domingo, outubro 16, 2011

ZOÉ VALDÉS, DAVID GUTERSON, EMILIO COCO, MONSIVÁIS, LITERÓTTICA, SEXO & ZINE TATARITARITATÁ


 

A arte da pintora, desenhista e gravadora cubana Zaida del Rio. Veja mais abaixo.

 

UMA CRÔNICA DE AMOR PARA MARY – Homenagem à atriz estadunidense Mary Astor (1906-1987). – Ela estava alcoolizada tentando o suicídio quando a encontrei. Assustada com minha presença, depois de um longo tempo com a cabeça escondida entre as pernas, voltou-se, encarou-me seriamente e me perguntou quem eu era. Disse-lhe pouco de mim, ela interrogativa, queria mesmo saber de coisas e fatos a meu respeito. Nada a declarar. Ela então furiosa perguntou qual a razão de ali estar atrapalhando seu propósito, fiquei sem saber o que dizer, ela pegou-me o braço, apertando-o, aproximou seus lábios à minha face e sussurrou ao meu ouvido que eu procurasse o meu lugar e não a importunasse. Não tive dúvidas e ao me levantar, forçou-me a sentar-se ao seu lado, passou a perna nua sobre a minha e começou a falar descontroladamente e uma lágrima rolou em sua face ao mencionar que lutava pela custódia da filha, mas o seu diário íntima havia deposto contra ela, num escândalo sem precedentes. Deitou a cabeça ao meu ombro e enfiou uma das mãos por dentro da minha camisa e alisou-me o tórax, desabotoou-a, até roçar os dedos sobre o meu sexo enquanto dizia ser filha de imigrante alemão e que sua vida era uma lástima. Atirou-se sobre mim, deslizando entre as minhas pernas a desvestir-se de joelhos escondendo-me por trás das cordas que cortinava o ambiente, como se quisesse me esconder dela mesma e de tudo o mais. Aí se levantou nua escondida num chapelão e a dizer coisa com coisa, quando não era a heroína de histórias contadas, era a vilã furiosa de situações as mais horripilantes. E se fez doce porque me queria o sentimental Tommy, porque era uma Mulher de Verdade e que era Fácil de amar no Fogo do Outono. Beijou-me a boca ardentemente e me levou para seu esconderijo. Lá se tornou mais sedutora a me chamar de o belo Brummel, nua se esfregando em mim como se eu fosse o seu Don Juan. E mais me queria até virar um Furacão e fez-se prisioneira de Zenda à Meia-Noite, uma Filha da Pecadora em Festa Brava e que eu, num Ato de Violência a molestasse, a seviciasse, a estuprasse Com a Maldade da Alma, só assim poderia purgá-la purificando-a para se tornar a mim Comprometida em fuga na Nau do Pecado para a Terra das Paixões. E se desnudou a alma e completamente arrebatada com os látegos da minha língua na sua carne, insopitável com as estocadas do meu sexo no seu, e mais queria e mais desejava que eu fosse um dos dois cavaleiros árabes, ao me dizer que ela, como mulher, também amava os brutos e me queria implacável Homem de Ferro a usurpar-lhe os limites e me mostrava o Chicote com suas Manias de gente rica, enquanto eu a beijava para aplacar sua loucura porque eu era o seu Homem de chance na Cidade da Convenção. E se entregou e gozou a noite alta até se esvair gemendo e completamente saciada. Aliviada rastejou deitada na cama a me puxar para mais perto dela com seus mimos desmedidos, até levantar-se morta de fome para a cozinha e voltar esfuziantemente para apontar no mapa aonde iríamos passar o paraíso dos prazeres e me mostrou os volumes da sua autobiografia e ora me dava My Story para ler, ora tomava e me dava o Life on Film, enquanto me acariciava generosamente tigresa com o Cuidado de Mãe. Depois sentou-se no batente ouvindo atenta o que eu falava e se cobrindo voltava-se prestando atenção a todos os meus passos. Aí me chamava e saía às carreiras e completamente nua para mergulhar no mar. Retornou horas depois com ideias para rascunhar novelas e dizia que jamais iria para um asilo: tudo é uma Grande Mentira! E que a Humanidade Marcha lerda e trôpega para o seu fim. Ela só queria ser a Divina Glória e que era vítima das Garras Amarelas dos Quatro Destinos da Relíquia Macabra – o falcão maltês. E repetia incansavelmente: Agora seremos felizes. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui, aqui e aqui.

 

A arte da pintora, desenhista e gravadora cubana Zaida del Rio.

 

DITOS & DESDITOSVocê vive apenas uma vez e nossos pais erraram ao nos educar nas tradições da escassez. Muitos me dizem que cumpriram seu dever, e estou muito satisfeito por não ter cumprido nem mesmo a menor parte dele, para o infortúnio ou fortuna deste país. Em que medida é uma pessoa abandonada responsável pelos seus atos, sem recursos ou capacidade específica, enlouquecida pelos maus tratos, pela indiferença e pela impossibilidade de se alimentar? Licenciosidade é a liberdade repreendida pela moralidade tradicional. O passado é confiado com julgamento moral sobre o presente. Se ninguém te garante amanhã, o hoje se torna imenso. Tudo muda, tudo se transforma: tudo permanece o mesmo. Pensamento do escritor mexicano Carlos Monsiváis (1938-2010).

 

ALGUÉM FALOU: O problema não é a esquerda ou a direita; hoje em dia não há porque ter medo da pluralidade de ideias, de partidos, de gente com intenção de mudar as coisas. O terrível, o que realmente dá medo, é o extremismo circundante, de um lado ou do outro. O extremismo é fascismo ou comunismo. Ambos têm mais ou menos o mesmo número de vítimas, uma quantidade horripilante. Pensamento da escritora cubana Zoé Valdés, autora de obras como La cazadora de astros (Plaza & Janés, 2007), Bailar con la vida (Planeta, 2006), La eternidad del instante (Plaza & Janés, 2004), entre outras.

 

A DOR DA TORTURA - [...] Fui conduzida para uma casa […] em Petrópolis. […] O Dr. Roberto, um dos mais brutais torturadores, arrastou-me pelo chão, segurando-me pelos cabelos. Depois, tentou me estrangular e só me largou quando perdi os sentidos. Esbofetearam-me e deram-me pancadas na cabeça. Colocavam-me completamente nua, de madrugada, no cimento molhado, quando a temperatura estava baixíssima. Petrópolis é intensamente fria na época que estive lá […] Fui várias vezes espancada e levava choques elétricos na cabeça, nos pés, nas mãos e nos seios. A certa altura, o dr. Roberto me disse que eles não queriam mais informação alguma; estavam praticando o mais puro sadismo, pois eu já havia sido condenada à morte e ele, dr. Roberto, decidira que ela seria a mais lenta e cruel possível, tal o ódio que sentia pelo ‘terrorista’. [...] Alguns dias depois, [...] apareceu o dr. Teixeira, oferecendo-me uma saída ‘humana’: o suicídio. [...] Aceitei e pedi um revolver, pois já não suportava mais. Entretanto, o dr. Teixeira queria que o meu suicídio fosse público. Propôs-me então que eu me atirasse embaixo de um ônibus, como eu já fizera. [...] No momento em que deveria atirar-me sob as rodas de um ônibus, agachei-me e segurei as pernas de um deles, chorando e gritando. [...]. Por não ter me matado, fui violentamente castigada: uma semana de chores elétricos, banhos gelados de madrugada, ‘telefones’, palmatórias. Espancaram-me no rosto até eu ficar desfigurada. [...]. O ‘Márcio’ invadia minha cela para ‘examinar’ meu ânus e verificar se o ‘Camarão’ havia praticado sodomia comigo. Esse mesmo ‘Márcio’ obrigou-me a segurar seu pênis, enquanto se contorcia obscenamente. Durante esse período fui estuprada duas vezes pelo ‘Camarão’ e era obrigada a limpar a cozinha completamente nua, ouvindo gracejos e obscenidades, os mais grosseiros [...]. Depoimento da bancária Inês Etienne Romeu (1942-2015), quando foi presa em São Paulo, em 5 de maio de 1971, única sobrevivente do caso da Casa da Morte, em Petrópolis, local onde foram torturados e executados clandestinamente presos políticos durante a ditadura militar, publicado no O Pasquim, 607, de janeiro de 1981. Veja mais Filhas da Dor aqui, aqui e aqui.

 

NEVE CAINDO EM CEDROSNenhuma dessas outras coisas faz diferença. O amor é a coisa mais forte do mundo, você sabe. Nada pode tocá-lo. Nada chega perto. Se nos amarmos, estaremos protegidos de tudo. O amor é a maior coisa que existe. [...] Eu sei que você vai achar que isso é loucura, mas tudo que eu quero fazer é te abraçar, e eu acho que se você me deixar fazer isso apenas por alguns segundos, eu posso ir embora e nunca mais falar com você de novo. [...] Existem coisas neste universo que não podemos controlar e, em seguida, existem coisas que podemos…. Que o destino, a coincidência e o acidente conspirem; os seres humanos devem agir com base na razão. [...] O estranho era que ele queria gostar de todos. Ele simplesmente não conseguia encontrar uma maneira de fazer isso. [...]. Trechos extraídos da obra Neve caindo em cedros (Bloomsbury/Large Print, 1996), do escritor, jornalista e ensaísta estadunidense David Guterson.

 

DOIS POEMASO MAL OBSCURO – Deixo apenas a ti a porta aberta / Os outros busquem o mundo, à descoberta / - ou no Palmar ou no Ascoli Pileno - / de um lugar ao sol ou ao sereno. / Mas tu a fechas sempre, deprimida / e golpeada por um mal obscuro, / que te anula, implacável. E estranha à vida / passa o tempo a reforçar um muro / de desespero, de suspeita e espanto / que em tua alma encontram acolhida. Move essa pedra que te oprime tanto. / Chora, se crês aliviar teu pranto, / porque malgrado todo o desencanto / mais a desprezas, mais te ama a vida. CANIBAIS – Nos anos de nossa juventude / amar era enfrentar uma batalha / feita de beliscões e de mordidas. / Dos encontros guardávamos feridas / em nossos colos e em nossos braços, / e as exibíamos em casa e nas ruas / como prova de nosso devorar-se. / Nossos corpos exaustos agora travam / tantas outras batalhas, que a vida / nos reserva sem dó a cada instante, / sem a suavidade de outrora, / com pérfidos ardis e baixos golpes. / O mau-trato tornou-nos mais ferozes / deu-nos dentes e garras de leão / e cada um por si tenta repor / de tudo aquilo o pouco que restou / do nosso cotidiano espedaçar-se. Poemas do poeta e crítico italiano Emilio Coco.

 


POR QUE NÃO FALAR DE SEXO?
– Ora, ora! Já fomos longe demais com os mitos e tabus que transitam sobre a dimensão sexual. Vamos quebrar todas as barreiras, afinal já dizia Simone de Beauvoir: “A mulher só se torna mulher sob o olhar de um homem; o homem  só se torna homem sob o olhar de uma mulher. O que isto expressa é exatamente a reciprocidade em que um se descobre por meio do outro”. Então comecemos a falar do corpo: o templo da nossa alma. É preciso dar prazer ao corpo para sermos felizes.

O CORPO SOB AS MAIS DIVERSAS ÓTICAS – Já dizia o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano: “A igreja diz: o corpo é uma culpa. A ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. O corpo diz: eu sou uma festa” (Eduardo Galeano, Janela sobre o corpo).

AFINAL, O QUE É O ORGASMO? – O orgasmo é a fase denominada de reação orgásmica por Kaplan e de orgasmo por Master e Johnson, sendo objetivamente caracterizada pelo quadro miotônico das contrações musculares reflexas. Subjetivamente é marcada pela sensação de prazer sexual, perda da acuidade dos sentidos, sensação de desligamento do meio externo, e referida por Kinsey como “la douce mort”. No campo neurológico, domina o sistema simpático.  Segundo Ricardo e Mabel Cavalcanti, não é só um reflexo biológico caracterizado por fenômenos físicos bem definidos, tendo como componente psicológico a percepção prazerosa de um clímax que coincide com a fase máxima de incremento da tensão sexual. É também um fenômeno sociológico na medida em que pode ser influenciado por fatores socioculturais. O psicanalista Alexander Lowen (1910-2008), ao desenvolver sua psicoterapia mente-corporal, observou que: “A capacidade de vivenciar um orgasmo total é a marca da natureza apaixonada. É o resultado do acúmulo de um nível de excitação positivo e forte o sufiente para dominar o ego e permitir que a pessoa expresse livre e totalmente a paixão plena de seu amor. Num orgasmo como esse não há violência, retenção ou hesitação na entrega do self”.

A DANÇA DOS HORMÔNIOS – Em seu livro Erotismo, sexualidade, casamento e infidelidade: sexualidade conjugal e prevenção do HIV e da AIDS, a pós-doutorada e mestre em Psicologia Clínica, Ana Maria Fonseca Zampieri, traz pra gente a dança dos hormônios: “[...] Sintetizando, os atores hormonais desta dança sexual são: PEA a instigadora. Estrogênio: o caloroso e sedutor. Progesterona: a protetora e psicótica. Testosterona: a lutadora, a agressiva e a caçadora. LHRH: o diretor, o liberador do hormônio luteinizante, perfeitamente capaz de explorar a distribuição de todo esse elenco de atores hormonais. Prolactina: a governanta que desativa o impulso sexual inspirando maternidade e amamentação. Ocitocina: a concorrente subterrânea do contato sexual, a que envolve os casais. Vasopressina:: a que evita que a pessoa se desvie do parceiro e a direciona para a relação. DHEA: contribui para o impulso sexual de homens e mulheres de várias formas, aumentando a libido ao sensibilizar as zonas erógenas para o tato e promovendo odores sexuais positivos. Dopamina e serotonina: a primeira aumenta o impulso enquanto a segunda pisa no freio da busca sexual.  A testosterona aquece, solicita, leva ao desejo, a fantasias, ao sexo e ao orgasmo. O estrogênio favorece a receptividade ou pode esfriar o apetite sexual. A progesterona pode esfriar os adolescentes ou deixar mulheres irritadas e deprimidas pois tem poder de diminuir a sensação genital. Um esquenta, o outro é ambivalente e o outro esfria. São hormônios em suas varias danças para os encontros sexuais entre homens e mulheres”.

A SEXUALIDADE E A EDUCAÇÃO SEXUAL – “A sexualidade pode ser vista como constituída e constituinte de relações sociais; discuti-la, compreendê-la, recriá-la e re-significá-la, obriga-nos a transitar, não só na biologia, mas também na contribuição de estudos na áreas da história, da pedagogia, da psicologia, da antropologia, da sociologia, da moral, da evolução social, da política econômica, da literatura, da publicidade, da mídia. [...] Em se tratando da sexualidade e da Educação Sexual, torna-se imperiosa a busca de um referencial que possibilite analisar e teorizar o processo educativo através de uma teoria critica em termos de campo político cultural. Precisamos ver a educação, a pedagogia e o currículo como campos de luta e conflito simbólico, como arenas contestadas na busca da imposição de significados e de hegemonia cultural”. (Jurema Furlani, Mitos e tabus da sexualidade humana)

A SAÚDE SEXUAL DE ERIK ERIKSON – A saúde sexual é alcançada, segundo o psiquiatra Erik Erikson (1902-1994): “Quando o individuo é potencialmente capaz de alcançar a mutualidade do orgasmo genital e constituído para suportar um certo grau de frustração sem uma regressão patológica”.

A SAÚDE DE WILHELM REICH – Já dizia o médico e cientista natural Wilhelm Reich (1897-1957): “A saúde psíquica depende da potencia orgástica, isto é, do ponto até o qual o individuo pode entregar-se, e pode experimentar o clímax de excitação no ato sexual natural. As enfermidades psíquicas são o resultado de uma perturbação da capacidade natural de amar... e são a consequência do caos sexual da sociedade, que tem sujeitado o homem às condições dominantes de existência... tornando-o incapaz de agir independentemente”.

... aproxima-te mais!
Mais perto!
Perto!
Tão perto
Que tuas palavras saiam de meus lábios...
(Rudolf Peyer)


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