sexta-feira, março 06, 2015

VYGOTSKY, GABO, MICHELANGELO, FLORA PURIM, BROWNING, CYRANO DE BERGERAC & WAJDA


CEM ANOS DE SOLIDÃO –Leitura obrigatória para quem milita na área de literatura, são as obras do escritor, jornalista e ativista político colombiano Prêmio Nobel de Literatura de 1982, Gabriel García Marquez. Entre elas destaco o extraordinário romance Cem anos de solidão (Record, 1985), que conta a história da formação e desenvolvimento familiar dos Arcadios Buendía, por meio de um estilo caracterizado como realismo fantástico. Do livro destaco os fragmentos: [...] O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome a para mencioná-las se precisava apontar com o dedo [...] a morte o seguia por todas as partes, farejando-lhe as calças, mas sem se decidir a dar o bote final. Era um fugitivo de quantas pragas e catástrofes haviam flagelado o gênero humano [...] Logo que José Arcadio Buendía fechou a porta do quarto, o estampido de um tiro retumbou na casa. Um fio de sangue passou por debaixo da porta, atravessou a sala, saiu para rua, seguiu reto pelas calçadas irregulares, desceu degraus e subiu pequenos muros, passou de largo pela Rua dos Turcos, dobrou uma esquina à direta e outra à esquerda, virou em ângulo reto diante da casa dos Buendía, passou por debaixo da porta fechada, atravessou a sala de visitas colado às paredes para não manchar os tapetes, continuou pela outra sala, evitou em curva aberta a mesa da copa, avançou pela varanda das begônias e passou sem ser visto por debaixo da cadeira de Amaranta, que dava uma aula de Aritmética a Aureliano José, e se meteu pela despensa e apareceu na cozinha onde Úrsula se dispunha a partir trinta e seis ovos para o pão.  Veja mais aqui e aqui.

Imagem A noite, do pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni – mais conhecido apenas por Michelangelo (1475-1564)

Ouvindo Flora´s Song (Narada, 2005), da cantora brasileira Flora Purim.

VYGOTSKY, O TEATRO E A CRIANÇA – Resultado da experiência de mais de seis anos de atividades envolvendo Literatura, Música e Teatro infantis em escolas da rede pública e privada de Maceió, Alagoas, desenvolveu-se o trabalho acadêmico sob a denominação Contribuição do Teatro no Desenvolvimento da Linguagem Infantil: uma abordagem acerca da teoria de Vygotsky, sob orientação da professora e psicóloga Fátima Pereira, que foi apresentado no IV Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão, em 2014, na cidade São Paulo. O estudo faz uma abordagem acerca da contribuição do cientista e psicólogo russo Lev Semenovitvh Vygotsky (1896-1934) por meio da atividade artística, notadamente a atividade teatral articulada com música e literatura, para o desenvolvimento da linguagem da criança. Veja detalhes aqui , aqui e  aqui.

CYRANO DE BERGERAC – A vida do escritor e duelista francês Hector Savinien de Cyrano de Bergerac (1619-1655) foi fonte inspiradora para o teatro do poeta e dramaturgo francês Edmond Rostand (1868-1918), ganhando, posteriormente, duas versões para o cinema: a primeira em 1950, pelo diretor Michael Gordeon; e a segunda, em 1990, com direção de Jean-Paul Rappeneau e com a participação premiada de melhor ator no 43º Festival de Cannes para Gérard Depardieu com a talentosa e linda atriz Anne Brochet. Desse texto destaco a cena VI do 5º Ato, num diálogo entre Roxana e Cyrano: Vós? Ao contrário: do feminino amor mendigo solitário, sem carinho de mãe, sem lágrima de irmã, temi também mais tarde o olhar da barregã. Graças! Mercê de vós, que amei despercebido, passou na minha vida a fimbria dum vestido. Veja mais aqui.

COMO TE AMO? – A poeta inglesa da época vitoriana Elizabeth Barrett Browning (1806-1861) é autora dos Sonetos da Portuguesa, nos quais viveu intensa e poeticamente sua vida amorosa com o também poeta Robert Browning. Da sua obra destaco o soneto Como te amo? (Soneto XLIII) na tradução do poeta Manuel Bandeira: Amo-te quanto em largo, alto e profundo / Minh’alma alcança quando, transportada, / Sente, alongando os olhos deste mundo, / Os fins do Ser, a Graça entressonhada. / Amo-te em cada dia, hora e segundo: / À luz do Sol, na noite sossegada. / E é tão pura a paixão de que me inundo / Quanto o pudor dos que não pedem nada. / Amo-te com o doer das velhas penas; / Com sorrisos, com lágrimas de prece, / E a fé da minha infância, ingênua e forte. / Amo-te até nas coisas mais pequenas. / Por toda a vida. E, assim Deus o quiser, /Ainda mais te amarei depois da morte. Veja mais aqui.


SENHORITA NINGUÉM – Quem teve a oportunidade de curtir o drama Panna Nikt (Senhorita Ninguém (1997) do cineasta polonês Andrzej Wajda, inspirado no romance homônimo de Tomek Tryzna Marysia  com música de Andrzej Korzynski, aborda o universo juvenil com suas dificuldades de amadurecimento e reunindo garotas num elenco belíssimo, com destaque para a atriz Anna Mucha. Veja mais aqui.




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