sábado, junho 03, 2017

GARATUJA DE GINSBERG, REPARAÇÃO DE IAN MCEWAN, AS ESCULTURAS DE BIHOREL & PROGRAMA TATARITARITATÁ!

PROGRAMA TATARITARITATÁ – Tudo começou na primeira metade dos anos 1980, nas tardes das terças, quintas e sábados, quando apresentei ao lado de Gilberto Mélo, o programa HorAgá, na Rádio Cultura dos Palmares, com entrevistas, notícias, debates, músicas e entretenimento. Em 1986, assumi o Departamento de Jornalismo da Rádio Quilombo FM, em Palmares – PE, redigindo e apresentando de manhã o Grande Jornal Quilombo com a Crônica do Dia, ao meio dia a Tribuna do Povo e, nas tardes dos domingos, o programa Panorama, com músicas, curiosidades e entrevistas na seção Destaque, na qual tive a oportunidade de entrevistar grandes nomes da música brasileira, como Milton Nascimento, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Marina Lima, Beto Guedes, entre outros. Nesse período assumi a direção regional do Sindicato dos Radialistas de Pernambuco, na gestão de Roberto Calou. Na segunda metade dos anos 1990, editei o Boletim Nascente, oriundo do tablóide Nascente Lítero-Cultural, transformado em 1998 no Boletim Tataritraitatá, até 2002, ocasião em que ocorreu a criação do blog Tataritaritatá, numa parceria com a poeta e webdesigner Mariza Lourenço e o cartunista Márcio Baraldi. Em 2004 foi a vez da criação do Zine Tataritaritatá, uma parceria com a atriz Mirita Nandi, a psicóloga Ana Bia Luz e a saudosa webdesiner Derinha Rocha. Em 2006 transformamos em sítio na internet, com croniquetas, noveletas e eventos culturais e artísticos. Em 2007 passei a ministrar a palestra/oficina Tataritaritatá: Vamos aprumar a conversa, sobre literatura de cordel e arte popular, realizado em escolas e faculdades, a exemplo do Projeto Protejo do Ministério da Justiça, culminando, em 2008, com o lançamento do folheto de cordel Tataritaritatá. O resultado dessas atividades levou a criação e apresentação do programa Tataritaritatá, inserido no Alagoas Frente & Verso, do jornalista João Marcos Carvalho, na Rádio Difusora de Alagoas, em 2009. Por consequência, em 2010, transformei em show poético-musical, apresentado no projeto Palco Aberto, ArtNor e em outros eventos, tanto com a banda como em apresentação solo. Deu-se, então, em 2012, a inserção do programa na grade da Rádio Cidade FM, em Minas Gerais, passando a integrar o extinto Projeto MCLAM até 2015. Agora, completamente renovado e revigorado, volta com todo pique, no formato de um programa envolvendo o universo da arte com curiosidades, humor, música, notícias e entretenimento. A estréia será na próxima sexta-feira, dia 09 de junho, a partir da meia noite e você, pessoamiga, já está convidada a participar. Aguardo sua inestimável presença e participação. Vamos aprumar a conversa? Vamos juntos & tataritaritatá! © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui e aqui.

REPARAÇÃO DE IAN MCEWAN
[...] todo amor que não fosse fundado no bom senso estava fadado ao fracasso. [...] Porém, não havia gaveta oculta, diário com cadeado nem sistema de criptografia que pudesse esconder de Briony a verdade pura e simples: ela não tinha segredos. Seu desejo de viver num mundo harmonioso, organizado, negava-lhe as possibilidades perigosas do mal. A violência e a destruição eram caóticas demais para seu gosto, e além disso lhe faltava crueldade. Vivendo, na prática, como filha única, e numa casa relativamente isolada, permanecia, ao menos durantes as longas férias de verão, afastada das intrigas com as amigas. Não havia nada em sua vida que fosse interessante ou vergonhoso que chegasse para merecer ser escondido; ninguém sabia do crânio de esquilo debaixo de sua cama, mas também ninguém queria saber. Nada disso era particularmente aflitivo; ou melhor, só passou a ser visto assim em retrospecto, depois que uma solução foi encontrada. [...] então o mundo, o mundo social, era insuportavelmente complicado, dois bilhões de vozes, os pensamentos de todo mundo a se debater, todos com igual importância, investindo tanto na vida quanto os outros, cada um se achando o único, quando ninguém era único. [...].
Trechos da obra Reparação (Companhia das Letras, 2001), do escritor britânico Ian McEwan, contando a história de uma menina inocente que sonha em ser escritora e não entende o mundo adulto da paixão e da sexualidade, acusando injustamente o seu irmão de criação. Esse drama psicológico que trata de sentimento de culpa, arrependimento, esperança e das tensões de classe da sociedade britânica durante a Segunda Guerra Mundial, foi transformado para o cinema em 2007, com o título de Desejo & Reparação (Atonement), dirigido por Joe Wright, premiado com o Globo de Ouro em 2008, e com destaque para atuação da atriz e modelo britânica Keira Knightley.

Veja mais sobre:
Betúlia, a belezura e os restos nos confins do mundo, Kadish de Allen Ginsberg, Porto calendário de Osório Alves de Castro, Evolução do teatro de Francis Fergusson, a pintura de Federico Beltrán Massés & Fayga Ostrower, a arte de Claudia Andujar, Iemanjá, Mãe D’Água de Petrolina – PE & a música de Consuelo de Paula aqui.

E mais:
Terra do que sou, vida que me cabe, O vento geral de Thiago de Mello, Elogio da madrasta de Mario Vargas Llosa, Galalaus & batorés de Mário Souto Maior, a pintura de Natalia Goncharova, a videoinstalação de Rachel Mascarenhas & Ana Paula Pessoa, a fotografia de Yan Pierre, a música de Eduardo Ponti, a arte de Shelley Bain & Taha Hassaballa Malasi aqui.
Uivo & outros poemas de Allen Ginsberg aqui.
Brincarte do Nitolino, Menino de engenho de José Lins do Rego, Noite & neblina de Alain Resnais, a música de Charles Lecocq, Canção de Allen Ginsberg, Signo Teatral, Choque das civilizações de Samuel P. Huntington, a arte de Catherine Deneuve, a pintura de Raoul Dufy, Milton Nascimento & Fernando Brant aqui.
Velho Chico, o Rio São Francisco, Virgulino Ferreira Lampião de Isabel Lustosa, Violão Brasil de Turíbio Santos, Música & saúde de Even Ruud, Sonetos de Cláudio Manuel da Costa, Amor em campo minado de Dias Gomes, Vai trabalhar, vagabundo de Hugo Carvana, Paulette Goddard, a pintura de Natalia Goncharova, a arte de Ítala Nandi & Neila Tavares aqui.
A surpresa no reino do amor aqui.
Por um novo dia, O evangelho segundo Padre Bidião, Nada de novo sob o Sol de Ayn Rand, Elucubrações pós-modernas de Christopher Hitchens, Iconoclastia de Mirian Macedo & Os lixões das cidades aqui.
A espera de Bia, ariana, Crônica de amor por ela & Elas fazem poesia & sexo aqui.
LAM na Educativa FM & Marco Antonio, Tributos & direito tributário aqui.
A teoria política do individualismo possessivo de Hobbes a Locke aqui.
Direito: teorias, interpretação e aplicação aqui.
A qualidade na gestão escolar aqui.
Fecamepa no aluado mundo mágico aqui.
A poesia de Catarina Maul aqui.
A vida por uma peínha de nada, As mil & uma noites, A crise da atualidade de Ivo Tonet, O leitor e a leitura de Roger Chartier, a pintura de Umberto Boccioni, Violência & drogas de Necilda de Moura Santana, a coreografia de Angelin Preljocaj, Um número de Caryl Churchill, a escultura de Kaleb Martyn, o cinema de Christine Jeffs & Alicia Fulford-Wierzbicki, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a música de Eveline Hecker, a arte de Luciah Lopez & Sonho real amanhecido aqui.
Tem dia pra tudo, até pro que eu não sei, Uso & abuso da história de Moses Finley, A mulher fenícia & os fenícios, A era do globalismo de Octavio Ianni, A grande transformação de Karl Polanyi, Tarde demais de Antonio Tabuchi, Blasted de Sarah Kane, a coreografia de Béjart Ballet Lausanne, Narradores de Javé de Eliane Caffé, entrevista de Mano Melo, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a arte de Sueli Finoto, a música de Clara Sandroni, a pintura de Shahla Rosa & Arthur Hunter-Blair aqui.
De perto ninguém é mesmo normal, O coração do homem de Erich Fromm, A civilização dos astecas de Jean Marcilly, A carta roubada de Edgar Allan Poe, Os sertões de Euclides da Cunha & José Celso Martinez Corrêa, o cinema de Peter Greenaway & Federico Fellini, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a pintura de Paul-Albert Besnard, Jean-Paul Riopelle & Beatriz Milhazes, a música de Maya Beiser, a coreografia de Martha Graham, a escultura de Auguste Clésinger, a fotografia de Luiz Garrido, entrevista de Geraldo Carneiro & As mil faces do disfarce aqui.
O equilíbrio mortevida do malabarista, A divina comédia de Dante Alighieri, Educação & contemporaneidade de Antonio Dias Nascimento & Tânia Maria Hetkowski, A autobiografia de Vladimir Maiakovski, A divina comédia de William Blake, entrevista de Silviane Bellato, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a pintura de José Manuel Merello & Camila Soato, a arte de Victoria Soyanova, a música de Nádia Figueiredo, a coreografia de Svetlana Zakharova, Teatro de Anônimo, Billion Dollar Crop & Nega Besta aqui.
Todo dia é dia da criança, Formação social da mente de Lev Vygotsky, Escrita das crianças de Paulo Freire, Jogos infantis de Eliza Santa Roza, Futuro de nossas crianças de Clara Bellar, entrevista de Rachel de Oliveira Pereira Lucena, Crônica de amor por ela, Esculturas de Protásio de Morais & Dona Irinéia, a Galeria do Dim, a xilogravura de Amaro Francisco, Bumerangue do Grop, art naif de Ronaldo Mendes, Teatro infantil & Lobisomem Zonzo aqui.
História da mulher: da antiguidade ao século XXI aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.

GARATUJA DE ALLEN GINSBERG
Rexroth, seu rosto refletindo a cansada
Bem-aventurança humana
Cabelo branco, sobrolho vincado
Bigode tagarela
Flores jorrando
Da cabeça triste,
Ouvindo Edith Piaf e suas canções de rua
Enquanto ela passeia com o universo
E toda sua vida que passou
E as cidades que desapareceram
Só ficou o Deus do amor
Sorrindo.
Poema extraído da obra Uivo, Kadish & outros poemas (1953-1960, L&PM, 1984), do poeta estadunidense da geração beat Allen Ginsberg (1926-1997), Uivo, Kadish e outros poemas (L&PM, 1984). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
Imagens: esculturas digitais do artista francês Jean-Michel Bihorel.
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja os vídeos aqui & mais aqui e aqui.
 

HIRONDINA JOSHUA, NNEDI OKORAFOR, ELLIOT ARONSON & MARACATU

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyin Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalho...