quinta-feira, outubro 30, 2014

ALAN WATTS & TODOS OS BRASIS DO BRASIL!!!!!!!


A PSICOTERAPIA DE ALAN WATTS - Sou um daqueles que acreditam que não seja uma virtude necessária do filosofo o passar a vida defendendo uma mesma posição. É certamente uma espécie de orgulho espiritual evitar pensar alto e não desejar que uma tese seja impressa até que se esteja em condições de defendê-la até a morte. A filosofia, como a ciência, é uma função social, pois um homem não pode pensar corretamente sozinho e o filósofo deve publicar seu pensamento, ainda que seja somente para aprender, através da crítica, a contribuir com uma parcela para a sabedoria. Se, portanto, algumas vezes faço afirmações autoritárias e dogmáticas, é com o propósito de contribuir para a clareza e não com o desejo de parecer um oráculo. (Alan Watts, Suprema Identidade). A VIDA CONTEMPLATIVA – O livro A vida contemplativa: um estudo sobre a necessidade da religião mística, pelo guia espiritual da juventude moderna, do filósofo e escritor britânico Alan Wilson Watts (1915-1973), aborda temas como a época do espírito, a dádiva da união, a realização da união, a existência e o coração de Deus, a vida de ação, a vida contemplativa. [...] O homem, queira ele ou não – ou melhor, a sua inteligência consciente -, deve, portanto, governar o mundo. Tal coisa constitui uma conclusão surpreendente para um ser que pouco sabe sobre si mesmo e até mesmo admite que ciências da inteligência, como a psicologia e a neurologia, não são mais que um estágio preliminar, superficial. Se nem mesmo sabemos como proceder para sermos conscientes e inteligentes, mais temerário seria admitir que sabemos qual a finalidade da inteligência consciente e muito mais ainda que a mesma tem condições de dirigir o mundo. [...] A natureza e o homem natural são ambos um objeto que é sempre estudado de acordo com uma técnica que os torna exteriores e, portanto, diferentes para um observador subjetivo. [...] Ao mesmo tempo, mesmo sob o ponto de vista intelectual mais frio, torna-se cada vez mais claro que não vivemos em um mundo dividido. As rígidas divisões entre espírito e natureza, mente e corpo, sujeito e objeto e controlador e controlado são vistas, mais e mais, como inadequadas convenções de linguagem. São termos grosseiros e ilusórios de descrição de um mundo em que todos os eventos parecem ser mutuamente interdependentes – um complexo imenso de relações sutilmente equilibradas que, como um nó sem fim, não tem uma ponta que permita desfazê-lo a fim de colocá-lo em suposta ordem. [...] Premissas defeituosas somente podem ser abandonadas por aqueles que vão às raízes de seu próprio pensamento e conseguem descobrir o que realmente são. (Alan Watts, O homem, a mulher e a natureza). O HOMEM, A MULHER E A NATUREZA – O livro O homem, a mulher e a natureza, de Alan Watts, trata de temas como o homem e a natureza, Urbanismo e Paganismo, a ciência e a natureza, a arte do sentimento, o mundo como êxtase, o mundo sem sentido, o homem e a mulher, espiritualidade e sexualidade, amor sagrado e profano, consumação, entre outros temas. [...] os Estados totalitários sabem o perigo do artista. Corretamente – se bem que por motivos errados – eles sabem que toda a arte é propaganda, e que arte que não apoia o sistema deve ser contra ele. Eles sabem intuitivamente que o artista não é um excêntrico inofensivo, mas uma pessoa que sob o disfarce de irrelevância cria e revela uma nova realidade. [...] Da mesma forma não se ouve um som. O som é o ouvir; fora disso, fica sendo simplesmente uma vibração no ar. Os estados do sistema nervoso não precisam, como supomos, ser vigiados por alguma coisa mais, por um homenzinho situado dentro da cabeça e que os registra. Não precisaria esse homenzinho de ter outro sistema nervoso, e outro homenzinho na cabeça [...] A sociedade está convencendo o indivíduo a fazer o que ela quer mediante o recurso de fazê-lo crer que as ordens dela são ordens do ser interior do indivíduo. [...] A ciência e a psicoterapia já fizeram muito também para nos libertar da prisão que nos isolava da natureza, prisão na qual tínhamos de renunciar a Eros, desprezar o organismo físico e depositar todas as nossas esperanças em um mundo sobrenatural – que viria depois. [...] Sempre que o terapeuta se coloca ao lado da sociedade, ele interpreta o seu trabalho como sendo ajustar o indivíduo e encaminhar os seus “impulsos inconscientes” para a respeitabilidade social. Mas essa “psicoterapia oficial” carece de integridade e se transforma em instrumento obediente de exércitos, burocracias, igrejas, empresas e de toda instituição que exija lavagem cerebral dos indivíduos. Por outro lado, o terapeuta interessado em ajudar o indivíduo é forçado à crítica social. Isso não quer dizer que ele tenha de se empenhar diretamente em revolução política; significa que ele tem de ajudar o indivíduo a se libertar de várias formas de condicionamento social, libertá-lo inclusive do ódio contra esse condicionamento – pois odiar é uma forma de se escravizar ao objeto odiado. [...] (Alan Watts, Psicoterapia oriental e ocidental). O BUDISMO ZEN –O livro O budismo zen, de Alan Wats, aborda temas como a filosofia do Tao, as origens de Budismo, Budismo Mahayana, origem e desenvolvimento do Zen, princípios e práticas, vazio e maravilhoso, sentado tranquilamente nada fazendo, Za-Zen e Koan, o Zen das artes, entre outros assuntos. Tal como o verdadeiro humor é rir de si mesmo, a verdadeira humanidade é o conhecimento de si mesmo. As outras criaturas talvez também amem e riam, falem e pensem, mas a peculiaridade especial dos seres humanos parece ser seu raciocínio: pensam sobre o pensamento e sabem que sabem. [...] A consciência de si mesmo conduz à admiração e a admiração à curiosidade e à investigação, de maneira que nada interessa mais às pessoas do que as pessoas, mesmo que seja apenas a própria pessoa de cada um. Todos os indivíduos inteligentes desejam saber o que é que os faz funcionar e, apesar disso, sentem-se fascinados e frustrados pelo fato de que seu próprio ser é o que existe de mais difícil para conhecer. [...] Aqueles a quem somos tentados a chamar de estúpidos ou chatos são, justamente, os que nada encontram de fascinante em serem humanos; sua humanidade é incompleta, já que nunca os surpreendeu. Também há algo de incompleto naqueles que nada encontram de fascinante em ser. O leitor poderá dizer que isto é um preconceito profissional de filósofo – que as pessoas são defeituosas por não terem o sentido do metafísico. Mas qualquer pessoa que pense tem de ser um filósofo – bom ou ruim – pois é impossível pensar sem premissas, sem suposições básicas (e, neste sentido, metafísicas) sobre o que é sensato, o que é a vida adequada, o que é a beleza e o que é o prazer. Ter tais suposições, consciente ou inconscientemente, é filosofar. (Alan Watts, Tabu – o que não deixa saber quem você é?). Veja mais aqui.

REFERÊNCIA
WATTS, Allan. O homem, a mulher e a natureza. Rio de Janeiro: Record, 1958.
______. A vida contemplativa: um estudo sobre a necessidade da relição mística, pelo guia espiritual da juventude moderna. Rio de Janeiro: Record, 1971.
______. O budismo zen. Lisboa: Presença, 1979.
______. Tabu – O que não o deixa saber quem você é? São Paulo: Três, 1973.
______. Psicoterapia Oriental & Ocidental. Rio de Janeiro: Record, 1961.


AFINAL QUEM ELEGEU DILMA PRESIDENTE??? – O professor Livio Lavergetti trouxe para aula de Estatística o trabalho desenvolvido pelo mestrando em Economia da Unicamp, Thomas Victor Conti, se posicionando contra o preconceito deflagrado pelo resultado das eleições presidenciais. O trabalho dele deixa claro uma coisa:



VOTOS PRÓ-DILMA NORTE/NORDESTE

24,8 milhões de votos (inclusive o meu que está nessa tuia).



VOTOS PRÓ-DILMA SUL/SUDESTE

26,7 milhões de votos



Resultado: qual a conclusão que podemos tirar desses dados? Dá pra entender ou quer que eu desenhe? Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!!! E cantando Querelas do Brasil, de Maurício Tapajós & Aldir Blanc.



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A linguagem na Filosofia de Marilena Chauí aqui.
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James Baldwin, Naná Vasconcelos, Raul Villalba, Wanderlúcia Welerson Sott Meyer, Ronald Augusto, Monique Barcello & Lia Rosatto aqui.
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quarta-feira, outubro 29, 2014

VYGOTSKY, FREUD, LACAN, CÍCERO & A ARTE DE ENVELHECER, DAWNA MARKOVA, HENIZ KOHUT, TEATRO, DORO & PERNAMBUCO



E O DORO: BOM DILMA, GENTE! – Na última semana ouvi tudo: maior barraco geral. Esta semana, não deu menos: só baixaria. Parece mais que tem gente feito o que o Doro diz: - “Quando pensa, peida. Quando fala, caga!”. Até ouvi o desaforo de que Pernambuco traiu a memória de Eduardo Campos. E foi o Doro quem enredou: - “Tumém, esse tarzinho de Aercio da Capitinga foi gruvernadô, senadô, deputadô e tudo o mais lá de dor nas Minas e nem lá ganhô! A Marina, coitada, pra mim si interrô-se de veizi, avalie! A genti dexa o PSDêBê-que-foi-pra-pqp-cum-Fegacê pra SumPaulo e pro Sú! Afora isso, nem aqui nem na China!”. Tá dito.

PSICOLOGIA DA ARTE – Um livro mais que recomendável para quem milita na arte é Psicologia da arte, de Lev Semenovitch Vygotsky (Martins Fontes, 1999) que aborda o problema psicológico da arte, estética e teoria marxista da arte, psicologia social e individual da arte, psicologia subjetiva e objetiva da arte, método objetivo-analítico e sua aplicação, a arte como conhecimento, a arte como conhecimento, psicologia da forma, dependência em face da psicologia associativa e sensualista, a arte como procedimento, psicologia do enredo e da personagem, psicologia do formalismo, arte e psicanálise, a psicanálise da arte, análise da reação estética, análise da fábula, a novela, a tragédia, Lessing e Potiebnya, a fabula em poesia e prosa, alegoria, as fábulas de Krilov, a tragédia de Hamlet, a arte como catarse, a teoria das emoções e da fantasia, a lei do menor esforço, a teoria do tom emocional e da empatia, a lei da dupla expressão das emoções, psicologia do verso, heróis e personagens, o drama, o teatro, a pintura, a escultura, a arquitetura, arte e vida, teoria do contágio, sentido social da arte, arte e pedagogia, arte do futuro, entre outros importantes assuntos. Veja mais aqui.

A ARTE DE ENVELHECER – Uma valiosa lição essa de Marco Túlio Cícero: “Assim como estimo um adolescente no qual se encontra algo de um velho, assim aprecio um ancião no qual se encontra alguma coisa de um adolescente; aquele que seguir esta regra, poderá ser velho de corpo, não o será jamais da alma”.

FAZENDO SEU ERRADO DAR CERTO – Uma leitura recomendável é a do livro Fazendo seu errado dar certo: um método simples para transformar problemas em soluções, de Dawna Markova (Summus, 2000), trata da cura como libertação, o eu limitado, momento decisivo, coração aberto, pensando para mudar, a mente mutável, aprendendo com as feridas, compaixão, tecendo um futuro possível, explorando padrões de prevenção, conexão com a comunidade, assumindo e encenando compromissos, integração por meio de símbolos e cerimônias, entre outros diversos assuntos.

OS IDEAIS E AS AMBIÇÕES – Já dizia Heniz Kohut: “O homem é conduzido por seus ideais e empurrado por suas ambições”.

DO PLAYBACK THEATRE AO TEATRO DE CRIAÇÃO – Uma dica de leitura é o livro Do playback theatre ao teatro de criação, de Albor Vives Reñones (Ágora, 2000), aborda temas como o diretor, aquecimento de atores e plateia, direção de cenas ou representando a história, atores e músicos, narração, musicalização, participar da representação, ensaios, multiplicações, ressonância, raízes e rizomas, trocas de experiências, reforçar a integração e a coesão do grupo, repertório de técnicas de impacto, música e teatro, arte dramática, composição, psicodrama, entre outros importantes assuntos.

O FUTURO DE UMA ILUSÃO, DE SIGMUNDO FREUD - [...] A civilização humana, expressão pela qual quero significar tudo aquilo em que a vida humana se elevou acima de sua condição animal e difere da vida dos animais - e desprezo ter que distinguir entre cultura e civilização -, apresenta, como sabemos, dois aspectos ao observador. Por um lado, inclui todo o conhecimento e capacidade que o homem adquiriu com o fim de controlar as forças da natureza e extrair a riqueza desta para a satisfação das necessidades humanas; por outro, inclui todos os regulamentos necessários para ajustar as relações dos homens uns com os outros e, especialmente, a distribuição da riqueza disponível. As duas tendências da civilização não são independentes uma da outra; em primeiro lugar, porque as relações mútuas dos homens são profundamente influenciadas pela quantidade de satisfação instintual que a riqueza existente torna possível; em segundo, porque, individualmente, um homem pode, ele próprio, vir a funcionar como riqueza em relação a outro homem, na medida em que a outra pessoa faz uso de sua capacidade de trabalho ou o escolha como objeto sexual; em terceiro, ademais, porque todo indivíduo é virtualmente inimigo da civilização, embora se suponha que esta constitui um objeto de interesse humano universal. É digno de nota que, por pouco que os homens sejam capazes de existir isoladamente, sintam, não obstante, como um pesado fardo os sacrifícios que a civilização deles espera, a fim de tornar possível a vida comunitária. A civilização, portanto, tem de ser defendida contra o indivíduo, e seus regulamentos, instituições e ordens dirigem-se a essa tarefa. Visam não apenas a efetuar uma certa distribuição da riqueza, mas também a manter essa distribuição; na verdade, têm de proteger contra os impulsos hostis dos homens tudo o que contribui para a conquista da natureza e a produção de riqueza. As criações humanas são facilmente destruídas, e a ciência e a tecnologia, que as construíram, também podem ser utilizadas para sua aniquilação. Fica-se assim com a impressão de que a civilização é algo que foi imposto a uma maioria resistente por uma minoria que compreendeu como obter a posse dos meios de poder e coerção. [...] Assim, a religião seria a neurose obsessiva universal da humanidade; tal como a neurose obsessiva das crianças, ela surgiu do complexo de Édipo, do relacionamento com o pai. A ser correta essa conceituação, o afastamento da religião está fadado a ocorrer com a fatal inevitabilidade de um processo de crescimento, e nos encontramos exatamente nessa junção, no meio dessa fase de desenvolvimento. Nosso comportamento, portanto, deveria modelar-se no de um professor sensato que não se opõe a um novo desenvolvimento iminente, mas que procura facilitar-lhe o caminho e mitigar a violência de sua irrupção. Decerto nossa analogia não esgota a natureza essencial da religião. Se, por um lado, a religião traz consigo restrições obsessivas, exatamente como, num indivíduo, faz a neurose obsessiva, por outro, ela abrange um sistema de ilusões plenas de desejo juntamente com um repúdio da realidade, tal como não encontramos, em forma isolada, em parte alguma senão na amência, num estado de confusão alucinatória beatífica. Mas tudo isso não passa de analogias, com a ajuda das quais nos esforçamos por compreender um fenômeno social; a patologia do indivíduo não nos provê de um correspondente plenamente válido. [...] É possível que a educação libertada do ônus das doutrinas religiosas não cause grande mudança na natureza psicológica do homem. [...] Acreditamos ser possível ao trabalho científico conseguir um certo conhecimento da realidade do mundo, conhecimento através do qual podemos aumentar nosso poder e de acordo com o qual podemos organizar nossa vida. Se essa crença for uma ilusão, então nos encontraremos na mesma posição que você. Mas a ciência, através de seus numerosos e importantes sucessos, já nos deu provas de não ser uma ilusão. Ela conta com muitos inimigos manifestos, e muitos outros secretos, entre aqueles que não podem perdoá-la por ter enfraquecido a fé religiosa e por ameaçar derrubá-la. É censurada pela pequenez do que nos ensinou e pelo campo incomparavelmente maior que deixou na obscuridade. Nisso, porém, as pessoas se esquecem de quão jovem ela é, quão difíceis foram seus primórdios e quão infinitesimalmente pequeno foi o período de tempo que decorreu desde que o intelecto humano ficou suficientemente forte para as tarefas que ela estabelece. Não nos achamos todos nós em falta, ao basear nossos julgamentos em períodos de tempo que são curtos demais? Deveríamos tomar os geólogos como modelo. As pessoas queixam-se da infidedignidade da ciência, do modo como ela anuncia como lei hoje o que a geração seguinte identifica como erro e substitui por uma nova lei cuja validade aceita não perdura por mais tempo. Mas isso é injusto e, em parte, inverídico. As transformações da opinião científica são desenvolvimentos, progressos, e não revoluções. Uma lei que a princípio foi tida por universalmente válida, mostra ser um caso especial de uma uniformidade mais abrangente ou é limitada por outra lei, só descoberta mais tarde; uma aproximação grosseira à verdade é substituída por outra mais cuidadosamente adaptada, a qual, por sua vez, fica à espera de novos aperfeiçoamentos. Existem diversos campos em que ainda não superamos uma fase de pesquisa na qual fazemos experiências com hipóteses que em breve têm de ser rejeitadas como inadequadas; em outros campos, porém, já possuímos um cerne de conhecimento seguro e quase inalterável. Finalmente, tentou-se desacreditar o esforço científico de maneira radical, com o fundamento de que, achando-se ele ligado às condições de sua própria organização, não poderia produzir nada mais senão resultados subjetivos, ao passo que a natureza real das coisas a nós externas permanece inacessível. Mas isso significa desprezar diversos fatores de importância decisiva para a compreensão do trabalho científico. Em primeiro lugar, nossa organização - isto é, nosso aparelho psíquico - desenvolveu-se precisamente no esforço de explorar o mundo externo, e, portanto, teria de ter concebido em sua estrutura um certo grau de utilitarismo; em segundo lugar, ela própria é parte constituinte do mundo que nos dispusemos a investigar e admite prontamente tal investigação; em terceiro, a tarefa da ciência ficará plenamente abrangida se a limitarmos a demonstrar como o mundo nos deve aparecer em consequência do caráter específico de nossa organização; em quarto, as descobertas supremas da ciência, precisamente por causa do modo pelo qual foram alcançadas, são determinadas não apenas por nossa organização, mas pelas coisas que influenciaram essa organização; finalmente, o problema da natureza do mundo sem levar em consideração nosso aparelho psíquico perceptivo não passa de uma abstração vazia, despida de interesse prático. Não, nossa ciência não é uma ilusão. Ilusão seria imaginar que aquilo que a ciência não nos pode dar, podemos conseguir em outro lugar. O FUTURO DE UMA ILUSÃO – A obra O futuro de uma ilusão, de Sigmund Freud, trata sobre a civilização humana, instinto, frustração, renúncias instintuais, privação, opressão, hostilidades, os ideais, a cultura, a satisfação narcísica e o ideal cultural, a arte e as satisfações substitutivas, educação, a humanização da natureza, o desamparo humano, o destino, os vales da civilização as ideias religiosas, o totemismo, a significação psicologia dos ideais religiosos, os ensinamentos da religião, as ilusões derivam do desejo humano, as doutrinas religiosas, o espírito científico, as leias e as convenções humanas, o pai primevo, entre outros assuntos. No mesmo volume encontram-se ainda O mal-estar da civilização, fetichismo, o humor, uma experiência religiosa, Dostoievski e o parricídio, alguns sonhos de Descartes, o prêmio Goethe, relação dos trabalhos de Freud que tratam da arte, literatura e teoria da estética, tipos libidinais, sexualidade humana e breves escritos. REFERÊNCI: FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. Veja mais aqui.

O SEMINÁRIO – O EU NA TEORIA DE FREUD E NA TÉCNICA DA PSICANÁLISE, DE JACQUES LACAN - O livro O seminário o eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise, de Jacques Lacan, trata inicialmente acerca da psicologia e metapsicologia, a verdade e saber, o cogito dos dentistas, a crise de 1920, a natureza do eu, origem da linguagem, Sócrates, a literatura, Descartes, a cacofonia teórica, além do princípio do prazer. Em seguida trata do saber, verdade, opinião, a psicanálise e seus conceitos, forma e símbolo, Péricles psicanalista, instinto e o simbólico. Logo após trata de além do principio do prazer, a repetição, o universo simbólico, diálogos sobre Lévi-Strauss, a vida e a máquina, Deus, a natureza e o símbolo, o imaginário material, o dualismo freudiano, uma indefinição materialista do fenômeno da consciência, a vivência e o destino, o núcleo do ser, o eu é um objeto, fascinação, rivalidade, reconhecimento, as resistências, a família, homeostase e insistência, idolatria, autocontagem do sujeito, heterotipia da consciência, análise do não eu é análise do inconsciente ao avesso, Freud, Hegel, a máquina, o instinto de morte, racionalismo de Freud, alienação do sonho, a psicanálise não é um humanismo, Freud e a energia, o circuito, Maurice Merleau-Ponty e a compreensão, conservação, entropia, informação, princípio do prazer e princípio da realidade, a aprendizagem do Griboville, reminescencia e repetição, Kierkgaard, introdução ao Entwurf, sobre o nível das reações psicossomáticas, o real é sem fissura, a redescoberta do objeto, jogo de escrituração, loucura não é sonho, quatro esquemas, oposição e mediação, o processo primário, a entificação da percepção-consciência, da Entwurf à Traumdeutung, a entropia ao pé da letra, os paradoxos de ômega, tudo está sempre aí, sonho e sintoma, a conversa com Fleiss, a censura não é resistêcia, a mensagem como discurso interrompido e que insiste, o rei da Inglaterra é um babaca, Freud e Fechner, os embaraços da regressão, paradoxos dos esquemas freudianos, percepção e alucinação, função do ego, o sonho da injeção de Irma, o imaginário, o real e o simbólico, par ou impar, para além da intersubjetividade, um quod derradeiro, a máquina que joga, memória e rememoração, introdução à carta roubada, perguntas àquele que ensina, o discurso comum, a realização de desejo, o desejo de dormir, o verbo e as tripas, a questão do realismo, o desejo, a vida e a morte, a libido, desejo sexual, instinto, resistência da análise, o para além de Édipo, a vida só pensa em morrer, introdução do grande outro, a paranoia pós-analítica, o esquema em Z, para além do muro da linguagem, para se formam os analistas, a análise objetivada, critica a Fairbain, a fala na análise, economia imaginária e registro simbólico, o universo irracional, sósia, o marido e a mulher, a mulher objeto de troca, o eu que boto pra fora, desdobramento obsessivo, o apólogo do marciano, o apólogo dos três prisioneiros, psicanálise e cibernética ou da natureza da linguagem, a.m.a.s, verbum a dabar, a máquina e a intuição, esquema do tratamento, o libidinal e o simbólico. REFERÊNCIA: LACAN, Jacques. O seminário: o eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. Veja mais aqui.


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JUDITH BUTLER, EDA AHI, EVA GARCÍA SÁENZ, DAMA DO TEATRO & EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA

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