quinta-feira, março 07, 2013

PHILIPPA GREGORY, NEKRÁSSOV, CRISTINE KAUFMANN, ALICE PAUL, BARBARA PYM, ALEXANDRA RIPLEY, AMBER BENSON, EVA HESSE & CELSO FURTADO

 


POIS, É... VAMOS PAPEAR – UMA LIÇÃO & TANTO – Uma coisa que muito me impressionou certa feita foi uma frase da ativista, sufragista e feminista estadunidense, Alice Paul (1885-1977): Nunca duvidei que a igualdade de direitos fosse a direção certa. A maioria das reformas, a maioria dos problemas, são complicados. Mas para mim não há nada complicado na igualdade comum. De fato, muito embora a gente hoje adote outras nomenclaturas, como equidade e isonomia. Até porque a igualdade, depois que a gente apurou a tríade revolucionária francesa, ficou com um sentido meio furado. Mas, trocando em miúdos: enfrentando qualquer discriminação ou preconceito, dá pra gente entender que no fundo, no fundo mesmo, a gente é tudo igualzinho, sem tirar nem pôr. DUAS PRO DESCARTE – Certa feita estava eu cá com meus botões, imaginando coisas e tentando rabiscar meus garranchos no meio das minhas elucubrações, quando dei de cara com a frase inexorável da Barbara Pym: Uma vez fora do círculo mágico, os escritores se tornaram seus eus solitários, ponderando com poemas, observando seus semelhantes, colocando as pessoas que conheciam romances. Não é de admirar que eles fossem sem amigos... Eita! Nunca me vi tão sozinho, a ponto de dizer pra mim mesmo: Vai ver se estou lá na esquina, vai! (Veja mais dela aqui). TRÊS PRA FECHAR A CONTA – Depois de me ausentar de mim mesmo, fiquei mais à toa que o normal. É que eu andava me levando tão a sério, que tive que dar um chega pra lá ao ler o que escrevera certa feita, a escritora estadunidense Alexandra Ripley (1934-2004): Deveres não resolvem nada. É a próxima coisa a acontecer que precisa ser pensada. Danou-se! Esta foi na lata! Continuei lendo as escrituras dela e dei de cara com outra: Nenhuma mulher pode ser verdadeiramente bela se não for, também às vezes, verdadeiramente feia... Aí eu digo: o povo, no fundo, tem sempre razão, afinal vale o ditado: não ninguém feio, só gente malarrumada que não se transforme noutra com qualquer banho de loja e ternura. Tenho dito!

 


DITOS & DESDITOS - Há muito mais neste mundo do que aparências externas. Nossa sociedade se deleita com a ilusão de normalidade todos os dias e se esconde da verdade todas as noites... Não importa com quem você dorme, é como você trata as outras pessoas neste mundo... Pensamento da atriz e escritora estadunidense Amber Benson.

 

ALGUÉM FALOU: Arte e trabalho e arte e vida estão muito ligados e toda a minha vida tem sido absurda. Não há nada na minha vida que não tenha sido extremo - saúde pessoal, família, situação econômica… Absurdo é a palavra-chave… Eu acho que o círculo é muito abstrato. Eu poderia inventar histórias sobre o que o círculo significa para os homens, mas não sei se é tão consciente assim. Acho que era uma forma, um veículo. Acho que não tinha um significado antropomórfico sexual ou geométrico. Não era um seio e não era um círculo representando a vida e a eternidade… Lembro-me de sempre trabalhar com contradição e formas contraditórias que é minha ideia também na vida. Todo o absurdo da vida, tudo para mim sempre foi oposto. Nada nunca esteve no meio. Quando te dei minha autobiografia, minha vida nunca teve nada normal ou central. Sempre foram extremos... Pensamento da escultora e educadora teuto-estadunidense Eva Hesse (1936-1970).

 

O SILÊNCIO – [...] a pessoa humana é pessoa na medida em que comunica, ou seja, que permite que Deus ressoe nele. […] Ela só pode ser pessoa quando percebe a profundidade do seu ser, da sua solidão, onde ela está presente a si mesma, onde o seu ser, o seu eu, constantemente nasce, onde ela se recebe, se possui e de onde ela pode dar-se ao outro: a Deus e aos outros. [...] O silêncio torna-se a mãe, o ventre da pessoa, pois só dele recebe a vida que é comunicação. […] Este silêncio fundamental que carrega em si a solidão da pessoa e que a faz ser ela mesma, é a fonte e a condição absoluta para que ela viva e se deixe fecundar por outras formas de silêncio, todas elas nascidas de este histórico único da pessoa. [...] A partir daí ele carrega ou recupera uma capacidade de perceber a mensagem de tudo que o cerca. A capacidade de ouvir, ouvir o silêncio do mar, das montanhas, de uma flor, do vento e das nuvens; seus olhos e ouvidos tornam-se permeáveis ao silêncio sonoro da natureza, levado à sua expressão máxima em seu irmão. É assim que descobre o ritmo entre o silêncio e a palavra, entre a solidão e a comunhão no universo onde existe e no universo que ela própria é. [...]. Trechos extraídos da obra Rosto feminino de Deus (Desclée de Brouwer,1997), da escritora e atriz alemã Cristine Kaufmann (1945-2017).

 

RAINHA VERMELHA - [...] Uma palavra feita sobre coação não tem valor- vou ser livre. [...] Mas, entre nós, nunca houve tempo para as palavras de amor; a maior parte do nosso tempo foi gasta em despedidas. [...] Riqueza não significa nada se você não souber, até o último centavo, qual é a sua fortuna. Você também pode ser pobre se não sabe o que tem. [...]. Trechos extraídos da obra The Red Queen: A Novel (Simon & Schuster, 2010), da escritora britânica Philippa Gregory, que a seu próprio respeito expressou: Um trovador descrever-me-ia como condenada desde que nasci, uma princesa formosa nascida sob uma estrela negra. Não importa. As pessoas inventam sempre histórias sobre as princesas. Vem com a coroa. Temos de encarar as coisas com o máximo de leveza que pudermos. Se uma rapariga nasce bonita e princesa, como eu tenho sido toda a vida, terá apoiantes que serão piores que inimigos. Durante a maior parte da minha vida tenho sido admirada por loucos e odiada por pessoas de bom senso, e todos eles inventam histórias sobre mim nas quais ou uma santa ou uma prostituta. Mas estou acima desses julgamentos, sou uma rainha.

 

DOIS POEMAS - EM BREVE SEREI VÍTIMA DA PODRIDÃO - Em breve serei vítima da podridão. \ Embora seja difícil morrer, é bom morrer; \ Não pedirei a piedade de ninguém, \ E não há ninguém que teria pena de mim. \ Com minha lira não ganhei glória \ Pelo meu nobre nome de família; \ E eu morro tão distante do meu povo \ Como o dia em que comecei a viver. \ Laços de amizade, uniões do coração- \ Todos estão quebrados: desde a minha juventude, \ O destino me enviou inimigos implacáveis, \ Enquanto todos os meus amigos pereceram na luta. \ Suas canções proféticas ficaram inacabadas, \ Eles caíram vítimas do infortúnio, foram traídos \ Na flor da vida; e agora seus retratos me observam \ Das paredes, com reprovação. MANHÃ - Você está infeliz, doente no coração: Oh, eu sei, aqui essa doença não é rara. \ A natureza só pode espelhar \ A pobreza circundante. \ Tudo é sempre sombrio e sombrio, \ Pastagens, campos e prados, \ Gralhas molhadas e sonolentas \ Descansando nos palheiros pontiagudos; \ Aqui está um camponês bêbado dirigindo \ Seu nag em colapso \ Em distantes névoas azuladas, \ Um céu tão sombrio... \ Dá até pra chorar! \ A cidade rica não é melhor, no entanto: \ As mesmas nuvens de tempestade correm pelo céu; \ É difícil para as pás de aço dos nervos \ Raspando, gritando enquanto limpam as ruas \ O trabalho está começando em todos os lugares; \ Da torre de incêndio, um alarme dispara; \ Um homem condenado é trazido para fora \ Onde os carrascos já esperam. \ Ao raiar do dia, uma prostituta se apressa \ Casa da cama de alguém; \ Oficiais dentro de uma carruagem alugada \ Deixe a cidade - haverá um duelo. \ Lojistas se animaram \ E eles correm para sentar atrás de seus balcões: \ Durante todo o dia eles precisam trapacear \ Se eles quiserem comer à noite. \ Ouço! Tiro de canhão da fortaleza! \ Há uma inundação que põe em perigo a capital... \ Alguém morreu: \ Sobre uma almofada escarlate \ Encontra-se uma decoração Anna de primeira classe. \ Agora um jardineiro bate em um ladrão - ele o pegou! \ Gansos são levados para o abate; \ De um andar superior o crepitar \ De um tiro - outro suicídio. Poemas do poeta russo Nikolai Nekrássov (1821-1878).

 



CELSO FURTADO – Nascido na Paraíba, estudou no Liceu Paraibano e no Ginásio Pernambucano do Recife. Muda-se em 1939 para o Rio de Janeiro. No ano seguinte ingressa na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo concluído o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais em 1944, mesmo ano em que foi convocado para integrar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), servindo na Itália. Em 1946, ingressou no curso de doutoramento em economia da Universidade de Paris-Sorbonne, concluído em 1948 com uma tese sobre a economia brasileira no período colonial. Retornou ao Brasil, trabalhando no DASP e na Fundação Getúlio Vargas. Em 1949, mudou-se para Santiago do Chile, integrando a recém-criada Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão das Nações Unidas. Sob a direção do economista argentino Raúl Prebisch, a CEPAL se tornaria naquele período um importante centro de debates sobre os aspectos teóricos e históricos do desenvolvimento. Na década de 1950, Furtado presidiu o Grupo Misto CEPAL-BNDES, que elaborou um estudo sobre a economia brasileira que serviria de base para o Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek. Mais tarde, é convidado pelo professor Nicholas Kaldor ao King's College da Universidade de Cambridge, Inglaterra, onde escreveu Formação Econômica do Brasil, clássico da historiografia econômica brasileira. Retornando ao Brasil, assumiu uma diretoria do BNDE e participou da criação, em 1959, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). “Formação Econômica do Brasil”, a mais consagrada obra de Celso Furtado, foi escrita nesse ano, no mesmo período em que o autor ocupava o cargo de diretor do BNDE do governo de Juscelino Kubitschek. Nesse ano, Furtado já havia sido diretor da Divisão de Desenvolvimento da CEPAL por oito anos (de 1949 a 1957), fator que orientou a metodologia e os objetivos da obra. Isto é, Furtado procurou descrever a evolução da economia brasileira, dentro do paradigma latino-americano, pela análise da estrutura produtiva de cada período histórico da sociedade brasileira (daí a famosa denominação “estruturalista” para o pensamento cepalino em geral), dando ênfase em conceitos analíticos especificamente cepalinos, tais como a visão da economia internacional baseada nas relações entre países centrais, industrializados, e países periféricos, agrícolas. Em 1962, no governo João Goulart, foi nomeado o primeiro Ministro do Planejamento, elaborando o Plano Trienal. Em 1963 retornou à superintendência da SUDENE, criando e implantando a política de incentivos fiscais para investimentos na região. Com o golpe militar de 1964, teve seus direitos políticos cassados por dez anos. Exilado, mudou-se para o Chile e, mais tarde, para os Estados Unidos, onde seria pesquisador na Universidade de Yale. Em 1965, mudou-se para a França, assumindo a cátedra de Desenvolvimento Econômico da Universidade de Paris, permanecendo nos quadros da Sorbonne por vinte anos. Na década de 1970 viajou a diferentes países seja em missão das Nações Unidas, seja como conferencista ou professor-visitante. Com a Anistia, em 1979, retornou à militância política no Brasil, que passou a visitar com freqüência. Conciliou esta atividade com suas tarefas acadêmicas como diretor de pesquisas da Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Em 1981, filia-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1985 foi convidado participar da Comissão do Plano de Ação do governo Tancredo Neves. De 1986 a 1988 foi o ministro da Cultura do governo José Sarney. Nos anos seguintes, retomou a vida acadêmica e participou de diferentes comissões, tendo seu nome figurado entre os candidatos ao Prêmio Nobel de Economia. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1997. Desenvolvimento e subdesenvolvimento Celso Furtado faz parte dos pensadores brasileiros que consideram o subdesenvolvimento como uma forma de organização social no interior do sistema capitalista, contrário à idéia de que seja uma etapa para o desenvolvimento, como podem sugerir os termos de país "emergente" e "em desenvolvimento". Os países subdesenvolvidos tiveram, segundo Furtado, um processo de industrialização indireto, ou seja, como conseqüência do desenvolvimento dos países industrializados. Este processo histórico específico do Brasil criou uma industrialização dependente dos países já desenvolvidos e, portanto, não poderia jamais ser superado sem uma forte intervenção estatal que redirecionasse o excedente, até então usado para o "consumo conspícuo" das classes altas, para o setor produtivo. Note-se que isto não significava uma transformação do sistema produtivo por completo, mas um redirecionamento da política econômica e social do país que levasse em conta o verdadeiro desenvolvimento social. Suas idéias sobre o desenvolvimento e o subdesenvolvimento divergiram das doutrinas econômicas dominantes em sua época e estimularam a adoção de políticas intervencionistas sobre o funcionamento da economia
Entre as suas obras se encontram “Pequena introdução ao desenvolvimento: enfoque interdisciplinar” e “Não à recessão e ao desemprego”. No primeiro, “Pequena introdução ao desenvolvimento: enfoque interdisciplinar”, livro dividido em 12 partes, na primeira ele aborda o desenvolvimento como visão global, a idéia de progresso, difusão social da racionalidade instrumento e a tecnologia na reprodução da sociedade capitalista. Na segunda parte ele trata do binômio desenvolvimento e subdesenvolvimento trazendo a problemática atual, as dimensões do conceito e a visão sintética do processo. Na terceira parte traz a nova visão do desenvolvia e a influencia de alguns autores. Na quarta parte ele traz conceitos fundamentais. Na quinta parte ele trata acerca da dialética inovação difusão das técnicas, horizonte do processo de acumulação, os dois eixos do processo acumulativo, as duas dimensões de divisão social do trabalho, o nível da técnica e os limites da acumulação, e, por fim, o substrato social do processo de inovação e difusão de técnicas superiores. Na sexta parte, trazendo uma abordagem acerca da apropriação do excedente, desigualdade sincrônicas e diacrônicas, as formas primárias de apropriação do excedente e o capitalismo diante da revolução burguesa. Na sétima parte, a estrutura centro-periferia, a consolidação do primeiro núcleo industrial, a periferia do sistema de divisão internacional do trabalho, fator de elevação da produtividade e a especificidade do subdesenvolvimento. Na oitava parte vêm as estruturas agrárias na formação do excedente, organização agrícola e dominação social, clarificação de certos conceitos, o excedente agrícola e a tipologia das estruturas agrárias. Na nona parte a industrialização da periferia no quadro da divisão internacional do trabalho, a desimetria no processo de transformação, modernização, industrialização e a tipologia periférica. Na décima parte a crise do sistema de divisão internacional do trabalho, seus efeitos na periferia, alcance da industrialização complementar das exportações de produtos primários, a desorganização do sistema de divisão internacional do trabalho e o papel do Estado. Na décima primeira parte o Estado e as empresas transnacionais na industrialização periférica, a reversão das economias periféricas, o impacto das empresas transnacionais e o novo sistema de divisão internacional do trabalho. Por fim, na décima segunda parte a ordem econômica internacional, a integração das economias centrais, o quadro global, causas estruturais da crise na OEI e as tendências e opções.
Já na obra “Não à recessão e ao desemprego” o autor traz uma abordagem analítica acerca de uma nova política, temas para um debate sobre as perspectivas da economia brasileira, da dívida bem administrada à submissão ao FMI, um sistema de decisões feudalizado, a lógica da industrialização brasileira e a crise econômica internacional e sua projeções no Brasil.
Os Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza; Cariri, em Juazeiro do Norte, região sul do Ceará; e Sousa, no alto sertão paraibano) exibem nesta semana o documentário “O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani. Após as exibições do filme nos três Centros Culturais BNB, haverá debate com a participação do diretor do filme.
A programação da série de exibições do documentário sobre o é a seguinte: no CCBNB-Sousa (rua Cel. José Gomes de Sá, 7 – Centro – fone: (83) 3522.2980), na próxima quinta-feira, 24, às 18h30; no CCBNB-Cariri (rua São Pedro, 337 – Centro – fone: (88) 3512.2855), em Juazeiro do Norte, na sexta-feira, 25, também às 18h30; e no CCBNB-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108), no sábado, 26, às 10h30.
Em Sousa, o debate com o diretor José Mariani após a exibição será coordenado pelo gerente do CCBNB-Sousa, Ricardo Pinto, em Juazeiro do Norte pelo gerente do CCBNB-Cariri, Anastácio Braga, e em Fortaleza pelo assessor do Ambiente de Comunicação do BNB, Tibico Brasil.
O documentário de José Mariani traz uma análise da idéias do mais importante economista brasileiro (nascido em Pombal, na Paraíba, em 26 de julho de 1920) e um dos mais destacados intelectuais do País ao longo do século XX e de sua participação em diversos projetos desenvolvidos no Brasil a partir da década de 1940. Através de depoimentos de intelectuais e de imagens de época, é formado um panorama da história recente do Brasil. A produção do documentário de 73 minutos teve o patrocínio do Banco do Nordeste. Em entrevista realizada com o economista quatro semanas antes de sua morte (em 20 de novembro de 2004, no Rio de Janeiro), e mais 17 depoimentos de personalidades comentando sua vida e obra, o filme registra momentos marcantes da trajetória de Celso Furtado, como: a formação em Direito no Rio de Janeiro, no final dos anos 1940; sua experiência na Segunda Guerra Mundial; os anos em Paris como estudante do doutorado em Economia; a temporada no Chile, onde ajudou a fundar a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas); o período em que escreveu, na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o livro “Formação Econômica do Brasil”, clássico da historiografia econômica brasileira. Sua trajetória registrada no documentário prossegue com o retorno ao Brasil, mostrando a sua participação na criação da Sudene em 1959, no governo Juscelino Kubitschek; a experiência como primeiro ministro do Planejamento do Brasil, no governo João Goulart, em 1962, e como ministro da Cultura, no governo José Sarney (1986); o exílio no Chile, depois nos EUA (onde foi pesquisador da Universidade de Yale) e posteriormente na França (onde ensinou Desenvolvimento Econômico na Universidade de Paris-Sorbonne durante 20 anos); e a sua eleição como imortal na Academia Brasileira de Letras, em 1997.
SERVIÇO: CCBNBs exibem documentário e realizam debate sobre vida e obra do economista Celso Furtado (24 a 26 de abril). Centros Culturais Banco do Nordeste exibem documentário sobre a vida e a obra de Celso Furtado, o mais importante economista brasileiro e um dos mais destacados intelectuais do País ao longo do século XX Após as exibições, o diretor do filme, José Mariani, participa de debates nos três CCBNBs ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS: José Mariani (diretor do documentário “O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”) – (21) 8898.5895 / 2294.6464 – josemariani@globo.com Tibico Brasil (assessor do Ambiente de Comunicação Social do BNB) – (85) 3299.3479 / 9987.8734 – tibico@bnb.gov.br Anastácio Braga (gerente-executivo do CCBNB-Cariri) – (88) 3512.2855 / 9903.0000 – anastacio@bnb.gov.br Ricardo Pinto (gerente-executivo do CCBNB-Sousa) – (83) 3522.2980 / 9985.3385 – yuca@bnb.gov.br Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
FURTADO, Celso. Não à recessão e ao desemprego. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
_______. Pequena introdução ao desenvolvimento: enfoque interdisciplinar. São Paulo: Nacional, 1981.





ECONOMIA POPULAR – O livro “Economia popular: uma via de modernização para Alagoas”, de Cicero Péricles de Carvalho, aborda temas como condições econômicas atuais, o financiamento do desenvolvimento, tentativas de modernização, análise do crescimento da economia e a radicalização da parceria Estado-União.



O AUTOR: Cícero Péricles de Oliveira Carvalho possui graduação em Economia pela Universidade Federal de Alagoas (1985), Mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992) e Doutorado em Economia e Sociologia Agrárias pela Universidade de Córdoba, Espanha (1997). Atualmente é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEAC) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada. É também bolsista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no Projeto Cátedra Manuel Correia de Andrade de Desenvolvimento e tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Regional e Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento, Nordeste Alagoas, açúcar, sustentabilidade e agricultura.

FONTE:
CARVALHO, Cicero Péricles. Economia popular: uma via de modernização para Alagoas. Maceió: Edufal, 2007.





E. K. HUNT & SHERMAN, Howard J. – HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONOMICO – Livro que aborda a ideologia da europa pre-capitalista, passando para a transição do capitalismo e a elaboração do pensamento mercantilista e seu conflito, o liberalismo clássico e o triunfo do capitalismo industrial, as doutrinas socialistas, a formação do capitalismo corporativo e a defesa do laissez-faire, a consolidação do poder monopolista e a nova ética paternalista cristã, a prosperidade econômica e o socialismo evolucionário, imperialismo e socialismo revolucionário, a teoria econômica keynesiana e a grande depressão, o capitalismo americano e seus defensores e críticos radicais.

FONTE:
HUNT, E.K; SHERMAN, Howard J. Historia do pensamento economico. Petrópolis: Vozes, 1978.




SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS – O livro “Sociedades sustentáveis” de Maria Elisa Marcondes Helene e Marcelo Briza Bicudo aborda atinentes ao impacto do homem sobre o meio ambiente desde a fase da caça e coleta, da agricultura e do trabalho do metal, da sociedade moderna urbana e industrial, os problemas sócio-ambientais globais, as grandes cidades, cuidando da terra com o desenvolvimento sustentável, a capacidade de suporte de um ecossistema, as comunidades tradicionais, a diversidade biológica e cultural, o controle local sobre o meio, a sustentabilidade urbana, o exemplo de Curitiba e a sustentabilidade como principio ético.

FONTE:
HELENE, Maria Elisa Marcondes; BICUDO, Marcelo Briza. Sociedades sustentáveis. São Paulo: Scipione, 1994.




A QUESTÃO AMBIENTAL: DIFERENTES ABORDAGENS

O livro “A questão ambiental: diferentes abordagens”, organizado por Sandra Baptista da Cunha e Antonio José Teixeira Guerra traz uma série de questionamentos importantes para entendimento da temática atualmente. No capítulo Júlia Adão Bernardes e Francisco Pontes de Miranda Ferreira abordam a questão da sociedade e natureza, tratando acerca da dialética da relação entre sociedade e natureza, a produção de valor e articulação do espaço, bem como a técnica e a produção do espaço diante da crise ambiental, os desastres e a tomada de consciência, a atuação dos movimentos ambientais no mundo e no Brasil. Em seguida, Luis Henrique Cunha e Maria Célia Nunes Coelho tratam acerca da política e gestão ambiental, as políticas e a proposta de periodização ambiental no Brasil, a construção de uma base de regulação, o intervencionismo do estado, a crise ecológica global, democratização e descentralização decisória, crenças, idéias, valores e políticas ambientais, o problema da regulação, a tragédia dos comuns e o papel dos estado, sistemas de co-manejo, mecanismos de mercado, proteção da biodiversidade, estratégia preservacionista e conservacionista, gestão participativa dos recursos naturais, a emergência de novos atores sociais, iniciativa e política de gestão ambiental das reservas extrativistas. Mais adiante Mauro Guimarães aborda a questão da sustentabilidade e educação ambiental tratando acerca das criticas ao atual modelo de desenvolvimento, paradigmas do desenvolvimento atual, o campo de disputa da sustentabilidade com uma educação ambiental. No quarto capítulo Lílian Alves de Araújo aborda a questão acerca da perícia ambiental. Depois dela, Lilia Seabra trata acerca do turismo sustentável, seu planejamento e gestão No sexto capítulo Antonio José Teixeira Guerra aborda a questão das encostas e o meio ambiente. Por fim, no capítulo 7, Sandra Baptista da Cunha trata acerca dos canais fluviais e a questão ambiental.

FONTE:
CUNHA, Sandra Baptista; GUERRA, Antonio José Teixeira (Org). A questão ambiental: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.



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