sábado, março 25, 2017

DOMINGUINHOS, ANGEL OTERO, GUTZON BORGLUM, HELENA ANTIPOFF, ROMAN PYATKOVKA & NAYANA ANDRADE

VIVO & A VIDA COM TUDO E TODOS - Imagem: Everything and Nothing (2011), do artista visual portoriquenho Angel Otero.Então, tá. Por onde começar, tudo passa desorganizado e constantemente. Uns dias e outros, não há como distinguir se terça de quinta, ou sábado de um domingo. A vida segue e vai e rola qual bola ladeira acima ou abaixo, confuso é saber onde vai dar, nunca se sabe. Não há como ter amparo, sou passageiro e as ruas são enormes. Apesar de tanta gente indo e vindo, o deserto de fantasmas apressados nas calçadas e no trânsito, não me esboçam sequer um único hálito de vida, senão mortos-vivos. Não, claro que não, sei que estão vivos, nem parecem de tão absortos em si e nas suas coisas, quase meros fantoches guiados por não sei o quê. Vê-los assim me dá o que fazer. Só sei que ontem eu fui, hoje vou e amanhã eu não sei. Sou um cata-vento na tempestade, a sorte levada aos tropeções dos que cruzo entre possibilidades, vicissitudes e lamúrias, em todas as direções de ir e vir e a agarrar o destino se arrastando pro remoto paraíso que a morte espreita, como inelutável provação punitiva e escatológica. Eu também vou e aqui aprendo, não há nada por absoluto, tudo a confirmar porque sou mais um na distância entre a miséria e a ventura, entre os sem rumo que sequer sabem pra onde vão – rolhas aprisionadas numa garrafa que se libertam lançando-se às ondas e ventos do oceano -, entre os que carregam seus grilhões e mundos aos ombros aos reclamos e que se dizem almas livres para dar vazão aos seus sentimentos e dores, esvaziando seus vitimados corações. Procuro amigáveis entre todos, quem estenda uma mão apenas. Não reconheço as fisionomias, vejo-me sempre estrangeiro quase invisível e se posso expressar meu coração só há paredes e concretos para o afeto. Só sei que eu vivo e a minha vida com tudo e todos. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.

Curtindo o documentário Dominguinhos (2014) dirigido por Mariana Aydar, Eduardo Nazarian & Joaquim Castro, e os álbuns Veredas Nordestinas (Continental, 1989), o dvd Ao vivo em Nova Jerusalém (Globo Nordeste, 2009) e cd/DVD Iluminado (Biscoito Fino, 2010), do instrumentista, cantor e compositor Dominguinhos (José Domingos de Morais – 1941-2013).

Veja mais sobre:
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A arte do escultor estadunidense Gutzon Borglum (1867-1941).

DESTAQUE: HELENA ANTIPOFF
[...] à margem da família, da escola e da sociedade com suas leis e suas regras, essas crianças se formavam à margem da vida civilizada. Não sendo destituídas de inteligência natural, não possuíam precisamente essa inteligência que se tritura e se disciplina ao contato do exemplo no seio do regime regrado, essa inteligência civilizada, que perscrutamos por meio de nossos testes chamados de inteligência geral [...] ao lado de crianças provenientes de um meio burguês, jogadas nas ruas por azares da sorte, encontravam-se os meninos de rua que conheciam apenas as asperezas da vida, caídos em vícios dos mais ignóbeis; casos de perversão moral ao lado de crianças intactas em sua confiança a mais cândida [...] Cumpre procurar outros meios menos radicais talvez, e dependendo menos de um decreto obrigatório, mas que poderia impor-se à consciência coletiva como uma necessidade a preencher e onde a cooperação social não deixaria de ser mais eficiente [...].
Trechos extraídos do estudo A organização das classes especiais C e D (Revista do Ensino, 1931), da psicóloga e pedagoga bielorussa Helena Antipoff (1892-1974).

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagens: arte do fotógrafo ucraniano Roman Pyatkovka.
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DEDICATÓRIA: NAYANA ANDRADE
A edição de hoje é dedicada à amiga Nayana Andrade.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
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