós nos
modelamos com argila quente \ de um mundo nascido de dor. \ Que o passado caiu
num lugar nenhum. \ O que nos interessa aqui? \ Queremos escrever de novo. \ Uma
palavra mulher. \ Vá em frente, mulheres do mundo, \ com um ponto elevado para
azul. \ Em fogo quebrado, \ Vá em frente, diante dá luz</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Poema </span></span><span lang="DE" style="color: black;">da escritora, jornalista e líder anarquista espanhola <b>Lucía Sánchez
Saornil</b> (1895-1970). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/a-luta-pelo-direito-de-rudolf-von.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/vote-indagorinha-coisas-de-antonte-e.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="DE" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">À PROCURA</span></b><span style="color: black;"> – [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Acho que percebi que a vida consiste em subir, descer e se levantar
novamente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E não importa se você escorregar.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Contanto que você esteja
indo mais ou menos para cima.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Isso é tudo que você
pode esperar.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mais ou menos para cima</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>O problema é
que a depressão não traz sintomas úteis, como manchas e febre, então você não
percebe isso a princípio.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você continua dizendo 'estou bem'
para as pessoas quando não está bem.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você acha que deveria
ficar bem.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você fica dizendo para si mesmo:
'Por que não estou bem? </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Não será para sempre.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você ficará no escuro o
tempo que for necessário e então sairá</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>A maioria das pessoas
subestima os olhos.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eles são infinitos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você olha alguém
diretamente nos olhos e toda a sua alma pode ser sugada em um nanossegundo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Os olhos das outras
pessoas são ilimitados e é isso que me assusta</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Quanto mais
você se envolve com o mundo exterior, mais será capaz de diminuir o volume
dessas preocupações.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você verá que eles são infundados.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você verá que o mundo é
um lugar muito movimentado e variado e que a maioria das pessoas tem a
capacidade de atenção de um mosquito.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eles já esqueceram o que
aconteceu.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eles não pensam sobre isso.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Haverá mais cinco
sensações desde o seu incidente</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Já enfrentei idiotas
suficientes no meu tempo.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eles nunca percebem que são idiotas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nem uma vez.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Qualquer coisa que você
diga</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Às vezes, espero estar acumulando um estoque de risadas perdidas
e, quando me recuperar, todas elas explodirão em um ataque gigantesco que
durará vinte e quatro horas</i>. [...] <i>Mesmo quando você pensa que se
perdeu, o amor ainda pode te encontrar</i>. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Finding Audrey</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Doubleday Childrens,
2015), da escritora britânica </span><b>Sophie Kinsella.</b> Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/vote-indagorinha-coisas-de-antonte-e.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PRINCÍPIOS
FILOSÓFICOS</span></b><span style="color: black;"> - [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu digo, vida e figura são atributos distintos de uma substância, e como um
mesmo corpo pode ser transmutado em todos os tipos de figuras;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">e como a figura mais perfeita
compreende aquilo que é mais imperfeito;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">assim um mesmo corpo pode ser transmutado de um grau de vida para outro
mais perfeito, que sempre compreende em si o inferior </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Temos um exemplo de figura em um prisma triangular, que é
a primeira figura de todos os prismas triangulares sólidos alinhados à direita,
que é a primeira figura de todos os corpos sólidos alinhados à direita, onde em
um corpo é conversível;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">e deste
em um cubo, que é uma figura mais perfeita, e contém em si um prisma;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">de um cubo pode ser transformado em
uma figura mais perfeita, que se aproxima mais de um globo, e deste em outra,
que está ainda mais próxima;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">e assim ascende de uma figura, mais imperfeita, a outra mais perfeita, ad
infinitum;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">pois
aqui não há limites;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">nem pode
ser dito que este corpo não pode ser transformado em uma figura mais perfeita:
Mas o significado é que esse corpo consiste em linhas retas planas;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">e isso é sempre modificável para uma
figura mais perfeita, e ainda assim nunca pode alcançar a perfeição de um
globo, embora sempre se aproxime mais dele;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">o caso é o mesmo em diversos graus de vida, que têm de fato um começo, mas
não têm fim;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">de modo
que a criatura é sempre capaz de um grau de vida mais avançado e perfeito, ad
infinitum, e ainda assim nunca pode atingir a igualdade com Deus;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">pois ele ainda é infinitamente mais
perfeito do que uma criatura, em sua mais alta elevação ou perfeição, assim
como um globo é a mais perfeita de todas as outras figuras, da qual ninguém pode
se aproximar</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="color: black;">[...]. Trechos
extraídos da obra </span></span><i><span lang="EN-US" style="color: black;">The Principles of the
Most Ancient and Modern Philosophy</span></i><span lang="EN-US" style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Cambridge University Press, 1996)</span></span><span class="a-list-item"><span lang="EN-US" style="color: black;">, </span></span><span lang="EN-US" style="color: black;">da filósofa inglesa <b>Anne Conway</b> (1631-1679),
que na obra <i>Tangled Secrets</i> (<span class="a-list-item">Usborne Publishing,
2015), expressa que: </span>[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ele estava fazendo parecer que eu era forte e corajoso.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ele não percebeu o quão assustado eu
estava por dentro.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como
minha fita estava na minha bolsa.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como eu o encontrei enfiado na parte de trás da minha cama e ainda precisava
dele apenas para passar o dia.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como eu nunca tinha feito nada corajoso em toda a minha vida.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Seus olhos nunca deixaram meu rosto.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">“Se alguém pode entrar naquela sala,
Maddie Wilkins – tarde, ou cedo, ou qualquer coisa – é você. </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="color: black;">[...]. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">Também
noutra de sua obra </span></span><i><span style="color: black;">Forbidden Friends</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Usborne, 2013), também expressa que: </span>[…] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Inclinei-me e, antes que pudesse
mudar de ideia, beijei-o bem nos lábios.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E então me virei e corri pela porta da frente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">“Caramba, Abelha!”</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">ele gritou atrás de mim.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mas quando olhei para trás, ele
estava encostado no batente da porta, sorrindo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nós nos divertimos muito juntos </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ela é o tipo de pessoa que faz cara de corajosa mesmo quando tem vontade de
chorar </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...].
Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/abuso-sexual.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2009/04/jorge-filo-um-poeta-da-porra.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A BESTA FUBANA <o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCfUtUwJ7KTqKbDfrhRQGr4HWDvnudH_FTP_h7-Tep9KN-hxJQPo5slfTAilX514H226jVXKKhE0zDLXPBZ8E5BZvIpb7oSJD9CwxcoQ84MLaLoXMmQfNeFXPZabZb5qrRCVISiN7nSFhg-NCElL4KV6rHahznvznLNbiHpVh-WjimbUrEi2NznA/s2468/BESTA%20FUBANA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2468" data-original-width="1904" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCfUtUwJ7KTqKbDfrhRQGr4HWDvnudH_FTP_h7-Tep9KN-hxJQPo5slfTAilX514H226jVXKKhE0zDLXPBZ8E5BZvIpb7oSJD9CwxcoQ84MLaLoXMmQfNeFXPZabZb5qrRCVISiN7nSFhg-NCElL4KV6rHahznvznLNbiHpVh-WjimbUrEi2NznA/s320/BESTA%20FUBANA.jpg" width="247" /></a></b></div><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">[...] </span><i style="font-family: georgia; font-size: x-large;">A desunião dos bichos era a desunião
deles, empolgados e ambiciosos. A volúpia do poder enxotara o pássaro-guia e os
deixara órfãos de luz e de proteção, entregues à sanha do inimigo</i><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;"> [...].</span><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído da obra O romance da Besta Fubana
(Bagaço, 2019), do escritor <b>Luiz Berto</b>. </span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Veja mais
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/06/dos-bichos-de-todas-as-feras-e-mansas.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/09/novela-perseguida.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/07/vamos-aprumar-conversa-tataritaritat.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/10/hermilo-jessie-boucherett-luiz-berto.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/06/ledo-ivo-geraldo-azevedo-luce-fabbri.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/12/democrito-comedia-berto-fiorese-gorecki.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/07/o-passado-escreveu-o-presente-o-futuro.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/05/dicas-dicas-pra-semana-tataritaritat.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/12/colombe-schneck-alanna-collen-myriam.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIcTZZTm5DLC2o3Ou_D0NN_LeWsNIPkNBAvBlOADZyzR3SoJbAyhqK-A4dm8N1ofx4RKhmju17pwCjb-Pi5YGTX_k_As0js8IBq1nnDA0SPB5qw4zXo3rHgwaKpno_Zgv7089lrl0TCITnrFTPzK0oBQJ27j_TUD90I0K7Ftu0823PDJ-Ok0QIJA/s2329/COLAM%20TTTTT.jpg" imageanchor="1" style="font-family: Georgia, serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIcTZZTm5DLC2o3Ou_D0NN_LeWsNIPkNBAvBlOADZyzR3SoJbAyhqK-A4dm8N1ofx4RKhmju17pwCjb-Pi5YGTX_k_As0js8IBq1nnDA0SPB5qw4zXo3rHgwaKpno_Zgv7089lrl0TCITnrFTPzK0oBQJ27j_TUD90I0K7Ftu0823PDJ-Ok0QIJA/s320/COLAM%20TTTTT.jpg" width="320" /></a><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; mso-themecolor: text1;"><o:p><br /><br /></o:p></span></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-87876574532910080722023-12-06T14:45:00.008-03:002023-12-06T18:17:02.358-03:00COLOMBE SCHNECK, ALANNA COLLEN, MYRIAM SCOTTI, TEJUCUPAPO & ARTE NA USINA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_gKFLaMOWHV8XXwEN5DtqQ84V-wrwYxvtXj4HaypJREbCYfvR1C2Q4_DaD2tNHSM6HWDDbVC18pO28CeUTjFR37zlSUJivCDgbxwir33IgQXzGFum0FHTamDzAAVBGz267b4PTfCkMQmKcDghAAI4dKL2z2NyjCuXffoZQkBvLHrPgy9QJpr-8A/s3493/ARTLAM%20SOUDAPAZEMP%C3%89DEGUERRA1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2485" data-original-width="3493" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_gKFLaMOWHV8XXwEN5DtqQ84V-wrwYxvtXj4HaypJREbCYfvR1C2Q4_DaD2tNHSM6HWDDbVC18pO28CeUTjFR37zlSUJivCDgbxwir33IgQXzGFum0FHTamDzAAVBGz267b4PTfCkMQmKcDghAAI4dKL2z2NyjCuXffoZQkBvLHrPgy9QJpr-8A/w400-h285/ARTLAM%20SOUDAPAZEMP%C3%89DEGUERRA1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;">Ao som dos álbuns <i>A Dog's Purpose</i> (Soundtrack, 2017), <i>Their
Finest</i> (Score, 2017), <i>Ask the river</i><span class="headingsbadges">
(Classical, 2020), </span><i>Godmothered</i> (Soundtrack, 2020) e <i>Beyond the
Screen</i> (Crossover, 2023), da compositora britânica <b>Rachel Portman</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">SOU DA PAZ EM PÉ
DE GUERRA</span></b><span style="color: black;"> – Em minha alma sufocada o apito ancestral.
Era inevitável ouvir os lúgubres ventos ecoando os lamentos de soterrados seculares
das matas devastadas, aruspícios primaveris jamais olvidados pelas indeléveis
andanças. Nada mais restava e se desfazia no mormaço do meio dia daquela sexta
feira no Córrego do Feijão, e um suposto terremoto trazia de longe o lixo
tóxico como se reaparecesse Pompeia sobre Brumadinho no delíquio do tempo. Próximo!
Ouvi ao longe a voz de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/projeto-tataritaritata.html" target="_blank">Dionne Brand</a></b><em>: </em></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Se estou em paz…não é
paz, /está me acostumando com o mal</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Era a dor da mulher deprimida,
vítima de não sei quantas injustiças. Próximo! Seguia só. Não bastasse topar
com o ermo e lá distante coisonazifacistas necrófilos escureciam o céu azul
desatado, infortúnios estradafora e um rio de lama varria Bento Rodrigues do
mapa naquela tarde depois de novembro e ninguém se lembrava mais das enchentes do
Una de 2010. Próximo! Aplaquei um pouco a passada, olhei dos lados e, ao
perscrutar, fui alertado pela </span></span><b><span lang="DE" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/federico-garcia-lorca.html" target="_blank">Christina Rossetti</a></span></b><span lang="DE" style="color: black;">: </span><i><span style="color: black;">É melhor esquecer e sorrir do que recordar e
entristecer-se... O silêncio é mais musical do que qualquer canção</span></i><span style="color: black;">... Próximo! Era como se nunca chegasse a minha vez e as lembranças tomavam
todas as formas corpóreas, próximo! E era como se eu estivesse prestes a ser
despejado, abrigo embaixo da ponte, já que não tinha mais quem amasse e a
companhia de quem parecesse nem mais existir, reduzindo-me a anfitrião de
micróbios, bactérias, fungos, vírus, arqueias e outros sei lá quantos micro-organismos,
perdido nas dimensões quânticas e a vertigem nas asas dos sonhos. Próximo! Havia
alguém por perto, eu sabia, e ela era tal invisível Samantha do <i>Her</i> de
Spike Jonze - um corpo de luz vers&prosa como gotas de chuva escorrendo
poema livre na minha pele suada. Próximo! Já se fazia uma tarde cinza de quase agosto
e ela me chamava: Theodore! Virei-me e pude ver-lhe o último aceno, como se
fosse Mariana a deusa grávida enlameada, inexoravelmente tragada pela estrondosa
tragédia. Quem veria meu lado tristonho e se parecesse divertida a minha aflição:
em minha carne a dor dos mortos dali e dalém. Assim mesmo, ainda ouvia </span><b><span lang="DE" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/dicionario-tataritaritata-o-pai-dos.html" target="_blank">Irene Solá</a></span></b><span lang="DE" style="color: black;">: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Gosto de escrever pensando nas pessoas, porque é
como um presente</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... A voz dela e a v</span></span><span lang="DE" style="color: black;">entania forte nos meus passos perdidos por minas
que são pedras falsas de areias movediças e mais me sentia lixo escorrendo pela
sonda perdida: <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/projeto-tataritaritata.html" target="_blank">Sombras do chão no céu de Maceió</a></b>... Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span lang="DE" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM POEMA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPMp_YRQv1KPNw3rNLcVXMvuVlgRsXpCeTE0Ryh3jkR7T3tlDohbVi9lOYaYEthwcN-_1WGbG3QkoxLlFMFgI0tg0hvBRilvaJoXMLPaU4Omd7Ld7HjsOcsMQ-0ed-D6f-fGRZkSg7BwmML0d001NnCKTGt0mJsWnEVWvrApaqcjqBjrUH09bhuw/s3507/ARTLAM%20SOUDAPAZEMP%C3%89DEGUERRA2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2471" data-original-width="3507" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPMp_YRQv1KPNw3rNLcVXMvuVlgRsXpCeTE0Ryh3jkR7T3tlDohbVi9lOYaYEthwcN-_1WGbG3QkoxLlFMFgI0tg0hvBRilvaJoXMLPaU4Omd7Ld7HjsOcsMQ-0ed-D6f-fGRZkSg7BwmML0d001NnCKTGt0mJsWnEVWvrApaqcjqBjrUH09bhuw/s320/ARTLAM%20SOUDAPAZEMP%C3%89DEGUERRA2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.
<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Como a chuva que
cai p’ra limpar \ Nuvens carregadas que se espremem \ Tantas mulheres chovem
p’ra vazar \ O que um coração quebrado sente. \ Pois que o choro nunca é
fraqueza, \ natureza a cuidar do corpo, \ Levando os rejeitos para longe, \
Devolvendo o sorriso que se esconde. \ Chuva que limpa céu torrencial, \
Lágrimas que lavam a alma triste, \ Aliviam dor exponencial, \ Sem levar em
conta dor que persiste. \ Desafio se há mulher que chova \ Sem transbordar
angustia qu’insiste</span></i><span style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="color: black;">Poema extraído da
obra <i>Mulheres chovem</i> (</span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Penalux, 2020), da escritora </span></span><b><span style="color: black;">Myriam
Scotti</span></b><span style="color: black;">, que também assim se expressa: </span><span class="formatted"><i><span style="color: black;">A gente já sabe o que esperar dos vermes, das
pessoas, não</span></i></span><span class="formatted"><span style="color: black;">.</span></span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span lang="DE" style="color: black;">DEZESSETE ANOS</span></b><span lang="DE" style="color: black;"> – [...]
</span><i><span style="color: black;">Manter a gravidez significaria renunciar. Quero fazer
ciência política, ser jornalista no Le Monde, apresentar o jornal das 20 horas,
ser debatedora no rádio, ler livros proibidos, casar e ter filhos o mais tarde
possível </span></i><span style="color: black;">[...]. Trecho extraído da obra </span><span style="color: black;"><i>Dix-sept ans </i>(Relicário, 2015), da escritora, jornalista e cineasta
francesa </span><b><span style="color: black;">Colombe Schneck</span></b><span style="color: black;">, que expressa: <em>Escrevo porque é através da
escrita que chegamos a uma forma de verdade. Capitulamos, ordenamos,
corrigimos, arrumamos as coisas, há uma espécie de artifício, e ainda assim, é
só por meio da escrita que podemos chegar à realidade. </em><i>Se posso
ser a mulher que sou hoje, foi porque pude fazer um aborto aos 17 anos</i>.
Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/01/projeto-tataritaritata.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">QUANTO DE HUMANOS
SOMOS</span></b><span style="color: black;"> – [...] <i>Com quase 20 mil genes, o genoma
humano</i> [...] <i>Mas esses 20 mil genes não controlam nosso corpo sozinhos.
Não estamos sós. Cada pessoa é um superorganismo, uma coletividade de espécies
vivendo lado a lado, em cooperação, para controlar o corpo que nos sustenta.
Nossas células, embora bem maiores em volume e peso, são superadas à razão de
dez para uma pelas células dos micróbios que moram dentro da gente e sobre
nosso corpo. Esses 100 trilhões de micro-organismos – conhecidos como a
microbiota – são predominantemente compostos por bactérias: seres microscópicos
constituídos de uma só célula. Junto com elas, há outros: vírus, fungos e
arqueias</i>. [...] <i>Os nossos micróbios são importantes para o nosso corpo </i>[...].
<i>Cada um de nós contém comunidades de micro-organismos tão singulares quanto
nossas impressões digitais</i>. [...] <i>Passamos a depender de nossos
micróbios, e sem eles seríamos uma mera fração do que somos</i>. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[...] <i>Tanto como indivíduos quanto na
sociedade como um todo, passamos do frugal ao exagero; do tradicional ao
progressivo; da escassez ao excesso de luxo; da assistência médica precária aos
serviços médicos de excelência; de uma incipiente a uma próspera indústria
farmacêutica; da vida ativa à sedentária; do provinciano ao globalizado; do
fazer-e-consertar para o reformar-se e substituir; do decoro à desinibição</i>.
[...] <i>Muitos pais esperam transmitir o melhor de si aos seus filhos, além de
proporcionar a eles o ambiente mais feliz e saudável possível. O microbioma –
com sua influência genética e um controle ambiental – dá aos pais o poder de
fazer as duas coisas</i>. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[...] <i>Acolher
os micróbios que viajaram conosco por milhões de anos é o primeiro passo para
aprendermos a valorizar o que realmente somos e, no fim, nos tornarmos 100%
humanos</i>. [...] Trechos extraídos da obra <i>10% humano: como os
micro-organismos são a chave par a saúde do corpo e da mente</i> (Sextante,
2016), da bióloga, escritora e zoóloga britânica <b>Alanna Collen</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">FESTIVAL ARTE NA USINA: INOVAR & EVOLUIR<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggkMAoEXQ0yTNusVBzxnwWDpmfsK7qI7HeSLCvPVs6qQDq-JynJA-28GOspS9yVqNHJBO3MACh_V4RimMSk58RRhV6upRc8c3rSuIjTpsAKrftoxVf1-yotXL59WYnfOANhDkSPLRL1IF5T8kvPn277jZRC5y2pl74ObvXMLqiDe0cakEwOjfu5Q/s1080/ARTE%20NA%20USINA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggkMAoEXQ0yTNusVBzxnwWDpmfsK7qI7HeSLCvPVs6qQDq-JynJA-28GOspS9yVqNHJBO3MACh_V4RimMSk58RRhV6upRc8c3rSuIjTpsAKrftoxVf1-yotXL59WYnfOANhDkSPLRL1IF5T8kvPn277jZRC5y2pl74ObvXMLqiDe0cakEwOjfu5Q/s320/ARTE%20NA%20USINA.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">De 7 a 10 de dezembro, na Usina de Arte. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/09/rita-rudner-ingrid-jonker-grace-aguilar.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">TEJUCUPAPO<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7u2zVRqYH1hyphenhyphenWo94s7EFkG2Fzm3qPcZJEgFFgL1oidQcuH8s2xC9TZBVi9jKAoAR4GDNMWN4eXq7FMXMPfN1FOOqlIYLdLa1c_zPeLzrjOluGZqOKDcEp1UFA4uPAdNA_evm-hq6HS_l1q2r68oaWfcQjmyOOPClbTKNu1v88GJfDeWykyUMwrg/s346/tejucupapo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="263" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7u2zVRqYH1hyphenhyphenWo94s7EFkG2Fzm3qPcZJEgFFgL1oidQcuH8s2xC9TZBVi9jKAoAR4GDNMWN4eXq7FMXMPfN1FOOqlIYLdLa1c_zPeLzrjOluGZqOKDcEp1UFA4uPAdNA_evm-hq6HS_l1q2r68oaWfcQjmyOOPClbTKNu1v88GJfDeWykyUMwrg/s320/tejucupapo.jpg" width="243" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Mesmo reconhecido pelo exército como o episódio onde se deu a
primeira participação de mulheres brasileiras em conflito armado, a Batalha de
Tejucupapo toi banida dos livros escolares</i> [...]. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído da apresentação da obra <i>Tejucupapo: história, teatro,
cinema</i> (Bagaço, 2004), organizado por <b>Cláudio Bezerra</b>. Veja mais
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/02/clara-campoamor-cida-pedrosa-george.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/sergio-buarque-de-holanda-raizes-do.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/11/alana-portero-julia-cameron-erik-wright.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="DE" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: DE; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq40F1dbiOPC8BmCE4IPGTC28kFeG3yy9c7P_OgDZADSfmCp915HgI6RXRY9O2Pb34v4ro-pu5nhKK51HwpBI4u4A6LUSAYOJK12aBlASj2FiXSuqu-kFMKr9qlK2EW-EW8LaCNWyHlR_qWgyZ1G16jzZ_noBkv4fw3mMKGQa_WrAYIPgPifkJqA/s2329/COLAM%20TTTTT%20VAMOS%20APRUMAR%20A%20CONVERSA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq40F1dbiOPC8BmCE4IPGTC28kFeG3yy9c7P_OgDZADSfmCp915HgI6RXRY9O2Pb34v4ro-pu5nhKK51HwpBI4u4A6LUSAYOJK12aBlASj2FiXSuqu-kFMKr9qlK2EW-EW8LaCNWyHlR_qWgyZ1G16jzZ_noBkv4fw3mMKGQa_WrAYIPgPifkJqA/s320/COLAM%20TTTTT%20VAMOS%20APRUMAR%20A%20CONVERSA.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-77687265937231730852023-11-28T15:11:00.011-03:002023-12-01T15:40:24.328-03:00ALANA PORTERO, JULIA CAMERON, ERIK WRIGHT, JACI BEZERRA & INDÍGENA DA MATA SUL<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHYA9-w1RGJFpZaeS54UU0lq8qzyhfcL-WMlpmjWDCCyn0SSWVYihd9VttQXE-ozR6f_GdNBUk8OE3vl8zNnu4inrPz3yV5p_k7ScyE9DVNTkCyv22MTe22bHigb038eaaEs_fY41OJ4IXq6H260RPOlmZoW6navV7XwJu9d47SzJI0ksYgP6wnA/s3480/ARTLAM%20ALMACH%C3%83OCAETE1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2473" data-original-width="3480" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHYA9-w1RGJFpZaeS54UU0lq8qzyhfcL-WMlpmjWDCCyn0SSWVYihd9VttQXE-ozR6f_GdNBUk8OE3vl8zNnu4inrPz3yV5p_k7ScyE9DVNTkCyv22MTe22bHigb038eaaEs_fY41OJ4IXq6H260RPOlmZoW6navV7XwJu9d47SzJI0ksYgP6wnA/w400-h284/ARTLAM%20ALMACH%C3%83OCAETE1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;">Ao som de <i>Knell for Orchestra</i> (2018), <i>Run
Run for Orchestra</i> (2017) e <i>Lambda of Life’s Frequency for Orchestra</i>
(2014), da compositora e pianista iraniana <b>Niloufar Nourbakhsh</b>,
fundadora da Associação Iraniana de Compositoras Femininas.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>ALMA DO CHÃO CAETÉ - <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/02/sou-da-terra-alma-caete.html" target="_blank">Sou desta terra</a></b>, como a vitalidade da <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/folia-caete-ascenso-baco-chiquinha.html" target="_blank">folia</a></b>
na <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/11/canto-mapuche-washington-irving-alma.html" target="_blank">alma</a></b> deste chão. Sigo adiante e nenhuma mata há mais. Prossigo passo
suave claudicante na descoberta dos mil nomes de Gaia: um voo perdido pelas
imediações do vulcão de Tonga. Até onde a memória possa alcançar o que ninguém
viu do diário da recorrente queda abissal. Às vistas quantas incertezas com a
face obscura da guerra, o colapso global! Gaza é aqui e em todo lugar. O que
tenho se confunde com as almas penadas erráticas de lá pra cá e vice-versa,
quase nem sei que dia do mês ou ano vindouro: perdi datas e direções, quase sou
levado pelo furacão consumista das luminosas ofertas. Não dá tempo nem para
olhar de lado, quanto mais refletir o que se passa. Escapar, eis a questão. Como
dissera <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/12/saude-no-brasil.html" target="_blank">Alba de Céspedes</a></b>: <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Na
realidade, num determinado momento, cada um de nós muda, torna-se diferente,
uns avançam, outros ficam parados, e enfim partimos em direções opostas, de
modo que já não há encontro, já não há nada em comum</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">... </span></span><span lang="PT">O que respiro é o que</span> ninguém sabe ou nem
queira saber do que se passa aqui ou na Etiópia, em Mianmar, no Iëmen, em
Burkina Faso, na Somália, Sudão, Nigéria ou Síria, ou dos mais de 7 milhões que
sucumbiram à COVID-19. Tudo tão perto e ninguém aí. Todo lugar é outro, não há
explicação. A menos que subitamente me veja diante do <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/03/jung-seferis-vargas-llosa-fito-paez.html" target="_blank">Conselheiro de Canudos</a></b>
ou de um general do exército conduzindo a saúde para a morte de todos,
verdadeiro genocídio. Se não é a mesma coisa, quem escapou sabe de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/12/alyson-noel-francesca-tandoi-roclof.html" target="_blank">Alyson Noël</a></b>: <i>A vida ainda é vida. Ainda é difícil, complicado e mais do que um
pouco confuso, com lições a serem aprendidas, erros a serem cometidos, triunfos
e decepções a serem tidos, e nem todos os dias devem ser uma festa</i>... Ninguém
tem noção do que seja a quinta força da natureza, ou dos múons, a matéria
escura e a infodemia. Para quem se perdeu pelos 7 mares, a lonjura não mais
existe, paradeiro é qualquer ermo. Sim, <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/11/alda-merini-marina-abramovic-zaha-hadid.html" target="_blank">Marina Abramović</a>:</b><span class="rynqvb"> <i><span lang="PT">Porque no final você está realmente
sozinho, faça o que fizer... Quanto mais você pensa sobre a morte e a
mortalidade, mais você aproveita a vida.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Porque
assim você não perde tempo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Você apenas se
concentra</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">... </span></span>E como quem findou as
anotações da zilionésima viagem eu digo: Sim, Mãe caeté do quilombo em que
nasci com a lágrima de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/10/fernando-sabino-nisia-floresta-leon.html" target="_blank">Nísia Floresta</a></b>, <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/12/festa-iii-flimar.html" target="_blank">Malunguinho</a></b> também na <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/06/terra-do-que-sou-vida-que-me-cabe.html" target="_blank">terra do que sou, vida que me cabe</a></b>... Até mais ver. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">UM POEMA<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW3rLbAzNDCGyHHZWK5w9ISpO-uAYJRklDn9FFcYekMWgc02MwvmVl_5V8AEFsFPy5tOfyC4puyXVxRPgbtOD8L6vU-imk2JowM7i0QUEOU3T0pR2K-_oHJ37Cdjk0Nwvds2mcGPgjxmkTBzk0gtIQPt3rZY9lzAqCGBV1HCzSp1-4_TAkemVKrw/s3493/ARTLAM%20ALMACHAOCAETE2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2499" data-original-width="3493" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW3rLbAzNDCGyHHZWK5w9ISpO-uAYJRklDn9FFcYekMWgc02MwvmVl_5V8AEFsFPy5tOfyC4puyXVxRPgbtOD8L6vU-imk2JowM7i0QUEOU3T0pR2K-_oHJ37Cdjk0Nwvds2mcGPgjxmkTBzk0gtIQPt3rZY9lzAqCGBV1HCzSp1-4_TAkemVKrw/s320/ARTLAM%20ALMACHAOCAETE2.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>. <o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>XXVII - </i><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Lembro-me da hora tortuosa da minha vida \ em que fiz as perguntas exatas,
\ momento em que minha carne começou a apodrecer \ e o impostor sorridente
ficará cheio de orgulho \ quem serve as mesas e encha as tigelas \ com trigo
nos dias de festa. \ Esqueci o toque das bochechas de Artemis, \ Esqueci o
formato específico do pescoço florido de Attis, \ Esqueci que tinha a pele
branca. \ No meu diário há apenas um insistente cheiro de madeira e ferrugem, \
também leite azedo e folhas de tabaco, \ também ao sangue infantil, também
lodo. \ Aquela hora torta para abandonar meu gêmeo dourado no porão \ Parecia
uma saída definitiva. \ Na mesma hora quando os grilos desistiram das minhas
noites \ e as pegas começaram a cantar no meu ouvido. \ Eu também esqueci as
bordas das minhas clavículas na frente do espelho, \ naquela hora tortuosa sob
a luz preguiçosa das lâmpadas \ Eu virei tudo de costas. \ Dancei um pas de
deux com a fera; \ o que eu chamo de identidade é uma figura armada com os
restos podres do banquete, \ um espantalho de carne, osso e água, muita agua, \
que se move com a graça de um espantalho e caminha. \ Na hora tortuosa da minha
vida \ Comecei a escrever este poema, com o penúltimo suspiro de um
sobrevivente \ que conheço desde que nasci, \ servir como o último arranhão na
carne pingente de destino, \ como um apoio para alcançar a superfície e grite
ao miserável deus do tempo: \ Filho da puta, ainda estou aqui</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span lang="PT">Poema
extraído da obra </span></span><em>La habitación de las ahogadas</em> (Harpo Libros, 2017), da escritora e
dramaturga espanhola <b>Alana Portero</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>O CAMINHO DO ARTISTA - </b>[...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Em tempos de
dor, quando o futuro é assustador demais para ser contemplado e o passado
doloroso demais para ser lembrado, aprendi a prestar atenção no agora.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">O momento preciso em que eu estava sempre
foi o único lugar seguro para mim</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>Mas
você sabe quantos anos terei quando aprender a realmente tocar piano / atuar / pintar
/ escrever uma peça decente? </i>[...] <i>Não importa a sua idade ou o seu
percurso de vida, se fazer arte é a sua carreira, o seu hobby ou o seu sonho,
não é demasiado tarde, nem demasiado egoísta, nem demasiado egoísta ou
demasiado tolo para trabalhar a sua criatividade</i>. [...] <i>A arte séria
nasce do jogo sério</i>. [...] <i>A criatividade – como a própria vida humana –
começa na escuridão </i>[...] <i>Progresso, não perfeição, é o que deveríamos
pedir a nós mesmos</i>. [...] <i>A sobrevivência reside na sanidade, e a
sanidade reside em prestar atenção... a capacidade de deleite é o dom de
prestar atenção</i>. [...] <i>A criatividade ocorre no momento, e no momento
somos atemporais</i>. [...] <i>A arte nasce da atenção</i>. </span></span><span lang="PT">[...]. Trechos
extraídos da obra <i>The Artist's Way: A Spiritual Path to Higher Creativity</i>
(<span class="a-list-item">TarcherPerigee, 2016), da escritora, dramaturga,
cineaste, compositora, jornalista e professora estadunidense </span></span><b>Julia Cameron</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>A CRISE DO CAPITALISMO</b> – [...] <i>Para muita gente, a noção de
anticapitalismo parece ridícula. Afinal, olhem para as fantásticas inovações
tecnológicas em bens e serviços produzidos pelas empresas capitalistas nos
últimos anos: smartphones; filmes em streaming; carros privados sem
motoristas; redes sociais; a cura para uma série de doenças; telões gigantes em
alta definição para passar jogos de futebol e videogames conectando milhares de
jogadores ao redor do mundo; cada produto concebível está agora disponível na
internet e será rapidamente entregue em sua casa; aumentos impressionantes na
produtividade do trabalho por meio de tecnologias de automação; e a lista
segue. E ainda que se afirme que a renda é desigualmente distribuída nas
economias capitalistas, é também verdade que a variedade de bens de consumo
disponíveis para a maioria das pessoas, inclusive para os mais pobres, aumentou
enormemente em praticamente todo o mundo</i>. [...] <i>a marca registrada do
capitalismo é a miséria que ele gera em meio à abundância. Essa não é a única
coisa errada no capitalismo, mas é uma característica comum das economias
capitalistas e que inclusive é o seu maior fracasso. Em particular, a miséria
que atinge as crianças, que claramente não têm qualquer responsabilidade por
seu sofrimento, é algo moralmente repreensível em sociedades ricas nas quais
essas formas de pobreza poderiam facilmente ser eliminadas. Sim, nós temos
crescimento econômico, inovação tecnológica, aumento na produtividade e uma
difusão verticalizada de bens de consumo, mas somado a tudo isso, junto do
crescimento econômico capitalista, juntamente vem a destituição de muitos cuja
forma de vida foi destruída pelo avanço do capitalismo, com a precarização dos
que estão nas partes mais baixas do mercado de trabalho capitalista, promovendo
trabalhos alienantes e tediosos para a maioria. O capitalismo, de fato, gerou
aumentos massivos na produtividade e uma riqueza extravagante para alguns, mas
a maioria ainda tem que lutar pela sua subsistência. Ele é uma máquina de
aperfeiçoamento das desigualdades, bem como uma máquina de crescimento
econômico. E mais: está ficando cada vez mais claro que o capitalismo, movido
pela busca incessante por lucro, está destruindo o meio ambiente. E, ainda
assim, a questão central não é se as condições materiais não melhoraram no
longo prazo nas economias capitalistas, mas se para a maioria não seria melhor
uma forma de economia alternativa</i>. [...] <i>da mesma forma, não é uma
ilusão dizer que o capitalismo gera grandes prejuízos às pessoas e que perpetua
formas de sofrimento humano passíveis de serem eliminadas. Onde o verdadeiro
desacordo entre essas duas histórias aparece – e um desacordo fundamental – é
sobre se é possível ter a produtividade, a inovação e o dinamismo que vemos no
capitalismo sem ter os seus males</i>. [...] <i>primeiro, um outro mundo é, de
fato, possível. Segundo, que ele pode melhorar as condições para o
desenvolvimento humano da maioria das pessoas. Terceiro, que os elementos desse
novo mundo já estão sendo criados no nosso mundo atual. E, finalmente, que há formas
de caminharmos até esse novo mundo. O anticapitalismo é possível não apenas
como postura moral perante os males e as injustiças do mundo em que vivemos,
mas como uma postura prática em direção à construção de uma alternativa em prol
do desenvolvimento da humanidade</i>. [...]. Trechos extraídos da obra <cite>Como ser anticapitalista no século XXI? (Boitempo,
2019), do sociólogo estadunidense </cite><b>Erik Olin Wright</b>
(1947-2019).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">SEMINÁRIO PRESENÇA INDÍGENA NA MATA SUL DE
PERNAMBUCO – PASSADO & PRESENTE<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1FCDqS_InqCDorbQb3xEyNOuhhLhwOtOWwnMhgMGT3ZXOB1OQgzRSdSaBfz_ZROiwpyGKHHXxW0KvmXfPlMCoyw83sklWb0mcueXIkjTO2OljqLsA3vQe-7L5dpaEnXTEsZNo2vImqMLQtNUnipoRdBUckrN446c0WgeX-_4VV8R5F4-VN4pFg/s625/PRESEN%C3%87A%20IND%C3%8DGENA%20EM%20PALMARES.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="625" data-original-width="600" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1FCDqS_InqCDorbQb3xEyNOuhhLhwOtOWwnMhgMGT3ZXOB1OQgzRSdSaBfz_ZROiwpyGKHHXxW0KvmXfPlMCoyw83sklWb0mcueXIkjTO2OljqLsA3vQe-7L5dpaEnXTEsZNo2vImqMLQtNUnipoRdBUckrN446c0WgeX-_4VV8R5F4-VN4pFg/w384-h400/PRESEN%C3%87A%20IND%C3%8DGENA%20EM%20PALMARES.jpg" width="384" /></a></b></div><span style="font-family: georgia; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: georgia;">O </span><span style="font-family: georgia;">Seminário: A Presença Indígena na
Zona da Mata de Pernambuco - Passado e Presente, organizado numa parceria entre
Movimento de Retomada Mata Sul Indígena com a Escola Livre de Museologia
Política/PE e a Biblioteca Pública Municipal Fenelon Barreto. O Movimento de
Retomada Mata Sul Indígena surgiu em 2020, com objetivo de revitalizar a língua
originária, salvaguardar saberes/práticas ancestrais e lutar pelo direito à
terra/território, pela soberania alimentar e recuperação da vegetação nativa
(Mata Atlântica). Com uma programação repleta de arte, cultura e resistência
indígena na Zona da Mata, dedicada especialmente ao diálogo com estudantes de
Palmares, realizaremos vivências com Pintura, Poesia, Dança e Cinema Indígena,
incluindo uma oficina de Caboclinho com Iara Campos e um vídeo-debate com
integrantes do Mov. Mata Sul Indígena e do Maraká Urbano: organização que
desenvolve um importante trabalho de pesquisa e articulação sobre as culturas
indígenas da Mata Norte, sediado em Paudalho. Haverá uma roda de conversa
inédita com pesquisadores/as e ativistas que têm investigado os povos indígenas
nas Matas Norte e Sul, a partir de Escada-PE, Palmares-PE e Paudalho-PE,
localidades de marcante presença indígena. Como encerramento, o historiador
Edson Silva/UFPE realizará a conferência “Os indígenas na História na Mata Sul
pernambucana: descolonizar narrativas ufanistas hegemônicas”. A atividade
compõe o I Ciclo Formativo da ELMP/PE, iniciado em agosto, reunindo
integrantes/gestores/as das iniciativas de memória/museus comunitários e de
movimentos sociais que têm participado das ações da Escola, a partir do
mapeamento de acervos comunitários em curso no segundo semestre de 2023. E a</span><span style="font-family: georgia;">contecerá nesta quarta, 29/11, a partir das 8h, na
Biblioteca Fenelon Barreto.</span></span></div></span><p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">NESTE CANTO FINQUEI MEUS ALICERCES...<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDEIynamIxxwARgOyK90g7mob8tP0Yafgpd9KJPgzutsFHVjoSaNqV04ObGTi92lVncP4NA-veIm0Tbf7SVeEfmch6M8G_mFsnmozqrrXSncGpoiYWfznjdMMhWnl6juhnge8xPd5HIUIcofteYKhByDDbknr1BKV6nLR5wjyGW5gT14qjAOq5wg/s2446/LIVRO%20JACI.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2446" data-original-width="1551" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDEIynamIxxwARgOyK90g7mob8tP0Yafgpd9KJPgzutsFHVjoSaNqV04ObGTi92lVncP4NA-veIm0Tbf7SVeEfmch6M8G_mFsnmozqrrXSncGpoiYWfznjdMMhWnl6juhnge8xPd5HIUIcofteYKhByDDbknr1BKV6nLR5wjyGW5gT14qjAOq5wg/s320/LIVRO%20JACI.jpg" width="203" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>... Escrevo uma canção para quem ama \ e entre
extremos se perde e se procura: \ a vida que se busca e se tortura, \ insônia
que me invade e que me inflama</i>...<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho do poema extraído da obra <i>Linha d’água</i>
(CEPE, 2007), do poeta <b>Jaci Bezerra</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/11/galeano-boldrin-flora-purim-campbell.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/05/levinas-sivuca-perniola-kuhner-jaci.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/10/donna-haraway-chuck-palahniuk-samuel.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/07/mary-mccarthy-matilde-kschessinska.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/11/connie-palmen-vania-vargas-gilvan-lemos.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTT6iWZKKS25bcykF94UL9M92NwiHljUlglGdmmoMP84LOC2dD3XsAoT1iQ1n9mLnU3xFWPchaKzofeEWQcBELx9i0gXCRKBTI3MCp8BSLeZ6FNQtgLs-a-_4W_GhxYX9cGv08dwpjB8uxnNs68XJl8N1x0ia-oc_gERuv2fsUHyx39jxU2O5UdQ/s2329/COLAM%20TTTTT%20PROG%20TATARITARITAT%C3%81.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTT6iWZKKS25bcykF94UL9M92NwiHljUlglGdmmoMP84LOC2dD3XsAoT1iQ1n9mLnU3xFWPchaKzofeEWQcBELx9i0gXCRKBTI3MCp8BSLeZ6FNQtgLs-a-_4W_GhxYX9cGv08dwpjB8uxnNs68XJl8N1x0ia-oc_gERuv2fsUHyx39jxU2O5UdQ/s320/COLAM%20TTTTT%20PROG%20TATARITARITAT%C3%81.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-86628792803418274192023-11-22T18:29:00.000-03:002023-11-22T18:29:01.740-03:00CONNIE PALMEN, VÂNIA VARGAS, GILVAN LEMOS & MUNDO POR VIR<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA0UQumNrP4bMz_-Dk0YJXOHvEP4y9WyODjwYv1lvIBxhRVHMXsGGgjz2YRF2pPG3RS0Oy5_esbvkdbvOPhAxH1c7vmgpVh4QpcAaeT8gYAUdO6nDqgJYLZtXObF7OFW4yapa6cFpQkctKF5bMHVUw3s4N4_HCLUTppgv86IqzWdz6IOAOlAE0Yg/s3507/ARTLAM%20MIL%C3%8ANIOS%20&%20MET%C3%81FORA%20QUANTICA1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2484" data-original-width="3507" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA0UQumNrP4bMz_-Dk0YJXOHvEP4y9WyODjwYv1lvIBxhRVHMXsGGgjz2YRF2pPG3RS0Oy5_esbvkdbvOPhAxH1c7vmgpVh4QpcAaeT8gYAUdO6nDqgJYLZtXObF7OFW4yapa6cFpQkctKF5bMHVUw3s4N4_HCLUTppgv86IqzWdz6IOAOlAE0Yg/w400-h284/ARTLAM%20MIL%C3%8ANIOS%20&%20MET%C3%81FORA%20QUANTICA1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;">Ao som dos álbuns <span class="rynqvb"><i>Bach, the Fly, and the
Microphone</i> (2009), <i>Colours of Spain</i> (2015) e </span><i>Open Sky</i>
(2020), da premiada violonista australiana <b>Stephania Jones</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">MAIS DE TRÊS
MILÊNIOS E A METÁFORA QUÂNTICA</span></b><span style="color: black;"> – Um dia sonhava
e o Sol sorria. Seguia ararajuba ao lado de um tamanduá-bandeira. Logo deparei a
ariranha às voltas do macaco-aranha-da-cara-preta (não era o boi da infância?
Não, não era!). A onça pintada seguia a trilha do mico-leão-dourado, pronde
vão, não sei. Parecia mais que o cervo do pantanal guiava o lobo-guará e o
cuxiú-preto. E confundiam-me como se eu fosse o boto cor-de-rosa à porta do
Inferno de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/06/incipit-vita-nuova.html" target="_blank">Dante</a></b>: <i>Abandona toda esperança</i>! Ora, não! Parecíamos mesmo
o <i>Die Brücke</i> encarnando o<b> <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/03/hermeto-zaratustra-adler-tennessee.html" target="_blank">Zaratustra nietzscheano</a> </b>na busca da realidade. <span style="font-weight: normal;">Pois sempre desejei nunca
correr perigo ao lidar com o impossível, porque havia me tornado uma </span><strong><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/01/cronica-de-amor-por-ela-ponte-sobre.html" target="_blank">ponte sobre águas turvas</a></strong><strong><span style="font-weight: normal;"> numa viagem pelas </span></strong><strong><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/10/italo-calvino-nietzsche-joan-baez.html" target="_blank">cidades invisíveis de Calvino</a></strong><strong><span style="font-weight: normal;">. Todos comigo, então. </span></strong>Uma
semana e lá estávamos nós ouvindo <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/12/roubaram-tenda-do-holmes.html" target="_blank">Rebecca Solnit</a></b>: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Caminhar… é como o corpo
se mede em relação à terra.</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span style="color: black;"> Escrever é dizer a ninguém e a todos o que não é possível dizer a
alguém</span></i></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">... Sim. Mais de u</span></span><span style="color: black;">m mês já se passara, de qualquer modo, quando dei por mim entardecia de
manhã e o dia já era outro. Queimei meu filme, arranquei todas as máscaras e não
importunei ninguém, longe a sombra de um erro grave e a avareza. Nem deu pra
perceber que era fim de ano quando ouvi <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/11/arundhati-roy-michele-petit-alexandra.html" target="_blank">Arundhati Roy</a></b>: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Hoje, parece que lutamos
pela injustiça, aplaudindo-a como se fosse um sonho digno, sagrado pelo sistema
de castas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Pois é, u</span></span><span style="color: black;">ma década e ainda insultam o decoro: o abismo
do caos. Restava-me apenas um só olhar, nada mais que isso e um século para que
eu entornasse o silêncio com quem vem desde A.E.C. precisando lembrar d’<i>A
cor púrpura</i> de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/12/cronicas-natalinas.html" target="_blank">Alice Walker</a></b>. Nunca é demais relembrar, que o diga <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/12/sera-que-ta-morto-agora-ta.html" target="_blank">Ai Weiwei</a></b>: <i>O mundo é uma esfera. Não há Ocidente nem Oriente. Tudo é arte.
Tudo é política. O poder tem muito medo da arte e do poeta. A arte traz a
possibilidade de defender os direitos mais essenciais. Os artistas não precisam
se tornar mais políticos. Eles precisam se tornar mais humanos</i>... Aí me dei
conta de tantos milênios e quantos equívocos para quem segue pela E.C., entre
tremores de terra em Rio Formoso e Flores, afora outros abalos sísmicos vez ou
outra Nordeste afora. E já que morri anteontem não vi lá muita coisa. O tempo
passou e contar três mil é como um piscar de olhos – por isso só contam 2, ou
lá, ou loa – repercutindo à revelia de muitos. E só. Quisera tarde antes fosse
nunca. Porque a poesia é o sacrifício de quem sonha. E quanta é a metáfora do
que cada um de nós somos e não nos damos conta. <strong><span style="font-weight: normal;">Sei dos meus </span></strong>pecados, cônscio ou não, <span style="font-weight: normal;">todo</span><strong>s </strong><strong><span style="font-weight: normal;">os </span></strong>meus castigos, tenho lá minha culpas<strong><span style="font-weight: normal;"> penduradas na garganta do
destino</span></strong><strong>.</strong><strong><span style="font-weight: normal;"> Adivinho um pouco a cada
dia. Uma supernova eu dedico como se ficasse suspenso e não me esgotasse com um
ponto final, tornando-me vírgula depois de reticências e até mais ver. <o:p></o:p></span></strong></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><strong><span style="color: black; font-weight: normal;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">HÁ COISAS QUE NÃO SÃO COMPARTILHADAS<o:p></o:p></span></span></b></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLyhmP94dMHdHNuUM6UDI6ltpUAEcCRi-ARp8SHzA1rKaEPFkBu51PAkWQQCqHcUZFNL1FWN6B_pj6BMKN7ZtEfWvnmICOXYZznKzoFGeUvui4o6kHBvQffF9-ZjmYIoROqnK2T_TRqKcK0ZqBFjiQ8PUcmI6b3sS3Vw912C-3Pv1psjBUBPFeTw/s3442/ARTLAM%20MIL%C3%8ANIOS%20&%20MET%C3%81FORA%20QUANTICA2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2478" data-original-width="3442" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLyhmP94dMHdHNuUM6UDI6ltpUAEcCRi-ARp8SHzA1rKaEPFkBu51PAkWQQCqHcUZFNL1FWN6B_pj6BMKN7ZtEfWvnmICOXYZznKzoFGeUvui4o6kHBvQffF9-ZjmYIoROqnK2T_TRqKcK0ZqBFjiQ8PUcmI6b3sS3Vw912C-3Pv1psjBUBPFeTw/s320/ARTLAM%20MIL%C3%8ANIOS%20&%20MET%C3%81FORA%20QUANTICA2.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A morte por exemplo \ Ele deveria ir para o inferno
apenas \ Quem foge sabe caminhar sem pressa através de cidades fantasmas \ ouça
a madeira reclamar \ sinto que dá sob os pés \ Eles conhecem o som que tem
expectativa nos passos a ressonância do medo/da emboscada \ Eles sabem que a
qualquer momento debaixo do sapato \ você pode encontrar uma peça de roupa / a
mão de um inimigo uma arma / um cigarro aceso um cuspe ou apenas poeira \ a
poeira que foi feita para fazer os homens chorarem sem dor no peito \ a poeira
que mais cedo ou mais tarde está destinada a morder \ Hoje eu sei que estou
conhecendo o ritmo da curiosidade e da cautela \ enquanto me movo por um lugar
que só me lembro \ quando em sonhos eu sonho \ eu empurro a porta \ minha
sombra entra primeiro cai de cara \ ou talvez tenha estado lá olhando para o
teto o tempo todo \ e do sonho dele surgiu meu começo \ Seus pés saem dos meus
pés e da ponta de um deles \ o canto de uma carta aparece uma das cartas
espalhadas pelo chão \ Eu me abaixo para pegá-los e quem estava deitado no chão
desaparece \ Eu vou um pouco mais fundo \ Eu o encontro na frente \ seu olhar
está esperando por mim \ Ele embaralha o baralho e joga em mim uma primeira
carta que me atinge no peito \ A inocência ele diz / olhando nos meus olhos
enquanto me força a ver mentalmente a frieza \ desde o momento em que coloquei
na mesa como tudo que eu tinha \ sabendo que naquele jogo eu tinha que perder \
A segunda carta cai ao meu lado \ A calma ele diz olhando nos meus olhos
enquanto eu sentia novamente o sangue circulando em meu peito \ como aquela primeira
vez \ A terceira carta voou em direção ao meu rosto das pontas dos dedos \ A fé
ele diz olhando nos meus olhos \ enquanto minhas mãos se lembravam da dor do
qual foram feitos os altares demolidos \ A quarta carta roçou meu braço \ O
coração ele diz olhando nos meus olhos \ então eu toquei meu peito e eu senti o
vazio \ A quinta carta caiu aos meus pés \ E agora?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">pergunta olhando para
mim com meus olhos \ O medo eu respondo e eu saio do quarto de costas para o
espelho \ com a certeza de que isso é a última vez que vou perder</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poema da escritora e jornalista guatemalteca <b>Vânia
Vargas</b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;">SUA HISTÓRIA & A MINHA</span></b></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;"> – [...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">um poeta só pode tomar plena consciência de seu eu
poético quando se apaixona por uma mulher em quem reside a deusa branca, alguém
que une criação e destruição e que trará triunfo e destruição para sua vida</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Por que tão
poucas pessoas entendem que o desdém dos outros, a condenação daqueles que você
ama, na verdade fortalece o seu amor?</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu podia ler a
consternação com a minha escolha nos olhos de todos ao meu redor</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Os amigos,
assim como a família, querem que você permaneça inalterado, enquanto o amor tem
a capacidade indecente de transformá-lo, de enriquecê-lo com uma nova visão de
tudo o que você já conheceu.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Quanto mais ela caía em
desgraça com todos, mais obstinado era o meu impulso de protegê-la de um mundo
hostil</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>A memória é literária por natureza.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Pega nos acontecimentos
factuais e dá-lhes uma carga metafórica, emprestando ao que realmente aconteceu
um peso simbólico, numa busca persistente pela segurança de uma história</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Eu, o
grosseiro homem de Yorkshire, escolhi esta mulher exaltada acima de todas as
outras, entreguei meu coração a uma criatura exuberante e excessiva, o
protótipo da pretensão e da artificialidade, fanática, exagerada em todas as
coisas</i>.[...] <i>Ela queria mais do que qualquer outra coisa amar alguém,
mas quando realmente o fez, ela odiou.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ela queria mais do que
tudo ser adorada, mas punia impiedosamente qualquer um que a amasse</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Não há
paraíso sem cobra</i>. [...] <i>Tive que resistir à sensação de que o seu
espírito mercantil estava corrompendo a pureza do meu amor pela poesia</i>. [...]
</span></span><i><span lang="PT" style="color: black;">Criei coragem para fazer
ao nosso mal-educado oráculo a pergunta que presumi — não, sabia — que obcecava
minha noiva. Curvei-me sobre o quadro e perguntei se ficaríamos famosos. O
impacto foi catastrófico e desafiou todas as minhas expectativas. Com força
audaciosa, Pã nos mostrou por que o pânico recebeu seu nome: ele nos deu o
maior susto de nossas vidas, como se tivéssemos nos tornado excessivamente
familiares e não tivéssemos sido suficientemente respeitosos com sua divindade.
Do nada, um marionetista furioso puxou abruptamente a mão de minha noiva, com
os olhos cheios de lágrimas de medo, e - tendo desejado apenas agradá-la,
perseguindo o sonho americano de uma existência gloriosa como um velho cão
pastor obediente - eu escutei, atordoado, enquanto ela falava em línguas. Pan
dispensou a lentidão do alfabeto e falou diretamente através dela em um rosnado
profundo e sinistro, zombando de seu desejo por aquela exibição vazia, e
perguntou se ela percebia que a fama que ela tanto desejava destruiria tudo o
que ela tinha</span></i><span lang="PT" style="color: black;">. </span><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Tudo o que é negado e reprimido, todo conflito varrido para debaixo do
tapete e rejeitado, numa cultura ou na existência de um indivíduo, procura uma
saída e, em última análise – violento, destrutivo, diabolicamente disfarçado –
volta-se contra a vida</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. <i>Your Story, My Story</i> (</span></span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Amazon, 2021), da escritora holandesa </span></span><b><span style="color: black;">Connie Palmen </span></b><span style="color: black;">(pseudônimo de Aldegonda Petronella Huberta
Maria Palmen). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/12/programa-domingo-romantico-de-08-de.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">HÁ UM
MUNDO POR VIR?</span></b><span style="color: black;"> - [...] <i>O fim do mundo é um tema aparentemente
interminável — pelo menos, é claro, até que ele aconteça</i>. [...] <i>Conforme
vai se tornando cada vez mais evidente a gravidade da presente crise ambiental
e civilizacional, proliferam novas e atualizam-se velhas variações em torno de
uma antiquíssima ideia que chamaremos, em uma simplificação que este ensaio pretende
complicar um pouco, “o fim do mundo”. São blockbusters do gênero fantástico,
“docuficções” do History Channel, livros de vulgarização científica em vários
níveis de complexidade, videogames, obras musicais e artísticas, blogs sintonizados
em todas as faixas do espectro ideológico, reuniões científicas, revistas acadêmicas
e redes de informação especializadas, relatórios e pronunciamentos de organizações
mundiais as mais diversas, as invariavelmente frustrantes conferências de cúpula
sobre o clima, simpósios de teologia, ensaios de filosofia, cerimônias da Nova Era
e de outros movimentos neo-pagãos, um número exponencialmente crescente de manifestos
políticos — toda sorte, enfim, de textos, contextos, veículos, enunciadores, públicos.
A presença do tema na cultura contemporânea só tem feito aumentar, e cada vez
mais rapidamente, justo como aquilo a que ele se refere, a saber, a
intensificação das mudanças do macro-ambiente terrestre. Toda esta floração
disfórica se dispõe na contracorrente do otimismo “humanista” predominante nos
três ou quatro últimos séculos da história do Ocidente</i>. [...] As <i>coisas
têm mudado tão rápido que se tornou difícil acompanhá-las</i> [...] <i>Falar no
fim do mundo é falar na necessidade de imaginar, antes que um novo mundo em
lugar deste nosso mundo presente, um novo povo; o povo que falta. Um povo que
creia no mundo que ele deverá criar com o que de mundo nós deixamos a ele</i>.
[...]. Trechos extraídos da obra </span><em><span lang="ES" style="color: black;">Há mundo
por vir? Ensaio sobre os medos e os fins</span></em><em><span lang="ES" style="color: black;"> (</span></em><span style="color: black;">Desterro, Cultura e Barbárie\Instituto Socioambiental,
2014)</span><em><span lang="ES" style="color: black;">, </span></em><span lang="ES" style="color: black;">da filósofa <b>Débora Danowski</b> e do antropólogo <b>Eduardo Viveiros de
Castro. <o:p></o:p></b></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O DEFUNTO AVENTUREIRO <o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmfpFXVqde2ohSQfJHqtqmlYiasZQk2Y8HtUhGFgRt_GI1Zom6m52LpsO2qV5uQW17bA6_a-8w4GMTCShL6e1FU_YovQ06BqnckINEhxVKi24yw5gKWPAUBpiKPddvloHYYT-Un9HmA4hnzhcn42nPy3-1Sw0kc5MMh-PxEOU7HUKKs0d23lt_ZA/s2395/GILVAN%20LEMOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2395" data-original-width="1787" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmfpFXVqde2ohSQfJHqtqmlYiasZQk2Y8HtUhGFgRt_GI1Zom6m52LpsO2qV5uQW17bA6_a-8w4GMTCShL6e1FU_YovQ06BqnckINEhxVKi24yw5gKWPAUBpiKPddvloHYYT-Un9HmA4hnzhcn42nPy3-1Sw0kc5MMh-PxEOU7HUKKs0d23lt_ZA/s320/GILVAN%20LEMOS.jpg" width="239" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Lembrou que deixara de consertar as goteiras do quarto, botar
água fervendo no formigueiro que aparecera bem debaixo da cama, endireitar a
tranca da porta. À noite passada, não pudera dormir, cercado de pingos
impertinentes. Graças a Deus, a noite hoje estava bonita. Sem lua, mas sem
chuva. A verdade era que estava perdendo o gosto da habitação</i> [...].<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído da obra <i>O defunto aventureiro</i> (Bagaço, 2008), do
escritor <b>Gilvan Lemos</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/12/cronicas-natalinas.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/10/drummond-rimbaud-leminski-maritain.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/11/todo-dia-e-dia-do-cordel-da-bandeira-do.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2020/10/valuna-vale-do-rio-una-pernambuco.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/11/paula-einoder-aime-cesaire-sarah.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9R9wyyerYDb2FcQNM3JzkCNXhedHWqp5oJ5wkfS41QFJfeuEKmRss6ICBd7FcgRJT_PANXKfNsIbjva_w6FHMvIK82fM08U6kOdBB8VUvO9116M6hmISkmjFCcZhhl4BdHnqnzdmK8Vge117EIVj0hlMWp8KqYdmGCRg7_Cx-TqwwpRRZ_pIsWw/s2329/COLAM%20TTTTT%20PGM4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9R9wyyerYDb2FcQNM3JzkCNXhedHWqp5oJ5wkfS41QFJfeuEKmRss6ICBd7FcgRJT_PANXKfNsIbjva_w6FHMvIK82fM08U6kOdBB8VUvO9116M6hmISkmjFCcZhhl4BdHnqnzdmK8Vge117EIVj0hlMWp8KqYdmGCRg7_Cx-TqwwpRRZ_pIsWw/s320/COLAM%20TTTTT%20PGM4.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-47906040214808090502023-11-15T08:06:00.005-03:002023-11-16T11:54:19.679-03:00PAULA EINÖDER, AIMÉ CÉSAIRE, SARAH BAKEWELL, INCONFISSÕES & ENIGMA VITAL<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkAffz03VWgi1vew4JN2EuUGAGmnWEYvmM8y19z1SfuiAyvwPEJ44lt2nh3byzn8NO5bWSeWRUPOAkTXpINZSaH4IdWrI9HTZmg6s9ru4cpR0-0tTk4U2UxB1kbfRybXyMTJzYxqP93-OefwFjzBePVWsalvlXN3SxUY-Ykj6bXkmcaFu_9SkVIg/s3507/ARTLAM%20PAL%C3%8DNDROMO%20OUROBOROS1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2485" data-original-width="3507" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkAffz03VWgi1vew4JN2EuUGAGmnWEYvmM8y19z1SfuiAyvwPEJ44lt2nh3byzn8NO5bWSeWRUPOAkTXpINZSaH4IdWrI9HTZmg6s9ru4cpR0-0tTk4U2UxB1kbfRybXyMTJzYxqP93-OefwFjzBePVWsalvlXN3SxUY-Ykj6bXkmcaFu_9SkVIg/w400-h284/ARTLAM%20PAL%C3%8DNDROMO%20OUROBOROS1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span></b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Ao som do álbum <i>Territórios</i>
(Rocinante, 2023), da violonista clássica <strong>Gabriele
Leite, </strong>musicista, que figurou na lista Under 30 da Forbes, em
2020.<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b>PALÍNDROMO OUROBOROS & SISIFISMO GLOCAL...</b></span><span class="rynqvb"> – Piso errâncias da solidão pelo <i>Vazio </i></span><i>de Boötes</i>, prófugo sonheiro pela constelação <em>Ofícuo, </em>ou sei lá: talvez aqui esteja mais respirável que as
intoxicadas calçadas e ruas da minha cidade. Juro, talvez possa escapulir –
sim, alívio pra quem sempre se viu enredado nas tramas da <span class="rynqvb"><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/11/a-nova-paixao-do-biritoaldo.html" target="_blank">trilogia de Samuel Beckett</a>,</b> diante do <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2014/08/o-lamentavel-expediente-da-guerra.html" target="_blank">Lamentável Expediente da Guerra</a></b>. Absurdo é não haver mais lugar seguro, o inferno por
toda parte. Confesso, meu coração Molloy, miseravelmente solitário: não é nem
nunca será nada; apenas teimoso, como se buscasse o ventre materno a todo instante.
Só sei e sinto o desperdício de todos os solilóquios: é tudo
desconfortavelmente incomunicável, inevitavelmente falhamos e muito feio. Quase
nada mais adianta, resta o inopinado. Pelas ruas as mulheres me pediam uma das
pedras dos bolsos e, em troca, ofertavam o limiar da porteira do mundo, a
origem de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2007/12/tataritaritat.html" target="_blank">Courbet</a></b>. Surpreso, não fazia outra coisa senão entregá-las a
todas elas, sem que precisassem gratificar. Elas insistiam e mais persistiam,
não sabiam que não tinha onde cair morto nem sequer mais sabia meu próprio nome,
assombrado com as escaramuças das valias e o tiroteio da indiferença nas ondas do
anonimato. O momento é quase uma amputação, não entendo seus gestos e falares, se
festejam ou descontentes. Não as entendo, muito menos o que dissera <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/01/ano-novo-com-posses-no-fecamepa.html" target="_blank">Astrid Lindgreen</a></b>: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Eu era jovem, pobre e me sentia muito sozinha.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Eu vim de uma cidade
pequena e em Estocolmo não conhecia ninguém.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">De segunda a sexta
trabalhava em escritório, mas os finais de semana eram tristes e chatos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Passei o tempo lendo
livros</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">... Se me chegara por penhora, não sabia. </span></span>Eis-me aqui de volta, disse-lhe. Tal Malone, asseguro: a gente só sabe
que vai morrer! E me apontou pelas esquinas as ocorrências – outras delas que
desfiavam nas garras de homicidas impunes, nem quero ver e não perdoo ninguém,
pro inferno todos! Não, não quis dizer isto! Longe de mim. Reconheço: gente
envolvida em fanáticas irrelevâncias, pelo ódio aguça o risco e a fealdade dos
interesses chovem bombas torrenciais na incógnita esperança dos olhos infantis
daqui e das palestinas na Faixa de Gaza, das israelitas cativas, russas e
ucranianas, desumanidade demais sob um Sol furioso e calor de 50 graus - cada
vez mais difícil sobreviver. Quem asfixiado não escapole da clausura, quem
oprimido não abre o peito à indignação, quem à porta não dá o milésimo passo. Já
tenho muito no que pensar e fazer, buscar o asilo com as dificuldades de
locomoção, a quase mendicidade, a claustrofobia sufocante, as sobras e os
restos, tudo se esvai: apesar de tudo, muito em breve estarei morto. Preciso
ficar calado, aprender o silêncio. Ela insiste e me recrimina <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/07/bienal-internacional-do-livro-de-sao.html" target="_blank">Selma Lagerlöf</a></b>:
<span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Ninguém
pode salvar as honras do Senhor, mas abençoado será aquele que restaurar a
coragem para suportar</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">... Não consigo entendê-la: onde agora, quem e
quando, a impossibilidade, aporias e coisas, outros silêncios. Toda religião é
uma ofensa, como os noticiários: incapazes de perceberem todo dia a criação do universo - o círculo e a
linha ondulada se faz reta rasgando limites, os erros e a minha vida, uma
sucessão de hábitos. Quase nem há como ir adiante, a jaula é um labirinto em
que se confundem começos e fins, decessos e ressurgências, saídentradas... O
portão emperra e nem ouço direito agora </span></span><span class="rynqvb"><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/11/relativizando-de-roberto-damatta.html" target="_blank">Margarida Rebelo Pinto</a></b></span><span class="rynqvb"> solícita: </span><i>Acredita que o tempo em que
estamos com aqueles que nos querem bem é sempre um tempo ganho, como quem
acumula pontos de felicidade para o futuro</i>... <span class="rynqvb">Não sobrou ninguém além da gentileza dela a me sorrir como se
fosse um fantasma renitente a me exigir uma atitude que não sei qual nem onde
estou. Sei que sou inominável no meio do silêncio e ouso o </span><span class="rynqvb"><span lang="PT">primeiro passo a cada
dia e de novo, meus pedaços não vão tão longe, penetram a menor profundidade,
como se tecessem invisiveis limites na dor do aniquilamento numa suposta cova
mais rasa. Vou continuar, preciso ir, vou adiante mesmo assim: pra onde, como,
quando... Não há razão pra desistir, nem pra desespero. O que sou e tudo
passará. Ah, até mais ver.<o:p></o:p></span></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><a name="_Hlk150520502"><b><span style="font-family: georgia; font-size: large;">DOIS POEMAS<o:p></o:p></span></b></a></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><a name="_Hlk150520502"><b></b></a></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKJJyZm8G8uPSvhUG8xr9XXYwCILbB5yXlpsQyZeVAdv-G39std9CRQ4iZlWHhTZEtPBgXJZpjsQbiRVW2FY90EkH-f54jh6LG2G3QYtexgiktn64dCtKY351wTWxOcDJnQtz-N07EbGoJMnt1E4Ul0dMzTXShnDie1Pv7bDCeP7-hvqRnsOILvQ/s3442/ARTLAM%20PALINDROMO%20OUROBOROS2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2430" data-original-width="3442" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKJJyZm8G8uPSvhUG8xr9XXYwCILbB5yXlpsQyZeVAdv-G39std9CRQ4iZlWHhTZEtPBgXJZpjsQbiRVW2FY90EkH-f54jh6LG2G3QYtexgiktn64dCtKY351wTWxOcDJnQtz-N07EbGoJMnt1E4Ul0dMzTXShnDie1Pv7bDCeP7-hvqRnsOILvQ/s320/ARTLAM%20PALINDROMO%20OUROBOROS2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">LADY TITANIC - Eu tenho
a maldição do Titanic e um iceberg na garganta \ Eu afundo no gelo do inferno \
o fogo nunca esteve tão frio \ Eu te empresto meu barco em pedaços \ ou eu te
dou um pedaço do meu sorvete \ ser juiz e parte da viagem que não volta na
jornada mais triste \ do navio mais louco \ Eu sou a Senhora Titanic \ aquele
que nunca iria afundar em seus ferros majestosos \ agora eu tenho tudo acertado
\ o tédio roxo do náufrago entre minhas sobrancelhas de inseto cleptomaníaco \
Eu nunca voltarei navegar pelos mares \ Eu estarei para sempre afogado no
espelho que me cruzou \ Eu tenho a tragédia do Titanic e um iceberg nos olhos \
Eu afundo no inferno do iceberg \ O gelo nunca esteve tão quente. <o:p></o:p></span></span></i></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>MALES DE LA ENFERMEDAD (CONFESIONES) - </i><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">o mal das flores envolve meu crânio \ como uma
coroa de espinhos duros \ todo mundo me tem disse o mesmo \ que não há cura por
esses males da alma \ o mal das flores rodeia meu cérebro \ como um corolário
muito espinhoso \ todo mundo me tem disse igual que não há cura por tão grande
e um mal doloroso</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. <o:p></o:p></span></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemas da escritora e professora uruguaia <b>Paula Einöder</b>.<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>CAFÉ
EXISTENCIALISTA</b> – [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">A ansiedade é a vertigem da
liberdade </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] <i>É perfeitamente verdade, como dizem os filósofos, que a vida deve
ser entendida de trás para frente.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Mas esquecem a outra
proposição, que deve ser vivida para frente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">E se pensarmos sobre
esta proposição, torna-se cada vez mais evidente que a vida nunca pode ser
realmente compreendida no tempo, porque em nenhum momento particular posso
encontrar o local de descanso necessário para compreendê-la</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">.</span></span><span class="hwtze"><span lang="PT"> </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] <i>As ideias são
interessantes, mas as pessoas o são muito mais</i>. [...] <i>Você deveria fazer
suas escolhas como se estivesse escolhendo em nome de toda a humanidade </i></span></span><span class="rynqvb">[...] </span><i><span lang="PT">Penso com tristeza em todos os livros que li, em
todos os lugares que vi, em todo o conhecimento que acumulei e que não existirá
mais. Toda a música, todas as pinturas, toda a cultura, tantos lugares: e de
repente nada. Eles não fizeram mel, essas coisas, eles não podem fornecer nenhum
alimento para ninguém. No máximo, se meus livros ainda forem lidos, o leitor
pensará: Não houve muita coisa que ela não tenha visto! Mas aquela soma única
de coisas, a experiência que vivi, com toda a sua ordem e a sua aleatoriedade -
a Ópera de Pequim, a arena de Huelva, o candomblé na Bahia, as dunas de
El-Oued, a Avenida Wabansia, as madrugadas na Provença , Tirinto, Castro
conversando com quinhentos mil cubanos, um céu sulfuroso sobre um mar de
nuvens, o azevinho roxo, as noites brancas de Leningrado, os sinos da
Libertação, uma lua laranja sobre o Pireu, um sol vermelho nascendo sobre o
deserto , Torcello, Roma, todas as coisas de que falei, outras que deixei por
dizer — não há lugar onde tudo isso possa voltar a viver</span></i><span lang="PT">. </span>[…] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">De agora em diante,
escreveu ele, devemos sempre levar em conta o nosso conhecimento de que podemos
destruir-nos à vontade, com toda a nossa história e talvez com a própria vida
na Terra.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Nada nos impede, a não ser a nossa livre escolha.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Se quisermos sobreviver,
temos que decidir viver.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Assim, ele ofereceu uma filosofia
projetada para uma espécie que havia acabado de se assustar, mas que finalmente
se sentia pronta para crescer e assumir responsabilidades</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>poucas
pessoas arriscarão a vida por uma coisa tão pequena como levantar um braço –
mas é assim que os poderes de resistência de alguém são desgastados e,
eventualmente, a responsabilidade e a integridade de alguém vão com eles </i></span></span><span class="rynqvb">[...]. Trechos extraídos da obra </span><i>At the Existentialist Café: Freedom, Being, and Apricot Cocktails</i> (<span class="a-list-item">Random House, 2017), da premiada escritora e
professora britânica </span><b>Sarah Bakewell</b>, fornecendo um relato dos
existencialistas modernos que vieram por conta própria antes e durante a
Segunda Guerra Mundial, discutindo as ideias da fenomenologia e como influenciou
a ascensão do existencialismo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b>DISCURSO DO
COLONIALISMO</b> – [...] <i>A maldição mais comum neste
assunto é ser a vítima de boa-fé de uma hipocrisia coletiva, hábil em colocar
mal os problemas para legitimar melhor as odiosas soluções que lhes são
oferecidas</i> [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">O que estou querendo dizer?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Nesta ideia: que ninguém
coloniza inocentemente, que ninguém coloniza impunemente;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">que uma nação que
coloniza, que uma civilização que justifica a colonização – e portanto a força
– já é uma civilização doente, uma civilização moralmente doente, que
irresistivelmente, progredindo de uma consequência a outra, de uma negação a
outra, clama pelo seu Hitler,</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Quero dizer, sua punição</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>As pessoas
ficam surpresas, ficam indignadas.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Eles dizem: “Que
estranho!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Mas não importa – é o nazismo, vai passar!”</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">E eles esperam e
esperam;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">e escondem de si mesmos a verdade de que isso é barbárie, mas a barbárie
suprema, a barbárie culminante que resume todas as barbáries cotidianas;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">que é o nazismo, sim,
mas que antes de serem suas vítimas, foram seus cúmplices;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">que toleraram aquele
nazismo antes que ele lhes fosse infligido, que o absolveram, lhe fecharam os
olhos, o legitimaram, porque, até então, só tinha sido aplicado a povos não
europeus;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">que cultivaram esse nazismo, que são responsáveis por ele, e que antes de
engolir toda a civilização ocidental e cristã nas suas águas avermelhadas, ela
escorre, escorre e escorre por todas as fendas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...]. Trechos
extraídos da obra </span></span><i>Discurso sobre el
colonialismo</i> (Akal, 2006), <span style="background: white;">do
poeta francês <b>Aimé Césaire </b>(1913-2008), que em sua obra </span><i><span lang="PT">Notebook of a Return to the Native
Land</span></i><span lang="PT"> (Wesleyan Poetry Series
- <span class="a-text-bold"> </span><span class="a-list-item">Wesleyan University Press, 2001), expressa que: </span></span>[…] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Cuidado, meu corpo e minha alma, cuidado sobretudo em cruzar os braços e
assumir a atitude estéril do espectador, pois a vida não é um espetáculo, um
mar de tristezas não é um proscênio, e um homem que chora não é um urso
dançarino</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...] <i>Um homem gritando não é um urso dançante.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">A vida não é um
espetáculo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. [...]. É dele a frase: <i>Uma civilização que se revela incapaz de
resolver os problemas que cria é uma civilização decadente. Uma civilização que
escolhe fechar os olhos aos seus problemas mais cruciais é uma civilização
atingida. Uma civilização que usa seus princípios para trapaças e enganos é uma
civilização moribunda</i>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/06/assia-djebar-duhamel-aime-cesaire.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">... <i>Em cada
verso o abismo aberto. \ O limbo como um hímen (não comestível)</i>.<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlhlqSRl-wWf4z2LjU969GtUzgqonNlPTxRe-R0_UWPvikll550vo7sCLZuMng0IG5VVlaLHbz7FnKtYFFFLMopW5lqaVSGsiuBjy6zBP2W7qxh7VCaZNn74aP-9boWHWLiiWUMA_ovT0Mw3xxp1gzSPrj2ds10-7LYH2IqYNMgkgOfI1GeEUZQg/s533/LIVROS%20VCA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="405" data-original-width="533" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlhlqSRl-wWf4z2LjU969GtUzgqonNlPTxRe-R0_UWPvikll550vo7sCLZuMng0IG5VVlaLHbz7FnKtYFFFLMopW5lqaVSGsiuBjy6zBP2W7qxh7VCaZNn74aP-9boWHWLiiWUMA_ovT0Mw3xxp1gzSPrj2ds10-7LYH2IqYNMgkgOfI1GeEUZQg/s320/LIVROS%20VCA.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Versos de <i>Cinco
poemas</i> (2012), extraído da obra <i>Inconfissões</i> (CriaArt, 2023), do
poeta <b>Vital Corrêa de Araújo</b>, organizado pelo poeta e professor <b>Admmauro
Gommes</b>, autor da também recém lançada obra <i>O enigma vital – aspectos da
obra poética de Vital Corrêa de Araújo </i>(CriaArt, 2023). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/birute-mar-kristin-hannah-narges.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/akiko-yosano-kostas-axelos-molly.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/delmira-agustini-elif-shafak-masud-khan.html" target="_blank">aqui</a></i></b> & <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/11/judith-beveridge-anne-perry-emanuele.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;">
</p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitbo3-11ozw7u6NDdIf90SkcqFdUAe0JZjgcvVT57uPE_ZhOJQEq1tYT0ZMfuYZdMkpENCwlXpipN309WB5bLYViBJlCrbuOUFWptb499xXbe2zyhw_8EYqiGIUx-9HPi0QXcyIhPtcS8yXW_3hiM1QS-rHYZpXKI6ccyZrVuRv4X5Z4gKRT7Z6g/s2329/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitbo3-11ozw7u6NDdIf90SkcqFdUAe0JZjgcvVT57uPE_ZhOJQEq1tYT0ZMfuYZdMkpENCwlXpipN309WB5bLYViBJlCrbuOUFWptb499xXbe2zyhw_8EYqiGIUx-9HPi0QXcyIhPtcS8yXW_3hiM1QS-rHYZpXKI6ccyZrVuRv4X5Z4gKRT7Z6g/s320/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p>
</p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><br /></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-64037732667594837062023-11-10T14:29:00.007-03:002023-11-10T14:29:53.350-03:00JUDITH BEVERIDGE, ANNE PERRY, EMANUELE TREVI & MAURO MOTA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNw7OEbQsqcJTKfT0hMU2dO6YS7KtFEmCr24iTpLejOU2D2gmVa1S_EORU9qBRBnClQXwGC5O0TylHvjuUZbD8OlUlsL0lRb9KNfBQ-RjkYLuxTRzrm0NshVA1R6VTOY_u8S7mDKFGefccDvcRZAgmvf31DEbal8d1nU9BW8K0xHOQJZrxhqkM3Q/s3493/ARTLAM%20EMPATENTRERRACERTOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2357" data-original-width="3493" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNw7OEbQsqcJTKfT0hMU2dO6YS7KtFEmCr24iTpLejOU2D2gmVa1S_EORU9qBRBnClQXwGC5O0TylHvjuUZbD8OlUlsL0lRb9KNfBQ-RjkYLuxTRzrm0NshVA1R6VTOY_u8S7mDKFGefccDvcRZAgmvf31DEbal8d1nU9BW8K0xHOQJZrxhqkM3Q/w400-h270/ARTLAM%20EMPATENTRERRACERTOS.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som dos álbuns
<i>Was kann das Herz dafür</i> (2005), <i>Herzenssache</i> (2007), <i>Dichtung
und Wahrheit. Das Beste aus 10 Jahren</i> (2013), <i>Christmas with Salut Salon</i>
(2014), <i>Salut Salon Live</i> (2015) e dos DVDs <i>Klassisch verführt</i>
(2009), <i>Salut Salon. Der Film</i> (2012) & <i>A Carnival of the Animals
and other Fantasies</i> (2016), do quarteto alemão </span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">Salut Salon</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">, formado pelas
violinistas Angelika Bachmann e Iris Siegfried, pela pianista </span></span><span style="color: black; font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Anne-Monika
von Twardowski e pela violoncelista Sonja Lena Schmid.</span><strong><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><strong><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></strong></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">DECÁLOGO: EMPATENTRERRACERTOS...</span></b><span style="color: black;"> – Era uma vez e outra, quase sempre <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2011/07/paulo-freire-pedagogia-do-oprimido.html" target="_blank">ressurreto</a></b> pelas <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/01/kobo-abe-jorge-ibarguengoitia-gramsci.html?m=0" target="_blank">paisagens de silêncio</a></b> das <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/encruzilhadas.html" target="_blank">encruzilhadas</a></b>, sem saber de nada até <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/05/quando-renasci-pra-vida-depois-de.html" target="_blank">morrer pela primeira vez</a></b>, porque mais de duas vezes vinte tentativas malogradas no
alvo e eu ali efebo afoito de não sei quantas raspando a trave, tirando fino de
todo jeito e no bambo da caçapa, até que enfim, graças, quantas humilhações, já
sem autoindulgência e pronto para outra com todo entusiasmo pubescente
deliberado de imberbe ousado. Isso era eu e a salvação no que dissera <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/01/todo-dia-e-dia-da-mulher_11.html" target="_blank">Marie Curie</a></b>: <i>Nada na vida deve ser temido, somente compreendido. Agora é hora
de compreender mais para temer menos</i>... Houve uma terceira, <i>ipso facto</i>,
evidentemente divertida e no quarto foi surpreendente e deu azo a tanto, o
tempo passava como se eu me mantivesse insenescente virado da breca mundo afora.
Pra que contar das falhas se da quinta em diante nada mais incipiente sem quase
nem fiasco de imperícia, era pura indignação porque já se passavam das seis e
tão irritantemente emborcado pelas setes, quem sabe lá pra mais de oito mesmo,
vai saber. Não me vira que nem <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/06/gilberto-gil-tchello-dbarros-biritoaldo.html" target="_blank">Biritoaldo</a></b> no inferno de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/01/bacon-gramsci-strindberg-marilia-pera.html" target="_blank">Strindberg</a></b>,
era minha <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/09/bocage-rubem-alves-beth-formagini.html" target="_blank">catábase</a></b> no que fui <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2011/04/raimundo-nonato-romance-solon-e-belita.html" target="_blank">Rimbaud</a></b>, muito pior: ali o ambívio
onde <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2011/02/oracao-da-cabra-preta.html" target="_blank">Tyrésias</a></b> cometia um extispício para adivinhar meu futuro e a dizer <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/04/cecilia-meireles-lars-noren-beth-oleary.html" target="_blank">Cecília Meireles</a></b>: <i>Pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas
lembranças... A vida só é possível reinventada</i>... Nove mais uma e desinventava
porque já perdia a conta nos dedos com todo abatimento pelos insultos da sorte
e o que dizer dos desinformados com seus maiúsculos delírios e grosserias
atrozes, como se as coisas fossem assim mesmo e não são. Ah, não! Não é pegar
ou largar, não dá mais essa (e um parêntese: o planeta esquentando e Terra a sangrar
nos andes bolivianos, no Cazaquistão e em Madagascar, ninguém nem aí se a gente
findar dissolvido com os raios de explosões das quilonovas, valha-me! Não vai
dar pra se esconder na Argolândia nem no raio que o parta!). Só diria que nunca
é tarde apesar da desfeita patriotária: o que era para suplantar sequer chegamos
perto, só retrocedemos ribanceira abaixo! Quem teria brio... Era <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/05/proust-frida-kahlo-ricoeur-niki-de.html" target="_blank">Frida</a></b> e
eu <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/05/renascido-da-segunda-morte.html" target="_blank">renascido da segunda morte</a>,</b> todo pronto pro <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/01/quarup-lanfranco-tavito-angela-davis.html" target="_blank">Quarup</a></b> com a La
Catrina de Guadalupe y Posada. E a dama <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2010/01/veja-este-video-folia-caete.html" target="_blank">memento mori</a></i></b> tal carpideira
uivante só porque mataram de novo o pianista <b>Tenório Júnior</b> e era uma
desgraça atrás da outra, com o desembesto da Catirina pro meu Bumba-meu-boi: <i>Mestre
Tiá, tá tudo desconchavado. Porque tá faltando um parafuso</i>... <i>Mande a
cantadeira cantá e os tocadô tocá que é pra podê eu funcioná!</i>... E não foi
pouco de noite quando me disse </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">versos de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/12/cronicas-natalinas-e-outras-reflexoes.html" target="_blank">Anne Sexton</a></b>: </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E eu digo apenas com
meus braços estendidos naquele lugar de pedra, qual é a sua morte mas um
pertencimento antigo, uma toupeira que caiu de um de seus poemas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... </span></span><span style="color: black;">Pela décima milionésima vez e lá estava eu com o risco do salto mortal e
eu dera cambalhota e destemido por um triz senão quebrava o pescoço e babau: a
vida feita de vozes e caminhos plurais, a reinventar de mim cenários e gestos,
a reexistir disruptivo e decolonial. Estamos <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/10/pintando-na-praca-alejo-carpentier.html" target="_blank">todos no mesmo barco</a></b>, entre
as <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/09/neruda-liliana-sulzbach-almodovar-paige.html" target="_blank">escolhas e arrependimentos</a></b>, com o pavor dos<a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/05/o-pavor-dos-acrofobos-beira-do-abismo.html" target="_blank"> <b>acrófobos</b></a>. Eu com
meu <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/08/sivuca-flaubert-haroldo-de-campos-alda.html" target="_blank">amuleto</a></b> de nada - </span><span class="hgkelc"><span lang="PT" style="color: black;"><i>Viva: a vida é uma festa</i>! Mais será... Até mais ver!<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="hgkelc"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="hgkelc"><b><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">KALUTARA<o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="hgkelc"><b><span lang="PT" style="color: black;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8l70eM0Kmj1VkW2ntkambVhYLvtHXBfO3oBblkxvk9ZDBjKWggkQA4NKnBVSXFwX_SfArQ2k8jRKZ7q4_7UbOdOLV7kwVq1WUTJrB43caqWDhjsRT8_8sX5TO_iLVn0bmBNPQTdq8OpFSzMenXT3mPnhyphenhyphenXXowEHOtNu3TAdXdn-MQNKujk5xmXg/s3267/ART%20LAM%202%20EMPATENTRERRACERTOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2378" data-original-width="3267" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8l70eM0Kmj1VkW2ntkambVhYLvtHXBfO3oBblkxvk9ZDBjKWggkQA4NKnBVSXFwX_SfArQ2k8jRKZ7q4_7UbOdOLV7kwVq1WUTJrB43caqWDhjsRT8_8sX5TO_iLVn0bmBNPQTdq8OpFSzMenXT3mPnhyphenhyphenXXowEHOtNu3TAdXdn-MQNKujk5xmXg/s320/ART%20LAM%202%20EMPATENTRERRACERTOS.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.
<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu irei para Kalutara.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu li sobre isso uma vez
em um poema \ e foi conquistado por seu nome lindo e confuso. \ Isso me
emocionou com o desejo pelo elegante \ pescadores magros com pernas pretas \
como corda com nós \ (brilhante e limpa para o sexo) \ meio escondido, sob
sarongues pendurados \ como panos de prato. \ Sorrindo através dos dentes
brancos \ e gengivas rosa brilhante \ são mestres perfeitos de sua pele e
destinos finos \ e diariamente, eles pescam algo que vale a pena ter, \ ao
vivo, balas de prata, \ algumas surras ainda bocas abertas, \ maltratadas. \
Mulheres vêm à praia com cestos e crianças, \ prontas para reivindicar o que é
delas. \ Os homens de pernas finas gritam nomes, \ Lakshika, Hashani, Dini \ –
e eles riem, seus olhos como fogo negro no mármore</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Poema da premiada poeta, editora e acadêmica
australiana </span></span><b><span style="color: black;">Judith Beveridge</span></b><span style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">A FACE DO
ESTRANHO</span></b><span style="color: black;"> - […] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Muitas mulheres desperdiçam suas
vidas sofrendo porque não têm algo que outras pessoas lhes dizem que deveriam
querer.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Se você está feliz ou não, depende até certo ponto das circunstâncias
externas, mas depende principalmente de como você escolhe encarar as coisas, se
você mede o que tem ou o que não tem</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Esteja ciente de que você
só pode realmente ajudar as pessoas ajudando-as a se tornarem o que são, e não
o que você é.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Já ouvi você dizer: 'Se eu fosse
você, faria isso ou aquilo'.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">'Eu' nunca sou 'você' -
e minhas soluções podem não ser as suas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Se você está feliz ou
não, depende até certo ponto das circunstâncias externas, mas depende
principalmente de como você escolhe encarar as coisas, se você mede o que tem
ou o que não tem</i>. [...] <i>Antes de sentir pena de si mesmo, olhe bem mais
de perto para os outros e então decida com quem você mudaria ou poderia mudar
de lugar e que sacrifício de sua natureza você estaria preparado para fazer
para conseguir isso</i>. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">The Face of a Stranger</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Ballantine, 2008), da escritora britânica </span><b>Anne
Perry</b> (pseudonimo de Juliet Hulme). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2009/02/o-matuto-e-revisao-do-portugues.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">DUAS VIDAS</span></b><span style="color: black;"> - </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>eu não vou admitir uma dor ou uma doença nunca serve para nada, é apenas
um consolo moralista e, em qualquer caso, eu desistiria de bom grado desses
famosos frutos do sofrimento.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não nascemos para nos
tornarmos sábios, mas para resistir, escapar, roubar algum prazer de um mundo
que não foi feito para nós</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Porque vivemos duas vidas, ambas
destinadas ao fim: a primeira é a vida física, feita de sangue e fôlego, a
segunda é a que se passa na mente de quem nos amou.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E quando até a última
pessoa que nos conheceu de perto morre, bom, então realmente nos dissolvemos,
evaporamos, e começa a grande e interminável celebração do Nada, onde as
ferroadas da falta não podem mais picar ninguém</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>a felicidade
deveria consistir em cada vez menos atenção a si mesmo.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mais do que autocuidado!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Quanto menos você souber
sobre quem você é e o que deseja, melhor será para você</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Qualidades humanas ou literárias?</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Vá e distinga: as
obras-primas são sempre, de uma forma ou de outra, secreções organizadas, como
se um corpo fosse capaz de suar cristais ou confetes, em vez das habituais
gotas banais e disformes</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...]. Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Due vite</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Neri Pozza, 2021),
do premiado escritor e crítico italiano </span><b>Emanuele Trevi</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">MAURO MOTA, UMA
BIOGRAFIA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ3nhljor2t44Pvv5GK2pIqZ2UUGI112ZRUSvnvZVZZKb3ToMpILGKZ9cJjbvdtBbJGMh1gNJB_D1shXElN5mZ3NE3KG8zaJu8qM0ojY2at0fnyizHrhvXd0F-fkLw4kSC_DKlZAvyqZtjTuvhcOlAyHxG5kXOhmW1Z4t83Ael_V1Khvp2BCVx6A/s2402/MAURO%20MOTA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2402" data-original-width="1646" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ3nhljor2t44Pvv5GK2pIqZ2UUGI112ZRUSvnvZVZZKb3ToMpILGKZ9cJjbvdtBbJGMh1gNJB_D1shXElN5mZ3NE3KG8zaJu8qM0ojY2at0fnyizHrhvXd0F-fkLw4kSC_DKlZAvyqZtjTuvhcOlAyHxG5kXOhmW1Z4t83Ael_V1Khvp2BCVx6A/s320/MAURO%20MOTA.jpg" width="219" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">... <i>Tudo nos
seus espaços, / o mundo e o carrossel. / Tudo menos o andejo / homem que se
conclui. / Olho-me e não me vejo, / não sei para onde fui</i>...<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho poema <i>Natal</i>,
extraído da obra <i>Mauro Mota e o seu tempo – biografia</i> (AIP/Biblioteca de
Jornalistas de Pernambuco, 1987), do advogado, jornalista, historiador e
professor <b>Nilo Pereira</b> (1909-1992). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/08/picasso-gaarden-mauro-mota-oco-ravache.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/anna-pavlova.html " target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2007/10/olha-o-papo-segura-onda.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/11/adania-shibli-riku-onda-sarah-hale.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioF_EVp3Fq18mxWMYgPRk_I1CIhRylR0VxRIMoyopYGLokcXT7VcIRHgRVJodMVq848a5S5Z1eOffWMjsEJYWAuvaCEeZuqGnOIg6ZnBCaCQBrgLHybrXLg-ntUNPbbZfV-ErsnDuwWG3-pK-p1FIUWR8d54g650oaAJkMXAMrB4LU7f36CRDt3w/s2329/COLAM%20TTTTT3.jpg" imageanchor="1" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioF_EVp3Fq18mxWMYgPRk_I1CIhRylR0VxRIMoyopYGLokcXT7VcIRHgRVJodMVq848a5S5Z1eOffWMjsEJYWAuvaCEeZuqGnOIg6ZnBCaCQBrgLHybrXLg-ntUNPbbZfV-ErsnDuwWG3-pK-p1FIUWR8d54g650oaAJkMXAMrB4LU7f36CRDt3w/s320/COLAM%20TTTTT3.jpg" width="320" /></a><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p><br /><br /></o:p></span></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-52524966578304633572023-11-01T16:06:00.004-03:002023-11-01T16:06:41.922-03:00ADANIA SHIBLI, RIKU ONDA, SARAH HALE, SOCORRO CUNHA & VANISE REZENDE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr5Pgy7Qxh_qUlxypI_VolSbCS0Uxn4jPvSXI0yntJ8nWPoSIulVvCsCKI8BmRo-w-3kd-1KTw8CL5G0RHByPfU3qPJd2TF2B1HhubM1ecUobueqqP4rZId0iA376HYqqg1trjzki4tOV7rarhjbp1aLw_Lgmmw_VcNOoqEHGng-g1_2hEK1ya8w/s2329/1%20ARTLAM1BLOG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1632" data-original-width="2329" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr5Pgy7Qxh_qUlxypI_VolSbCS0Uxn4jPvSXI0yntJ8nWPoSIulVvCsCKI8BmRo-w-3kd-1KTw8CL5G0RHByPfU3qPJd2TF2B1HhubM1ecUobueqqP4rZId0iA376HYqqg1trjzki4tOV7rarhjbp1aLw_Lgmmw_VcNOoqEHGng-g1_2hEK1ya8w/w400-h280/1%20ARTLAM1BLOG.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som do <i>Live
from Jazz St. Louis</i> (2023) & <i>Live at Cape Cod Jazz Festival</i>
(2017), da musicista, compositora, arranjadora e saxofonista <b>Grace Kelly</b>,
considerada pela </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">DownBeat – 2016, a <i>Rising Star - Alto Saxophone</i>, ao lançar o álbum <i>Trying
to Figure It Out</i> (PAZZ, 2016).<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">A VIDA NA NÓDOA DA PARÁBOLA</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> – O que tivera nada
mais que a solidão diuturna, vez ou outra o assalto do inopinado. Nunca neguei
um sorriso, mais que hospitaleiro, braços abertos – sobrevivente de enrascadas
recorrentes. Não fora diferente outro dia: sempre apostei no melhor, mesmo que
tudo desse errado depois. Daquela vez ela chegara tão ádvena quanto insólita. </span></span><span style="color: black;">Quem aquela? Retirou seu turbante e pude ver-lhe os olhos vivos inquietos,
o indicador entre os lábios carnudos a sussurrar-me misteriosamente <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/11/comunicacao-em-prosa-moderna-de-othon-m.html" target="_blank">Trudi Canavan</a>: </b><i>Palavras são mais afiadas que espadas. Elas apenas não destroem
a mobília</i>... Como? </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Manteve-se em silêncio ao meu lado ocultando-se
dalguma situação. Flagrou-me o cenho cerrado e esclareceu tão sussurrantemente enigmática
quanto antes: </span></span><i><span style="color: black;">A verdadeira bondade consiste em lutar contra
o mundo inteiro pelo bem dos outros</span></i><span style="color: black;">... Cá comigo: desconfiei
e quase matei a charada. Ah, não, não podia ser outra, tinha de ser </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Shen Te, a meretriz
premiada pelos deuses como <i>A alma boa de Setsuan</i> do <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/bertolt-brecht.html" target="_blank">Brecht</a></b>. Tinha
de ser e peguei o fio, passei a checar e aquiesci com um cochicho: Sim? E, da
mesma forma, ela começou a se expandir pelos cotovelos: o que seria o nervo de
todas as coisas e maldades, para sobreviver alheia em um mundo achatado pelo
pastiche e assistindo a passagem do Cometa do Diabo, investigando quem chocava
o ovo da serpente, embora não soubesse ao certo qual e como, contudo, só com o estralar
da casca e a tragédia já tomava conta - nunca serão mais os mesmos. Claro! Agora
são os aloprados que possuem o talento potencializado para a crueldade aos
safanões, com seu coração escuro e secreto às risadas esculhambando de vez tudo
que nos resta de dignidade ou conquistas – por aí e por todo canto, Congresso
Nacional, Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores, Executivo pra cima e
pra baixo dos Estados e Municípios, as muitas esferas do Judiciário... Que será
de mim, de nós... Tomou fôlego e disse-me </span></span><b><span style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/11/amartya-sen-alice-guy-blache-francisco.html" target="_blank">Roseanne Barr</a></span></b><span style="color: black;">: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Esperar que a vida te trate bem é tolice, assim
como esperar que um touro não te atinja porque você é vegetariano... As
mulheres são amaldiçoadas e os homens são a prova</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... E desconversava
retomando o assunto, acompanhava as curvas do seu raciocinio e não seria nada
fácil. </span></span><span style="color: black;">Sabia que o tempo da natureza não batia com o
relógio, a competição só favoreceu sempre quem ditou todas as regras escolhendo
a seu modo qual meritocracia. E tome e pei, reticências mil! Era eu no clímax da
Pirâmide de Freytag, para mim o arco da queda, o fim da picada: como se pulasse
do </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">trampolim
de qualquer jeito para mergulhar de vez no cúmulo da incerteza. Como sempre me
arrebentava no final, era assim tomando pé de que restava só morrer confortável
duma hora para outra ou espalhando meus ossos ruas afora, engasgado com as razões
das coisas hoje em dia para se estar vivo. Desculpe-me a falha, a vida inteira
nunca fui nada, nem pude, escapava e não pedia nada ou tão pouco no apelo mudo.
Ela baixou as vistas e me disse </span></span><b><span style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/09/programa-domingo-romantico-de-8-de.html" target="_blank">Annie Ernaux</a>: </span></b><span class="hgkelc"><i><span lang="PT" style="color: black;">Se não escrevo as
coisas, elas não encontram seu termo. São apenas vividas</span></i></span><span class="hgkelc"><span lang="PT" style="color: black;">... E dos seus </span></span><span style="color: black;">olhos lacrimejantes as águas do rio me ensinavam a ser sempre humano num
mundo tão endurecido. Deu-me uma rosa escarlate e com um sorriso aparentemente
sem motivo, fez-se imoderada. Lembrou-me que a maior parte do tempo esquecia de
ser outro que não eu mesmo. </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Houve o que não se contou nem contaria jamais
diante da surpresa quase insultante: os meus sonhos todos malograram entre as
cinzas do passado às esmolas da generosidade alheia nem tão celerada quanto
interesseira - só quebrei a cara um zilhão de vezes com se fosse levado às
vassouradas pelo opróbrio. Fiz do que sobrou dos outros como se fossem os meus
sonhos e os restituí à vida. Ela, então, </span></span><span style="color: black;">solfejou a
<i>Cantiga do Fim do Mundo</i>... E não sobrei na curva, mais uma vez
sobrevivi, acumulando aprendizado. Até mais ver.</span><span lang="PT" style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">ESTÂNCIAS À MEMÓRIA DE L.E.L<o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b></b></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF6nzyiYli2-ArWOx6B4OpsM84IcBrcw1RszFTCK81RwVAASB6cYLTG7qtTtogf0J5uB4LTTEL3zlYy1RzmtIHtbkxppwSrW6RyvS9v9V1fc2j9PfeeTMPKJpCjmfkP4a9dbY8IB7iq9q9kPY8YxlyLb6vTV-tzwmTPGwUsmezPr233m3JZ_WtfQ/s2329/2%20ARTLAM2BLOG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="2329" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF6nzyiYli2-ArWOx6B4OpsM84IcBrcw1RszFTCK81RwVAASB6cYLTG7qtTtogf0J5uB4LTTEL3zlYy1RzmtIHtbkxppwSrW6RyvS9v9V1fc2j9PfeeTMPKJpCjmfkP4a9dbY8IB7iq9q9kPY8YxlyLb6vTV-tzwmTPGwUsmezPr233m3JZ_WtfQ/s320/2%20ARTLAM2BLOG.jpg" width="320" /></span></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.
<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E você se foi!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">a rosa nupcial \ Fresco
em tua cabeça loura; \ Uma terra de cenas novas, selvagens e maravilhosas \
Antes que sua fantasia se espalhe \ Canção em teus lábios. \ -Pode não ser; \ -
Mal acredito que você esteja morto! \ "Traga flores, flores claras!"
\ -Mas quem para você \ Uma reunião de ofertas pode trazer? \ Que pintam a tua
Musa, como Huma brilhante, \ Para sempre na asa? \ Ou pegue os tons que emocionaram
a alma, \ Derramado da doce corda da tua Lira? \ Eles dizem que os botões
quentes de esperança do seu coração \ Nunca havia sentido uma praga; \ Que no
meio de multidões gays, em salões brilhantes, \ Teu passo sempre foi leve, \
Nas reuniões ao redor da lareira social \ Nenhum exibia um sorriso mais
brilhante. \ E ainda assim, em teu mundo de música, \ As sombras escuras sempre
dormem; \ Os seres formados pela tua imaginação, \ Parecia nascido apenas para
chorar, \ - Por que as doces fontes da tua alma derramaram \ Uma maré de
tristeza tão profunda? \ A sombra profética foi lançada \ Pela terra sombria de
África; \ Que assim a tua fantasia esteja sempre ligada \ O veneno com a flor?
\ E no meio dos mais belos caramanchões da felicidade \ Ainda criou o túmulo solitário?
\ Em vão procuramos a fonte profunda do Pensamento, \ Seus mistérios ninguém
pode contar; \ Só sabemos que os teus sonhos foram tristes, \ E assim aconteceu
\ A coroa brilhante desse \ Amor te coroou para a Morte! \ -Destino sombrio - e
ainda assim está bem: \ - Sim, tudo bem para você;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">tua força falhou \ Para
suportar a corrente do Exílio, \ O grupo cansado, ansioso e com saudades de
casa, \ Isso murcha o coração e o cérebro, \ - E Ele, que moldou o pulso fino
da tua alma, \ Por misericórdia poupou a dor. \ E enquanto lamentamos uma
Plêiade perdida \ Do céu elevado da Mente, \ Uma lira sem corda, cujos
"acordes encantados" \ Tensões respiradas que nunca podem morrer, \
Dá-nos, ó Deus, a fé que vê \ A casa do Espírito nas alturas. \ Doce Menestrel
do coração, adeus; \ Quantos sofrem por ti! \ O que os reis nunca poderão
comandar é teu, \ Homenagem do amor do Free: \ A terra florida, o céu
estrelado, \ A lágrima do enlutado, o suspiro do amante, \ Consagre a tua
memória. \ E isso é fama!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A gloriosa refeição \ É o teu além
da decadência, \ Landon irá enfeitar a tradição do britânico \ Até que a terra
passe; \ O que a riqueza da Índia era pobre para comprar \ Ganhou pela postura
de uma Mulher!<o:p></o:p></span></i></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Poema da escritora estadunidense </span></span><b><span style="color: black;">Sarah Hale</span></b><span style="color: black;"> (1788-1879). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/11/gyula-krudy-sarah-hale-bertha-von.html?m=0" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PEQUENO DETALHE -
</span></b><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">respire fundo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Pois bem, não há como
voltar atrás agora, não depois de cruzar tantas fronteiras, militares,
geográficas, físicas, psicológicas, mentais</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Assim que
percebi que inevitavelmente falho sempre que tento navegar nas fronteiras,
decidi ficar dentro dos limites da minha casa tanto quanto possível.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E como esta casa tem
muitas janelas, através das quais os vizinhos e os seus filhos podem facilmente
ver-me, e apanhar-me a ultrapassar fronteiras mesmo quando estou na minha
própria casa, pendurei as cortinas, embora às vezes me esqueça de as fechar</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>E, novamente,
um grupo de soldados captura uma menina, estupra-a e depois mata-a, vinte e
cinco anos antes de eu nascer;</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">este pequeno detalhe,
que outros podem não pensar duas vezes, ficará comigo </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>O homem, e não
o tanque, prevalecerá</i>. [...] <i>As fronteiras impostas entre as coisas aqui
são muitas.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">É preciso prestar atenção a eles e
navegar por eles, o que, em última análise, protege a todos de consequências
perigosas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>há quem considere esta forma de ver, ou seja, focar atentamente
nos mínimos detalhes, como o pó na secretária ou a merda de mosca num quadro,
como a única forma de chegar à verdade e à prova definitiva da sua existência</i>.
[...] <i>A solidão perdoa tanto as fronteiras invadidas </i></span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Minor Detail</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">New Directions
Publishing, 2020), da escritora e ensaísta palestina </span></span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">Adania Shibli</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">OS ASSASSINOS</span></b><span style="color: black;"> - [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Há um velho ditado que diz que quando um idoso morre, uma biblioteca
desaparece</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Acredito que existem dois tipos de pessoas neste mundo: aquelas
que frequentam livrarias e aquelas que não o fazem</i>. [...] <i>Sinto-me
seguro de que o mundo está cheio de livros que as pessoas leem constantemente.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não importa quanta
informação esteja disponível, ou quão fácil seja obtê-la, quando tudo estiver
dito e feito, os livros só podem ser lidos se você os ler, linha por linha,
página por página</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>O medo é um tempero que dá
credibilidade.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A quantidade certa espalhada em
qualquer história a torna plausível</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. Trechos extraídos da obra </span></span><span class="a-text-bold"><i><span style="color: black;"></span></i></span><span class="a-text-bold"><i><span style="color: black;">The Aosawa Murders</span></i></span><span class="a-text-bold"><span style="color: black;"> (</span></span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Bitter Lemon,
2020), da premiada escritora japonesa </span></span><b><span style="color: black;">Riku Onda.</span></b><span style="color: black;"> <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A ENTREVISTA COM
A ARTE DE SOCORRO CUNHA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrmMyjlBXoNK-v2TkdHvy5EdsAnpVN75NmcGeEbvc5vQGa43uc_2osv7Cqp1HGbbBDSYyr7HfiRJpl8eDRrBsdBwyJGlp0ciG1whr4ivEn9NyIhYEa5ubdM9DJoTxzgLJ7odUQr05sRKQwuWnxNFSSgKaZoq9q74mV2m11yqtJGykP3jK7a-DWcw/s645/3%20socorro%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="645" data-original-width="645" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrmMyjlBXoNK-v2TkdHvy5EdsAnpVN75NmcGeEbvc5vQGa43uc_2osv7Cqp1HGbbBDSYyr7HfiRJpl8eDRrBsdBwyJGlp0ciG1whr4ivEn9NyIhYEa5ubdM9DJoTxzgLJ7odUQr05sRKQwuWnxNFSSgKaZoq9q74mV2m11yqtJGykP3jK7a-DWcw/w400-h400/3%20socorro%20(1).jpg" width="400" /></span></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Tenho participado de momentos marcantes para mim, com o
desenvolvimento deste trabalho</span></i><span style="color: black;">...<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Entrevista com a escritora, pedagoga, contadora de
histórias e compositora <b>Socorro Cunha</b>. Veja <b><i><a href="https://brincabrincarte.blogspot.com/2023/10/a-arte-de-socorro-cunha.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">AFAGOS DA TERNURA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbSFDZyUwaZU7LNKJdEp5NUAiTtIS806szf-MZxR7N9Ae02KvZ9uXQlxzPH6MODQxTrMck-lTiFEyrUNOVLDz30B3tKBg45dIMohHR8ndiVN1DuTJsseqgBXMa2jepjxZK7Fx5Sh2O7BCMcVJgO0wt1-AMayF1SOqKulH4B79JhK2GkrnJcSm3WQ/s1655/4%20AFAGOS%20DA%20TERNURA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1655" data-original-width="1105" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbSFDZyUwaZU7LNKJdEp5NUAiTtIS806szf-MZxR7N9Ae02KvZ9uXQlxzPH6MODQxTrMck-lTiFEyrUNOVLDz30B3tKBg45dIMohHR8ndiVN1DuTJsseqgBXMa2jepjxZK7Fx5Sh2O7BCMcVJgO0wt1-AMayF1SOqKulH4B79JhK2GkrnJcSm3WQ/s320/4%20AFAGOS%20DA%20TERNURA.jpg" width="214" /></span></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Queremos cuidar da Mãe Terra que nos surpreende
em cada estação, e aprender a lição das águas que se renovam na passagem dos
rios e nas ondas do mar. Somos gratos à vida que muito nos tem presenteado</i>...
[...].<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído da obra <i>Afagos de Ternura</i> (Autora,
2023), da escritora e blogueira graduada em Comunicação Social e Jornalismo, <b>Vanise
Rezende</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/delmira-agustini-elif-shafak-masud-khan.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrXjKkZ-jvwRaBnYoCPfBrK7c6F2oGxVgn_y0DxGxd2fwIzXD97Y3JNwcksrAOckPdZXJy_XW07K0LbLvkT0v4DTV_2U64f8UAUL5yp3DJGDv4duJx1mMehLFQod1j_UlnDNcoRVoZa0sWWeYWoyxdubWZWcavje_ciPG4QKxOGzAlL1Xv02Dnug/s2329/COLAM%20TTTTT2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrXjKkZ-jvwRaBnYoCPfBrK7c6F2oGxVgn_y0DxGxd2fwIzXD97Y3JNwcksrAOckPdZXJy_XW07K0LbLvkT0v4DTV_2U64f8UAUL5yp3DJGDv4duJx1mMehLFQod1j_UlnDNcoRVoZa0sWWeYWoyxdubWZWcavje_ciPG4QKxOGzAlL1Xv02Dnug/s320/COLAM%20TTTTT2.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-66126935482508493892023-10-25T17:55:00.004-03:002023-10-25T17:55:51.791-03:00DELMIRA AGUSTINI, ELIF SHAFAK, MASUD KHAN, GINÁSIO MUNICIPAL & PINTANDO NA PRAÇA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfv_7JCvvex1K90kO0oxkqhEaR-OARCCej21R47xkSpTlVPZOXKzNw1Q-b3bB_mmTbw6RIrxttzrW06N3d298mJt7504_oEq1eaoxlfWyNb4ly2IuJlNlc6blqxLPIJwc6qJpeVwMD_FOkqp0-V5xKXAxv175VNOCCjvThy2lfQCFMwt_5RB1Msw/s2329/ARTLAM%20TANTO%20MELHOR%20SER%C3%81....jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1657" data-original-width="2329" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfv_7JCvvex1K90kO0oxkqhEaR-OARCCej21R47xkSpTlVPZOXKzNw1Q-b3bB_mmTbw6RIrxttzrW06N3d298mJt7504_oEq1eaoxlfWyNb4ly2IuJlNlc6blqxLPIJwc6qJpeVwMD_FOkqp0-V5xKXAxv175VNOCCjvThy2lfQCFMwt_5RB1Msw/w400-h285/ARTLAM%20TANTO%20MELHOR%20SER%C3%81....jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">Tudo é inspiração, tudo tem som, cor e ritmo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">.</span></span><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;">Ao som dos álbuns <i>Attraction</i> (1995), <i>Night Train</i> (Munich,
2002), <i>Come Escape with Me</i> (Munich, 2005), <i>September Suite</i>
(Munich, 2005), <i>Sketches</i> (Munich, 2010), <i>Twelve</i> (In+Out, 2012), <i>Blue
Whisper</i> (In+Out, 2015), <i>Road to the Sun</i> (AmFi, 2018) e <i>Persistence</i>
(AmFi, 2020), da pianista Azerbaijani, <b>Amina Figarova.</b> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">TANTO MELHOR SERÁ
QUANTO MAIS OU MENOS</span></b><span style="color: black;"> – Para quem pelas lonjuras e latitudes
abissais, tanto faz se perto ou não na direção das ventas, cipoadas de todo
jeito: quem da carne à pedra bruta cant&verso noitedia <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/07/odilon-redon-heather-nova-armando-lobo.html" target="_blank">luz&ar</a></b>
fosse a vez da voz. Reviravoltas, ah, é da vida, o que vai volta e depois se
não entorta sobram as carpideiras com seus olhares indigentes sobre o sangue
derramado: o imortal partiu desta para não sei qual. Quantas vezes minha cabeça
rolando pelas escadarias, escondia o medo mesmo que tivesse tomado de pânico do
mundo no maior pavor! Talvez hesitações, talvez: quem não cometeu um grave erro
por não ter escolha, nem era possível predizer. Fiz o melhor que pude, sabia,
ainda era pouco, carga pesada demais por castigo. Eis o desejo entrando pela
porta com <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/07/clarice-jocy-oliveira-agostinho-silva.html" target="_blank">Clarice Lispector</a></b>: <i>As coisas obedecem ao sopro vital.
Nasce-se para fruir. E fruir já é nascer... de repente as coisas não precisam
fazer sentido. Satisfaço-me em ser</i>... E sou como se o pudor fugisse pela
janela, como quem livrasse o raio num seixo abrigo, outro seria triz e vento: como
quem morresse para ressuscitar outro no mesmo instante, nem queria que me
vissem assim, porque já <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/07/osman-lins-levertov-jurandir-freire.html" target="_blank">Denise Levertov</a></b> ao ouvido: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Gosto de encontrar o que
não se encontra imediatamente, mas está dentro de algo de outra natureza, em
repouso, distinto</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">...</span></span><span style="color: black;">Quem diria não ao
ódio e o amor fizesse festa das entranhas e estrelas sorrissem o prêmio da
vida. Quem não <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/09/quando-algo-der-errado-nao-adianta.html" target="_blank">Sylvia Plath</a></b>: <i>Ninguém no caminho, e nada, nada a não
ser amoras... Talvez quando nos encontramos querendo tudo, é porque estamos
perigosamente perto de não querer nada</i>... Tanto melhor se bem soubesse o
que de mais fosse ao menos real: o filho vale impressão de pai ou não. E era <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/06/dia-mundial-do-meio-ambiente.html" target="_blank"><b>Nêmesis</b>
</a>nua e com derrisão na janela da insônia... Suas mãos cheiravam a saudade e
inventavam fragrâncias agradáveis. Sabia da excentricidade da paixão, ladra de
corações e o seu revide escarlate: quem da mão promove aceno pra de si
compartilhar caminhos. Também tinha a minha história de sobrevivência, segui o
curso e transbordei, coração saindo pela boca cheia de palavras sem ter onde
despejar e sucumbindo ao inexorável - apenas tentei trilhar meu próprio destino
e me reconciliar comigo mesmo. Talvez o mundo não seja o inferno que se vê e
vive, talvez. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">DOIS
POEMAS<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5F9Ww6GQmqgPcJ1K8vbfRpzIX0AyKctD5jeej51in4r9Gq5CLlUFVsxD05vdlKN-kUtdS4I3pLhtvoFda9QJSBJMLzRMbqUfjnsuTdgCKjxMkZDPiDyl-QNuXF8clNhjwpTYJYOxRLPYVjHbWZUm4pQZUkZxYj65E7c9V3h7jlLV-SEbudtivQA/s2321/ARTLAM%20TANTO%20MELHOR%20SER%C3%81...2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1657" data-original-width="2321" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5F9Ww6GQmqgPcJ1K8vbfRpzIX0AyKctD5jeej51in4r9Gq5CLlUFVsxD05vdlKN-kUtdS4I3pLhtvoFda9QJSBJMLzRMbqUfjnsuTdgCKjxMkZDPiDyl-QNuXF8clNhjwpTYJYOxRLPYVjHbWZUm4pQZUkZxYj65E7c9V3h7jlLV-SEbudtivQA/s320/ARTLAM%20TANTO%20MELHOR%20SER%C3%81...2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem:
Acervo <b>ArtLAM</b>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">O NÓ: </span></i><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O idílio deles era um longo sorriso
de quatro lábios...</span></i></span><i><span style="color: black;"> \ No colo quente da loira primaveril \ Eles
se amavam tanto que entre seus dedos sábios \ A forma divina da Quimera pulsou.
\ Nos palácios luminosos das tardes calmas \ Eles falavam uma língua que
parecia chorar, \ E beijaram-se profundamente até morderem a alma!... \ As
horas caíram como flores douradas, \ E o Destino interpôs suas duas mãos
geladas... \ Ah!</span></i><span class="hwtze"><i><span style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Os corpos cederam, mas as almas
trançaram</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span style="color: black;"> \ Eles são o nó mais intricado que já
existiu... \ Em luta com suas loucas complicações sobre-humanas \ As Fúrias da
vida quebraram suas mãos \ E Ananké cansou seus dedos supremos...<o:p></o:p></span></i></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">TUA BOCA: </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu estava fazendo um trabalho divino, na rocha</span></i></span><i><span style="color: black;"> \
Crescente do Orgulho.</span></i><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Da vida
distante,</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span style="color: black;"> \ Alguma pétala vívida voou para mim pela
manhã, \ Alguns beijos durante a noite. \</span></i></span><span class="hwtze"><i><span style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Tenaz
como um louco,</span></i></span><span class="rynqvb"><i><span style="color: black;"> \ Minha obra divina na rocha
secou. \ Quando sua voz derrete como um sino sagrado \ Na nota celestial a
vibração humana, \ Ele estendeu seu laço dourado até a borda da sua boca; \ —
Maravilhoso ninho de vertigens, sua boca! \ Duas pétalas de rosa fechando um
abismo…\ — Trabalho, trabalho de glória, doloroso e leve; \ Tecido onde meu
espírito se tramava! \Você permanece na orgulhosa cabeça da rocha, \ E eu caio,
sem fim, no abismo sangrento!</span></i></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poemas da
poeta uruguaia <b>Delmira Agustini</b> (1886-1914), Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/delmira-agustini-christiane-nusslein.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">AS QUARENTAS
REGRAS DO AMOR</span></b><span style="color: black;"> – [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Tente não resistir às mudanças que
surgem em seu caminho.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Em vez disso, deixe a vida viver
através de você.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E não se preocupe, pois sua vida
está virando de cabeça para baixo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como você sabe que o
lado que você está acostumado é melhor do que o que está por vir? </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>O passado é um
redemoinho.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Se você permitir que ele domine o
seu momento presente, ele o absorverá. O tempo é apenas uma ilusão.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O que você precisa é
viver este exato momento.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Isso é tudo que importa</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Coisas que
podem parecer maliciosas ou infelizes são muitas vezes uma bênção disfarçada,
enquanto coisas que podem parecer desagradáveis podem ser prejudiciais a longo
prazo</i>. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...]. Trechos
extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">The Forty Rules of Love</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Penguin, 2015), da escritora turca </span><b>Elif
Shafak</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">A EXPERIÊNCIA DOS
SONHOS</span></b><span style="color: black;"> – [...] <i>Sei o que é o domingo para um
homem pobre que trabalha. Sei, principalmente, o que é a noite do domingo e se
pudesse dar um sentido e uma figura àquilo que sei, poderia fazer de um domingo
pobre uma obra de humanidade</i>. [...]. Trecho extraído da obra <i>De l’Expérience
du Rêve à la Réalité Psychique</i> - <i>Le Soi Cachê</i> (Gallimard, 1976), do
psicanalista paquistanês <b>Masud Khan</b> (1924–1989).<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">GINÁSIO MUNICIPAL<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo6u4O8swizyPNRns5gY_VEtvbysCxWpTVoMmaXGRMVoCSiZXZjCnSI_IOhqLIxttuPnROZqVmr5UXO_RMIBZkPNuYD_yOnVX7Rozbnsx0l9LDj5saP4IuMHv-g32tvkWdbJJYHPTOGXqwIPjvEeB0OndxJayHxCnt_s4vunhnkChjrrxRR3FmsA/s1608/LIVRO%20DO%20GIN%C3%81SIO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1608" data-original-width="1122" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo6u4O8swizyPNRns5gY_VEtvbysCxWpTVoMmaXGRMVoCSiZXZjCnSI_IOhqLIxttuPnROZqVmr5UXO_RMIBZkPNuYD_yOnVX7Rozbnsx0l9LDj5saP4IuMHv-g32tvkWdbJJYHPTOGXqwIPjvEeB0OndxJayHxCnt_s4vunhnkChjrrxRR3FmsA/s320/LIVRO%20DO%20GIN%C3%81SIO.jpg" width="223" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">[...] <i>Aos 75
anos da História do Ginásio Municipal, recheada de eventos, a marca que criou
para a educação palmarense o torna maior do que é pela capacidade de sempre
abrir suas portas e janelas a quem sempre desejou aprender</i> [...].<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído
da obra <i>História do Ginásio Municipal de Palmares</i> (Rascunhos, 2023), do
professor e escritor <b>Marcondes Calazans</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/09/cronicas-palmarenses-ginasio-de-palmares.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/08/lewis-carroll-rogers-dejours-cesar-leal.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/09/steven-pinker-neila-tavares-isadora.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Pintando na Praça<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiufR0NGHgRSWKxyhQWxbq-D9IyEkylFT0mfQBAkaSOy_e6LBx6p2GKTF467i1d8sBy6qEEqnBB2xY6Bobms5iVs0qxDfQMj1FNgKI6zVCu6OB1XY78QEkCSPgMU7qBGe6gbrU69NSmPm2XZrpWDij-jj5z9RM7uqRGGNv2aEsRlKoK1lv2LApewg/s1608/cPINTANDO%20NA%20PRA%C3%87A.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1608" data-original-width="1122" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiufR0NGHgRSWKxyhQWxbq-D9IyEkylFT0mfQBAkaSOy_e6LBx6p2GKTF467i1d8sBy6qEEqnBB2xY6Bobms5iVs0qxDfQMj1FNgKI6zVCu6OB1XY78QEkCSPgMU7qBGe6gbrU69NSmPm2XZrpWDij-jj5z9RM7uqRGGNv2aEsRlKoK1lv2LApewg/s320/cPINTANDO%20NA%20PRA%C3%87A.jpeg" width="223" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: "Georgia",serif; mso-bidi-font-family: Tahoma;">No
próximo dia 28 de outubro, a partir das 9h, acontecerá na Praça Paulo Paranhos,
centro de Palmares, mais uma edição do projeto Pintando na Praça, uma
realização Instituto de Belas Artes Vale do Una (IbaValeUna), que é </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">uma associação de caráter social, educacional, artístico e
cultural, presidido pelo poeta e artista plástico Paulo Profeta, e é
realizada anualmente desde 2010, tendo por objetivos principais o de formação e
capacitação de artistas e arte-educadoras nas áreas de artes visuais, animação
e empreendedorismo cultural; promoção da cultura, defesa e conservação do
patrimônio histórico e artístico, entre outros. O</span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;"> projeto além de Palmares também já contemplou diversos municípios pernambucanos,
não só contando com atividades e exposições de artistas pernambucanos de renome
nacional, como revelando artistas locais e da região Mata Sul de Pernambuco,
entre outras regiões do estado. </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">A
instituição ainda desenvolve atividades na </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">Escola de Belas Artes Vale do Una, dispondo
de cursos e oficinas de Pintura Artística I, Desenho Artístico I, Modelagem
Tridimensional em Argila, Técnica de Modelagem, Encadernação Artesanal,
Serigrafia Artística através de Técnicas Artesanais, Técnica de Marcheteria com
Folheado e Produtos de Resina em Poliéster, como também exposições oriundas do
BarroFino, com peças artesanais em barro, entre outras atividades. </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">SERVIÇO: </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">Evento: Pintando na
Praça em Palmares. </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">Data & horário:
28/10, a partir das 9h. </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">Onde: Praça Paulo
Paranhos – Palmares – PE </span><span style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify;">Contato: (81)
98853-0231. </span><span style="font-family: georgia;">Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/10/adela-cortina-sonia-hernandez-trudi.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/10/pintando-na-praca-alejo-carpentier.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/darcy-ribeiro-titane-jane-botalia-nunes.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span></p><p></p><p>
</p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">POESIA VITAL
ABSOLUTA<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPfYX3u1isYDujCg39HwHFQrlKCaJNya0JZP22qgXllUhbO5kPHnepOEWjAaBmaWvQt0BWeq5ygtnMJKjaKUV11jIR8crwjMWi9Z-dUxVKPabSe0xLuJfmkxl_pRV8aF5XrHOHiKhndcQGLI7F9Fo78nr8qDiCX87HHR2GGKH5R55XVB7Wow53lg/s916/CAPA%20VCA.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="665" data-original-width="916" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPfYX3u1isYDujCg39HwHFQrlKCaJNya0JZP22qgXllUhbO5kPHnepOEWjAaBmaWvQt0BWeq5ygtnMJKjaKUV11jIR8crwjMWi9Z-dUxVKPabSe0xLuJfmkxl_pRV8aF5XrHOHiKhndcQGLI7F9Fo78nr8qDiCX87HHR2GGKH5R55XVB7Wow53lg/w400-h290/CAPA%20VCA.jpeg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Lançado
recentemente durante a segunda da edição da Feira de Livros & Artes dos
Palmares (FLIARP), o livro <i>Poesia Vital Absoluta</i> (CriaArt, 2023) já está
disponível para os interessados. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/09/svetlana-alexievitch-nidia-marina.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/birute-mar-kristin-hannah-narges.html" target="_blank">aqui </a></i></b>e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/akiko-yosano-kostas-axelos-molly.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixVFn9711oi1Bc2j42FQ8nAlW6stm-2CY1N7vBgMliu9x5oPBxst1yQNgaRfG6_EaWmc-OaFCOcCDmxzAd6Vnz9fZIn0lZHbmZwB-7lCxj1xyKgmUtGwu1KmxoTVSWMAB-Urh0aHgzj9jB_2q0bobFnxeVP0CO9L7uWwlS1tx-Jt8LnFUOXSyL1g/s2329/COLAM%20TTTTT.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixVFn9711oi1Bc2j42FQ8nAlW6stm-2CY1N7vBgMliu9x5oPBxst1yQNgaRfG6_EaWmc-OaFCOcCDmxzAd6Vnz9fZIn0lZHbmZwB-7lCxj1xyKgmUtGwu1KmxoTVSWMAB-Urh0aHgzj9jB_2q0bobFnxeVP0CO9L7uWwlS1tx-Jt8LnFUOXSyL1g/s320/COLAM%20TTTTT.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-19066355476924927942023-10-18T16:16:00.006-03:002023-10-18T17:50:32.535-03:00AKIKO YOSANO, KOSTAS AXELOS, MOLLY CRABAPPLE, HERMILO & FLIARP<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjic3eDTVuh0MnVKvW9QAuUvSAwiU51aucStgWB8PjhE88X7LiXPBtF_AW7AFP2T_RwZlnUb37sLkiI8sJRIelCFiIrM4ODkvRc_DN2yaez0Gj-LmjaTBo5ExBQL1Mt8IFvW6IsyvUHcxfuAJTYYdtE6gPtmj-kIZoL2bbNTyjSi4zKh-15GmRnoQ/s2329/ARTLAM%20RENASCINZAS%201.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjic3eDTVuh0MnVKvW9QAuUvSAwiU51aucStgWB8PjhE88X7LiXPBtF_AW7AFP2T_RwZlnUb37sLkiI8sJRIelCFiIrM4ODkvRc_DN2yaez0Gj-LmjaTBo5ExBQL1Mt8IFvW6IsyvUHcxfuAJTYYdtE6gPtmj-kIZoL2bbNTyjSi4zKh-15GmRnoQ/w400-h286/ARTLAM%20RENASCINZAS%201.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT;">A
alquimia e a magia tratam de como materiais mundanos, benignos e abundantes
podem ter um efeito maior do que a soma de suas partes.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT;">Para
mim, criatividade é alquimia. Quero ter um efeito benéfico em sua fisiologia,
mas não é da minha conta o que acontece depois disso... É meu presente para
você</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">Ao som do </span><i><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;">Tribute to
Wayne Shorter - ARTE Concer</span></i><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;">t (</span><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt;">Festival Bielska Zadymka Jazzowa à
Gliwice, Pologne, 2023), da contrabaixista e cantora estadunidense </span><b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Esperanza Spalding<i>.</i></span></b><em><span style="font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p></o:p></span></em></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><em><span style="color: #444444; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; font-style: normal; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: major-fareast;"><o:p> </o:p></span></em></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><b><span>RENASCINZAS</span></b><span>... – Um dia e outro o mesmo: não fosse minha inquietude das estrelas,
jamais discerniria entre o dilúculo e o ocaso, incólume pelas conflagrações,
como se pisasse sobre os ossos dos que fracassaram. Desconfortável andança, mas
seguia em frente. Um tanto de vezes sentia-me imerso às tramas do </span><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/memoria-e-esquecimento.html" target="_blank"><em><b>Replay</b></em><b> de Ken Grimwood</b></a>, como se já tivesse feito
não apenas doze ou quinze a mais dos <b><span style="mso-themecolor: text1;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/05/chaplin-rodin-borges-hesiodo-vinicius.html" target="_blank">trabalhos de Hércules</a>,</span></b><span style="mso-themecolor: text1;"> com o dobro das <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/01/campbell-picabia-norma-de-souza-lopes.html" target="_blank">mil faces de Campbell</a></b> n’<i>O</i> </span><i>Groundhog
Day</i><span style="mso-themecolor: text1;"> de </span><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/memoria-e-esquecimento.html" target="_blank">Harold Ramis</a></b><span style="mso-themecolor: text1;">: não era o que
parecia, mas era o <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/12/elena-ferrante-julia-kristeva-noelle.html" target="_blank">amor fati</a></i></b> no meu <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/02/nietzsche-jung-stanisaw-szukalski-tiago.html" target="_blank">eterno retorno</a></b> de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/12/nietzsche-lou-miguel-covarrubias-ana.html" target="_blank">Nietzsche</a></b>
– e a cada degrau, deserdado e enlouquecido. Tudo revivia a todo instante: era
31 de março e eu só tinha 4 anos no aniversário do meu pai, ou 8 de janeiro e a
minha filha pedia atenção pro futuro enquanto estampava a foto de Herzog
pendurado pelo pescoço e o dia D pra sindemia de fogo nas Amazônias e Pantanais,
um dia e tantos os mesmos como os que doíam nas <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/programa-domingo-romantico-especial-da.html">Filhas da Dor</a> </b>– e uma
delas a heroina de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/funcoes-do-superego-e-mecanismos-de.html" target="_blank">Maureen Murdoc</a></b>: </span><i>O segredo do seu futuro
está escondido na sua rotina diária</i>... <span style="mso-themecolor: text1;">Então embarcava na aventura e me jogava de olhos fechados; ao despertar era
como se nada houvesse, nada acontecido – pior: parecia mesmo a porta dos
infernos aberta e estragasse tudo, porque </span><b>Andie MacDowell</b> apontava
para a procissão da idiocracia – a pandemia de idiotas cheios de razões
folgazãs<span style="mso-themecolor: text1;">. Era ela <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/doris-lessing-nathalie-sarraute-nelson.html" target="_blank">Doris Lessing</a></b>: </span><i><span lang="DE">Aprendizado
é isso: de repente, você compreende alguma coisa que sempre entendeu, mas de
uma nova maneira... Não é a inteligência que escasseia, mas a constância</span></i><span lang="DE">... Eram outros fevereiros, nada que
desse vontade de frevar ou cair na gandaia, muito menos recorrentes dezembros
que me causavam asco de tanta hipocrisia.<b> <a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/06/louise-gluck-monica-lavin-lidia-jorge.html" target="_blank">Louise Gluck</a></b> ali me avisava: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Olhamos para o mundo uma vez, na infância.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">O
resto é memória... Eu te aviso como nunca fui avisada, você nunca vai desistir,
você nunca ficará saciado</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">...
Resolvi então voltar pra casa</span></span><span>... Tudo por
consertar, tudo, já sabia. Pode ser tarde, mas agirei, tentarei pelo menos. Era
como buscasse onde está você que sou eu e restava o mesmo dia e uma charge de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/funcoes-do-superego-e-mecanismos-de.html" target="_blank">Bob Mankoff</a></b>: <i>Tudo bem, a vida é sórdida, brutal e curta, mas você sabia
disso quando se tornou um homem das cavernas</i>... Caminhei sozinho e senti o
pulso de Deus: não espero que ninguém me dê a mão, dou as minhas... Não espero
que ninguém me dê abrigo, oferto o meu... Do nada nem nenhuma, </span><b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/01/cronica-de-amor-por-ela-convite-bauman.html" target="_blank">renascinzas</a></b>, o amor assim... Até mais
ver.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span><o:p><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;">UM POEMA...
TRÊS...<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: #444444;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6l8zECceiBDkP6Erj6nhJLlSPYECegXS7X3OSqeoL4nODGqMcaz7GKCpHlFgHK5Wye8uoKI1HVv9DKSWDbJISISjLcz9TWIH8VdWGFgsw5Yj_uIXOgFitDqCbYOCT2DlGHyJy91FhuZA4_d3HP3ytSmTzQxx8KWPrqQ1FA6wlYBV2up_RvC4MWA/s2329/ARTLAM%20RENASCINZAS2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #444444;"><img border="0" data-original-height="1657" data-original-width="2329" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6l8zECceiBDkP6Erj6nhJLlSPYECegXS7X3OSqeoL4nODGqMcaz7GKCpHlFgHK5Wye8uoKI1HVv9DKSWDbJISISjLcz9TWIH8VdWGFgsw5Yj_uIXOgFitDqCbYOCT2DlGHyJy91FhuZA4_d3HP3ytSmTzQxx8KWPrqQ1FA6wlYBV2up_RvC4MWA/s320/ARTLAM%20RENASCINZAS2.jpg" width="320" /></span></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><i><span>I – </span></i><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">segurando os seios;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">entre as mãos,
silenciosamente, \ ele remove o véu do mistério: \ aqui estão flores \ de uma
cor escarlate intensa! <o:p></o:p></span></i></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">II –
Seu senso de pecado, \ Este é você compassivo; \ Tudo o que estou dizendo é, \
Isso vai me deixar louca, \ Sua criança inocente</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">III –
A primavera encurta, \ E para a vida imortal! \ Há poder, para tocar, \ Há
sangue em meus seios, \ Um bom lugar para a mão dele</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span lang="PT">Poemas
da poeta, feminista, pacifista e educadora japonesa </span></span><b>Akiko Yosano</b> (Yosano Shiyo –
1878-1942).<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><o:p><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><b>TIRANDO SANGUE</b> - [...] <span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Os radicais
muitas vezes suspeitam da beleza da corrupção.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Embora às vezes sejam filhos da puta
tensos, eles estão certos em uma coisa: a arte por si só não pode mudar o
mundo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">As canetas não
podem enfrentar espadas, muito menos drones Predadores.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Mas à medida que a decepção e a violência
se espalham, o antídoto é uma generosidade que a melhor arte ainda pode
inspirar</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">O talento é essencial, mas o dinheiro compra a oportunidade de descobrir
esse talento.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Fingir o contrário é cuspir na cara de todo gênio falido</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Para fazer alguém amar
você, veja-o como a pessoa que ele deseja ser</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Sob lâmpadas nuas, os
artistas pintaram fantasmagorias poderosas o suficiente para ameaçar exércitos</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">.</span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">A arte é esperança
contra o cinismo, criação contra a entropia.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Fazer arte é um ato de amor e desafio</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Garotas como eu usavam
a Web de todas as maneiras que nossos pais temiam.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Lemos manifestos anarquistas e trocamos
pornografia chocante com homens adultos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Estragamos garrafas de vodca perfeitamente boas tentando fazer absinto com
receitas que aprendemos na gótica Martha Stewart</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">O globalismo dá menos
margem de manobra aos filhos brilhantes de um país pobre</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Quando pensei em cada
proposta ou ameaça que recebi andando pela rua com meu corpo de menina, decidi
que poderia muito bem ser pago pelo problema </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT">[...].
Trechos extraídos da obra </span></span><i>Drawing
Blood</i> (<span class="a-list-item">Harper, 2017), da escritora e artista estadunidense </span><b>Molly
Crabapple</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/funcoes-do-superego-e-mecanismos-de.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span class="a-list-item"><o:p><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><b><span>A TÉCNICA</span></b><span> – [...] <i>o Jogo, sem que exista, perpassa toda e qualquer técnica e a
técnica mundial em geral em sua totalidade fragmentária e fragmentada. A
técnica procura tomar posse do tempo. O Tempo – o jogo do Tempo – é que supera a
técnica por inteiro. O futuro da técnica destinado a reger o tempo por vir é ultrapassado
pelo Jogo do Tempo que esmaga igualmente a técnica. Se o que está em jogo na
técnica é o mundo, a própria técnica constitui uma constelação figurativa e não
figurativa do que se joga sob o horizonte do Mundo. Ela é o andaime planetário,
a última figura – até agora – do Mundo. Depois da Natureza, Deus e o Homem, é
ao Andaime técnico a quem cabe tentar jogar o destino do mundo. Mas o Mundo
permanece aberto</i>. [...] <i>Não é a reflexão – ainda que fosse
técnico-científica – que pode situar-nos em relação à Abertura do Mundo; é o
pensamento. Com a ironia mais penetrante, não se trata somente de apreender as
obras visíveis da técnica, mas de encontrar um certo acesso ao Invisível</i>
[...]. Trechos extraídos da obra <i>O futuro da técnica - Signos da técnica</i>
(Tempo Brasileiro, 1981), do filósofo grego <b>Kostas Axelos</b> (1924-2010),
que na obra Horizontes do mundo (Tempo Brasileiro\EdUFC, 1983), expressou que: [...]
<i>a luz de cada escrito vem de outros escritos</i> [...] <i>Desde certo tempo,
os homens - como indivíduos, como membros da sociedade, como fragmentos da
História do mundo - procuram viver e amar, falar e pensar. Eles trabalham,
lutam, morrem. Pelo quê? Pelo prazer problemático e pelo bem-estar a ser instalado
- para o qual, cada vez mais, tudo se torna muito pouco - pelo reconhecimento -
que se faz, de maneira crescente, perspectivista - pela realização da liberdade
na terra e pela condição mediada de todos? O que os move e para onde se movem?
E para que? O que há com as razões lógicas e mitológicas, com as forças do
processo histórico, com os fins humanos? Articulam-se em oscilações ou oscilam
articulando-se? Consolidam-se e dissolvem-se na história já jogada, repetem-se
continuamente e são constantemente superarticulados. Será que só nos resta - sem
saudosismo retroativo, sem desvalorização simplória do presente e sem utopia
escaltológica - continuar, aprofundar e alargar o jogo?</i> [...] <i>as
perspectivas do pensamento inscrevem nos horizontes do mundo, no horizonte do
tempo – com horizontes sempre unitariamente tridimensionais –, porque os
horizontes do jogo do Mundo são ao mesmo tempo horizontes do jogo do Tempo. O
mundo, o tempo e o Jogo deles obedecem ao mesmo ritmo</i> [...] <i>cada um dos
diferentes mundos do Mundo tem seu horizonte específico e só os horizontes do
‘próprio’ Mundo são ilimitados, a saber, podem ultrapassar seus limites</i>. [...].
Já na entrevista <i>Mondialisation without the world</i> (Radical Philosophy, 2005),
ele assinalou que: [...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">A
globalização nomeia um processo que universaliza a tecnologia, economia,
política e até civilização e cultura.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Mas permanece um pouco
vazio.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Falta o mundo como abertura.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">O
mundo não é o físico e totalidade histórica, não é o conjunto mais ou menos
empírico de conjuntos teóricos e práticos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">Ele se implanta.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT">A
coisa que é chamada a globalização é uma espécie de mundialização sem mundo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT"> [...]. A ele são atribuidos os pensamentos: </span></span><i><span>Perdemos o sagrado da saúde sem termos descoberto o da loucura... </span></i><i>Não conheço ninguém que
saiba falar do corpo. Apenas se balbuciam banalidades ou coisas enfadonhas</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><o:p><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;">PALMARES & O CORAÇÃO<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU_ganv7-3YpQH3K1_SmhDWBfxxM3w9qpANVp2H76wM62XsmZWUWNhTZfsw7_A2dtnvBHa4IiwNb19hb7MTc4rge_oI1Gj8ke-tWcpyK3PiRBPzhD-OmCTIhLOUGMuuVNyCiNis8jE-W78qe3vaNZFPt2_exFF-lr7SmW0g97t6iPG7suPPwfPyA/s244/4%20HERMILO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #444444;"><img border="0" data-original-height="244" data-original-width="151" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU_ganv7-3YpQH3K1_SmhDWBfxxM3w9qpANVp2H76wM62XsmZWUWNhTZfsw7_A2dtnvBHa4IiwNb19hb7MTc4rge_oI1Gj8ke-tWcpyK3PiRBPzhD-OmCTIhLOUGMuuVNyCiNis8jE-W78qe3vaNZFPt2_exFF-lr7SmW0g97t6iPG7suPPwfPyA/s1600/4%20HERMILO.jpg" width="151" /></span></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;"><i>Ficou o convite, que me lavou o peito, porque
afinal de contas neste meu coração despedaçado estão os restos das noitadas no
Alto Lenhador, das fritadas de Doroteu, das cachaças de Guará, dos amores de
Quiterinha, das fomes periódicas, das humilhações constantes, das revoltas
sufocadas, das noites de lua, das líricas namoradas, dos sonhos, das leituras
até alta madrugada à luz de candeeiro, das mortes, do que escrevi, do que
menti, do que amei, do que me mentiram, que tudo foi Palmares e que Palmares é,
na minha obra, mito e realidade</i>...<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído da obra <i>Palmares e o coração</i>
(FCCHBF, 1997), do advogado, escritor, crítico literário, jornalista,
dramaturgo, diretor, teatrólogo e tradutor <b>Hermilo Borba Filho</b>
(1917-1976). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/07/o-feitico-da-naja.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/02/centenario-de-hermilo-borba-filho-1917.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/08/biblioteca-fenelon-hermilo-milton.html" target="_blank">aqui</a></i></b> & <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/11/hermilo-marcel-proust-francois-chesnais.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;">FEIRA DE LITERATURA & ARTES DOS PALMARES (FLIARP)<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzPEp6W1c-xQvOKqn545UKLvo3hSdJ7GUWMI_VLLe3PtwpqTdncLsIx523gxkfjHNI6sQInJYFGezGh8F4I6RKuDjV_eO_Pqa2iLLKSRxwk5pF9yluXiwK2eyxj9Ag_sOtZUwkctOvtSppZesVMo8Saytzw80Mn5YwmOMheiGGsgptxhgHnVlyfg/s684/5%20FLIARP%20VITAL.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #444444;"><img border="0" data-original-height="456" data-original-width="684" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzPEp6W1c-xQvOKqn545UKLvo3hSdJ7GUWMI_VLLe3PtwpqTdncLsIx523gxkfjHNI6sQInJYFGezGh8F4I6RKuDjV_eO_Pqa2iLLKSRxwk5pF9yluXiwK2eyxj9Ag_sOtZUwkctOvtSppZesVMo8Saytzw80Mn5YwmOMheiGGsgptxhgHnVlyfg/s320/5%20FLIARP%20VITAL.jpg" width="320" /></span></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: georgia; font-size: large;">Acontecerá entre os dias 19 e 21 de outubro, em
Palmares – PE, com a participação de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/04/jorge-de-lima-prigogine-murger-jomar.html" target="_blank">Murilo Gun</a></b> & <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/12/francois-de-malherbe-jameson-lowen.html" target="_blank">Admmauro Gommes</a></b>
lançando diversos livros do poeta e escritor <b>Vital Corrêa de Araújo</b>.
Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/birute-mar-kristin-hannah-narges.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVmtvQ4rXEYbfWxDzPj8mFtj-Vvofbc-wnNW1b7OVzzPlJrQ1IMVSHfr2ANWrJ0XMLFU4ZHQmA1TAIBygFzphKs8cx82_rhFPV-sPN4yC748ZfOGZj3Mg-AXfBrr-IxvzzQ4iWQGCeSw_fNZ4BZTu5qUae3gWDq29dETOcIv1uvL7WamzjY5SZtA/s2329/COLAM%20TTTTT%20VAMOS%20APRUMAR%20A%20CONVERSA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVmtvQ4rXEYbfWxDzPj8mFtj-Vvofbc-wnNW1b7OVzzPlJrQ1IMVSHfr2ANWrJ0XMLFU4ZHQmA1TAIBygFzphKs8cx82_rhFPV-sPN4yC748ZfOGZj3Mg-AXfBrr-IxvzzQ4iWQGCeSw_fNZ4BZTu5qUae3gWDq29dETOcIv1uvL7WamzjY5SZtA/s320/COLAM%20TTTTT%20VAMOS%20APRUMAR%20A%20CONVERSA.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-475461177744840372023-10-11T16:51:00.001-03:002023-10-11T16:51:05.990-03:00BIRUTĖ MAR, KRISTIN HANNAH, NARGES MOHAMMADI & PARADOXOS AZUIS.<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVIKLkpGvb4L4x2y8L_V8N4cqaCvVWi_dvDt2hUVpbxbRr875QgrkanUXEMdERey5snB_Puf9H_kcINHLrKfhJgxA4OnvEt19tZ2FzNoA_Iqb3Y1i_wI_5ivvOXEX3CjaSwZuGJhYhtH15mKuOThgOr9HnToUawshcgeAltzk12r4PBfEG4FlIrg/s2329/ARTLAM%20DEBREAGEM1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1641" data-original-width="2329" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVIKLkpGvb4L4x2y8L_V8N4cqaCvVWi_dvDt2hUVpbxbRr875QgrkanUXEMdERey5snB_Puf9H_kcINHLrKfhJgxA4OnvEt19tZ2FzNoA_Iqb3Y1i_wI_5ivvOXEX3CjaSwZuGJhYhtH15mKuOThgOr9HnToUawshcgeAltzk12r4PBfEG4FlIrg/w400-h281/ARTLAM%20DEBREAGEM1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">O som pode realmente atuar como um gatilho para a memória
e, em seguida, trazê-lo de volta a um lugar e hora específicos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">Eu queria trazer essas
vozes do passado para o presente</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som do premiado </span></span><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">We Shall Be All</span></i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"> (<span class="rynqvb">Prêmio Turner de 2010) e <i>Pledge</i> (2002), instalações
sonoras da artista escocesa </span></span><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">Susan Philipsz</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">PONTO DE
DEBREAGEM, ARS ENVENIEND... - </span></b><span style="color: black;">Versos soavam dos
meus ossos, poema da carne – quantos pesos e muitas medidas. Nunca fui poeta,
apenas vitimado. Sempre enfrentei o perigo da estagnação e do nada, embora
imerso numa sufocante estase nada revigorante. Nunca temi a roda do
arrependimento, era o sisifismo: os mistérios são muitos menos novidades, simulações
apenas, simulacros do inacessível. O que não era poesia nem música o que seria
se mexia dentro da gente e parecia outra coisa, laivos do futuro, talvez. Inaugurei
o que poderia ser de festa e o olho no dilema: a jornada do herói imigrante
condenado à queda, tal qual Bastian da <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/04/historia-sem-fim.html" target="_blank">História sem fim</a></i></b> de <b>Petersen</b>
– da obra de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/11/exposiofeira-de-livros-lam.html" target="_blank">Michael Ende</a></b>, quando, na verdade, apenas um leitor voraz na
trama da <i>Continuidade dos parques</i> de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/08/cortazar-eduardo-galeano-agrippina.html" target="_blank">Cortázar</a></b>: jamais poderia me
safar do sórdido, como se coagido pelos estudantes do colégio Marquês de
Arapongas. Talvez essa a minha punição de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/06/esquilo-wilber-vieira-villa-lobos.html" target="_blank">Prometeu</a></b>, a sanção nas opções
de<a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/12/jorge-luis-borges-solzhenitsyn-camus.html" target="_blank"> <b>Camus</b></a>. Optei por me rebelar à doença niilista e o absurdo, a fugir sobrecarregado
– era eu na <i>overwhelmed</i> de <b>Valéria Duca</b>... Não me rendi jamais e
fui ter com a imperatriz da fantasia, atingido pelo inesperado: lá estava eu
dislálico diante de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/07/programa-domingo-romantico-de-28-de.html?m=0" target="_blank">Nora Roberts</a></b>: <i>Algumas pessoas querem o simples, o
banal e o tranquilo. Isso não faz com que as pessoas que querem o complicado, o
extraordinário e o emocionante sejam gananciosas ou egoístas. Querer é querer,
qualquer que seja o sonho</i>... Apesar de parecer-me sardônica, não era:
incentivava meus sonhos. Qual intrigante, e daí? Pessoas vivem, nenhum
extremismo nem empolgação, pausas regulares, humor sombrio no julgamento dos
outros. Interpelou-me <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/04/shakespeare-zenobia-zola-casanova.html" target="_blank">Harriet Hosmer</a></b>: <i>Palavras são coisas frias e
formais... Eu honro toda mulher que tenha força o suficiente para sair do
caminho batido quando ela sente que sua caminhada encontra-se em outro</i>... Tanto
quis ao menos beletrista em estado de graça, impossível para quem pretenso <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/05/dante-emerson-mario-de-andrade.html" target="_blank">Macunaíma</a></b>
– sirvo lá pra grande coisa... Disse-me então <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/10/merce-rodoreda-harold-pinter-irving.html" target="_blank">Mercè Rodoreda</a></b>: <i>É bom
que, antes de escrever, se viva</i>... Sim, as cartas da vida, o que foi
abolido e a pedra de toque. Apesar de sempre tropeçar no meu próprio calcanhar
dizia sempre me mandassem a bola que resolveria a parada. Era aquele que se
achava pronto e toda vez me atrapalhava mãos pelas pernas. Sei, sempre jogaram
às minhas costas, quase me convenci ser eu próprio meu inimigo, dei para isso minha
ausência. O amor nunca foi fácil porque não será jamais um jogo. Conto meus
botões, até mais ver.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">COLAR DO SILÊNCIO<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge_nKRQ5OgEyYvMY_XLD61-XKctWgOc_h_bFDlStSS8l7ecSSfcowHVtdCXAn9oi25QGXSXj7QNCu1p1hcxewbGisUl_VFN0LFNaaw-KNHtXDfnM7JjwaqizM_xfKRAZ6x7CCdLiEfxUIKd2n2zqGNjCaC6be4UBcMkTBE4AZs_XbNd6j0x1jIfA/s2329/ARTLAM%20DEBREAGEM2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1649" data-original-width="2329" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge_nKRQ5OgEyYvMY_XLD61-XKctWgOc_h_bFDlStSS8l7ecSSfcowHVtdCXAn9oi25QGXSXj7QNCu1p1hcxewbGisUl_VFN0LFNaaw-KNHtXDfnM7JjwaqizM_xfKRAZ6x7CCdLiEfxUIKd2n2zqGNjCaC6be4UBcMkTBE4AZs_XbNd6j0x1jIfA/s320/ARTLAM%20DEBREAGEM2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">água pura derramada \ - mas turvo no chão havia gotas
- \ algumas - de memória <o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">linda que retorna de viagens distantes \ de cidades
desconhecidas sorrindo para si mesmo \ misteriosamente silencioso linda, \ isso
só antes da expressão <o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">já está desolado, já amanheceu \ já crepúsculo da
manhã \ alguns pensamentos de repente \ alguns pulsos de luz semeando tempo, \
mãos, corpos \ doce perturbação cidade derretendo \ colar do silêncio <o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">de todas as minhas vidas \ Eu me lembro de um
outono \ na memória daquele outono \ Eu espio por uma janela ribeirinha \
naquela janela \ Eu vejo um trecho aberto de estrada \ naquela estrada \ Eu
encontro uma pegada \ naquela pegada \ Eu construo uma casa naquela casa \ Eu
planto minha samambaia de infância \ naquela samambaia \ Eu sonho com uma flor
brilhante naquela flor \ Eu vejo uma gota caída naquela gota \ Eu reconheço um
rosto velho naquela cara \ - Eu ouço minha própria voz</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poema da atriz e escritora lituana <span class="rynqvb"><b>Birutė Mar</b>.</span><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">O ROUXINOL - </span></b><span style="color: black;">[…] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Se aprendi alguma coisa nesta minha longa vida, é isto: no amor descobrimos
quem queremos ser;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">na guerra descobrimos quem somos</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Os homens
contam histórias.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">As mulheres vão em frente.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Para nós foi uma guerra
sombria.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não houve desfiles para nós quando tudo acabou, nem medalhas ou menções em
livros de história.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Fizemos o que era necessário durante
a guerra e, quando ela acabou, juntamos os cacos e recomeçamos nossas vidas</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Mas o amor
tem que ser mais forte que o ódio, ou não haverá futuro para nós</i>. [...] <i>As
feridas cicatrizam.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O amor dura.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nós permanecemos </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Sempre pensei
que era isso que eu queria: ser amada e admirada.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Agora acho que talvez eu
gostaria de ser conhecido</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...]. Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">The Nightingale</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">11 x
17, 2021), da escritora estadunidense </span><b>Kristin Hannah</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><b><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">ATIVISMO – </span></b><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Pensamentos e sonhos não
morrem.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A crença na liberdade e na justiça não perece com a prisão, a tortura ou
mesmo a morte e a tirania não prevalece sobre a liberdade. Continuarei os meus
esforços até alcançarmos a paz, a tolerância para uma pluralidade de pontos de
vista e os direitos humanos. Não estou desesperado nem perdi a motivação.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não podemos parar de
tentar.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Ainda espero e acredito profundamente que os esforços incansáveis dos
nossos ativistas da sociedade civil acabarão por dar frutos. Matar, prender ou
negar os direitos de um ser humano não é injustiça contra uma pessoa;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">ela acorrenta e mata
toda uma sociedade</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. Pensamento da ativista iraniana e </span></span><span style="color: black;">Prêmio Nobel da Paz, <span class="css-901oao"><b>Narges Mohammadi</b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="css-901oao"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">PARADOXOS AZUIS<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Qm2fL6ABofjS1HRiv_J1FybrcPd4B-IWM0jSfsjqNp6YcrqIvj6Ifh8J4Zu7xQ77S9NwOn-kJvdBciQrn2RjMKVrmjoY1YKslkkypavBD44M7zQdMI4DKy6-KFW5jEeOuIERc0DnavXH8z-cllILQsGEfttdzsPDSBaKneR5-U2ZnY0xnPaz-A/s1607/PARADOXOS%20AZUIS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1607" data-original-width="1145" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Qm2fL6ABofjS1HRiv_J1FybrcPd4B-IWM0jSfsjqNp6YcrqIvj6Ifh8J4Zu7xQ77S9NwOn-kJvdBciQrn2RjMKVrmjoY1YKslkkypavBD44M7zQdMI4DKy6-KFW5jEeOuIERc0DnavXH8z-cllILQsGEfttdzsPDSBaKneR5-U2ZnY0xnPaz-A/s320/PARADOXOS%20AZUIS.jpg" width="228" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Sobreponha à
palavra o abrupto da alma. \ E se livre da ausência de peso \ do verbo abstrato</span></i><span style="color: black;">...<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Extraído da obra <i>Paradoxos
azuis</i> (CriaArt, 2023), do poeta <b>Vital Corrêa de Araújo</b>, organização,
seleção e prefácio do poeta e professor <b>Admmauro Gommes</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/09/svetlana-alexievitch-nidia-marina.html" target="_blank">aqui</a></i></b>
e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/10/nelly-sachs-malika-mokeddem-wendy-brown.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF-90t8qJL59y-uxX6Et1ZNG1xKm7OeCrPcACvIPCZABjONs1uWqAKeeVmwkohxGH8_YfI94yKX-3yWKtsYktI3jU6jAWwqxWpQkMBvYYVmMJrk25qnsYiw98L1Y-Yk9oOfLpjLfBfnk0g1hIZgXsgBfe_DbA_6w3yWyxGGO5CmmTfxYbNqR4UIw/s2329/COLAM%20TTTTT%20PROG%20TATARITARITAT%C3%81.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2329" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF-90t8qJL59y-uxX6Et1ZNG1xKm7OeCrPcACvIPCZABjONs1uWqAKeeVmwkohxGH8_YfI94yKX-3yWKtsYktI3jU6jAWwqxWpQkMBvYYVmMJrk25qnsYiw98L1Y-Yk9oOfLpjLfBfnk0g1hIZgXsgBfe_DbA_6w3yWyxGGO5CmmTfxYbNqR4UIw/s320/COLAM%20TTTTT%20PROG%20TATARITARITAT%C3%81.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-17767518518700158972023-10-05T17:31:00.001-03:002023-10-05T17:31:14.930-03:00NELLY SACHS, MALIKA MOKEDDEM, WENDY BROWN & UBQUB<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia297sSxxaL2ud75LHbNuKtCz21O5MLenO-U6koJHYOQ9kxvQnKvoYlwh7w-pjLCtI7Ew7fT3MZNje2D-gONVU7D7yDSTnMTqUg23BizZptohaWHUBW0vncaIecQq_6AeHMAtk5Qxdnbym8Xr6jXb53vU3KjHT8v-iGsg17S79fYj0U2dCTXxLtQ/s2287/ARTLAM%20UBQUB1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1666" data-original-width="2287" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia297sSxxaL2ud75LHbNuKtCz21O5MLenO-U6koJHYOQ9kxvQnKvoYlwh7w-pjLCtI7Ew7fT3MZNje2D-gONVU7D7yDSTnMTqUg23BizZptohaWHUBW0vncaIecQq_6AeHMAtk5Qxdnbym8Xr6jXb53vU3KjHT8v-iGsg17S79fYj0U2dCTXxLtQ/w400-h291/ARTLAM%20UBQUB1.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo</span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">LAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;">Ao som de <i>The House of Bernarda Alba </i>(Festival Ballet Providence,
2016), <i>Band of Sisters</i> (2012), <i>Spinning Plates </i>(2012), <i>The
Boat Builder </i>(2015) e The Witcher (2019), da pianista e compositora russa <b>Sonya
Belousova.</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">O QUE DA VIDA
SENÃO O OUTRO – </span></b><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Quisera não houvesse clamores e alheios padecimentos orbitando
a minha solitude, outro seria o ânimo na louca gangorra das horas tão minguantes
quanto abissais. Quase desencorajado sigo anônimo a inspecionar o que ninguém
levaria a sério na manducação de sonhos, quem dera a minha vida ínfima, inexplicável
e sem sentido entre nomes estranhos e a serendipidade. Para quem acha solidão,
nunca se está verdadeiramente sozinho, vai que cai das nuvens altiva </span></span><b><span style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/programa-domingo-romantico-especial-da.html" target="_blank">Leila Guerriero</a></span></b><span style="color: black;">: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Aqui estou, mais uma vez longe de casa, esperando
por alguém que não conheço numa esquina que nunca mais verei.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E esta é exatamente a
vida que quero ter...</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> Sorrir foi a nossa repectiva saudação, era o que
me restara àquela hora e, diante dela, l</span></span><span style="color: black;">onge de
mim a modorra audaciosa e insana de liquidar, esmagar ou mesmo repelir, enquanto
paramixovírus & Nipah & e sei lá mais o quê anunciam de longe a tragédia
anunciada. Necessário encará-la com um misto de entusiasmo e perplexidade, isso
para dizer o mínimo, melhor me arriscar provocador e sem qualquer pretexto, melhor
ouvir aquela ali ao meu lado tal <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/10/beleza-mesmo-fundamental.html" target="_blank">Anne Rice</a></b>: <i>Nenhum de nós realmente
muda com o tempo. Nós só nos tornamos mais o que somos... </i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Poucas pessoas realmente
procuram o conhecimento neste mundo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Mortais ou imortais,
poucas perguntas de fato.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Pelo contrário, eles tentaram
arrancar à força do desconhecido as respostas que já formaram em suas mentes…
justificativas, confirmações, fórmulas de consolo sem as quais não podem
continuar.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A pergunta de fato é abrir uma porta
para um furacão.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A resposta pode aniquilar a pergunta
e quem fez</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Ouvi-la ladeando seus passos e atravessamos a noite de uma rua erma
irreconhecível, talvez à beira do inferno, ninguém sabe – melhor seria fosse
ali um istmo crepuscular, passeio plácido pelo arrebol estival, ou coisa que
valha, sintoma houvesse para outro esperançar. Ela, então, d</span></span><span style="color: black;">uma sofreada e um punhado de palavras não deixou por menos </span><span class="hgkelc"><b><span lang="PT" style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/10/thiago-de-mello-violeta-parra-pound.html" target="_blank">Violeta Parra</a></span></b></span><span class="hgkelc"><span lang="PT" style="color: black;">: <i>São teus olhos que
busco, não os encontro. São teus lábios que eu quero ver sorrir, mas eles são
tão ingratos comigo, mais eles zombam de mim. O ser humano é formado por um
espírito e um corpo, por um coração que bate ao som dos sentimentos. O amor é
um turbilhão de pureza original</i>... Não fosse calor para lá de 50 graus, o
colapso oceânico, o enfraquecimento de Amoc e a glacialização humana, bastaria
viver tão simples como um beijo de amor, um abraço terno e um coração batendo
mútuo. Sonhar vale a pena, talvez mais que a vida. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">POVOS DA TERRA</span></b><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6NCeCs_dzLM-aQMeMw-To3LiSYIbsqG1CFpbcvHYEaZBop2d1zN4paXn8cjxckl5EBS5YkzBSx9TYH87TZT3DYX6Uh2GUncdDdZ2BnOnfrbl5dSE2z-BUa6Gjt8NdJ4cbp-w_wxHUl7vl9GBor_s01DP-d1oYnUBeglvbQPsdGDUSYCA0uPzQ4A/s2312/ARTLAM%20UBQUB2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1657" data-original-width="2312" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6NCeCs_dzLM-aQMeMw-To3LiSYIbsqG1CFpbcvHYEaZBop2d1zN4paXn8cjxckl5EBS5YkzBSx9TYH87TZT3DYX6Uh2GUncdDdZ2BnOnfrbl5dSE2z-BUa6Gjt8NdJ4cbp-w_wxHUl7vl9GBor_s01DP-d1oYnUBeglvbQPsdGDUSYCA0uPzQ4A/s320/ARTLAM%20UBQUB2.jpg" width="320" /></a></b></span></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem:
Acervo<b>LAM</b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Povos da
Terra \ vocês, com a força do desconhecido\ firmamento, envoltos como rolos de
fios, \ vocês, que costuram e de novo desfazem o cosido,\ vocês, que adentram o
embaraçado das línguas \ como em colmeias, \ para picar o açúcar\ e ser picados
–\ Povos da Terra, \ não destrocem o universo das palavras,\ nem retalhem com
as facas do ódio\ o som, que nasceu com o sopro.\ Povos da Terra, \ ah, que
ninguém pense em morte ao dizer vida – \ e não em sangue, ao falar berço –\ Povos
da Terra,\ fiquem as palavras na origem,\ pois são elas que podem\ aproximar os
horizontes dos céus verdadeiros\ e, pelo seu avesso,\ como a noite bocejando
atrás da máscara,\ ajudar as estrelas a nascer –</span></i><span style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="color: black;">Poema </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">da escritora alemã <b>Nelly Sachs</b>
(1891-1970). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2009/02/folia-tataritaritata_13.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2020/12/clarice-lispector-francisco-nieva-petra.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/racismo.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">A MULHER
PROIBIDA</span></b><span style="color: black;"> - […] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu não gostaria de ser uma mulher aqui.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não gostaria de carregar constantemente o peso desses olhares, da sua
violência múltipla, alimentada pela frustração.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Pela primeira vez, percebo que o ato
mais banal de uma mulher na Argélia é imediatamente carregado de símbolos e
heroísmo porque a animosidade masculina é tão grande e pouco saudável</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...].
Trecho extraído da obra </span></span><i><span style="color: black;">The Forbidden Woman</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">University of Nebraska Press, 1998), da escritora argelina </span><b>Malika
Mokeddem</b>, autora de obras como: estão <i>Os homens que caminham</i> (1990),
<i>O século das lagostas</i> (1992), <i>Sonhos e assassinos</i> (1995), <i>La
nuit de la lézarde</i> (1998), <i>N'zid</i> (2001) e <i>La transe des insoumis</i>
(2006).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">TEMPOS NIILISTAS –
</span></b><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A sabedoria popular contemporânea de
que a educação em artes liberais está obsoleta só é verdadeira na medida em que
a igualdade social, a liberdade e o desenvolvimento mundano da mente e do
carácter estão obsoletos e foram substituídos por outro conjunto de métricas:
fluxos de rendimento, rentabilidade, inovação tecnológica</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">À medida que o neoliberalismo trava uma guerra contra os bens públicos e
contra a própria ideia de um público, incluindo a cidadania para além da
adesão, ele reduz dramaticamente a vida pública sem matar a política.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">As lutas permanecem pelo
poder, pelos valores hegemónicos, pelos recursos e pelas trajetórias futuras.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Esta persistência da
política no meio da destruição da vida pública e especialmente da vida pública
educada, combinada com a mercantilização da esfera política, é parte do que
torna a política contemporânea peculiarmente desagradável e tóxica – cheia de
discursos e posturas, esvaziada de seriedade intelectual, favorecendo a</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">um eleitorado sem
instrução e manipulável e uma mídia corporativa faminta por celebridades e
escândalos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O neoliberalismo gera uma condição
de política sem instituições democráticas que apoiariam um público democrático
e tudo o que esse público representa no seu melhor: paixão informada,
deliberação respeitosa, soberania aspiracional, forte contenção de poderes que
o poderiam anular ou minar</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">Trechos extraídos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Undoing the Demos: Neoliberalism’s Stealth Revolution</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Zone Books, 2015), da professora e
pesquisadora estadunidense </span><b>Wendy L. Brown</b>, que no estudo <i>Nihilistic
Times: Thinking with Max Weber</i> (<span class="a-list-item">Belknap Press, 2023),
expressou que: […] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">a vida política formal é um teatro do niilismo: a
esfera política é onde o niilismo é representado em sua forma bruta e também um
local para superar ou resistir ao niilismo através da busca de causas mundanas.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Em nossa época, ambos os
potenciais estão presentes e colidem rotineiramente</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...]. Dela também a
frase: <i>Não há nada que valha mais a pena fazer do que tentar ser humano num
mundo cada vez mais desumanizado</i>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/03/elisabeth-carvalho-nascimento-celia.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/05/marge-piercy-virginia-woolf-gauguin.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/programa-domingo-romantico-especial-da.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">TTTTT & ATELIÊ
VIRTUAL GENTAMIGA NO UBQUB<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/oZ3x2jNseZc" width="320" youtube-src-id="oZ3x2jNseZc"></iframe></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">&<o:p></o:p></span></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpgIFbmW7NmGOv5mW9B8jotXjdnC0OoW5OInC5PWgzlKn3QM_RMY38JB8Qnxwa7d8SoT-1cEgum9HyPWiW1EjnArtCxtkMXUJ0yztLaVuFUoLjeISovvCdMauRyJF90ZErTTxLfhI1tWnurcp62nI36_sg0HaiPxQAhr-OthCioquLIN1iIQ_BEg/s524/LIVRO%20LUIZ%20&%20UNA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="363" data-original-width="524" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpgIFbmW7NmGOv5mW9B8jotXjdnC0OoW5OInC5PWgzlKn3QM_RMY38JB8Qnxwa7d8SoT-1cEgum9HyPWiW1EjnArtCxtkMXUJ0yztLaVuFUoLjeISovvCdMauRyJF90ZErTTxLfhI1tWnurcp62nI36_sg0HaiPxQAhr-OthCioquLIN1iIQ_BEg/s320/LIVRO%20LUIZ%20&%20UNA.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><i><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Luiza</span></span></i><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> (Ases da Literatura, 2023), da jovem escritora <b>Ana Júlia Pereira
Carneiro</b> & <i>Una & Unari: a saga</i> (Rascunhos, 2023), da
escritora e professora <b>Rute Costa</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2018/10/walmir-ayala-zelia-duncan-sandra-reis.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/12/fritjof-capra-chloe-trevor-mauricio.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/09/rebeca-bolanos-nicola-griffith-susan.html" target="_blank">aqui</a></i></b>. </span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1fgjXHsoPxgIUa7fodkYBWOramP0F6ysPmjG0MRNPJg6oGN_XIa8lTHnnrfHmiRarAcATyFE4y5uNtpeS4Y4Mr6hvS0nYCJQtiuY2sxe6vgiBHo2T5PXZSo6Y7PoCqGNO2ozP1Dc-oneozag63vAY_tyOLhSrfv2XLmOJCDn5gUIPSSvgczK6tw/s2329/COLAM%20TTTTT%20PGM4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1fgjXHsoPxgIUa7fodkYBWOramP0F6ysPmjG0MRNPJg6oGN_XIa8lTHnnrfHmiRarAcATyFE4y5uNtpeS4Y4Mr6hvS0nYCJQtiuY2sxe6vgiBHo2T5PXZSo6Y7PoCqGNO2ozP1Dc-oneozag63vAY_tyOLhSrfv2XLmOJCDn5gUIPSSvgczK6tw/s320/COLAM%20TTTTT%20PGM4.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-4866835084748192542023-09-28T16:17:00.003-03:002023-09-28T16:17:19.151-03:00REBECA BOLAÑOS, NICOLA GRIFFITH, SUSAN GREENFIELD & VIOLA DO NORDESTE<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0UxqjEfQH1RYGiYVUBvBDvjFJkuz2FnVVYKsGRDuu34fnRfyrkmhq14kKFx5lD429DijGDmzdDys8lypbSJ3QWw34kVaKT6kT4r6DRg34Tk7LmlTN9w2dVK8ZwUln44M_9TF5Ba_iwwck3JGuEBOfJ9MLE0d07R5bEsIxbeLTJA27fikmhxQO-Q/s2329/ARTLAM%20CONVERSA%20DE%20RODAP%C3%89.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1657" data-original-width="2329" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0UxqjEfQH1RYGiYVUBvBDvjFJkuz2FnVVYKsGRDuu34fnRfyrkmhq14kKFx5lD429DijGDmzdDys8lypbSJ3QWw34kVaKT6kT4r6DRg34Tk7LmlTN9w2dVK8ZwUln44M_9TF5Ba_iwwck3JGuEBOfJ9MLE0d07R5bEsIxbeLTJA27fikmhxQO-Q/w400-h285/ARTLAM%20CONVERSA%20DE%20RODAP%C3%89.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></span><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: georgia; font-size: x-large;">ArtLAM</b><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;">Ao som do show </span></span><i><span style="color: black;">Ao Vivo</span></i><span style="color: black;"> (Instrumental Sesc Brasil, 2023), da baixista e backing vocal <span class="yt-core-attributed-string--link-inherit-color"><b>Ana Karina Sebastião</b>,
que é graduada com Licenciatura Musical e estudou na antiga Universidade Livre
de Música (ULM), atual EMESP Tom Jobim, integrou os grupos Banda D’Brothers, Claras
e Crocodilos e O Neurótico e As Histéricas de Arrigo Barnabé, entre outros.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="yt-core-attributed-string--link-inherit-color"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">CONVERSA DE
RODAPÉ - </span></b><span style="color: black;">A vida ensolarada & a Lua premia o
caminho: entre as estrelas a minha morada. À primeira esquina semblantes
estranhos, nem me reconhecem: todos me olham como se prosopagnóstico no meio da
eterna corrida da frioleira meritocracia dos ratos. </span><span lang="DE" style="color: black;">A sensação que tenho é de que estou vivendo na
Próxima Centauri B, com meus limeriques manuscritos na ponta da língua e para
ninguém ouvir ou ver. A bem da surpresa exulto </span><span style="color: black;">com a
presença de <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/05/o-homem-ao-quadrado-de-leon-eliachar.html" target="_blank">Alice Ann Munro</a> </b>como se tivesse chegado visceralmente da
caverna de Movile e segurando um azevinho pernambucano:<b> </b><i>A gente pensa
umas coisas que preferia não pensar. Acontece na vida</i>... Sim, acontece, contradições
na venta de parracho, vidraças estilhaçadas, feridas expostas, peito, faces,
pernas & braços. Em meu socorro desavisado <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/o-caboclo-o-padre-e-o-estudante.html" target="_blank">Rita Rudner</a></b> me chega do
asteroide Bennu com o gatilho da Tsar Bomb: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nunca entro em pânico quando me
perco.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu apenas mudo para onde quero ir</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... Assim também o faço, não por fuga,
mas por precaução. Ela sorri aos salamaleques: Fala, solitário! E se aproxima
com jeito de coisa familiar, o que foi marcante e sempre o é pelo perfume
feminil. Tornou-se companhia de viagem, eu de carona, na vera pegando bigu e
apresendendo o que seria viajar-si, viajando-se, ela viajarte. Nem bem
entendia, muito menos dava pra pensar porque ouvi de </span></span><b><span style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/o-caboclo-o-padre-e-o-estudante.html" target="_blank">Anna Deavere Smith</a>: </span></b><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Então todo mundo vai embora, e você fica, todas as
noites, sozinho, com uma multidão de pessoas interessantes - a maioria das
quais você não conhece - sentadas no escuro... Cada pessoa tem uma literatura
dentro de si</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... </span></span><span lang="DE" style="color: black;">Disso eu me esqueci entre nomes estranhos. Ela, então, olhou-me surpresa:
Ai de ti, errante! Eu sei, tudo acaba tão depressa. Seria mais fácil se saísse
tão furtiva quanto chegou, de fininho, até perder-se na noite. Sinto-me
deslocado, como quem entre o alto da montanha e o rés-do-chão, boiando por não
saber levitar. Os grilos nem cantam mais, afinal, não há mais ninguém, apenas
eu. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span lang="DE" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">DOIS POEMAS <o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span lang="DE" style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSanyCZBI9cLOIetvak7mWawKnQD86SUG32KfqhjphkNpEAmymDqqYR1FPnmCK_SgCk7XxUPqwKQ81UVKt3DxWgR6jEyhykNOkXOFM-V9xru08qxqmwQ8wAQvLOsI38Sny789pT6Rn1Y5JR1UY4aroDW5rMLJTC87MDAtSYA9BXNNcakTX0NGm7Q/s2329/ARTLAM%20CONVERSA%20DE%20RIODAOPE2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1657" data-original-width="2329" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSanyCZBI9cLOIetvak7mWawKnQD86SUG32KfqhjphkNpEAmymDqqYR1FPnmCK_SgCk7XxUPqwKQ81UVKt3DxWgR6jEyhykNOkXOFM-V9xru08qxqmwQ8wAQvLOsI38Sny789pT6Rn1Y5JR1UY4aroDW5rMLJTC87MDAtSYA9BXNNcakTX0NGm7Q/s320/ARTLAM%20CONVERSA%20DE%20RIODAOPE2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A ÚLTIMA CARTA: Você mal viu o pico do meu iceberg,
\ desculpe pelo lugar-comum, \ não consigo encontrar outro jeito de chamar
desse jeito \ que a vida teve de me obrigar a ter que te procurar novamente \
para nos encontrarmos cara a cara \ em um espaço infinito onde você foi e eu \
Eu ainda não sei. \ Ele secou ao sol a bandeira branca \ que pretendia mostrar
até a morte, três \ Parece que era um número suficiente, \ até que o espaço
voltasse a ser pequeno. \ momento e mais negro, todo negro o futuro.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">E quando o prego da
circunstância obriga você a se perguntar \ se existe aquele tempo pendente ou
se existe apenas um caminho \ uma linha que sempre quebra.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Que futuro? Eu que nunca
neguei as cicatrizes, \ sinto-me cansado de ser um, \ cada pedaço de coração
que mal cicatriza, \ se abre novamente e o choro, que de tanto se mostrar para
poucos, \ não consegue mais sair, fica preso, \ fica no peito e vira bater. \
Esta carta não chegará mais até você, \ nem todas as coisas que íamos contar um
ao outro serão realidade.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> \ </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Somos uma história que nem descobriu
como começar e ficou vez, \ ele derrapou em alguma rua escura e molhada \ para
bater e me faça gritar que você nunca mais ouvirá. \ E ainda assim, escrevo a
carta para você, \ porque quero poder lê-la para você todas as vezes. \ Eu li
para o mundo e talvez isso chegue até você como um sussurro do outro lado da
dor.<o:p></o:p></span></i></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">BUKOWSKI PEDE MENINAS CALMAS E LIMPAS COM BELOS
VESTIDOS: De repente, um homem no fim de sua vida, \ depois de distribuir seus
bens e suas forças entre mulheres que reivindicaram seu amor, \ requer uma
mulher “boa”. \ Ele precisa tanto que pode imaginar tudo que eu faria por ela.
\ Sem nunca construir a calçada, pegue travesseiros para sua cabeça ou provocar
sua risada. \ Ele precisa disso, ele diz, A Ele pede a seus amigos que não lhe
tragam mais prostitutas. \ Você sabe que isso existe, mas ele não encontra. \
Eu nasci de novo, Hank, e deixar o álcool,\ o ciúme e os socos no papel, \ não
nas mulheres que você transformou em prostitutas.</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Poemas da escritora costariquenha </span></span><strong><span style="color: black;">Rebeca Bolaños
Cubillo</span></strong><span style="color: black;">. (1973), que é graduada en RRPP y
Comunicación y en Bellas Artes, estudiante de Antropología. <o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><b><span style="color: black;">AMMONITE - </span></b><span style="color: black;">[...] </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu não pertenço a ninguém!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não sou uma coisa que
possa ser mantida, ordenada ou levada a tal desespero que abra minhas próprias
veias.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Olhe para mim, Aoife.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Olhe para mim!</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu sou uma mulher </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Eles estavam
conectados: o mundo, o corpo dela, o rosto dela.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Talvez ela não devesse
perguntar quem ela era, mas sim, do que ela fazia parte</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Ela observou
seu amante em silêncio;</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">as palavras teriam sido grandes
demais, sólidas demais para o que haviam feito juntos</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...] <i>Somos mais da
metade da humanidade.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não somos imitações, nem camaleões
assumindo uma coloração masculina protetora, ansiando pelo dia em que os homens
irão embora e poderemos voltar a ser quem somos, como os verdadeiros insetos.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Estamos aqui, agora.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Nós somos como você</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. [...]. Trechos
extraidos da obra </span></span><i><span style="color: black;">Ammonite</span></i><span style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Del Rey Books, 2002), da escritora, ensaísta e
professora inglesa, </span><b>Nicola Griffith.</b> Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/10/o-caboclo-o-padre-e-o-estudante.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">AS TECNOLOGIAS & OS CÉREBROS</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> – [...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Quanto mais conexões você puder fazer em uma gama cada
vez mais ampla e díspar de conhecimento, mais profundamente você compreenderá
algo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Os motores de busca e os videojogos
não oferecem essa facilidade;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">nada faz, além do seu próprio cérebro </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">que a leitura eletrônica resultou em pior compreensão, em decorrência das
limitações físicas do texto que obrigavam os leitores a rolar para cima e para
baixo, atrapalhando a leitura com instabilidade espacial </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Os nativos digitais nascidos naquela época sabiam ler e
escrever, o e-mail (que começou por volta de 1993) teria se tornado uma parte
inevitável da vida.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">A
distinção importante é que os Nativos Digitais não conhecem outro modo de vida
além da cultura da Internet, do laptop e do celular.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Podem libertar-se das restrições dos
costumes locais e da autoridade hierárquica e, como cidadãos autónomos do
mundo, personalizarão actividades e serviços baseados em ecrãs, ao mesmo tempo
que colaboram e contribuem para redes sociais e fontes de informação globais</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Como espécie, parecemos ter um desejo tão grande de auto-revelação que isso
poderia ser considerado uma parte muito básica da psique humana.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Cientistas de Harvard demonstraram
que a partilha de informações pessoais sobre si mesmo, como acontece em sites
de redes sociais, ativa os sistemas de recompensa no cérebro da mesma forma que
a comida e o sexo</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><i><span lang="PT" style="color: black;">redução do risco de constrangimento e sentimentos de
desconforto na interação social. Ninguém pode ver você corar, ouvir sua voz
estridente ou sentir as palmas das mãos úmidas. Mas, novamente, você também não
consegue captar essas dicas tão importantes para descobrir como a outra pessoa
pode estar reagindo. Em 2012, o órgão fiscalizador das comunicações britânico,
Ofcom, produziu o seu nono Relatório Anual do Mercado de Comunicações. O
diretor de pesquisa da Ofcom, James Thickett, estava perfeitamente consciente
da importância do declínio que o relatório daquele ano encontrou no número de chamadas
móveis, que caiu 1 por cento, e no número de chamadas fixas, que diminuiu 10
por cento. Ele concluiu: Em apenas alguns anos, as novas tecnologias mudaram
fundamentalmente a forma como nos comunicamos. Falar cara a cara ou ao telefone
não é mais a forma mais comum de interagirmos uns com os outros. Em seu lugar,
estão a surgir novas formas de comunicação que não exigem que falemos uns com
os outros, especialmente entre os grupos etários mais jovens. Esta tendência
deverá continuar à medida que a tecnologia avança e avançamos na era digital.</span></i><span lang="PT" style="color: black;"> </span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Uma consideração adicional na leitura em uma tela é o
maior potencial de fadiga ocular.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">As diferenças entre a página impressa e a tela têm consequências
significativas para a ergonomia visual</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Aprender uma segunda língua aumenta a densidade da massa cinzenta, sendo as
alterações observadas correlacionadas com o nível de habilidade</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">. </span></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] </span></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Cerca de quatrocentos anos antes do nascimento de Cristo, Sócrates estava
preocupado com a possibilidade de a escrita destruir a capacidade mental, com
argumentos assustadoramente semelhantes aos que exploramos aqui em relação à
Internet. </span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...].
Trechos extraídos da obra </span></span><i><span lang="PT" style="color: black;">Mind
Change: How Digital Technologies Are Leaving Their Mark on Our Brains</span></i><span lang="PT" style="color: black;"> (<span class="a-list-item">Random, 2015), da
neurocientista britânica </span><b>Susan Adele Greenfield.</b><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">VIOLA DO NORDESTE<o:p></o:p></span></span></b></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><b><span style="color: black;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUfREI7-wgNhFCdGe5foLhfdapRJbSPrAjInskrj_yF5z2hgWugexDpVDOBHDjJy4BU_0y4E1Auz-AhLaGJa-fzs4CH9FjkqAbfeuIxG-35iC3BbXFMqL6K8GXByzvPqJ1z4wo-Am2N_z-P16nL2Ee7pCgvyofk3Djehdjm3Kq9CMzaOs9nmzYKQ/s2006/VIOLA%20DO%20NORDESTE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2006" data-original-width="1464" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUfREI7-wgNhFCdGe5foLhfdapRJbSPrAjInskrj_yF5z2hgWugexDpVDOBHDjJy4BU_0y4E1Auz-AhLaGJa-fzs4CH9FjkqAbfeuIxG-35iC3BbXFMqL6K8GXByzvPqJ1z4wo-Am2N_z-P16nL2Ee7pCgvyofk3Djehdjm3Kq9CMzaOs9nmzYKQ/s320/VIOLA%20DO%20NORDESTE.jpg" width="234" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><span style="color: black;">Sobre a criação
do método é como se eu há cerca de trinta anos atrás tivesse engravidado, e
tive que lutar durante dezenas de anos para ter a alegria de parir esta criança.
Viva a viola do Nordeste!.</span></i><span style="color: black;">..<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Trecho extraído
da obra <i>Viola do Nordeste: da cantoria à viola progressiva</i> (Nova
Presença, 2022), do compositor, instrumentista, arranjador e violeiro <b>Adelmo
Arcoverde</b>, autor dos álbuns musicais solo O convertido (2013) e Mensageiro
(2014), integrante da Orquestra de Cordas e Dedilhas de Pernambuco. Veja mais
<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2021/07/attila-jozsef-dostoievski-loujain.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/09/maryanne-wolf-carolina-de-jesus-yoani.html" target="_blank">aqui </a></i></b>e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/09/maria-meleck-vivanco-maj-sjowall-anna.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.</span><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr8ut_7z9kj7Q5Rq21WQT1Q3_GqkYUw-Jn_mcw0j4vBLL4Xa3yKCGUzxQBtr5Snew9GrE57kJJFts4grV7klKFuu1lvc61e_hoEbP0L3eDkZLPNEJJnk3-jjX5XAQyy_Pfa7P6CE0md9vyKEFvvbPxDGmSXVUJdrutLkY2aSInlgjJbR73LGSc9w/s2329/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr8ut_7z9kj7Q5Rq21WQT1Q3_GqkYUw-Jn_mcw0j4vBLL4Xa3yKCGUzxQBtr5Snew9GrE57kJJFts4grV7klKFuu1lvc61e_hoEbP0L3eDkZLPNEJJnk3-jjX5XAQyy_Pfa7P6CE0md9vyKEFvvbPxDGmSXVUJdrutLkY2aSInlgjJbR73LGSc9w/s320/COLAM%20TATARITARITAT%C3%81%20PGM.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18637487.post-76734354129088232622023-09-20T17:00:00.007-03:002023-09-20T17:00:54.146-03:00MARÍA MELECK VIVANCO, MAJ SJÖWALL, ANNA KINGSFORD & POETA PICA PAU<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO_GZTP1bJytosWJE1y0LtacVRvfdh3EJ0jM8m2GB3pam-F1WhIPj4pO1AIHxl2NU6_Jw3r42JekTTwCNkiQEp0naezLf0cTJXq68R2pnjz8RJS0kAGHksJYMTpvHdn5irGN25Mr6qWvqQuZ3T-lvTLN59BIwj3WxcajPHp_Pw_HV02BjtEKbGvA/s2329/ARTLAM%20VETANIA%20RAIZ%20DAS%20ROSAS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1691" data-original-width="2329" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO_GZTP1bJytosWJE1y0LtacVRvfdh3EJ0jM8m2GB3pam-F1WhIPj4pO1AIHxl2NU6_Jw3r42JekTTwCNkiQEp0naezLf0cTJXq68R2pnjz8RJS0kAGHksJYMTpvHdn5irGN25Mr6qWvqQuZ3T-lvTLN59BIwj3WxcajPHp_Pw_HV02BjtEKbGvA/w400-h290/ARTLAM%20VETANIA%20RAIZ%20DAS%20ROSAS.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">Imagem: Acervo </span><b style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">ArtLAM</b><span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt;">.</span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao som do concert <i>The </i></span></span><i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Piano
Quintet in f minor op. 34</span></i><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">, do compositor alemão <b>Johannes
Brahms</b> (1833-1897), na interpretação da pianista romena <b>Alina Elena
Bercu.</b> Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/01/cronica-de-amor-por-ela-brahms-tagore.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/05/hume-kavafis-brahms-bornheim-bukovski.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">MAIOR VENTANIA, RAIZ DAS ROSAS - </span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Faz não sei quanto tempo
e ela me dizia: o mato era paraíso, terral & outros teréns. Quando o que era
da cana outra não seria, questão de tempo: na margem do lado de cá, o sal ardia
do suor nos olhos; doutro lado de lá, os enxotados, talqualmente eu. Noutras
margens do infinito, sabe-se lá. Só o que fui, sou e serei das pernas bambas,
coração aos trancos por pedras falsas, pilares e escombros, tudo em dobro, o
coração era dela. E ainda é. Um céu nublado e invento apesar dos furores no
horizonte: não há como ter sossego com a gritaria da cristandade fanática,
paroxismos e estertores, dalém conspurcando exorbitava: o cotidiano é feito de
vacilos e insanidades, a ferida descascada por muros longiquos azuis. Ouço dela
distante <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/09/quando-os-ventos-sopram-favor-tudo-fica.html" target="_blank">Rosamunde Pilcher</a>: </b><i>As coisas acontecem do jeito que
deveriam.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Tudo tem um padrão e uma forma… Nada acontece sem motivo… Nada é impossível</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">… E eu transbordava pelos
farois da noite, esmorecendo perplexidades porque não duraria mais que efêmera insatisfação,
era nela meu abrigo. O que vale é ter estado na pele de outra, inquietações
beiravam o desespero. Afinal era <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2015/09/lilith-quevedo-menandro-milewski-grosz.html" target="_blank">Lilith</a></b>, força e beleza que se comprazia
e adivinhava meus pensamentos, amálgama abissal. Dizia-me </span></span><b><span style="color: black;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2010/10/derinha-rocha-justica-alagoana-e.html" target="_blank">bell hooks</a></span></b><span style="color: black;">: </span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O amor é uma combinação de cuidado, compromisso,
conhecimento, responsabilidade, respeito e confiança</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">... E sua voz soava como
mantra, caminho que não desviava proutro debacle, jamais. Ela mais que felina,
nada lhe escapava, à espreita, quase insone recorrente, nem que eu me livrasse
da noite, para ela ali, era o que valia. Ríamos da <b><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2016/02/lygia-fagundes-telles-pomba-enamorada.html" target="_blank">pomba enamorada de Lygia</a></b>,
e nem esperava para recitar uns versos de </span></span><em><b><span style="color: black; font-style: normal;"><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2012/10/programa-domingo-romantico_21.html" target="_blank">Felicia Hemans</a></span></b></em><em><span style="color: black;">: </span></em><i><span style="color: black;">Venha, eu venho, eu venho \ Você me chamou de comprimento, \ eu venho a
montanha com luz e música: \ você pode rastrear meu passo a terra, \ pelos
ventos que contam sobre o nascimento da violeta, \ pelas primuras-estrelas na
grama sombria, \ Pelas folhas verdes, abrindo como eu passo</span></i><span style="color: black;">... Era demais. Um </span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">entusiasmo irreconhecivel e ela esgalga pelos
degraus da escada a debruçar-se à janela, minha mão em seu quadril estival - rutilante
estrela no cinturão de Órion. Quantos momentos indefinidos, solapadas de gozo e
amor. De tanto vigiar as estrelas para lá voou e repassava um aceno como se cadente
minguante fosse. De tanto esperar recolhi seus vestígios para revivê-la no meio
da noite de mais um dia que mal começara. Até mais ver. <o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">CORAÇÃO DE PÁSSAROS ALTOS<o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSsyWp4jKCgfY0DTyeQDO0w_kNePgvR6-ZAvGlsSd3PpRo-wSLHnV67uKnvyq9rsE70q-G6fgVYeo3nhVUKYq-hWVpryzabM8dLgxPdu4w3RWZRLLvM_o2Bp-FMl0Ck0tOOVnUnon4C5655GkGbqfWjEw9DDJr2M-fPjipqqtNfuoV9yB2SS6frA/s2329/ARTLAM%20VENTANIA%20RAIZ%20DAS%20ROSAS2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSsyWp4jKCgfY0DTyeQDO0w_kNePgvR6-ZAvGlsSd3PpRo-wSLHnV67uKnvyq9rsE70q-G6fgVYeo3nhVUKYq-hWVpryzabM8dLgxPdu4w3RWZRLLvM_o2Bp-FMl0Ck0tOOVnUnon4C5655GkGbqfWjEw9DDJr2M-fPjipqqtNfuoV9yB2SS6frA/s320/ARTLAM%20VENTANIA%20RAIZ%20DAS%20ROSAS2.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Imagem: Acervo <b>ArtLAM</b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Chega o mais amado e resistido \ Poema sangrento \ Bela
Morte \ A magia enfeitada na primavera \ com seu sonho áspero e teimoso, \ com
seu mastro fechado de cravos \ Chega o mais querido e peregrino, \ mil pétalas
buscam sua guarda entre vidros \ que devastam as cidades \ entre cactos melosos
e chuva suave. \ O fundo do mar se repete \ Os pés do vento rompem sua
crisálida \ O murmúrio entrecortado da água secreta \ pelos recantos verdes de
uma casa \ Corra ao longo da beira de um estuário em chamas \ como se as
palavras estivessem reclamando \ Inutilmente a senhora se esbanja \ num choro
impiedoso e solitário. \ Acho que a febre entre as enchentes \ (suas facas de
sol, suas rosas tristes) \ Poema sangrento \ Bela morte \ Coração de pássaros
altos e feridos...<o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p align="center" class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">Poema da poeta argentina </span></span><span class="hgkelc"><b><span lang="PT" style="color: black;">María Meleck Vivanco</span></b></span><span class="hgkelc"><span lang="PT" style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">O POLICIAL RISONHO – </span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;">[...] <i>Isso é uma coisa nojenta
que não deveria existir.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Não
deveriam existir armas de fogo.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">O fato de ainda serem fabricados e de todo o tipo de pessoas os terem
guardados nas gavetas ou os carregarem pela rua só mostra que todo o sistema é
pervertido e louco.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Algum
bastardo obtém um grande lucro fabricando e vendendo armas, assim como outras
pessoas obtêm um grande lucro em fábricas que produzem narcóticos e pílulas
mortais.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Você entendeu?</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> [...]. Trecho extraído da obra <i>The
Laughing Policeman</i> (</span></span><span class="a-list-item"><span style="color: black;">Vintage, 1992),
da escritora sueca </span></span><b><span style="color: black;">Maj Sjöwall</span></b><span style="color: black;"> (1935-2020). Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2013/09/a-arte-de-rolandry-silverio-cancao-de.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><b><span lang="PT" style="color: black;">FIQUEI EM SILÊNCIO NO MEIO DE UM
SILÊNCIO MORTAL</span></b></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> – [...] <i>As coisas não estão indo bem para mim.</i></span></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Meu chef do Charité desaprova
veementemente as estudantes e usou esse meio para demonstrar isso.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Cerca de cem homens (nenhuma mulher,
exceto eu) percorreram as enfermarias hoje, e quando estávamos todos reunidos
diante dele para que nossos nomes fossem anotados, ele ligou e nomeou todos os
alunos, exceto eu, e então fechou o livro.</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Afirmei isso e disse calmamente: "Et moi aussi, monsieur."</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">[E eu, senhor.] Ele se virou para
mim bruscamente e gritou: "Vous, vous n'êtes ni homme ni femme; je ne veux
pas inscrire vôtre nom - Você não é homem nem mulher;</span></i></span><span class="hwtze"><i><span lang="PT" style="color: black;"> </span></i></span><span class="rynqvb"><i><span lang="PT" style="color: black;">Eu não quero escrever seu nome...</span></i></span><span class="rynqvb"><span lang="PT" style="color: black;"> </span></span><span class="rynqvb"><span lang="EN-US" style="color: black;">[...]. Trecho extraído da obra </span></span><i><span lang="EN-US" style="color: black;">I stood silent in the midst of a dead silence </span></i><span lang="EN-US" style="color: black;">(University of California Press, 2000), da médica,
escritora e mística britânica <b>Anna Kingsford</b> (1846-1888). Veja mais<b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2008/06/tataritaritat.html" target="_blank"> aqui</a></i></b>
e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/09/william-carlos-williams-perniola.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span></b></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">PROSEANDO COM A CULTURA<o:p></o:p></span></span></b></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><b><span style="color: black;"></span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr0pCUQAv-H3eNJOOxHP9ZEN8BB2cFUKJAn1QOHAsOa4L3dMi2Po9x_puN72XPhxKsuDBkdsz9zOxiczbuFojdMb0ZkFcnpX394Lzyce2UDlmIt_UU8xC5ywS8PE_vIPcw6KrhHtr-sKCjsivYGPL546xIviX93ZYqomeMoYmLtf7uFe2_z1PEHg/s1429/PROSEANDO%20PICA%20PAU.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1429" data-original-width="1099" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr0pCUQAv-H3eNJOOxHP9ZEN8BB2cFUKJAn1QOHAsOa4L3dMi2Po9x_puN72XPhxKsuDBkdsz9zOxiczbuFojdMb0ZkFcnpX394Lzyce2UDlmIt_UU8xC5ywS8PE_vIPcw6KrhHtr-sKCjsivYGPL546xIviX93ZYqomeMoYmLtf7uFe2_z1PEHg/s320/PROSEANDO%20PICA%20PAU.jpg" width="246" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span class="rynqvb"><i><span style="color: black;">Nem todo poeta faz \ versos do jeito q’eu faço!</span></i></span><span class="rynqvb"><span style="color: black;">...<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mote glosado em poema extraído da obra <i>Proseando com a cultura</i>
(CriaArt, 2022), do poeta <b>Pica Pau</b> – José Maria Sales, com apresentação
da escritora e professora <b>Eliete Carvalho</b>. Veja mais <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2022/07/emma-lazarus-arhur-danto-darcy-ribeiro.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2017/08/a-mulher-bom-pastor-jean-de-lery.html" target="_blank">aqui</a></i></b>, <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2019/03/ignacio-de-loyola-brandao-darel-valenca.html" target="_blank">aqui</a></i></b>,
<b><i><a href="http://varejosortido.blogspot.com/2009/07/poetas-dos-palmares.html" target="_blank">aqui</a></i></b> e <b><i><a href="https://blogdotataritaritata.blogspot.com/2023/09/svetlana-alexievitch-nidia-marina.html" target="_blank">aqui</a></i></b>.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 1.0cm; text-align: center;"><span class="rynqvb"><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"> </span></o:p></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnP18yqdR4StniVuKU-746X9th3d32L1f9CLY-DSe2xglL6_IMtKL8xtdZudDNSdJfIqjVPWFvweP5AN8hnmurNQhnxXabrUUXKkxHqMAMX8idNN6ZxrC9VcqWYJRh1hmNxlPldJ7I142cG3QL0yVYx9ZXpRvE67e2rosE7DLtPGg_Rt_emXxLJA/s2329/COLAM%20TTTTT3.jpg" imageanchor="1" style="font-family: georgia; font-size: x-large; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1683" data-original-width="2329" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnP18yqdR4StniVuKU-746X9th3d32L1f9CLY-DSe2xglL6_IMtKL8xtdZudDNSdJfIqjVPWFvweP5AN8hnmurNQhnxXabrUUXKkxHqMAMX8idNN6ZxrC9VcqWYJRh1hmNxlPldJ7I142cG3QL0yVYx9ZXpRvE67e2rosE7DLtPGg_Rt_emXxLJA/s320/COLAM%20TTTTT3.jpg" width="320" /></a><span style="color: black;"><o:p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><br /></span></o:p></span></span></p><br /><p></p>Luiz Alberto Machadohttp://www.blogger.com/profile/00248956481539099419noreply@blogger.com